


A sociabilização dos cães com outros cães, deve começar bastante cedo (desde de cachorro). No entanto, ela deve ser feita de uma forma continuada, até o cão atingir a sua maturidade. Durante a fase de crescimento, vão haver fases em que o cão parece querer esquecer o que lhe foi ensinado e as normas que lhe foram impostas. Em determinadas raças como o Rottweiler, as pessoas entram em panico.Nunca se deve ceder ou cair na asneira de dizer: O meu cão modificou-se...Ele, não era assim.
O cão srd (Robby) que vem na foto, foi um cão que encontrei e que consegui que um vizinho ficasse com ele. O Panzer, não o podia ver pela frente. Esta situação, causava-me um problema, porque o cão durante a maior parte do tempo anda solto na rua. Quando queria sair de casa era um “festival”. O cão encostava-se à porta e o meu Rottweiler não gostava. Atirava-se violentamente contra o portão. Estar a segurar num e a afastar outro, não é facil, bem como provoca uma furia maior no que está preso.
Um dia decidi fazer um “frente a frente”. Esta situação só deve ser feita quando um dos cães, com um grau muito elevado de certeza, se submete.
Como medida de segurança adicional à trela, coloquei um colar electrico no Panzer. Atenção: Este tipo de metodo, só deve ser usado em situações pontuais e com conhecimentos sobre o mesmo. Não é um metodo de educação ou correcção para o dia-a-dia.
Fui treinar o Panzer para a rua. O Robby (srd), apareceu logo pronto para a brincadeira. O Rottweiler reagiu de forma negativa. Com um puxão na trela, iniciei o comando junto. O srd, sempre atrás dele e a mordiscar-lhe as pernas tirava-o do serio. Mantive-me firme, ignorei a presença do cão e continuei o treino. A espaços o Panzer voltava a cabeça para trás e com uma rosnadela (era de imediato corrigido – puxão na trela e comando junto) de leão, tentava intimidá-lo.
Mais à frente, continuando a ignorar a presença do srd,iniciei a brincadeira com o Panzer. Quando me apercebi que o Panzer estava tranquilo e divertido, soltei-o. Nesta altura, o outro passou a correr para desafiá-lo. As orelhas levantadas e a sua pose esticada, evidenciavam sinais de: Passas aqui outra vez...
Imediatamente disse-lhe Nãaaooo. Comecei a brincadeira novamente. Prolongando a situação, o outro cão de forma submissa, foi-se aproximando (parecia um crocodilo). O Panzer muito atento, acabou por o cheirar. A cada movimento timido do srd, vinha uma rosnadela.
Nesta altura, chamei o meu cão e voltei à brincadeira. Haviam sinais evidentes de uma abertura (desde que não desafiado) por parte do Panzer.
Poupo-vos o resto dos detalhes, mas foi giro, principalmente quando o srd fez uma pega de caras (ou focinho) ao Panzer. Hoje, conforme as fotos o comprovam, são amigos e brincam em conjunto.
A foto onde estão os três, a cadela estava com o cio. Mesmo assim, o Panzer consentiu a sua presença. Inclusivé dentro de minha casa. Uma vez fui dar com os dois deitados junto ao canil onde estava a cadela.
Nunca se sintam desencorajados por uma situação mais “ameaçadora”. Vale a pena tentar e perder tempo com o vosso cão.
O que sei hoje (com muito para evoluir) aprendi numa escola de adestramento e com a experiencia resultante de uma observação e convivencia muito grande com os meus cães. As escolas de adestramento, são um local previligiado para sociabilizar os cães.