gary Escreveu:
O mais díficil para mim não é o abate , é ter que decidir .
É verdade. E é também o tempo que se segue. Conheço pessoas que tomaram essa decisão e por mais racionais que queiram ser, considerando que isso era a forma de aliviar o animal de um sofrimento horrível, ficam sempre com aquela sensação estúpida de culpa.
Voltando á vaca fria, falemos de eutanásia.
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No meu caso o sentimento de culpa, senti-o de outra forma: o não termos tomado a decisão mais atempadamente e ter deixado os animais sofrer.
Quando se fala em falta de coragem para tomar esta decisão, é bem verdade que ela existe.
Mas é preciso que se note que é a decisão de uma vida que nos é muito querida, de excelentes momentos passados, de emoções vividas, que é posta nas nossas mãos e somos nós que temos de decidir sobre aquela vida.
Acreditem que é muito difícil, e só quem passa por isto é que sabe o que se sente ( quem não passou, Deus queira que nunca passe.....)
Quando se fala em falta de coragem para tomar esta decisão, é bem verdade que ela existe.
Mas é preciso que se note que é a decisão de uma vida que nos é muito querida, de excelentes momentos passados, de emoções vividas, que é posta nas nossas mãos e somos nós que temos de decidir sobre aquela vida.
Acreditem que é muito difícil, e só quem passa por isto é que sabe o que se sente ( quem não passou, Deus queira que nunca passe.....)

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Eu concordo com a eutanásia nos humanos nas mesmas condições que concordo nos animais. Quando o sofrimento já é tanto que impede a pessoa ou animal de viver normalmente...
Felizmente nunca tive de passar por isso, e espero nunca passar mas acredito que deve custar e muito... mesmo muito....
Rita
Felizmente nunca tive de passar por isso, e espero nunca passar mas acredito que deve custar e muito... mesmo muito....
Rita
A relacao de confianca dono/veterinario e essencial num caso de eutanasia.
Vou contar-vos a historia do meu coelho Filipe, que tambem se podia ter passado com um cao:
O Filipe estava muito doente (apatico) e foi levado ao veterinario. O veterinario constatou que um rim estava maior do que o outro e que o animal estava em sofrimento e que ia morrer. Decidiu o veterinario nao fazer analizes, radio-X ou mais nada, mandou-nos para casa com o Filipe, e mandou-nos alimenta-lo com uma seringa de papa "Nutricia". O animal nao fazia necessidades. Por isso deu-nos uma seringa com um liquido (ja nao sei o que era) para o ajudar a fazer coco. O animal nao bebia. Que lhe dessemos soro fisiologico. Foi um horror! Passei dois dias de simples horror a ver o animal sofrer e definhar nas minhas maos. Nao lhe podia fazer mais nada senao forcar-lhe uma maldita seringa na boca e chorar quando o via cuspir.
Passados dois dias, levei o Filipe ao veterinario de novo. Pedi que lhe fizesse uma eutanasia. Que nao, que nao concordava com isso. Que o animal tinha o direito de morrer naturalmente quando Deus achasse por bem. Que isso ia acontecer nas proximas horas, ou dias... Ja ouviram um coelho gritar de dor? Eu juro que ouvi. Cometi um acto horrivel: Disse ao veterinario que nao era capaz, que nao aguentava ver o meu amigo sofrer mais. Que exigia a eutanasia. Fez-me cara feia e eutanasiou o meu animal "Nao concordo nada com isto. Se o deixasse acabava por morrer naturalmente... "
Tem um veterinario o direito de tornar a morte do meu animal tao traumatica? Tem um veterinario o direito de me forcar, a quando penso no Filipe so poder pensar nas ultimas horas de extremos e agonia?
Ainda choro quando penso no Filipe. Tive que esconder as fotografias dele.
Vou contar-vos a historia do meu coelho Filipe, que tambem se podia ter passado com um cao:
O Filipe estava muito doente (apatico) e foi levado ao veterinario. O veterinario constatou que um rim estava maior do que o outro e que o animal estava em sofrimento e que ia morrer. Decidiu o veterinario nao fazer analizes, radio-X ou mais nada, mandou-nos para casa com o Filipe, e mandou-nos alimenta-lo com uma seringa de papa "Nutricia". O animal nao fazia necessidades. Por isso deu-nos uma seringa com um liquido (ja nao sei o que era) para o ajudar a fazer coco. O animal nao bebia. Que lhe dessemos soro fisiologico. Foi um horror! Passei dois dias de simples horror a ver o animal sofrer e definhar nas minhas maos. Nao lhe podia fazer mais nada senao forcar-lhe uma maldita seringa na boca e chorar quando o via cuspir.
Passados dois dias, levei o Filipe ao veterinario de novo. Pedi que lhe fizesse uma eutanasia. Que nao, que nao concordava com isso. Que o animal tinha o direito de morrer naturalmente quando Deus achasse por bem. Que isso ia acontecer nas proximas horas, ou dias... Ja ouviram um coelho gritar de dor? Eu juro que ouvi. Cometi um acto horrivel: Disse ao veterinario que nao era capaz, que nao aguentava ver o meu amigo sofrer mais. Que exigia a eutanasia. Fez-me cara feia e eutanasiou o meu animal "Nao concordo nada com isto. Se o deixasse acabava por morrer naturalmente... "
Tem um veterinario o direito de tornar a morte do meu animal tao traumatica? Tem um veterinario o direito de me forcar, a quando penso no Filipe so poder pensar nas ultimas horas de extremos e agonia?
Ainda choro quando penso no Filipe. Tive que esconder as fotografias dele.
A relacao de confianca dono/veterinario e essencial num caso de eutanasia.
Vou contar-vos a historia do meu coelho Filipe, que tambem se podia ter passado com um cao:
O Filipe estava muito doente (apatico) e foi levado ao veterinario. O veterinario constatou que um rim estava maior do que o outro e que o animal estava em sofrimento e que ia morrer. Decidiu o veterinario nao fazer analizes, radio-X ou mais nada, mandou-nos para casa com o Filipe, e mandou-nos alimenta-lo com uma seringa de papa "Nutricia". O animal nao fazia necessidades. Por isso deu-nos uma seringa com um liquido (ja nao sei o que era) para o ajudar a fazer coco. O animal nao bebia. Que lhe dessemos soro fisiologico. Foi um horror! Passei dois dias de simples horror a ver o animal sofrer e definhar nas minhas maos. Nao lhe podia fazer mais nada senao forcar-lhe uma maldita seringa na boca e chorar quando o via cuspir.
Passados dois dias, levei o Filipe ao veterinario de novo. Pedi que lhe fizesse uma eutanasia. Que nao, que nao concordava com isso. Que o animal tinha o direito de morrer naturalmente quando Deus achasse por bem. Que isso ia acontecer nas proximas horas, ou dias... Ja ouviram um coelho gritar de dor? Eu juro que ouvi. Cometi um acto horrivel: Disse ao veterinario que nao era capaz, que nao aguentava ver o meu amigo sofrer mais. Que exigia a eutanasia. Fez-me cara feia e eutanasiou o meu animal "Nao concordo nada com isto. Se o deixasse acabava por morrer naturalmente... "
Tem um veterinario o direito de tornar a morte do meu animal tao traumatica? Tem um veterinario o direito de me forcar, a quando penso no Filipe so poder pensar nas ultimas horas de extremos e agonia?
Ainda choro quando penso no Filipe. Tive que esconder as fotografias dele.
Vou contar-vos a historia do meu coelho Filipe, que tambem se podia ter passado com um cao:
O Filipe estava muito doente (apatico) e foi levado ao veterinario. O veterinario constatou que um rim estava maior do que o outro e que o animal estava em sofrimento e que ia morrer. Decidiu o veterinario nao fazer analizes, radio-X ou mais nada, mandou-nos para casa com o Filipe, e mandou-nos alimenta-lo com uma seringa de papa "Nutricia". O animal nao fazia necessidades. Por isso deu-nos uma seringa com um liquido (ja nao sei o que era) para o ajudar a fazer coco. O animal nao bebia. Que lhe dessemos soro fisiologico. Foi um horror! Passei dois dias de simples horror a ver o animal sofrer e definhar nas minhas maos. Nao lhe podia fazer mais nada senao forcar-lhe uma maldita seringa na boca e chorar quando o via cuspir.
Passados dois dias, levei o Filipe ao veterinario de novo. Pedi que lhe fizesse uma eutanasia. Que nao, que nao concordava com isso. Que o animal tinha o direito de morrer naturalmente quando Deus achasse por bem. Que isso ia acontecer nas proximas horas, ou dias... Ja ouviram um coelho gritar de dor? Eu juro que ouvi. Cometi um acto horrivel: Disse ao veterinario que nao era capaz, que nao aguentava ver o meu amigo sofrer mais. Que exigia a eutanasia. Fez-me cara feia e eutanasiou o meu animal "Nao concordo nada com isto. Se o deixasse acabava por morrer naturalmente... "
Tem um veterinario o direito de tornar a morte do meu animal tao traumatica? Tem um veterinario o direito de me forcar, a quando penso no Filipe so poder pensar nas ultimas horas de extremos e agonia?
Ainda choro quando penso no Filipe. Tive que esconder as fotografias dele.
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Olá,
Felizmente também nunca tive de tomar essa decisão, se algum tiver de o vir a fazer, penso que será influenciavel para a minha decisao as condiçoes de vida do animal, ou seja, se o animal não tem as condições para viver bem, se estiver muito doente penso que é justo para ambos que se mande abater o animal.
É uma questão demasiadamente complexa e pessoal para nos podermos basear em suposições, eu considero-me uma pessoa justa e realista e como tal... se algum dia tiver que ser que seja e quanto mais depressa melhor, quanto menos sofrimento o animal tiver melhor.
O que eu desejo sinceramente é nunca, por nunca, me ver a braços com uma situação dessas quer com animais ou humanos, é um assunto que não me faz perder tempo... asusta-me demasiado para sequer o lembrar
Cumpts.,
Olga
Felizmente também nunca tive de tomar essa decisão, se algum tiver de o vir a fazer, penso que será influenciavel para a minha decisao as condiçoes de vida do animal, ou seja, se o animal não tem as condições para viver bem, se estiver muito doente penso que é justo para ambos que se mande abater o animal.
É uma questão demasiadamente complexa e pessoal para nos podermos basear em suposições, eu considero-me uma pessoa justa e realista e como tal... se algum dia tiver que ser que seja e quanto mais depressa melhor, quanto menos sofrimento o animal tiver melhor.
O que eu desejo sinceramente é nunca, por nunca, me ver a braços com uma situação dessas quer com animais ou humanos, é um assunto que não me faz perder tempo... asusta-me demasiado para sequer o lembrar


Cumpts.,
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Olá a todos!
Eu não tive ainda de passar pela experiência de ter de mandar eutanasiar um animal meu. Mas tenho comigo que o farei, caso seja necessário, para garantir pelo menos uma morte 'digna' a um companheiro tão especial.
Bem, encontrei um texto que considero interessante sobre eutanásia, e compartilho-o aqui com todos vocês.
Um abraço,
Andrea
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Eutanásia
Autora: Dra. Silvia C. Parisi - médica veterinária (CRMV SP 5532)
Alguns proprietários de cães, gatos e outros animais de estimação, já tiveram a dolorosa experiência de ter que optar pelo sacrifício de seus companheiros. Além de sofrida, é uma decisão bastante difícil, pois o vínculo entre o homem e o animal é muito forte para ser quebrado subitamente e, o que é pior, por uma escolha do dono.
O profissional veterinário tem o dever de orientar quanto ao curso da doença. Quando o prognóstico é desfavorável, ou seja, as chances de cura são mínimas ou inexistentes, ele pode sugerir o sacrifício. No entanto, a decisão final é sempre do proprietário e este é o grande dilema... Devo sacrificar meu animal ou não?
Creio que a decisão deva, na medida do possível, deixar de lado a "paixão" para que possamos enxergar e analisar a qualidade de vida que o animal terá. Mesmo assim, essa é uma análise bastante subjetiva. Quando um cão perde completamente a mobilidade das patas traseiras, muitos donos crêem que viver se arrastando ou atrelado a um "carrinho de rodas", não seja uma vida feliz para um animal. Outros consideram um crime o sacrifício e se dispõem a cuidar do cão, movendo-o sempre que preciso, levando-o para defecar e urinar, ou providenciando um "carrinho de rodas". São visões diferentes e temos respeitar a opção de cada proprietário.
Devemos tomar cuidado, entretanto, para que o amor pelo animal não se tranforme numa obsessão. E a obsessão leve o dono a ser cruel, sem perceber, mantendo o animal ao seu lado mesmo que isso custe a dor e sofrimento do cão...
Se um dia você se encontrar numa situação em que tenha que decidir pela vida do seu animal, converse com o veterinário e se informe sobre todas as possibilidades de tratamento, tempo de sobrevida e, principalmente, a qualidade de vida que o cão terá. Se ainda estiver em dúvida, consulte um outro profissional, até se sentir seguro da sua decisão. Devemos lutar até o fim pela vida, dar todas as chance a ela. Porém, quando isso não for possível, aliviar o sofrimento também é uma forma sublime de amor pelo animal.
Por lei, o sacrifício ou eutanásia não deve causar qualquer dor ou agonia no animal. Ele é anestesiado e, posteriormente, são aplicados medicamentos que provoquem parada cardíaca e/ou respiratória. O cão morre "dormindo"... Realizada por um bom profissional, dentro da ética, não há sofrimento para o animal. Inevitável é o sofrimento do dono, mas esse sentimento logo se transformará num grande alívio por ter livrado seu amigão da dor.
Este texto encontra-se em: http://www.vidadecao.com.br/cao/index2. ... anasia.htm
Eu não tive ainda de passar pela experiência de ter de mandar eutanasiar um animal meu. Mas tenho comigo que o farei, caso seja necessário, para garantir pelo menos uma morte 'digna' a um companheiro tão especial.
Bem, encontrei um texto que considero interessante sobre eutanásia, e compartilho-o aqui com todos vocês.
Um abraço,
Andrea
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Eutanásia
Autora: Dra. Silvia C. Parisi - médica veterinária (CRMV SP 5532)
Alguns proprietários de cães, gatos e outros animais de estimação, já tiveram a dolorosa experiência de ter que optar pelo sacrifício de seus companheiros. Além de sofrida, é uma decisão bastante difícil, pois o vínculo entre o homem e o animal é muito forte para ser quebrado subitamente e, o que é pior, por uma escolha do dono.
O profissional veterinário tem o dever de orientar quanto ao curso da doença. Quando o prognóstico é desfavorável, ou seja, as chances de cura são mínimas ou inexistentes, ele pode sugerir o sacrifício. No entanto, a decisão final é sempre do proprietário e este é o grande dilema... Devo sacrificar meu animal ou não?
Creio que a decisão deva, na medida do possível, deixar de lado a "paixão" para que possamos enxergar e analisar a qualidade de vida que o animal terá. Mesmo assim, essa é uma análise bastante subjetiva. Quando um cão perde completamente a mobilidade das patas traseiras, muitos donos crêem que viver se arrastando ou atrelado a um "carrinho de rodas", não seja uma vida feliz para um animal. Outros consideram um crime o sacrifício e se dispõem a cuidar do cão, movendo-o sempre que preciso, levando-o para defecar e urinar, ou providenciando um "carrinho de rodas". São visões diferentes e temos respeitar a opção de cada proprietário.
Devemos tomar cuidado, entretanto, para que o amor pelo animal não se tranforme numa obsessão. E a obsessão leve o dono a ser cruel, sem perceber, mantendo o animal ao seu lado mesmo que isso custe a dor e sofrimento do cão...
Se um dia você se encontrar numa situação em que tenha que decidir pela vida do seu animal, converse com o veterinário e se informe sobre todas as possibilidades de tratamento, tempo de sobrevida e, principalmente, a qualidade de vida que o cão terá. Se ainda estiver em dúvida, consulte um outro profissional, até se sentir seguro da sua decisão. Devemos lutar até o fim pela vida, dar todas as chance a ela. Porém, quando isso não for possível, aliviar o sofrimento também é uma forma sublime de amor pelo animal.
Por lei, o sacrifício ou eutanásia não deve causar qualquer dor ou agonia no animal. Ele é anestesiado e, posteriormente, são aplicados medicamentos que provoquem parada cardíaca e/ou respiratória. O cão morre "dormindo"... Realizada por um bom profissional, dentro da ética, não há sofrimento para o animal. Inevitável é o sofrimento do dono, mas esse sentimento logo se transformará num grande alívio por ter livrado seu amigão da dor.
Este texto encontra-se em: http://www.vidadecao.com.br/cao/index2. ... anasia.htm
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Para mim a resposta a essa questão é simples (não o será certamente a sua execução...).
Eu mandaria terminar a vida do meu cão, nas mesmas condições que mandaria terminar a minha. Ou seja, quando a qualidade de vida, não compensar a dor e o sofrimento.
Eu mandaria terminar a vida do meu cão, nas mesmas condições que mandaria terminar a minha. Ou seja, quando a qualidade de vida, não compensar a dor e o sofrimento.
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Olá Vasco
Como sabe tenho dois cães e tive um gato que morreu precisamente dia de Natal.
Era já velhote. Há cerca de 1 ano atrás detectou-se diabetes. Comecei num vet, mas como não gostei de algumas coisas que ele fez ao meu gato, passei para outro. O meu gato, era internado quase de 15 em 15 dias e estava uma semana +/- no hospital, a estabilizar os níveis de glicose e principalmente porque tinha um problema renal crónico, que lhe fazia subir rápidamente a creatiina. Não imagina a rapidez com que ele perdia peso quando começavam as crises. Primeiro tentávamos dar-lhe comida forçada e água forçada. O animal pouco reagia. Não andava, ficava prostrado e era só vê-lo perder peso. Na minha opinião na penúltima vez que ele foi ao vet e que pesave 1,450 kg, eu pedia para eutanaziar, mas o meu marido nem queria ouvir falar disso. Na última vez foi já de tal maneira, depois de ter vindo e estar uma semana apenas em casa, que já ía gelado e só com o termoventilador é que reagia. Passou lá a noite e no dia seguinte o vet telefonou e disse que ele estava a morrer. Ou se dava a injecção ou era melhor vir buscá-lo, para pelo menos ele morrer ao pé de quem conhecia. Aí o meu marido decidiu a eutanázia. É muito difícil, mas eu penso que quando um animal perde por completo qualidade de vida, ou seja, não consegue andar, não consegue correr, não consegue arranjar os tapetes, não consegue comer é melhor a eutanázia. Pessoalmente, penso que o contrário é uma forma de egoismo, mas tenho que aceitar que nem todos têm capacidade para poder ultrapassar e pôr um fim à vida do seu animal de estimação.
Como sabe tenho dois cães e tive um gato que morreu precisamente dia de Natal.
Era já velhote. Há cerca de 1 ano atrás detectou-se diabetes. Comecei num vet, mas como não gostei de algumas coisas que ele fez ao meu gato, passei para outro. O meu gato, era internado quase de 15 em 15 dias e estava uma semana +/- no hospital, a estabilizar os níveis de glicose e principalmente porque tinha um problema renal crónico, que lhe fazia subir rápidamente a creatiina. Não imagina a rapidez com que ele perdia peso quando começavam as crises. Primeiro tentávamos dar-lhe comida forçada e água forçada. O animal pouco reagia. Não andava, ficava prostrado e era só vê-lo perder peso. Na minha opinião na penúltima vez que ele foi ao vet e que pesave 1,450 kg, eu pedia para eutanaziar, mas o meu marido nem queria ouvir falar disso. Na última vez foi já de tal maneira, depois de ter vindo e estar uma semana apenas em casa, que já ía gelado e só com o termoventilador é que reagia. Passou lá a noite e no dia seguinte o vet telefonou e disse que ele estava a morrer. Ou se dava a injecção ou era melhor vir buscá-lo, para pelo menos ele morrer ao pé de quem conhecia. Aí o meu marido decidiu a eutanázia. É muito difícil, mas eu penso que quando um animal perde por completo qualidade de vida, ou seja, não consegue andar, não consegue correr, não consegue arranjar os tapetes, não consegue comer é melhor a eutanázia. Pessoalmente, penso que o contrário é uma forma de egoismo, mas tenho que aceitar que nem todos têm capacidade para poder ultrapassar e pôr um fim à vida do seu animal de estimação.
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Acho que o essencial já foi dito.
Eu considero que um cão é para abater a partir do momento em que o cão deixa de conseguir "funcionar" nas condições minimas, ou seja, dores permanentes, que podem levar a incapacidade de locomoção, trombose irrecuperável, ou qualquer doença em que a recuparação será impossivel.
Eu cresci literalmente com um pastor alemão (tinah menos 3 meses que eu), e quando o cão tinha 12 anos foi atropelado. O meu avô ia a passar a rua à noite com o cão e um minino de mota acho que tinha imensa piada fazer pontaria a eles. O cão meteu-se no meio e levou com a pancada nos quartos traseiros.
Tinha 12 anos, mas o aspecto fisico era de 7 (dito pelo vet..) um espirito optimo... o cão estava excelente. no espaço de uma semana naõ se levantava, estava muito apático, levava 5 minutos a levantar-se e cerrava os dentes para não ganir. A vet disse que se fosse tosquiado tinha a coxa negra. PAssaram 2 meses assim, com vacinas de vitaminas de 2 em 2 dias.
A decisão do abater partiu de mim... naõ aguntava mais ver o cão a sofrer, e naõ ia passar. De aspecto de 7 passou a aspecto de 15 anos. parecia um farrapo velho atirado no chão.
Eu considero que um cão é para abater a partir do momento em que o cão deixa de conseguir "funcionar" nas condições minimas, ou seja, dores permanentes, que podem levar a incapacidade de locomoção, trombose irrecuperável, ou qualquer doença em que a recuparação será impossivel.
Eu cresci literalmente com um pastor alemão (tinah menos 3 meses que eu), e quando o cão tinha 12 anos foi atropelado. O meu avô ia a passar a rua à noite com o cão e um minino de mota acho que tinha imensa piada fazer pontaria a eles. O cão meteu-se no meio e levou com a pancada nos quartos traseiros.
Tinha 12 anos, mas o aspecto fisico era de 7 (dito pelo vet..) um espirito optimo... o cão estava excelente. no espaço de uma semana naõ se levantava, estava muito apático, levava 5 minutos a levantar-se e cerrava os dentes para não ganir. A vet disse que se fosse tosquiado tinha a coxa negra. PAssaram 2 meses assim, com vacinas de vitaminas de 2 em 2 dias.
A decisão do abater partiu de mim... naõ aguntava mais ver o cão a sofrer, e naõ ia passar. De aspecto de 7 passou a aspecto de 15 anos. parecia um farrapo velho atirado no chão.
<p>Beijinhos a todos e festinhas aos 4 patas</p>
<p>Ana</p>
<p>Ana</p>
Também só mandava abater algum dos meus cães, pelas razão referidas.
Mas quando falo em eutánasia, lembro-me sempre de uma cadela de uma amiga:
Ela devia ter uns 3/4 Serras da Estrela, e uma rafeirinha que era linda. Ora os Serra da estrela ficavam no seu próprio espaço, com as suas próprias boxes, e a rafeirinha ficava na parte central do quintal, presa a uma casota(a casota até era bastante grande, mas pronto).
Um dia a rafeirinha ficou doente, toca de pô-la numa das boxes a ver se melhora,e cada dia ela piorava.
Aconselhei-a a levar a cadela ao vet. o mais depressa possível, até porque não me parecia correcto deixá-la morrer a sofrer. Pois vet. nem vê-lo. Diziam que não tinham tempo. Festinhas e carinhos também não. Diziam que fazia-lhes muita impressão vê-la assim e que quando era para dar de comer, limitavam-se a "atirar" a tigela lá para dentro.
Resultado: passado 1/2 semanas de sofrimento, a cadelinha morreu. E aí ficaram todos muito tristes
Mas quando falo em eutánasia, lembro-me sempre de uma cadela de uma amiga:
Ela devia ter uns 3/4 Serras da Estrela, e uma rafeirinha que era linda. Ora os Serra da estrela ficavam no seu próprio espaço, com as suas próprias boxes, e a rafeirinha ficava na parte central do quintal, presa a uma casota(a casota até era bastante grande, mas pronto).
Um dia a rafeirinha ficou doente, toca de pô-la numa das boxes a ver se melhora,e cada dia ela piorava.
Aconselhei-a a levar a cadela ao vet. o mais depressa possível, até porque não me parecia correcto deixá-la morrer a sofrer. Pois vet. nem vê-lo. Diziam que não tinham tempo. Festinhas e carinhos também não. Diziam que fazia-lhes muita impressão vê-la assim e que quando era para dar de comer, limitavam-se a "atirar" a tigela lá para dentro.
Resultado: passado 1/2 semanas de sofrimento, a cadelinha morreu. E aí ficaram todos muito tristes

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Há duas circunstâncias em que eu sou a favor da eutanásia. A primeira já foi resumida nesta frase:
Agora o que eu acho é que cada caso de ataque deveria ser bem analisado por pessoas competentes para ser avaliado se o cão em causa pode ser recuperado! E só em caso negativo se deveria avançar para a respectiva eutanásia. Sei que no nosso país actual isto é muito difícil, mas pediram a MINHA opinião e eu digo o que ACHO que DEVE SER.
Abraços
Paulo Jorge
A outra circunstância tem a ver com cães problemáticos e perigosos que sejam comprovadamente 'irrecuperáveis'. Eu, como todos sabem, sou absolutamente contra a classificação de RAÇAS perigosas, mas admito perfeitamente que existem CÂES perigosos. Seja por questões genéticas, médicas ou na sequência de um mau treinamento e sociabilização, a verdade é que eles existem mesmo!Penso que assim que ficar comprovado, por varios medicos veterinários, que o animal vive em sofrimento deve-se tomar esta decisão.
É logico que não se decide pela morte de um animal de animo leve, mas não deve-mos ser egoistas ao ponto de manter o animal vivo sem que tenha qualidade de vida.
Agora o que eu acho é que cada caso de ataque deveria ser bem analisado por pessoas competentes para ser avaliado se o cão em causa pode ser recuperado! E só em caso negativo se deveria avançar para a respectiva eutanásia. Sei que no nosso país actual isto é muito difícil, mas pediram a MINHA opinião e eu digo o que ACHO que DEVE SER.
Abraços
Paulo Jorge
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Infelizmente,já por 3 vêzes q tive q tomar essa triste decisão.Cada vêz q acontecia,cada vêz a pior.A 1ª vêz,foi com o meu 1º cão(bobtail),eutanasiado aos 14 anos de idade.O 2º,foi com a minha cadela(Doberman) 3 anos atráz,eutanasiada aos 8 anos de idade e a ultima vêz foi um rafeirinho q recolhi da rua,mt doente,q seguiu tratamentos veterinários,diáriamente,por 6 meses,em vão.
É uma situação a encarar com mt respeito e mtª dôr.Tanta ou tão pouca q quase nem consigo vêr o q aqui escrevo...
Qnd se eutanasía um animal,por amor,por mt amor q se lhe tenha,fica sempre uma senssação d que talvêz se...talvêz ainda...
O q quero dizer é q fica sempre,mas sempre e para sempre,uma dôr invencível.
Eu amáva mt o meu pai e pelo falecimento dele,chorei por meses a fio...e nunca me tinha passado pela cabeça q o sentimento de dôr e de perda,por um animal,podia equiparar-se ao de um ser humano! Mas não tenho vergonha de o afirmar pois é msm assim(pelo menos comigo).
L.C.
É uma situação a encarar com mt respeito e mtª dôr.Tanta ou tão pouca q quase nem consigo vêr o q aqui escrevo...
Qnd se eutanasía um animal,por amor,por mt amor q se lhe tenha,fica sempre uma senssação d que talvêz se...talvêz ainda...
O q quero dizer é q fica sempre,mas sempre e para sempre,uma dôr invencível.
Eu amáva mt o meu pai e pelo falecimento dele,chorei por meses a fio...e nunca me tinha passado pela cabeça q o sentimento de dôr e de perda,por um animal,podia equiparar-se ao de um ser humano! Mas não tenho vergonha de o afirmar pois é msm assim(pelo menos comigo).
L.C.
Boas,VascoV Escreveu: E agora esta é mais dificil.
Em que condições abateriam um vosso cão ?
Desta vez não tento conduzir o resultado...
Na minha opinião a eutanásia, tanto nos humanos como nos animais, faz parte integrante do direito á vida.
A verdadeira questão é: Em que condições abateriamos um cão NOSSO?
Qual é o limite em que consideramos os cães como “sem qualidade de vida”?
Nós por vezes acabamos por ser egoístas devido ao nosso antropocentrismo.
Eu contra mim falo. Senão vejamos:
Tenho comigo há 2 anos um husky que foi abandonado na serra porque aos 12 anos já não desempenhava o seu papel de reprodutor ( várias ossificações na coluna que manifestam em descoordenação motora dos membros posteriores e um rim marado). Eu conhecia o cão. Nasceu nos Estados Unidos, esteve vários anos em Itália e aos 6 anos de idade veio para Portugal onde quase terminou o campeonato nacional (só faltava 1 CAC), mas a idade começou a pesar. Foi comprado com 9 anos por um gajo negociante de cães que o passou a utilizar como reprodutor devido ao seu invejável pedigree de um dos melhores canis mundiais. Aos 12 anos foi abandonado...
Quando recolhi o animal, após o check-up feito no vet, foi-me dito que em escassos meses ficaria totalmente paralisado dos posteriores. A decisão era minha.
Já que se tratava de um cão que tinha dado dinheiro a ganhar a tanta gente, achei que deveria ter um final de vida minimamente digno. Só o abateria quando estivesse totalmente paralisado, o que seria provavelmente para breve. Foi esse o “meu” limite.
Pois é!... Já lá vão 2 anos e o “velhote” tem-se mantido estável, agora com 14 anos.
Claro que tem de estar confinado numa área pequena pois basta correr 20 m e fica literalmente a arrastar-se. Contudo num espaço onde não poderá correr, mal se nota a sua maleita. Vive quase normalmente.
No entanto, na minha opinião, este cão não tem uma boa qualidade de vida.
Não pode correr e tem que estar confinado a 6 m2.
Por vezes sente dores e mau estar.
Mas enquanto estiver “esperto”, comer bem e sobretudo tiver ainda a alegria de viver, a eutanásia vai sendo adiada.
O tal limite da “qualidade de vida” continua a deixar-me dúvidas.
Enquanto para alguns a eutanásia só deve ser praticada mesmo “ nas últimas”, para outros será por certo por motivos menos “terminais”.
A partir de que LIMITE se abaterá um cão?
Como é que nós humanos podemos medir em termos “quantitativos” a qualidade de vida de um cão?
<p>Francisco Barros</p>
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<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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Pois... esta frase já responde em parte ás minhas perguntas! 

PauloC Escreveu: Há duas circunstâncias em que eu sou a favor da eutanásia. A primeira já foi resumida nesta frase:A outra circunstância tem a ver com cães problemáticos e perigosos que sejam comprovadamente 'irrecuperáveis'. Eu, como todos sabem, sou absolutamente contra a classificação de RAÇAS perigosas, mas admito perfeitamente que existem CÂES perigosos. Seja por questões genéticas, médicas ou na sequência de um mau treinamento e sociabilização, a verdade é que eles existem mesmo!Penso que assim que ficar comprovado, por varios medicos veterinários, que o animal vive em sofrimento deve-se tomar esta decisão.
É logico que não se decide pela morte de um animal de animo leve, mas não deve-mos ser egoistas ao ponto de manter o animal vivo sem que tenha qualidade de vida.
Agora o que eu acho é que cada caso de ataque deveria ser bem analisado por pessoas competentes para ser avaliado se o cão em causa pode ser recuperado! E só em caso negativo se deveria avançar para a respectiva eutanásia. Sei que no nosso país actual isto é muito difícil, mas pediram a MINHA opinião e eu digo o que ACHO que DEVE SER.
Abraços
Paulo Jorge
<p>Francisco Barros</p>
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