"Conspiração Canina" - Programa na SIC quem viu?
Moderador: mcerqueira
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Alguém viu este Domingo na SIC o programa da " BBC" sobre a "Conspiração Canina"? Deu naquele horário antes do Jornal das 13 horas, quando dá sempre aqueles programas sobre a vida animal!
Foi um programa bastante interessante e que levantou um aspecto que está aqui a ser discutido no tópico do desafio à 'poesia', a 'humanização dos cães'. No entanto, o ponto fulcral do programa era mostrar que afinal os cães não são tão desinteressadamente os nossos "melhores amigos".....a teoria da "conspiração canina"...hehehehe!
Gostava de 'ouvir' as opiniões de quem tenha visto o programa e, já agora, continuar aqui a 'discussão' sobre o que acham da 'humanização dos cães' ( deixemos o tópico da poesias para colocar apenas as poesias, bonitas diga-se de passagem).
Abraços
Paulo C.
Foi um programa bastante interessante e que levantou um aspecto que está aqui a ser discutido no tópico do desafio à 'poesia', a 'humanização dos cães'. No entanto, o ponto fulcral do programa era mostrar que afinal os cães não são tão desinteressadamente os nossos "melhores amigos".....a teoria da "conspiração canina"...hehehehe!
Gostava de 'ouvir' as opiniões de quem tenha visto o programa e, já agora, continuar aqui a 'discussão' sobre o que acham da 'humanização dos cães' ( deixemos o tópico da poesias para colocar apenas as poesias, bonitas diga-se de passagem).
Abraços
Paulo C.
Bom dia,
De facto já não é o 1º programa que aborda este assunto que vejo na TV.
Na minha opinião , este tipo de programas é de grande utilidade para qualquer pessoa que pretenda adquirir um cão apenas como objecto.
De facto já não é o 1º programa que aborda este assunto que vejo na TV.
Na minha opinião , este tipo de programas é de grande utilidade para qualquer pessoa que pretenda adquirir um cão apenas como objecto.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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eu vi
e aprendi bastante pois na realidade analisando o meu comportamento com os meus cães cheguei á conclus~ao que caio váras vezes nesse erro, o de tentar humanizar os meus cães.
claro que vou tentar aos poucos que isso não aconteça.
achei o programa espectacular, e realmente muito elucidativo.com exemplos e com estas explicações torna-se mais fácil compreender
muitas vezes aqui as criticas são tão destrutivas que nos levam a nãoligar
bjs a todos

e aprendi bastante pois na realidade analisando o meu comportamento com os meus cães cheguei á conclus~ao que caio váras vezes nesse erro, o de tentar humanizar os meus cães.
claro que vou tentar aos poucos que isso não aconteça.
achei o programa espectacular, e realmente muito elucidativo.com exemplos e com estas explicações torna-se mais fácil compreender
muitas vezes aqui as criticas são tão destrutivas que nos levam a nãoligar
bjs a todos
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Olá
Eu não vi o programa e lamento.
De qualquer modo, o tema é interessante, já tem vindo a ser abordado um pouco à margem e é bom que seja tratado num tópico específico.
Desde comecei a conviver, ou melhor, a coabitar com os meus cães fui formando um juizo sobre essa situação, que passo a precisar de forma um pouco fundamentada.
Vamos começar pelo princípio. Prometo não contar a minha vida desde pequenino, mas alguns aspectos têm que ser referidos.
Nasci e vivi na província durante toda a minha juventude e depois fixei-me numa grande cidade, que é o Porto, onde vivo há já uns bons anos. Conheço assim os dois modos de vida e as duas culturas, a da província e a da grande cidade. É importante referir isto, porque estas duas maneiras de estar têm muito a ver com a forma de lidar com os cães.
Na província, e penso que não só na região de Viseu, o cão é um elemento utilitário. Normalmente ou serve para a caça ou, mais vulgarmente, tem a função de guarda (da casa, do quintal, da quinta). O conceito de "cão de companhia" não existe. O cão vive no exterior, nunca põe a pata dentro de casa. Isto é um princípio sagrado. Tem a sua casota cá fora e na maioria das situações anda solto no quintal ou mesmo na rua. Isto nas aldeias. Nas vilas e cidades do interior a situação é semelhante.
Os laços afectivos dos donos ao cão não deixam por isso de existir. Às vezes até são muito fortes, mas a determinação do GRAU afectivo não é coisa que se meça assim facilmente.
Na grande cidade as coisas passam-se de forma completamente diferente. As pessoas vivem em caixotes amontoados uns nos outros, e até julgam que são felizes, mas são umas tristes, sempre engarrafadas no trânsito e num stress que Deus me livre. No caminho para casa nem olham para os vizinhos. E ali ficam enjauladas presas ao televisor. Não convivem.
O cão aqui vem colmatar um espaço vazio. Vem preencher muitas coisas. Vem trazer um afecto que raramente se obtém das pessoas. Vem oferecer de bandeja uma fidelidade que é absolutamente desconcertante.
E vem dar a companhia, que as pessoas assim isoladas do mundo exterior ficam com muito mais disponibilidade de aceitar.
É aqui que se coloca a questão proposta pelo PauloC. Até que ponto não existirá um certo exagero nos laços de união entre o dono (em termos latos) e o cão?
É muito provável que nalguns casos esse afecto atinja níveis a tocar o patológico. É muito provável que a "humanização" do cão constitua uma forma de reconhecimento, de gratificação pelo seu afecto e dedicação incondicionais.
Dará o cão esse afecto de forma desinteressada? Penso que não nem isso interessa para o caso. Aqui eu penso muito seguramente: cão é cão, homem é homem. O espírito do homem está povoado por conceitos, dogmas, tabus, um ror de coisas muito complicadas. O cão não. O cão age por instinto. E um deles é o da sobrevivência. O meu cão gosta de mim e é-me fiel, muito simplesmente porque se sente dependente de mim.
Mas estes fenómenos não se passam assim também com as pessoas? Claro que sim.
Eu confesso finalmente: eu humanizo os meus cães. Humanizo-os e estou-me nas tintas para as teorias, inclusive as minhas. Pois, é que até aqui tenho estado a raciocinar. Mas sabe tão bem fazer de conta. Fazer de conta que eles são "cães como nós..."
Eu não vi o programa e lamento.
De qualquer modo, o tema é interessante, já tem vindo a ser abordado um pouco à margem e é bom que seja tratado num tópico específico.
Desde comecei a conviver, ou melhor, a coabitar com os meus cães fui formando um juizo sobre essa situação, que passo a precisar de forma um pouco fundamentada.
Vamos começar pelo princípio. Prometo não contar a minha vida desde pequenino, mas alguns aspectos têm que ser referidos.
Nasci e vivi na província durante toda a minha juventude e depois fixei-me numa grande cidade, que é o Porto, onde vivo há já uns bons anos. Conheço assim os dois modos de vida e as duas culturas, a da província e a da grande cidade. É importante referir isto, porque estas duas maneiras de estar têm muito a ver com a forma de lidar com os cães.
Na província, e penso que não só na região de Viseu, o cão é um elemento utilitário. Normalmente ou serve para a caça ou, mais vulgarmente, tem a função de guarda (da casa, do quintal, da quinta). O conceito de "cão de companhia" não existe. O cão vive no exterior, nunca põe a pata dentro de casa. Isto é um princípio sagrado. Tem a sua casota cá fora e na maioria das situações anda solto no quintal ou mesmo na rua. Isto nas aldeias. Nas vilas e cidades do interior a situação é semelhante.
Os laços afectivos dos donos ao cão não deixam por isso de existir. Às vezes até são muito fortes, mas a determinação do GRAU afectivo não é coisa que se meça assim facilmente.
Na grande cidade as coisas passam-se de forma completamente diferente. As pessoas vivem em caixotes amontoados uns nos outros, e até julgam que são felizes, mas são umas tristes, sempre engarrafadas no trânsito e num stress que Deus me livre. No caminho para casa nem olham para os vizinhos. E ali ficam enjauladas presas ao televisor. Não convivem.
O cão aqui vem colmatar um espaço vazio. Vem preencher muitas coisas. Vem trazer um afecto que raramente se obtém das pessoas. Vem oferecer de bandeja uma fidelidade que é absolutamente desconcertante.
E vem dar a companhia, que as pessoas assim isoladas do mundo exterior ficam com muito mais disponibilidade de aceitar.
É aqui que se coloca a questão proposta pelo PauloC. Até que ponto não existirá um certo exagero nos laços de união entre o dono (em termos latos) e o cão?
É muito provável que nalguns casos esse afecto atinja níveis a tocar o patológico. É muito provável que a "humanização" do cão constitua uma forma de reconhecimento, de gratificação pelo seu afecto e dedicação incondicionais.
Dará o cão esse afecto de forma desinteressada? Penso que não nem isso interessa para o caso. Aqui eu penso muito seguramente: cão é cão, homem é homem. O espírito do homem está povoado por conceitos, dogmas, tabus, um ror de coisas muito complicadas. O cão não. O cão age por instinto. E um deles é o da sobrevivência. O meu cão gosta de mim e é-me fiel, muito simplesmente porque se sente dependente de mim.
Mas estes fenómenos não se passam assim também com as pessoas? Claro que sim.
Eu confesso finalmente: eu humanizo os meus cães. Humanizo-os e estou-me nas tintas para as teorias, inclusive as minhas. Pois, é que até aqui tenho estado a raciocinar. Mas sabe tão bem fazer de conta. Fazer de conta que eles são "cães como nós..."
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- Localização: Dogues Alemães, Arara,Ring Neck, Peixes
Eu não vi o programa, com muita pena minha.
Mas em relação à questão da humanização dos cães, penso ser um tema extremamente interessante, acerca do qual tenha a minha opinião particular.
Na casa dos meus pais sempre se trataram os cães como pessoas, o que por vezes causava uns certos dissabores.....
Desde que tenho o meu cão na minha casa as coisas tornaram-se diferentes.
Adoro o Oscaar, dou-lhe todos os mimos e mais alguns, mas há uma coisa: Ele tem de respeitar-me e respeitar o meu espaço como eu respeito o dele.
Além do tamanho dele não ser muito confortável em sofás e camas, também não foi habituado a isso.
Desde pequeno que sabe que não pode ir para cima do sofá, da cama e não dorme no nosso quarto.
Relativamente ao respeito, na verdade sou um pouco dura nesse aspecto, pois exigo mesmo que o meu cão me obedeça e me respeite, pois caso contrário nem eu nem ele somos felizes, e este preocesso tem de se efectuar desde muito cedo, quando são cachorrinhos e, por vezes, custa um bocadinho mas é bastante compensatório.
E com o mais 30 Kg que eu é mesmo necessário ele ser obediente.
Tento não humanizar o Oscaar, mas o que é facto é que a vivência dele connosco e a rotina do dia a dia leva a que tal ocorra.
Só o simples facto de quando vestimos o casaco ele saber imediatamente que vai à rua, tal como quando pegamos na trela, quando ponho o saco da roupa para passar à porta ele sabe logo que vai a casa dos meus pais, entre outras.
Mas em relação à questão da humanização dos cães, penso ser um tema extremamente interessante, acerca do qual tenha a minha opinião particular.
Na casa dos meus pais sempre se trataram os cães como pessoas, o que por vezes causava uns certos dissabores.....
Desde que tenho o meu cão na minha casa as coisas tornaram-se diferentes.
Adoro o Oscaar, dou-lhe todos os mimos e mais alguns, mas há uma coisa: Ele tem de respeitar-me e respeitar o meu espaço como eu respeito o dele.
Além do tamanho dele não ser muito confortável em sofás e camas, também não foi habituado a isso.
Desde pequeno que sabe que não pode ir para cima do sofá, da cama e não dorme no nosso quarto.
Relativamente ao respeito, na verdade sou um pouco dura nesse aspecto, pois exigo mesmo que o meu cão me obedeça e me respeite, pois caso contrário nem eu nem ele somos felizes, e este preocesso tem de se efectuar desde muito cedo, quando são cachorrinhos e, por vezes, custa um bocadinho mas é bastante compensatório.
E com o mais 30 Kg que eu é mesmo necessário ele ser obediente.
Tento não humanizar o Oscaar, mas o que é facto é que a vivência dele connosco e a rotina do dia a dia leva a que tal ocorra.
Só o simples facto de quando vestimos o casaco ele saber imediatamente que vai à rua, tal como quando pegamos na trela, quando ponho o saco da roupa para passar à porta ele sabe logo que vai a casa dos meus pais, entre outras.
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Eu vi o programa, e até o gravei, pois gosto de guardar tudo o que posso sobre cães, e achei o programa muito interessante.
Deu uma uma nova visão do cão, não como nosso melhor amigo, mas como um excelente oportunista, que se valeu das suas qualidades e capacidades para nos fazer "render aos seus pés".
Não deixa de ser verdade... (Hehehehehe).
O que nós não fazemos pelos nossos cães!!
[img]http://arcadenoe.clix.pt/images/album/44/5644_Sinai.jpg[/img]
Quanto a humanizá-los, sou contra. Cada um no seu lugar, e isso não faz com que gostemos mais ou menos deles, apenas faz com que respeitemos o espaço deles, e os possamos compreender melhor. Os cães não são pessoas, nem devem ser tratados como tal, pois isso só irá confundi-los. E como disse o Dr. Nuno Paixão, num seminário a que tive a oprtunidade de ir sobre os comportamentos caninos, "não há nada mais triste do que um cão que não percebe nada de cães".[/img]
Deu uma uma nova visão do cão, não como nosso melhor amigo, mas como um excelente oportunista, que se valeu das suas qualidades e capacidades para nos fazer "render aos seus pés".
Não deixa de ser verdade... (Hehehehehe).
O que nós não fazemos pelos nossos cães!!

[img]http://arcadenoe.clix.pt/images/album/44/5644_Sinai.jpg[/img]
Quanto a humanizá-los, sou contra. Cada um no seu lugar, e isso não faz com que gostemos mais ou menos deles, apenas faz com que respeitemos o espaço deles, e os possamos compreender melhor. Os cães não são pessoas, nem devem ser tratados como tal, pois isso só irá confundi-los. E como disse o Dr. Nuno Paixão, num seminário a que tive a oprtunidade de ir sobre os comportamentos caninos, "não há nada mais triste do que um cão que não percebe nada de cães".[/img]
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olá a todos
Eu tb vi e fiquei presa ao ecrã durante uns bons minutos, se até em paises bem piores que o nosso, o cão é uma companhia e um instrumento de "trabalho", e conseguem ter comida e carinho porque é que aqui em Portugal existem tantos abandonados?? É pura luxuria.
O que eu mais gostei foi quando aquele rapaz que guardava o gado falou do seu cão o Xita (acho que era este o nome), viram bem a expressão do cão a olhar p/ele quando estava a ser acariciado?? De certeza que ali junto daquele rapaz, tinha muito mais do que se andasse sozinho pela estrada, ele ali sente-se util.
Só não achei foi muita piada quando falaram que os cães tb eram usados p/caçar macacos, ai nessa parte tive de desligar a TV, não só por não querer ver imagens + chocantes como não tinha + tempo p/ver o resto do programa.
Por vezes estes documentários dão que pensar....
Eu tb vi e fiquei presa ao ecrã durante uns bons minutos, se até em paises bem piores que o nosso, o cão é uma companhia e um instrumento de "trabalho", e conseguem ter comida e carinho porque é que aqui em Portugal existem tantos abandonados?? É pura luxuria.
O que eu mais gostei foi quando aquele rapaz que guardava o gado falou do seu cão o Xita (acho que era este o nome), viram bem a expressão do cão a olhar p/ele quando estava a ser acariciado?? De certeza que ali junto daquele rapaz, tinha muito mais do que se andasse sozinho pela estrada, ele ali sente-se util.
Só não achei foi muita piada quando falaram que os cães tb eram usados p/caçar macacos, ai nessa parte tive de desligar a TV, não só por não querer ver imagens + chocantes como não tinha + tempo p/ver o resto do programa.
Por vezes estes documentários dão que pensar....
<strong>Os meus cães são o centro do meu mundo. 
Carla</strong>

Carla</strong>
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"
Na verdade há algo bem mais triste e corriqueiro:
Uma pessoa que não perceba nada de humanidade
JoseLuis
não há nada mais triste do que um cão que não percebe nada de cães".[/
Na verdade há algo bem mais triste e corriqueiro:
Uma pessoa que não perceba nada de humanidade
JoseLuis
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Acho que estão deixar de o ser...AnaS Escreveu: os homens são seres racionais...
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periquito FALCANITO
Não sei, não vi o programa.
Mas, se me dão licença, podemos transformar todas as relações do mundo em casos de oportunismo.
Afinal os homens o que querem são umas criadas gratuitas lá em casa.
E as mulheres o que querem de um homem é segurança e sustento para elas e os filhos.
E os filhos ?
Basta visitar os lares.Depois de terem sido sustentados e criados pelos pais...
E os pais ? Amarão os filhos ou estão a pensar que precisarão deles quando forem velhos ?
E afinal ? Haverá amor à face da terra ?
O que eu quero dizer é que não há relação humana ou animal que resista a uma análise cínica.
Mas, se me dão licença, podemos transformar todas as relações do mundo em casos de oportunismo.
Afinal os homens o que querem são umas criadas gratuitas lá em casa.
E as mulheres o que querem de um homem é segurança e sustento para elas e os filhos.
E os filhos ?
Basta visitar os lares.Depois de terem sido sustentados e criados pelos pais...
E os pais ? Amarão os filhos ou estão a pensar que precisarão deles quando forem velhos ?
E afinal ? Haverá amor à face da terra ?
O que eu quero dizer é que não há relação humana ou animal que resista a uma análise cínica.
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Olá
Não vi o programa , mas estou em crer que o fundamental , que é a humanização dos animais. Já aqui foram escritas inúmeras intervenções em variados tópicos . Quem tem cães, melhor quem tem vários cães , se estiver atento ao comportamento dos animais , há-de constar que entre o comportamneto dos nossos adoráveis cãezinhos e os seus primos livres , os lobos , há muito poucas ou nenhumas diferenças, apenas os instintos estão mais sublimados por milhares de anos de convivencia,estreita, com o homem.
Há semanas referi, aqui, que o cão é de facto um parasita , ao escolher o homem com companheiro " soube" fazer-se útil , é claro que o Homem inteligente e oportunista, reparou no potencial que esta espécie lhe proporcionava, a preços módicos, e sem riscos . E encetaram uma sociedade que dura há muitos séculos e que está para durar muitos mais . O que é o cão consegiu com esta sociedade ?
De entre outras coisas isto;
Protecção contra outros predadores
Alimentação
Alojamento
E sobretudo, uma maior taxa de sobrevivencia das ninhadas , logo a sobrevivencia da espécie.
Há milénios que o cão nos presta valiosos serviços ,a guarda e a caça , foram talvez as tarefas determinantes da sua ligação ao homem . a pastorícia, a guerra, e etc, e quando estas tarefas já não tiverem sentido na nossa socieade, o cão , oportunista, já se adaptou a esse possível cenário , como? Tornando-se o animal de companhia, de eleição, cá do pessoa .
Oportunista e previdente
E quando afirmo, que determinados comportamentos que alguns donos têm com os animais , não só são , a meu ver ,aberrantes como efectivamente violentam os mesmos .
E não são os cães que procuram este tipo de relacionamento , apenas de adaptam à necessidades dos donos .
Se repararmos é mais fácil e mais barato , pese os preços dos Vets, ter determinada relação com os animais do que com pessoas , porque estes não têm a exigência de uma relação com um humano, e nunca nos fazem má cara quando fazemos besteira ou erramos. A tão apregoada amizade aos ditos, não é puto isenta de interesse é apenas mais barata.
Não vi o programa , mas estou em crer que o fundamental , que é a humanização dos animais. Já aqui foram escritas inúmeras intervenções em variados tópicos . Quem tem cães, melhor quem tem vários cães , se estiver atento ao comportamento dos animais , há-de constar que entre o comportamneto dos nossos adoráveis cãezinhos e os seus primos livres , os lobos , há muito poucas ou nenhumas diferenças, apenas os instintos estão mais sublimados por milhares de anos de convivencia,estreita, com o homem.
Há semanas referi, aqui, que o cão é de facto um parasita , ao escolher o homem com companheiro " soube" fazer-se útil , é claro que o Homem inteligente e oportunista, reparou no potencial que esta espécie lhe proporcionava, a preços módicos, e sem riscos . E encetaram uma sociedade que dura há muitos séculos e que está para durar muitos mais . O que é o cão consegiu com esta sociedade ?
De entre outras coisas isto;
Protecção contra outros predadores
Alimentação
Alojamento
E sobretudo, uma maior taxa de sobrevivencia das ninhadas , logo a sobrevivencia da espécie.
Há milénios que o cão nos presta valiosos serviços ,a guarda e a caça , foram talvez as tarefas determinantes da sua ligação ao homem . a pastorícia, a guerra, e etc, e quando estas tarefas já não tiverem sentido na nossa socieade, o cão , oportunista, já se adaptou a esse possível cenário , como? Tornando-se o animal de companhia, de eleição, cá do pessoa .
Oportunista e previdente

E quando afirmo, que determinados comportamentos que alguns donos têm com os animais , não só são , a meu ver ,aberrantes como efectivamente violentam os mesmos .
E não são os cães que procuram este tipo de relacionamento , apenas de adaptam à necessidades dos donos .
Se repararmos é mais fácil e mais barato , pese os preços dos Vets, ter determinada relação com os animais do que com pessoas , porque estes não têm a exigência de uma relação com um humano, e nunca nos fazem má cara quando fazemos besteira ou erramos. A tão apregoada amizade aos ditos, não é puto isenta de interesse é apenas mais barata.
Um abraço
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Olá Nel,
Quanto à questão de humanizar o cão, o programa abordava-a na prespectiva disso ser prejudicial para o próprio animal. Um cão 'humanizado' passa frequentemente por 'crises' de identidade e a maioria dos casos de cães 'problemáticos' decorre precisamente desta humanização do animal. Durante o programa foi mostrado o crescimento de um cahorro ( Um setter) desde a aquisição até ao estado Juvenil (quase adulto). A evolução deste caso era intercalada entre os vários temas que o programa abordou, mas posso dizer-lhe que de um cachorrinho muito querido que agradava a todos da casa chegámos a um cão sem ordem de entrar em casa, confinado à Lavandaria, e que só graças aos apelos das crianças da casa não foi 'despachado' pelos pais! No final do programa estavam finalmente a tentar 'recuperá-lo' com treino de obediência, mas imagine a confusão que não vai na cabeça daquele cão ( de muito amado e mimado a confinado e separado da 'familia'). Mostrou também outros casos, desde as reacções de uma cadela cadela 'mimada' à chegada de um bébé até à 'Fileira da morte' num canil, com cães para eutanasiar em que a grande maioria era o resultado de excessiva humanização no tratamento do cão em vez de um treino adequado ao animal que ele é.
Na minha opinião pessoal, um cão tem direito à sua 'identidade' e será completamente injusto 'obrigá-lo' a 'ser' aquilo que ele não é. Um cão é um cão! Gosta de correr, sujar-se na terra, morder objectos, lamber o chão, cheirar coisas que nós achamos a maior porcaria, deitar-se sobre lama, palha, cobertores velhos, etc.!!
É obvio que cada pessoa tem direito de tratar os seus animais como quiser ( salvo seja!) mas se querem estar de "igual" com os cães, então coloquem-se ao nível deles e não ao contrário! Não será isto menos egoista e mais justo para o animal de que tanto gostam?
É lógico que há sempre um meio termo, para tratar um cão como cão não é necessário tratá-lo mal! Prendê-lo no quintal com uma corrente ou alimentá-lo com os ossos mais descarnados que sobraram do jantar da semana passada não é tratar um cão como cão! Há que tratá-lo com a dignidade e o carinho que merece, mas assumindo que ele é um ser de uma especie com identidade própria não é um Ser Humano. Um cão pode ser muito especial para nós, mas o que o torna especial é precisamente porque É UM CÃO. Se alguém quer que um cão se comporte como uma pessoa, então eu nisto estou com o Gary....será melhor 'adoptarem' uma pessoa para viver convosco!
Cumprimentos
Paulo C.
Quanto à questão de humanizar o cão, o programa abordava-a na prespectiva disso ser prejudicial para o próprio animal. Um cão 'humanizado' passa frequentemente por 'crises' de identidade e a maioria dos casos de cães 'problemáticos' decorre precisamente desta humanização do animal. Durante o programa foi mostrado o crescimento de um cahorro ( Um setter) desde a aquisição até ao estado Juvenil (quase adulto). A evolução deste caso era intercalada entre os vários temas que o programa abordou, mas posso dizer-lhe que de um cachorrinho muito querido que agradava a todos da casa chegámos a um cão sem ordem de entrar em casa, confinado à Lavandaria, e que só graças aos apelos das crianças da casa não foi 'despachado' pelos pais! No final do programa estavam finalmente a tentar 'recuperá-lo' com treino de obediência, mas imagine a confusão que não vai na cabeça daquele cão ( de muito amado e mimado a confinado e separado da 'familia'). Mostrou também outros casos, desde as reacções de uma cadela cadela 'mimada' à chegada de um bébé até à 'Fileira da morte' num canil, com cães para eutanasiar em que a grande maioria era o resultado de excessiva humanização no tratamento do cão em vez de um treino adequado ao animal que ele é.
Na minha opinião pessoal, um cão tem direito à sua 'identidade' e será completamente injusto 'obrigá-lo' a 'ser' aquilo que ele não é. Um cão é um cão! Gosta de correr, sujar-se na terra, morder objectos, lamber o chão, cheirar coisas que nós achamos a maior porcaria, deitar-se sobre lama, palha, cobertores velhos, etc.!!
É obvio que cada pessoa tem direito de tratar os seus animais como quiser ( salvo seja!) mas se querem estar de "igual" com os cães, então coloquem-se ao nível deles e não ao contrário! Não será isto menos egoista e mais justo para o animal de que tanto gostam?
É lógico que há sempre um meio termo, para tratar um cão como cão não é necessário tratá-lo mal! Prendê-lo no quintal com uma corrente ou alimentá-lo com os ossos mais descarnados que sobraram do jantar da semana passada não é tratar um cão como cão! Há que tratá-lo com a dignidade e o carinho que merece, mas assumindo que ele é um ser de uma especie com identidade própria não é um Ser Humano. Um cão pode ser muito especial para nós, mas o que o torna especial é precisamente porque É UM CÃO. Se alguém quer que um cão se comporte como uma pessoa, então eu nisto estou com o Gary....será melhor 'adoptarem' uma pessoa para viver convosco!
Cumprimentos
Paulo C.
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Olá
Eu estou 100% ...
100% não. 200% por cento de acordo com o PauloC.
Eu trato os meus cães como eles são de facto. Como cães. A humanização a que me refiro é mais de carácter intelectual. Vai mais no meu pensamento, nos meus sentimentos, nas minhas emoções. Eles poderão sentir (e sentem, estou certo) que lhes quero muito, mas esse afecto de modo algum interfere na disciplina, na hierarquia, na posição que cada um deve ter dentro da família. É uma humanização mais do género de fazer de conta, como referi.
Eu sei que os graus de (chamemos-lhe) humanização variam de pessoa para pessoa. Também referi que em certos casos até poderão atingir níveis doentios. Há situações, de que já tive experiência, de transferência de afectos e de preenchimento de solidões. O que é necessário é estar-se atento. O resultado até poderá ser complicado. Conheço pessoas que cairam nessa armadilha e agora já não conseguem domar os bichos.
Esta situação, aliás, remete-nos para a tão debatida problemática dos cães perigosos. Muitos são-no por estes motivos, embora haja outros, claro.
Isto é mesmo um fenómeno eminentemente urbano, assim como o conceito "cão de companhia". É fruto do meio.
Há um aspecto que não referi na minha anterior mensagem (que já ia longa...) que tem a ver com os graus de humanização. Aferir o amor que se nutre pelo cão em função da forma "humana" como se trata é, de facto, sofismar a questão.
Tenho pena de não ter visto o programa. Mas creio que no essencial não alteraria a minha opinião sobre o assunto.
Eu estou 100% ...
100% não. 200% por cento de acordo com o PauloC.
Eu trato os meus cães como eles são de facto. Como cães. A humanização a que me refiro é mais de carácter intelectual. Vai mais no meu pensamento, nos meus sentimentos, nas minhas emoções. Eles poderão sentir (e sentem, estou certo) que lhes quero muito, mas esse afecto de modo algum interfere na disciplina, na hierarquia, na posição que cada um deve ter dentro da família. É uma humanização mais do género de fazer de conta, como referi.
Eu sei que os graus de (chamemos-lhe) humanização variam de pessoa para pessoa. Também referi que em certos casos até poderão atingir níveis doentios. Há situações, de que já tive experiência, de transferência de afectos e de preenchimento de solidões. O que é necessário é estar-se atento. O resultado até poderá ser complicado. Conheço pessoas que cairam nessa armadilha e agora já não conseguem domar os bichos.
Esta situação, aliás, remete-nos para a tão debatida problemática dos cães perigosos. Muitos são-no por estes motivos, embora haja outros, claro.
Isto é mesmo um fenómeno eminentemente urbano, assim como o conceito "cão de companhia". É fruto do meio.
Há um aspecto que não referi na minha anterior mensagem (que já ia longa...) que tem a ver com os graus de humanização. Aferir o amor que se nutre pelo cão em função da forma "humana" como se trata é, de facto, sofismar a questão.
Tenho pena de não ter visto o programa. Mas creio que no essencial não alteraria a minha opinião sobre o assunto.
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