Olá a todos,
Tenho uma cadela pastora-alemã ("FIFI") com cerca de 10 anos. Sempre foi uma cadela bastante saudável; no entanto de algum tempo para cá as patas traseiras começaram a "ceder". Levei-a imediatamente ao veterinário que lhe receitou anti-inflamatórios e disse para lhe dar ração para séniores. Basicamente disse-me que a situação dela só iria agravar de dia para dia...a verdade é que é isso mesmo que está a acontecer. Ela continua a brincar com as minhas outras duas cadelas (uma das quais uma épagneul breton que, como devem saber, é muito brincalhona) mas sinto que terá dores e estou a deseperar pois não sei o ue mais fazer. A ideia de a ver a sofrer atormenta-me mas não quero ponderar a hipótese tal como disse o veterinário " de a por a dormir".
AJUDEM-ME POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Displasia!? AJUDEM-ME!!!
Bom dia.
Se a cadela é displásica ou padece de qualquer outra patologia só o veterinário lho poderá confirmar. Também só ele lhe poderá dar opinião fiável sobre as perspectivas de vida da cadela e a qualidade de vida que terá.
Quanto ao abate do animal, é uma decisão que terá de tomar ou não face ao sofrimento em que a cadela esteja. É uma decisão difícil e apenas do foro pessoal. A vida média de um pastor alemão ronda os 12 anos, a sua ter´à partida ainda mais uns tempos de vida normal. Pondere com que qualidade viverá o tempo que lhe resta e decida sempre em função do animal.
Tenho pena de não lhe poder dar a ajuda que procurava, e lamento a situação. Já passei por isso e sei que não é fácil.
Cumprimentos
José Carlos
Se a cadela é displásica ou padece de qualquer outra patologia só o veterinário lho poderá confirmar. Também só ele lhe poderá dar opinião fiável sobre as perspectivas de vida da cadela e a qualidade de vida que terá.
Quanto ao abate do animal, é uma decisão que terá de tomar ou não face ao sofrimento em que a cadela esteja. É uma decisão difícil e apenas do foro pessoal. A vida média de um pastor alemão ronda os 12 anos, a sua ter´à partida ainda mais uns tempos de vida normal. Pondere com que qualidade viverá o tempo que lhe resta e decida sempre em função do animal.
Tenho pena de não lhe poder dar a ajuda que procurava, e lamento a situação. Já passei por isso e sei que não é fácil.
Cumprimentos
José Carlos
Crisbota Escreveu: Olá a todos,
Tenho uma cadela pastora-alemã ("FIFI") com cerca de 10 anos. Sempre foi uma cadela bastante saudável; no entanto de algum tempo para cá as patas traseiras começaram a "ceder". Levei-a imediatamente ao veterinário que lhe receitou anti-inflamatórios e disse para lhe dar ração para séniores. Basicamente disse-me que a situação dela só iria agravar de dia para dia...a verdade é que é isso mesmo que está a acontecer. Ela continua a brincar com as minhas outras duas cadelas (uma das quais uma épagneul breton que, como devem saber, é muito brincalhona) mas sinto que terá dores e estou a deseperar pois não sei o ue mais fazer. A ideia de a ver a sofrer atormenta-me mas não quero ponderar a hipótese tal como disse o veterinário " de a por a dormir".
AJUDEM-ME POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Na minha opinião se a sua cadela se encontra verdadeiramente em grande sofrimento! Sendo que mais tarde ou mais cedo nada a poderá aliviar do sofrimento ao qual se ira encontrar submetida se realmente o seu veterinário tiver razão quanto ao diagnóstico que ele lhe fez do estado da sua cadela. E visto ter de ter em conta a idade da dita cadela, a única coisa a fazer-se mesmo e humanitariamente viável tanto para si como principalmente para a bichana é a eutanásia da dita cadela! Peço desculpa pelo facto da minha opinião poder parecer aos seus olhos e talvez de mais alguns um bocado cruel e drástica mas a verdade é cruel! Contra factos não há argumentos e o caso do seu animal pelo que conta parece-me uma causa perdida por antecipação. Pois existem tratamentos cirúrgicos mas estes podem não ser a melhor coisa a ter em conta visto a idade do bicho, sendo que os resultados nem sempre são os melhores e seria quase certo que só iriam trazer mais sofrimento ao bicho provavelmente desnecessária visto a adiantada idade e o aumentar da mesma promete-lhe muitos outros problemas todos eles com pouco ou nenhuma resolução abonatória para o animal!
PS: Se realmente gosta da bichinha o meu que lhe pode dar neste momento talvez seja mesmo a morte, de forma a poupa-la ao sofrimento que se avizinha se é que não estará já






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Por favor não faça nada sem consultar outro veterinário, pois mesmo o vet mais experiente, pode ter um dia mau e errar.
É uma decisão dificil, mas nesse caso concordo que o animais têm mais sorte do que os humanos, pois a eutanásia é permitida.
Muita sorte para si, espero que os seus problemas se resolvam sempre pelo melhor.
MC
Morgan
É uma decisão dificil, mas nesse caso concordo que o animais têm mais sorte do que os humanos, pois a eutanásia é permitida.
Muita sorte para si, espero que os seus problemas se resolvam sempre pelo melhor.
MC
Morgan
O Problema da displasia
Foi aproximadamente na década de 1930 que o termo "Displasia coxo-femural" começou a ser discutido e um grande interesse foi levantado em torno do controlo do seu desenvolvimento. Nesta ocasião, alguns veterinários pesquisadores passaram a utilizar os "Raios X" nos seus trabalhos, descobrindo diversos processos de deformações ósseas no esqueleto canino.
O problema da Displasia continua ainda hoje no nosso meio a prejudicar a criação de cães, deturpando o aperfeiçoamento das raças e trazendo sofrimento aos animais mais seriamente afectados. Inicialmente torna-se necessário o perfeito conhecimento do problema, para então atacarmos as suas fontes e atingirmos o nosso objectivo.
A Displasia coxo-femural pode desenvolver-se em qualquer animal de raça canina e em qualquer ser do mundo vertebrado, o que também inclui a raça humana. De entre os caninos, a raça Pastor Alemão é também ela afectada, e é desta que passarei a tratar mais especificamente.
A Displasia coxo-femural, como o próprio nome indica, é um defeito que atinge a cabeça do osso femural no seu encaixe com a bacia, (acetábulo).
A natureza constituiu esta parte do esqueleto ósseo perfeitamente encaixada e adaptada, para atender a quaisquer exigências da movimentação do corpo e das pernas, e reforçou-a com tendões e feixes de músculos para um perfeito funcionamento.
Quando os tecidos dos ligamentos são fracos, ou recebem excesso de carga, eles afrouxam a sustentação dos ossos, que passam a trabalhar ligeiramente afastados do encaixe, exercendo pressões inadequadas. Este mal funcionamento acaba por modificar as posições iniciais, deformando as partes de atrito.
Os encaixes desgastam-se e a cabeça do fémur afasta-se do acetábulo da bacia. O cão sente dificuldade em sentar-se, em levantar-se, a saltar obstáculos, ou a fazer longas caminhadas e a vida torna-se para ele penosa e sofrida.
Ficou provado após diversos estudos e experiências, que a ocorrência da Displasia está directamente ligada a maior ou menor intensidade da massa pélvica muscular.
Assim sendo, podemos exemplificar esta tese com a Raça Greyhound, que possui um índice muito elevado desta massa muscular, sendo ainda dotada de ossatura proporcionalmente leve. Ainda não foi constatado um caso sequer de Displasia em animais desta raça. Já nos cães Pastores Alemães, o volume da massa pélvica muscular é muito menor do que nos Greyhounds, sendo além disso a ossatura bem mais pesada. A incidência de Displasia é grande e merece cuidados.
Pode-se observar o volume da massa pélvica muscular apalpando-se a musculatura na região dos rins e almofada das coxas. Medindo-se com uma fita a circunferência da almofada muscular da coxa na sua parte mais larga, pode-se ter uma ideia da massa muscular presente.
As seguintes medidas podem ajudar como referência:
Peso do cão/Circunferência da almofada muscular da coxa
22,5 Kg/37cm
36 Kg/49-50 cm
42 Kg/55 - 56 cm
A massa pélvica muscular é um factor hereditário, mas deve também ser aperfeiçoada durante o crescimento do cão com um exercício controlado e constante. O exercício durante o crescimento é um factor muito importante, não deve ser feito de menos nem de mais. Se for insuficiente, a massa muscular não se desenvolve, os ligamentos perdem a força e o mecanismo de sustentação dos ossos fica seriamente abalado.
O exercício exagerado e excessivamente forçado na idade jovem também é prejudicial podendo causar distensões ou luxações.
Deve ser lembrada a fragilidade dos tecidos ainda tenros e em desenvolvimento, e que não suportariam uma sobrecarga excessiva.
Outro cuidado importante para não forçar demasiado a musculatura e os ligamentos, é o controlo do peso do cachorro.
Um excesso de substância agravado por um crescimento muito precoce e ligeiro, geralmente levam directamente à Displasia. O cachorro nasce perfeito quanto à sua constituição óssea, e começa a encaminhar-se para o mal, apresentando os primeiros sinais dos 2 aos 5 meses de idade podendo ser finalmente diagnosticado com 1 ano de idade.
A incidência de Displasia pode ser controlada por meio de uma criação correcta do cachorro.
Animais muito confinado quando novos, movimentam-se pouco, sentam-se constantemente nas pernas traseiras, acarretando maior sobrecarga aos tecidos tenros dos encaixes ósseos. Os pisos muito lisos e escorregadios, impedem a firmeza dos membros locomotores viciando os ossos em posições erradas e pressionando-os fora dos encaixes.
A radiografia quando tirada correctamente mostra a maior ou menor gravidade do caso.
Como foi dito antes, a Displasia é transmitida por factores hereditários e também adquiridos por uma criação inadequada e ambos podem ser controlados durante o primeiro ano de vida do cão, que como já disse é perfeito ao nascer.
Devem ser evitados para reprodução os cães que após serem radiografados demonstrarem tendência a Displasia, e também aqueles portadores de garupas e posteriores com musculatura deficiente ou atrofiada.
De um modo ou de outro devemos usar de todas as possibilidades numa tentativa de extermínio deste mal e confiando no avanço da medicina veterinária, esperamos que o objectivo seja rapidamente atingido.
(A Bibliografia deste trabalho, foi obtido do livro especializado da Orthopedic Foundation for Animais - OFA, "Canine Hip Dysplasia and How to Control It" by Dr. W. Riser e H. Miller)
Foi aproximadamente na década de 1930 que o termo "Displasia coxo-femural" começou a ser discutido e um grande interesse foi levantado em torno do controlo do seu desenvolvimento. Nesta ocasião, alguns veterinários pesquisadores passaram a utilizar os "Raios X" nos seus trabalhos, descobrindo diversos processos de deformações ósseas no esqueleto canino.
O problema da Displasia continua ainda hoje no nosso meio a prejudicar a criação de cães, deturpando o aperfeiçoamento das raças e trazendo sofrimento aos animais mais seriamente afectados. Inicialmente torna-se necessário o perfeito conhecimento do problema, para então atacarmos as suas fontes e atingirmos o nosso objectivo.
A Displasia coxo-femural pode desenvolver-se em qualquer animal de raça canina e em qualquer ser do mundo vertebrado, o que também inclui a raça humana. De entre os caninos, a raça Pastor Alemão é também ela afectada, e é desta que passarei a tratar mais especificamente.
A Displasia coxo-femural, como o próprio nome indica, é um defeito que atinge a cabeça do osso femural no seu encaixe com a bacia, (acetábulo).
A natureza constituiu esta parte do esqueleto ósseo perfeitamente encaixada e adaptada, para atender a quaisquer exigências da movimentação do corpo e das pernas, e reforçou-a com tendões e feixes de músculos para um perfeito funcionamento.
Quando os tecidos dos ligamentos são fracos, ou recebem excesso de carga, eles afrouxam a sustentação dos ossos, que passam a trabalhar ligeiramente afastados do encaixe, exercendo pressões inadequadas. Este mal funcionamento acaba por modificar as posições iniciais, deformando as partes de atrito.
Os encaixes desgastam-se e a cabeça do fémur afasta-se do acetábulo da bacia. O cão sente dificuldade em sentar-se, em levantar-se, a saltar obstáculos, ou a fazer longas caminhadas e a vida torna-se para ele penosa e sofrida.
Ficou provado após diversos estudos e experiências, que a ocorrência da Displasia está directamente ligada a maior ou menor intensidade da massa pélvica muscular.
Assim sendo, podemos exemplificar esta tese com a Raça Greyhound, que possui um índice muito elevado desta massa muscular, sendo ainda dotada de ossatura proporcionalmente leve. Ainda não foi constatado um caso sequer de Displasia em animais desta raça. Já nos cães Pastores Alemães, o volume da massa pélvica muscular é muito menor do que nos Greyhounds, sendo além disso a ossatura bem mais pesada. A incidência de Displasia é grande e merece cuidados.
Pode-se observar o volume da massa pélvica muscular apalpando-se a musculatura na região dos rins e almofada das coxas. Medindo-se com uma fita a circunferência da almofada muscular da coxa na sua parte mais larga, pode-se ter uma ideia da massa muscular presente.
As seguintes medidas podem ajudar como referência:
Peso do cão/Circunferência da almofada muscular da coxa
22,5 Kg/37cm
36 Kg/49-50 cm
42 Kg/55 - 56 cm
A massa pélvica muscular é um factor hereditário, mas deve também ser aperfeiçoada durante o crescimento do cão com um exercício controlado e constante. O exercício durante o crescimento é um factor muito importante, não deve ser feito de menos nem de mais. Se for insuficiente, a massa muscular não se desenvolve, os ligamentos perdem a força e o mecanismo de sustentação dos ossos fica seriamente abalado.
O exercício exagerado e excessivamente forçado na idade jovem também é prejudicial podendo causar distensões ou luxações.
Deve ser lembrada a fragilidade dos tecidos ainda tenros e em desenvolvimento, e que não suportariam uma sobrecarga excessiva.
Outro cuidado importante para não forçar demasiado a musculatura e os ligamentos, é o controlo do peso do cachorro.
Um excesso de substância agravado por um crescimento muito precoce e ligeiro, geralmente levam directamente à Displasia. O cachorro nasce perfeito quanto à sua constituição óssea, e começa a encaminhar-se para o mal, apresentando os primeiros sinais dos 2 aos 5 meses de idade podendo ser finalmente diagnosticado com 1 ano de idade.
A incidência de Displasia pode ser controlada por meio de uma criação correcta do cachorro.
Animais muito confinado quando novos, movimentam-se pouco, sentam-se constantemente nas pernas traseiras, acarretando maior sobrecarga aos tecidos tenros dos encaixes ósseos. Os pisos muito lisos e escorregadios, impedem a firmeza dos membros locomotores viciando os ossos em posições erradas e pressionando-os fora dos encaixes.
A radiografia quando tirada correctamente mostra a maior ou menor gravidade do caso.
Como foi dito antes, a Displasia é transmitida por factores hereditários e também adquiridos por uma criação inadequada e ambos podem ser controlados durante o primeiro ano de vida do cão, que como já disse é perfeito ao nascer.
Devem ser evitados para reprodução os cães que após serem radiografados demonstrarem tendência a Displasia, e também aqueles portadores de garupas e posteriores com musculatura deficiente ou atrofiada.
De um modo ou de outro devemos usar de todas as possibilidades numa tentativa de extermínio deste mal e confiando no avanço da medicina veterinária, esperamos que o objectivo seja rapidamente atingido.
(A Bibliografia deste trabalho, foi obtido do livro especializado da Orthopedic Foundation for Animais - OFA, "Canine Hip Dysplasia and How to Control It" by Dr. W. Riser e H. Miller)