Campanha "Cães sem correntes"

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Fsetter
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quarta fev 22, 2006 5:26 pm

LuMaria Escreveu:Primeiro tem que se ensinar: O seu animal não é um objecto que serve para comer o lixo que sobra do jantar. Depois então, parte-se para ideias mais complexas.
Leia melhor a página e o material de campanha e verá que é exactamente isso que pretendem. ;-)
PauloC Escreveu:Porquê lutar contra moinhos de vento, quanto existem 'montros reais' que necessitam de ser combatidos?
Não queria nada entrar em debates "filosóficos", mas discordo totalmente do seu ponto de vista. No nosso triste país, os "moinhos de vento" (como lhes chama), são bem reais: são a ignorância, os maus costumes, a falta de informação. Se nos empenhássemos em lutar contra esses "moinhos de vento", informando e sensibilizando as pessoas, não existiriam tantos "monstros reais" para serem combatidos.

A origem de grande parte dos problemas graves do nosso país tem a ver com a mentalidade das pessoas e o enraizamento de ideias inconcebíveis para os dias de hoje. Não adianta andar a tapar buracos, tem é de se apostar na mudança de mentalidades. Se as pessoas não começaram a encarar as coisas sob outra perspectiva, nada mudará. :|
Rafeirosimpatico
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quarta fev 22, 2006 5:44 pm

Fsetter isso no campo é a dar e a vender!! Infelizmente ainda existe esse tipo de mentalidade retrogada nas zonas rurais que cao é para estar acorrentado e a comer os restos dos donos! Nao sou contra as campanhas.... mas acho que é mais uma para cair no esquecimento!
LuMaria
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quarta fev 22, 2006 5:48 pm

Muito honestamente? Vamos lá dizer à ti Erminda para tirar o bichinho da corrente e dar-lhe um baldinho de ração. Dinheiro deitado ao lixo, a ti Erminda não entende e diz que a juventude está perdida.
O futuro está nas crianças. E entretanto há sitios muito mais desesperados onde aplicar donativos, onde gastar dinheiro.
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
<p>Tourada n&atilde;o &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, &eacute; crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta viol&ecirc;ncia</p>
chiaroscuro
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quarta fev 22, 2006 6:14 pm

Ó minha gente, com este tipo de mentalidade nunca mais vamos a lado nenhum. Tudo serve para apontar o dedo. Se ninguém faz nada é porque ninguém faz nada. Se alguém tenta fazer alguma coisa é porque a está a fazer mal. Se alguém se lembra de alguma iniciativa para melhorar alguma coisa, diz-se logo que não deveria fazer assim, mas fazer assado. Enfim, preso por ter cão e preso por não ter.

Ainda bem que ainda vai havendo pessoas que se esforçam por tentar fazer algo para melhorar este país. Se fossemos todos tão derrotidas e "bota abaixo" como algumas pessoas que aqui escreveram, ainda mais valia não se fazer nada. Sejam eles os cães abandonados na rua, cães a morrer em canis, cães a desesperar em associações, cães presos a correntes, cães presos em varandas, cães usados em lutas, whatever, TODOS ELES PRECISAM IGUALMENTE DE AJUDA! São animais que têm vidas miseráveis e que deveriam ser ajudados.

Falar é fácil, mas transformar ideias em iniciativas reais é muito mais complicado. É preciso haver movimentos nacionais como este, é preciso haver campanhas, é preciso fazer circular informação. As iniciativas só caem no esquecimento se NÓS deixarmos. E, se estivermos verdadeiramente interessados em que as coisas mudem e em contribuir para isso, as coisas acabam por mudar sim.
anjjazul
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quarta fev 22, 2006 7:49 pm

não sei se o problema são as zonas rurais. ou só estas. vivo há bastante tempo, nestas zonas e vejo de tudo. cães acorrentados, cães soltos em quintais, cães em apartamentos e cães a vaguearem pela rua. mas tb. vejo disso na cidade. o mesmo, no que respeita à alimentação e cuidados. generalizar desta maneira :evil:
mas claro que é um problema de mentalidades. parece-me mais produtivo mudar essas mentalidades no terreno do que com grandes campanhas abstractas onde ninguém se revê.
por estas bandas, é uma calamidade. animais abandonados, mal tratados, etc. mas alguns "campónios" já se começam a preocupar com a saúde do cãozinho, bem estar, natalidade, etc. devagarinho... exasperantemente devagar :roll:
anjjazul
fang
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quarta fev 22, 2006 10:11 pm

LuMaria Escreveu: Muito honestamente? Vamos lá dizer à ti Erminda para tirar o bichinho da corrente e dar-lhe um baldinho de ração. Dinheiro deitado ao lixo, a ti Erminda não entende e diz que a juventude está perdida.
O futuro está nas crianças. E entretanto há sitios muito mais desesperados onde aplicar donativos, onde gastar dinheiro.
O que eu ia dizer, está aqui mais ou menos já dito. ;)


E há outra coisa: Entre um cão acorrentado com amplo espaço de movimento e outro enclausurado num cubículo de 1 m2, ambos durante a maior parte da vida, prefiro de longe a 1ª opção. Mal por mal...

O problema aqui não são as correntes. Eu proprio utilizo confinar cães deste modo durantes várias horas do dia, como utilizo boxes, com utilizo a minha cozinha ou o meu quarto... quando é preciso, não vejo nada de surreal. Não vejo que um cão preso á trela (corrente) esteja em desvantagem em relação aos outros. Nem noto que seja mais infeliz.
O problema está nas condições em geral e sobretudo na negligencia e não nas correntes.

Por essa ordem de ideias, quem visse pelo menos 3 dos meus cães presos dessa maneira durante determinada altura do dia, pensaria automaticamente que o cão vivia ali a vida toda e era mais infeliz do que o cão do meu vizinho que apenas sai do cubiculo em dias de caça.
E mesmo nos meios rurais, conheço muito cão acorrentado que tem todos os dias as suas horas de liberdade, muitas vezes fazendo o que mais gosta, ao contrário de muitos que vivem em casa (apartamento) junto com os donos.
As aparencias muitas vezes iludem. Outras vezes nem por isso..., mas isso está lá em cima implícito na minha citação da LuMaria.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
Fsetter
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quinta fev 23, 2006 12:04 am

Queiram desculpar-me, mas parece-me que estão a discutir o sexo dos anjos. Talvez o título que deram à campanha não seja o mais elucidativo. Mas, para quem ainda não percebeu ou não se quis dar ao trabalho de ler, parece-me bem claro que o que se pretende é tentar mudar a vida dos cães que vivem permanentemente presos, seja a uma corrente, numa varanda ou divisão da casa.

Claro que há pessoas que prendem pontualmente os seus animais, mas não li nada contra isso. Claro que há pessoas com as quais a sensibilização e educação não funciona, mas parece-me estar claro que se tem consciência disso.

O futuro está nas crianças, certo. Mas isso não quer dizer que não se faça um esforço para se tentar mudar a vida dos animais que sofrem neste preciso momento. Acho muito bem que se traga a lume o sofrimento dos cães acorrentados ou presos ou isolados, ou o que lhes prefiram chamar. Todas as pessoas sabem que eles existem e que sofrem em silêncio. Mas, pronto, é mais prático não se fazer nada, ou criticar-se aqueles que pelo menos tentam fazer algo.
chiaroscuro Escreveu: Ó minha gente, com este tipo de mentalidade nunca mais vamos a lado nenhum. Tudo serve para apontar o dedo. Se ninguém faz nada é porque ninguém faz nada. Se alguém tenta fazer alguma coisa é porque a está a fazer mal. Se alguém se lembra de alguma iniciativa para melhorar alguma coisa, diz-se logo que não deveria fazer assim, mas fazer assado. Enfim, preso por ter cão e preso por não ter.

Ainda bem que ainda vai havendo pessoas que se esforçam por tentar fazer algo para melhorar este país. Se fossemos todos tão derrotidas e "bota abaixo" como algumas pessoas que aqui escreveram, ainda mais valia não se fazer nada. Sejam eles os cães abandonados na rua, cães a morrer em canis, cães a desesperar em associações, cães presos a correntes, cães presos em varandas, cães usados em lutas, whatever, TODOS ELES PRECISAM IGUALMENTE DE AJUDA! São animais que têm vidas miseráveis e que deveriam ser ajudados.

Falar é fácil, mas transformar ideias em iniciativas reais é muito mais complicado. É preciso haver movimentos nacionais como este, é preciso haver campanhas, é preciso fazer circular informação. As iniciativas só caem no esquecimento se NÓS deixarmos. E, se estivermos verdadeiramente interessados em que as coisas mudem e em contribuir para isso, as coisas acabam por mudar sim.
Fico satisfeito por ver que há mais pessoas com este ponto de vista. Infelizmente, os portugueses são muito passivos, têm falta de iniciativa. E quem sofre com isso são todos os que cá vivem: os de duas patas e os de quatro.
imarcelo
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quinta fev 23, 2006 10:01 am

As campanhas podem ser feitas! Agora o resultado das mesmas é que não será satisfatório, seja no campo ou na cidade. O Português até tem iniciativa, mas para fazer cumprir seja o que for, o Português precisa de ''ou fazes ou vamos-te aos bens'', só assim as coisas funcionam!

Sem falar no caso que a LuMaria frisou e bem, da ignorância de muita gente, em que pensa que o animal é para ser aquilo que é, estar na rua, andar morto de fome porque assim até guarda a casa!

Há muita coisa a mudar, mas é toda a mentalidade de um povo!
<p>Isabel</p>
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<p>&nbsp;</p>
marciamachado
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quinta fev 23, 2006 10:19 am

Os cães acorrentados são uma realidade, que está ligada não ao mau carácter dos donos, mas à forma como estes aprenderam a tratar dos animais. É um problema de mentalidade sobretudo das faixas etárias mais velhas. Nunca estive ligada a nenhuma associação de ajuda animal, mas penso que apesar do bom trabalho que fazem, o seu objectivo está um pouco limitado a acolher cães e arranjar-lhes donos. Esta limitação prender-se-á de certeza com o facto dos recursos serem poucos e os cães abandonados muitos. Há ainda outro grave problema associado, é a não intervenção do estado. O estado limita-se a ter canis temporários para os animais e a vaciná-los. As leis que existem relativamente aos animais, como muitas outras não são cumpridas e quase ninguém se importa com isso.
Parece-me pois que é preciso dar um passo em frente e começar a apostar seriamente na prevenção. Ou seja, vamos evitar que hajam tantos animais abandonados e maltratados. O que fazer para o conseguir: campanhas de sensibilização à população. A resolução do problema passa por uma alteração da forma de pensar da população. O discurso que se ouve há anos que culpabiliza o dono que abandonou o cão, já está fora de moda, e nunca teve qualquer efeito.
Para mim as soluções passam essencialmente pela sensibilização da população e pela oferta de hóteis para cães ou de outras alternativas de acolhimento quando os donos vão de férias.
Visto que cada vez há mais associações de defesa dos animais espalhadas pelo país, seria interessante estas trabalharem conjuntamente com as Câmaras Municipais nestas campanhas de sensibilização. Poder-se-iam fazer alguns folhetos informativos, que seriam distribuidos pelos voluntários à população. Sugiro mesmo que à semelhança da campanha do Sr. Ponto Verde (que vai a casa das pessoas ver se fazem a reciclagem), os voluntários vão a casa das pessoas entregar o folheto, ver se têm cães e de uma maneira muito positva sensibilizar as mesmas. Atenção que não é com acusações e proibições que se vai lá!
Outra das sugestões que deixo, passa por sensibilizar os médicos de família. Portugal começou recentemente a "acordar" para o problema da obesidade. Se repararem há cada vez mais pessoas a partir dos 40-50 anos a andar. Eu penso que os médicos de família receitam caminhadas aos pacientes para emagrecerem. Não sei se esta recomendação das caminhadas foi feita a todos os médicos do país, ou se deriva apenas de alguns centros de saúde, ou mesmo só de alguns médicos. Mas porque não, associar à caminhada o cão? Até se podia arranjar uma frase gira: CAMINHAR SOZINHO NÃO, LEVE O SEU CÃO.
Penso que era uma campanha muito interessante para as organizações de defesa dos animais fazerem junto dos centros de saúde da sua zona. E claro que se resultasse, o cão que está fechado em casa passaria a sair, e o seu dono em vez de ir andar sozinho, levaria companhia, o que seria muito melhor. Além do mais, se for o médico a dizê-lo terá muito mais credibilidade.
São as minhas sugestões.
Márcia.
PauloC
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quinta fev 23, 2006 12:47 pm

Eu acho que somos todos inteligentes e certamente estaremos de acordo se eu disser que as pessoas que têm os cães presos por correntes ou confinados a cubiculos ou a varandas não estarão certamente à espera da 'voz da consciência' transmitida por uma qualuer campanha para irem a correr construir canis maiores, comprar uma vivenda com quintal ou deixar o cão viver à vontade dentro do apartamento. Se fazem isso é porque são essas as condições que têm e que convencidamente (coisa de muitas gerações) pensam que é o suficiente. Se esta campanha os fizer mudar de ideias, o mais provável é que percebam é que não têm condições para ter cães....e já sabemos no que é que isso resulta, certo?
Há que pensar muito bem no que se faz. Se dissermos à "Ti Ermelinda" que ela não pode ter o cão preso á corrente ou dentro do tal cubiculo, das duas uma, ou ela ouve e não faz nada, ou então no dia seguinte o cão junta-se ao rol de problemas dos cães errantes!
Fsetter
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quinta fev 23, 2006 2:45 pm

Mas será que aqui alguém se deu mesmo ao trabalho de ver o material da campanha (o postal e o folheto)? Parece-me óbvio que não se está a tentar impingir nada a ninguém nem se quer ameaçar ninguém. O que se quer é informar e ajudar. Ajudar os animais e ajudar as pessoas que os mantêm em más condições (essencialmente aquelas que o fazem porque não conhecem outra realidade). Custa-me acreditar como é que pessoas que dizem gostar de animais, tanto apontam o dedo a uma iniciativa para melhoria das condições de vida de alguns animais.

E é claro que em tudo há o reverso da medalha. Por exemplo, as associações de recolha de animais estão a abarrotar. E, naturalmente, não têm condições de receber mais animais. Deverão elas aceitar todos os animais que vão lá entregar só por receio que as pessoas os abandonem? Claro que não.

Outro exemplo ainda, quando aqui há uns anos veio a lume e se debateu fortemente a questão das lutas de cães, não tenho a mínima dúvida que houve muita gentinha de achou piada àquilo e que se tornou adepta e frequentadora assídua de lutas de cães. Mas é por isso que vamos deixar de informar as pessoas e tentar sensibilizá-las que usar-se cães em lutas não está correcto? Claro que não.

Parece-me que estamos todo de acordo que a melhoria das condições de vida dos animais passa pela mudança de mentalidades. Citando a página da campanha "O processo de sensibilização e informação da comunidade é um processo moroso, é verdade. Os resultados muitas vezes só se vêem a médio ou longo prazo, mas é urgente dar-se o primeiro passo nesse sentido." Não poderia estar mais de acordo.
bita322
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quinta fev 23, 2006 3:32 pm

Ola boa tarde;

Será que a campanha vai resolver todos os problemas das más condições que alguns donos tem os animais? É obvio que não.

Será que a partir da dita campanha não irão aparecer novos casos de caes em más condições? Obvio que não.

Será que a campanha vai cair em "saco roto" de todos quantos serão sensibilizados? Francamente não acredito, se pelo menos um dono em cada aldeia, cidade etc que a campanha chegar mudar a sua posição, reflectir talvez seja alguma coisa. Não se mudam mentalidades de um dia para o outro, campanhas só por si não resolvem os problemas , mas podem sim ajudar.

Não vai ser campanha que vai mudar a mentalidade de todos, se mudar a de uma pesssoa já é alguma coisa e se mais campanhas se fizerem maior a probabilidade de se ir mudadando as ditas mentalidades, informação nunca é demais.
Sensibilizar nunca fez mal, pode não ser o suficiente mas será certamente melhor que nada.
Cumps
anasabreu
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quinta fev 23, 2006 4:22 pm

Eu acho que devem centrar a campanha não nas correntes mas sim nos maus-tratos que certos bichinhos sofrem...
Quem dera muitos cães serem tratados com o mesmo amor e cuidados como os que conheço e estão acorrentados.

Como já alguém disse neste tópico, há correntes e correntes... Ter um animal acorrentado toda a sua vida, sem 1 unico minuto solto para "esticar as pernas", a comer os restos da mesa dos "proprietários" e a única altura que sentem a mãos destes é quando este lhes vai bater para se calarem (e quando não é com um pau), isso sim é crueldade.

Agora, ter um cão preso a uma corrente de 3 ou 4 metros que corre por um arame de 10, comer uma boa ração e ainda assim ser solto todos os dias para brincar a vontade com o seu amigo dono não me parece nada mal! Muito pelo contrário... tem muito mais liberdade do que um apartamento cheio de bibelots e mesas e cadeiras onde o dono ralha se o animal saltar ou correr um bocadinho!

Por favor... eu adoro os meus bichos todos e todos os que me aparecem a frente, mas se também gosto das minhas plantas e horta, se a maioria das quintas (ou casas rurais) do nosso país nem muro têm... será melhor os cães andarem a solta? Serem atropelados? Serem considerados abandonados? Serem levados para um canil com 3m2 a dividir por 6 cães como tenho visto?

Bolas... sinceramente por vezes tenho medo das pessoas que se entitulam "amigas dos animais"!

Há que usar essas forças e tempo para pressionar o governo a criar leis que obriguem a esterilizar as cadelas que não são para procriar, obrigar a associação protectora dos animais a fazer o trabalho de inspecção a denuncias de maus tratos... Usar o exemplo dos países desenvolvidos e nao dos de 3º mundo.

É de louvar a iniciativas para ajudar os animais pois coitaditos nao têm como se defender... mas mandar um tiro ao ar não serve de nada!


[b][color=darkred]O PROBLEMA NÃO SÃO AS CORRENTES, SÃO OS DONOS E AS ATITUDES[/color][/b]
<p>Ana Abreu</p>
<p><u>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; </u></p>
<p>Sorrir sempre...</p>
AcTiOnGiRl
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quinta fev 23, 2006 4:59 pm

Os meus cães pelo menos à noite, enquanto estão sozinhos ficam presos em correntes e outros em canis.
Isto porque, juntos não se entendem, e se estamos à beira deles as coisas estão bem, quando os deixamos pronto começam a mostrar dominancia.

Se me perguntarem se me sinto mal por deixar os cães presos, se tenho peso na consciência a minha resposta é NãO.

E sabem porquê?

Porque durante o dia andam soltos livremente, correm, pulam, socializam uns com os outros, brincam com os donos, com crianças.
Têm o máximo de liberdade, de atenção e de carinho.
Agora, para bem deles, não podem ficar soltos.

Se me disserem, não os podes deixar soltos?

A resposta é posso, só que em vez de ter 6 tinha apenas 1, é solução desfazer-me de 5 para que um esteja em liberdade?
Os Boxers são frequentemente descritos como os filósofos entre os cães, talvez porque às vezes parecem sonhadores e distraídos.
chiaroscuro
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quinta fev 23, 2006 5:17 pm

:roll: A campanha é sobre alhos... e continuam a insistir em falar em bogalhos... :roll:
A Triste Realidade

Por todo o país, são demasiados os cães que sofrem em silêncio porque ninguém sabe que estão acorrentados, porque ninguém se importa que estejam acorrentados ou simplesmente porque ninguém quer interferir para tentar melhorar a vida desses animais. Estes animais dormem dentro de um bidão ou dentro de uma minúscula casota degradada, sentam-se sobre a lama ou sobre o cimento gelado, muitas vezes não têm água fresca à disposição, raramente têm atenção...

A maioria destes cães vive toda a sua vida na extremidade de uma corrente, dia após dia, mês após mês, ano após ano... A maioria destes cães nunca passeou, nunca teve o prazer de saber o que é brincar, e muito menos sabe o que é ser acarinhado. Acorrentados pelo pescoço, estes pobres animais não vivem, simplesmente existem. Existem sem respeito, sem carinho, sem exercício, sem interacção social e, por vezes, sem os cuidados alimentares básicos. À medida que os dias se transformam em anos, a maioria destes cães deita-se, senta-se, dorme, come, bebe, urina e defeca dentro do mesmo raio de dois metros...

Em muitos casos, o pescoço de um cão acorrentado fica em carne viva e coberto de feridas, não só porque o tamanho da coleira não é adequado ao tamanho do pescoço (a coleira original já era demasiado apertada ou o animal foi crescendo e a coleira não "acompanhou esse crescimento), mas também porque o cão está permanentemente a tentar forçar ao máximo a corrente para escapar da reclusão a que foi submetido. Não em raros casos, a coleira acaba mesmo por se incorporar no pescoço do animal, acabando por apodrecer essa zona. São casos muito tristes, mas muito reais...
O que está em causa é isto, cães presos sem as mínimas condições. É preciso fazer um desenho? :roll:
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