Ora bem, Buati, onde é que eu quero chegar? Precisamente ao fazer ou não criação para o ano que vem. Já disseste que provavelmente não vais fazer, o que demonstra a tua sensatez. É que este ano, e apesar do "aviso" do ano passado, voltou a haver muita gente a fazer criação.
Eu às vezes pergunto-me será que se esquecem de que é ainda ilegal? E que ao criarmos estamos a fomentar a ilegalidade? E que se trata de animais muito especiais e que não são para qualquer pessoa? Que é difícil arranjar donos em condições?
Temo sempre que quando saia a legalização aconteça esse
boom de que falas, e quem sofre são os animais (como sempre).
Eu tenho 3 furões: uma fêmea teve uma cria o ano passado e de seguida foi esterilizada. O macho foi castrado há pouco mais de um mês, e agora segue-se a outra menina. Poderão comentar que eu gosto de "espetar a faca", mas não. Estas operações foram feitas para o bem deles, ela por razões óbvias (as complicações que os cios trazem nas fêmeas), e ele para não andar todo assanhado e sozinho numa gaiola durante metade do ano (também lhes causa muito stress isso não é bom para a saúde de ninguém, incluindo a nossa

).
E, acima de tudo, porque enquanto não sair a legalização eu não quero andar fora da linha. Afinal, se pertenço ao Clube Português do Furão Animal de Companhia, entidade que pugna pela legalização dos animais, não vou estar a assumir comportamentos contrários àquele que defendemos, indo contra a lei. E além disso, começa a ser difícil escoar os furanitos, já este ano uma criadora disse aqui mesmo que já há mais oferta que procura...
Por estas razões, acredito que nós, os foristas que já cohecemos o estado das coisas, por enquanto devemos mesmo parar com a reprodução. Com tantas pessoas que os criam e que não conhecemos aqui, não temos de nos preocupar com a continuidade da espécie, pois está assegurada.
O que não está assegurado é que hajam filas de bons candidatos a donos, à espera de comprar os furanitos. Já o ano passado foi difícil, este ano está a ser pior, e para o ano, provavelmente, teremos grandes problemas.
Já o ano passado defendi uma solução: quotas de reprodução. Cada criador cruzaria em anos alternados, por exemplo, para que todos pudessem "experimentar" (salvo seja!).
Adiante!
Tenho esperança que para o ano as coisas sejam diferentes.