CPC e a displasia da anca... finalmente!!!

Este é o fórum dedicado exclusivamente à raça Pastor Alemão! Troque ideias e tire dúvidas sobre esta raça.
VascoV
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sexta mar 17, 2006 12:45 am

Bem, se me permitem que está em Lisboa não tem de " ver o animal" tem é de catalogar as radiografias...

Outra coisa é o CPC ou a OMV dizer quais as clinicas com mais condições, é que não há maneira de o fazer a menos que exista uma certificação especifica.Por essa razão é totalmente despropositado se por exemplo a WUSV diz só aceitar RX de veterinarios X e Y.
conversas
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sexta mar 17, 2006 10:20 am

Há uma intervenção do Vasco V, que não sei porque razão
não está neste forum, que é deveras PERTINENTE.

Já algum criador pensou, que antes de auscultar a opinião
da WUSV no que respeita à displasia, as suas exigências
no que respeita a elaboração dos RX, aceitação dos médicos
veterinários ou clínicas. etc., poderá ser prematuro pensar e
especialmente para os criadores que vão cumprir esta nova
exigência do CPC, que têm o assunto resolvido ?

E se por uma qualquer incompatibilidade e no que respeita aos
criadores do PA, a WUSV não aceitar a APMVEAC. A quem devem
"obedecer" os criadores ?

Um abraço

Vitor Santos
fontedasbicas
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sexta mar 17, 2006 11:14 am

Bom Dia a todos os foristas,

VascoV:
Todos nós sabemos que um exame radiológico efectuado com o animal em presença é mais completo, é que há determinados items que complementam o RX...

VascoV e Vitor:
Na minha opinião de criador PA, este protocolo do CPC e APMVEAC é um passo em frente, mas como é dirigido a todos as raças...
Agora o que eu acho é que devemos ter em Portugal uma entidade, PACP ou Associação, que regule a criação do PA, e essa sim, deverá estar em conformidade com a WUSV. Por exemplo em Espanha com o RCEPPA. Não se deve neste momento, misturar CPC, OMV, APMVEAC, PACP ou Associação e muito menos WUSV.
Penso que primeiro deveríamos "aproveitar" a oportunidade do protocolo entre o CPC e a APMVEAC, e no clube português(PACP ou Associação), depois de reconhecido pela WUSV, criar regulamentos próprios que por sua vez seriam aceites pela WUSV.

De qualquer maneira congratulo-me pela forma cívica que até ao momento, todos os foristas deram a sua opinião. Gostaria que fossem mais e com mais informação.

antonio pato do canilfontedasbicas
jcsousa
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sexta mar 17, 2006 11:37 am

Já algum criador pensou, que antes de auscultar a opinião
da WUSV no que respeita à displasia, as suas exigências
no que respeita a elaboração dos RX, aceitação dos médicos
veterinários ou clínicas. etc., poderá ser prematuro pensar e
especialmente para os criadores que vão cumprir esta nova
exigência do CPC, que têm o assunto resolvido ?

E se por uma qualquer incompatibilidade e no que respeita aos
criadores do PA, a WUSV não aceitar a APMVEAC. A quem devem
"obedecer" os criadores ?
Esse é realmente o ponto...O CPC só aceita a avaliação dos rx feito pela APMVEAC? A WUSV aceitará a avaliação da APMVEAC? Como é que a coisa se vai resolver? Esse será um trabalho "extra" para o clube que fôr reconhecido...

Quanto aos vets, e no caso do PA, sou a favor de que o clube certifique apenas alguns vets para fazer o exame, tal como faz o clube espanhol.

Sendo um leigo na matéria, já vi posicionarem-se os cães incorrectamente ao fazer-lhes o rx, além de já ter visto diagnósticos baseados em rx feitos sem anestesia...

Cumprimentos

José Carlos
Daktari2
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sexta mar 17, 2006 12:04 pm

Caros amigos
Existe um pormenor que talvez não se tenham apercebido

Após a leitura do RX este vai ser averbado no LOP pelo CPC clube reconhecido pela FCI e representante da canicultra em Portugal, como tal não existe nenhuma imcompatibilidade com a WUSV.
Esse a verbamento vai ser reconhecido em todo o lado pelo PACP pela WUSV e todos os seus membros e pelos membros da FCI.

Nas ultimas reuniões entre a FCI e a WUSV ficou acordado que reconheciam os averbamentos feitos por ambas as entidades, como tal não vai problema nenhum com este assunto

Como outra informação o Dr Brass passou a ser o responsavel pela ortopedia da FCI e neste momento vive no Brasil, já não é ele que vê as radiografias da SV são os seus antigos assistentes da Universidade de Hannover, mas isto tambem não é relevante porque já há muitos anos era assim que acontecia, ele apenas era o responsavel, ou alguem acredita que uma pessoa sozinha conseguia ler rx de varios paises ou mesmo tempo e dar aulas na universidade ao mesmo tempo e todas as outras actividades de uma personalidade desta dimensão.

Cumprimentos a todos

P.S.
Agora sim o debate e de salutar
jcsousa
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sexta mar 17, 2006 5:04 pm

Se é como diz o daktari2, então é menos um problema para resolver, embora tenha ainda algumas dúvidas sobre o assunto, que a seu tempo serão esclarecidas certamente.

De qualquer modo, a haver alguma incompatibilidade, ela teria de ser resolvida no âmbito do clube que fôr reconhecido na WUSV.

Sobre o dr. Brass, é evidente que ele delega já há muitos anos a análise dos rx nos seus assitentes, como não poderia deixa de ser.

Cumprimentos

José Carlos
cristina100
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sexta mar 17, 2006 6:34 pm

PACP area da displasia , já algum tempo que podemos obter informações sobre o assunto.
bjs
VascoV
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sábado mar 18, 2006 11:14 am

Olá

Bem, vai desculpar mas a presença do animal não é necessária nem lança mais luz, as radiografias bem identificadas e sem "trocas", são tudo o que é necessário e ver o cão não serve de nada. A displasia detecta-se com o RX e mai nada :) .

Mais um exemplo, para não falarmos somente da OFA...o Pennhip... as rads são enviadas pelo médico veterinario para os Estados Unidos para a avaliação e relatorio. Aliás presentemente somente recorro ao Pennhip, pela sua capacidade de detecção precoce da displasia da anca face ao método mais difundido.

O grande problema que existe, pelo menos em Portugal é que alguns clubes fazem protocolos com veterinários e somente aceitam so despistes efectuados por estes..o que é anedóticos pois recusam despistes efectuados por médicos veterinarios tão ou mais habilitados por eles.O que se configura ridiculo.

O que eu estava a pensar era que a WUSV faria como alguns clubes há anos, a lançar um numero de veterinarios "aceites" e ignorar outros, deixando pessoas que há 40 anos trabalham em Ortopedia e escreveram grande parte da literatura sobre otopedia usada hoje em dia, de fora, o que era uma grande anedota.

Resta saber como a WUSV reage a despistes de displasia da anca efectuados pelo PennHip...
jcsousa
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sábado mar 18, 2006 12:23 pm

O que eu penso sobre este assunto é que o clube deve indicar uma série de vets de competência reconhecida para o efeito, distribuidos pelas várias zonas do país, e não deixar à livre escolha do criador a realização dos rx.

Não quero dizer que acontecesse, mas trata-se de minimizar as hipóteses de exames fraudulentos. Quem regulamenta este tipo de situações deve ter sempre em mente deixar o mínimo de "buracos" que permitam situações menos claras, sendo no entanto certo que estas nunca serão evitadas a 100%.

A WUSV neste momento só aceita o método tradicional, poderá vir a aceitar o penhip, mas pelo que conheço da instituição as mudanças são feitas com firmeza, mas lentamente.

Cumprimentos

José Carlos
conversas
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segunda mar 20, 2006 9:55 am

Bom dia a todos.

Ó Vasco explique lá como se processa o "pennhip",

eu não sei e deve haver outros foristas como eu que

não sabem. Deduzo que se trata de uma nova forma

de detectar a displasia, mas recorre a anestesia geral,

também ?.

Já que este forum se tornou ultimamente naquilo que

sempre devia ter sido, um local para esclarecer e para

trocar ideias e pontos de vista, fico a aguardar.

Um abraço

Vitor Santos.
VascoV
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segunda mar 20, 2006 10:57 pm

Olá Vitor

O melhor será ir à fonte.... ;)


http://www.pennhip.org/
conversas
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terça mar 21, 2006 7:07 pm

Ao Vasco.

Fiquei elucidado, sinceramente, não tinha conhecimento
que se poderia efectuar o teste tão cedo e logo as 16
semanas (pelo menos no que respeita ao PA).

E há "muitos" veterinários cá em Portugal a trabalhar com
a Universidade da Pensilvania ?

Um abraço

Vitor Santos
conversas
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terça mar 21, 2006 7:19 pm

Ao Dakatari 2.
É possível que haja um acordo entre a WUSV e a FCI, para o
reconhecimento do trabalho dos clubes, mas sê-lo-á para o
CPC, que só agora e no ano de 2006, vai tornar obrigatório
o despiste, quando e no que respeita ao PA e aquando da
criação da WUSV, nos anos 70, ficou determinado e para todos
os filiados nesta organização que a despistagem seria obrigatória,
será que Portugal com 30 anos de atraso vai ser equiparado aos
clubes mundiais com estes hábitos já enraizados ?

Não sou céptico, mas sou livre de ter dúvidas.

Um abraço.

Vitor Santos
hirasclan
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terça mar 21, 2006 7:51 pm

Olá a todos, há já algum tempo que tinha decidido não frequentar este forum pelas razões que todos conhecem, no entanto e após insistencia de um amigo hoje voltei a vir aqui e em boa hora o fiz pois isto está realmente mudado.
Quanto ao tema em discussão penso que não podemos esperar que o cpc obrigue desde já aos despistes, por ser um regulamento novo deverá ter algum tempo de habituação, ou seja, por enquanto deverá ser facultativo o despiste, digo eu.
Este regulamento vem com uns anos de atraso, há uns anos atrás estaria bem como está, hoje em dia está, a meu ver, desactualizado.
Ao admitir sem excepções os graus A e B para reprodução e ao porem algumas reticencias ao grau C vão complicar ainda mais as coisas, todos conhecemos exemplares com grau C que tiveram filhos A e vice versa (Jeck v. Noricum "C" / Zamb v. d. Wienerau "A") para citar dois dos pilares da criação. Quanto a mim não será tanto o grau que se apresenta mas sim o HD ou indice de transmissibilidade de cada exemplar que deverá contar na altura da criação, até porque os nossos amigos americanos já provaram que cerca de 70% dos casos de displasia são de origem ambiental e não genética, daí dizer que este regulamento vem tarde e está desactualizado nos dias de hoje, no entanto será melhor que nada e deverá ser um inicio.

Cumprimentos,

Luis Carvalho
jcsousa
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terça mar 21, 2006 8:18 pm

Olá. Luis.

Discordo em parte da sua afirmação de 70% dos casos de HD ser de origem ambiental. Isto é, um cachorro que seja submetido a sobreesforços continuados e mantido em más condições de alimentação, piso escorregadios, etc, pode realmente desenvolver uma laxidão das estruturas de fixação da artidulação da anca, e é por isso que acho que se deve alertar os proprietários para esses factores. Mas, a não ser que tais condições sejam muito intensas e sobretudo repetidas, a HD só surgirá se para tal houver predisposição genética. Pelo menos é essa a informação de que disponho sobre o assunto.

Sobre o HD- Zuchtwert não penso que seja exequível a sua aplicação imediata num país como o nosso, e refiro-me à "nossa " raça concretamente. É por isso que acho que a permissão para criar aos exemplares que tenham a1, a2 ou a3 é já em si uma medida de saudar.

Cumprimentos

José Carlos
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