Eu sou o Guga.
Apareci abandonado na rua e agora tenho uma amiga protectora que divulga a minha história, na esperança que o dono ideal apareça na minha vida.
Quem me vir ao longe, vai pensar que tenho uma coleira. Mas se se aproximarem vão ficar tão horrorizados como a minha amiga ficou. O meu pescoço não tem nenhuma coleira mas sim uma grande ferida que indica a marca de uma coleira bastante apertada.
Durante muito tempo sufoquei a dor e o desespero, aguentando tudo do meu dono. Estava amarrado e a minha função era dar sinal na eventualidade de alguém se aproximar.
Comida??? Restos, quando ele se lembrava que eu existia.
Lentamente comecei a definhar e quando a corrente estava prestes a levar-me para outro lugar melhor, o meu dono veio e soltou-me.
Pensei que se tinha dado um milagre, que ele se tinha tornado humano e que a partir daí me ia tratar com o respeito que mereço. Novamente foi uma desilusão. Como eu já não estava a dar sinal quando os estranhos se aproximavam, já não justificava sequer os restos de comida e por isso fui abandonado.
Hoje, vagueio pelas ruas. O sabor a liberdade é seguramente melhor do que estar amarrado. No entanto, anseio por melhor. Ouvi dizer que há quem trate bem os seus animais, quem lhes dê carinho. Não sei o que isso é, mas parece-me ser bom. Queria ter uma oportunidade de ainda saber o que é ser feliz.
Por favor ajudem-me…
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