O sol, o som do mar, o assobio do meu dono. Memórias. Acordo e mais um dia passou, mas não no conforto da minha casa. Estou num canil municipal e esta é a realidade que enfrento. Tudo passou e a opinião dos meus donos a meu respeito mudou. Sou um incómodo, aquele ser que não dá assim muito jeito levar para todo o lado. Mas não pensaram nisso antes, claro. De facilitismos passa-se a dificuldades e daí ao abandono vai um pequeno passinho.
Diz a canção: “hoje é o último dia do resto da tua vida”. Não sabem o quanto esta letra pode estar certa. Hoje pode ser mesmo o meu último dia. Neste país, com estas leis e regras, nunca se sabe. A decisão é de quem maneja a agulha mágica, aquela que nos leva para outros panoramas, talvez melhores, talvez piores, não se sabe. O certo é que a vida tal como a conhecemos acaba e isso de justo não tem nada.
Peço-vos com toda a humildade que me resta, que depois desta humilhação, desconforto, dor, angústia, mágoa, me dêem uma hipótese de vida. É tudo o que peço: viver! Acho que não é pedir muito…
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