Olá
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O QUE VOCÊ PODE FAZER PELA QUALIDADE DE UMA RAÇA
Todas as raças, sobretudo as mais populares, estão sujeitas ao aparecimento de exemplares com desvios físicos e temperamentais, sejam de origem genética e/ou ambiental. Esses cães não só dificilmente compartilham um bom convívio com seus donos, como prejudicam a qualidade das raças às quais pertencem e, em alguns casos, chegam a difamá-las seriamente. Mas não é só isso que pode ameaçar a imagem de uma raça: donos que escolhem raças incompatíveis com o modo de vida que levam ou que mantêm seus cães de forma a arriscar a segurança de outras pessoas também contribuem para prejudicar a ideia do público sobre as raças em questão.
Veja o que cada um de nós pode fazer para preservar a imagem e a qualidade das raças caninas.
Se você VAI COMPRAR um cão de raça...
* Informe-se bem sobre as características da raça (físicas e comportamentais) e sobre os cuidados por ela exigidos. Certifique-se de que ela tem o perfil adequado a você. Não são incomuns os casos de pessoas que optam por uma determinada raça sem conhecê-la direito e, então, não só não se adaptam a ela, como acabam fazendo propaganda negativa a seu respeito.
* Procure canis renomeados, que estejam interessados em aprimorar a raça em questão. Esses canis demonstrarão bom conhecimento sobre ela. Saberão quais são os desvios, físicos ou temperamentais, que mais aparecem e falarão abertamente sobre isso com os clientes. Varias raças têm clubes especializados, que, em geral, são fontes apropriadas para indicação de bons criadores.
* Investigue que tipo de cuidado o canil toma para evitar a proliferação de desvios físicos e sobretudo de temperamento. Criadores sérios necessariamente avaliam as características dos exemplares e só praticam acasalamentos quando acreditam firmemente que a combinação de uma determinada fêmea com um determinado macho trará bons frutos. A grande maioria dos criadores dedicados ao aprimoramento de uma raça também já passou, pelo menos uma vez, pela experiência de ter de afastar algum exemplar da procriação.
* Descubra se a raça em questão é sujeita a doenças genéticas (como displasia coxofemoral) e se é possível combatê-las com uma boa selecção de acasalamentos. Se sim, opte por canis que comprovem tomar esse tipo de cuidado.
* Dê preferência para canis cujos cães participam de exposições e alcançam bons resultados.
* Não compre exemplares sem pedigree.
* Conheça o maior número possível de parentes do cachorro em questão (no mínimo, os pais). Certifique-se de que eles têm pelo menos boa parte das qualidades físicas descritas pelo padrão e, sobretudo, de que têm o temperamento típico da raça.
* Avalie o filhote aplicando nele um teste de comportamento, como o de Volhard. O resultado graduar , entre outros aspectos, a sociabilidade do cão e a sua predisposição para ser obediente.
Se você CRIA uma raça ou pretende criar...
* Conheça bem a raça e, principalmente, esteja actualizado sobre ela.
* Seja criterioso na selecção de acasalamentos.
* Não privilegie as características físicas em detrimento das de temperamento, na selecção de acasalamentos. Lembre-se: o bom temperamento, mais do que o bom físico, é fundamental para que os cães vivam em harmonia com seus donos. Mau temperamento, em geral, é sinónimo de cão rejeitado, de dono insatisfeito e de propaganda negativa para a raça.
* Se a raça é sujeita a doenças genéticas, informe-se sobre ela e seleccione os acasalamentos de forma a diminuir as possibilidades de sua incidência.
* Ateste a boa qualidade de seu trabalho participando de exposições e atingindo bons resultados
* Esclareça as dúvidas dos compradores e seja franco com eles sobre os pontos fortes e fracos da raça e de cada cão. Se um exemplar não tem virtudes suficientes para se sair bem em exposições, diga. Se não dá para ter certeza, diga também. Honestidade e autocrítica sempre caem bem.
* Instrua os compradores a não acasalar os seus cães de maneira indiscriminada. Explique que acasalamentos não planejados prejudicam a raça, já que tendem a gerar mais filhotes com características indesejadas. E esses filhotes, por sua vez, também se acasalarão, disseminando seus desvios. Peça a seus clientes, por exemplo, que voltem a procurá-lo quando o cão atingir a idade reprodutiva. E então auxilie-os na busca pelo parceiro adequado ao cão deles.
* Destimule qualquer pessoa a acasalar um cão portador, ou sabidamente transmissor, de desvios graves. Mesmo que esse cão seja de sua criação. É natural que em canis onde nascem bons exemplares, também nasçam maus exemplares. Faz parte do jogo de criar. Reconhecer isso abertamente só conta pontos a favor da idoneidade do criador.
Se você TEM um cão de raça
* Caso a ideia seja acasalar seu cão, busque orientação de uma entidade especializada na raça ou de criadores renomeados. Eles poderão avaliar se seu exemplar deve mesmo se reproduzir e podem dar dicas de como deve ser o parceiro ideal, tanto no físico, como no temperamento.
* Não permita que seu cão se acasale caso ele manifeste de forma exacerbada uma ou algumas das seguintes características comportamentais:
agressividade, possessividade, teimosia, hiperactívidade, mania de latir e destrutividade.
* Impeça seu cão de se acasalar caso ele tenha características físicas consideradas pelo padrão da raça como defeitos graves ou caso tenha doenças transmissíveis às próximas gerações.
* Se o seu cão é de uma raça de guarda e/ou é potencialmente perigoso para pessoas e animais desconhecidos, eduque-o e mantenha-o de forma responsável. Embora a mentalidade da mídia e da sociedade esteja mudando, quando acontecem acidentes, num primeiro momento, os vilões da história costumam ser o cão e a raça à qual pertence. Em geral, só depois de muito estardalhaço e campanha negativa, cogita-se que o cão, talvez, tenha agido de forma previsível e que o dono, sim, deveria tê-lo mantido de forma mais segura.
Se você GOSTA da raça
* Sempre que ouvir comentários que difamam a raça por estarem baseados no comportamento de exemplares com distorções de temperamento, explique que apenas os indivíduos problemáticos são assim e que é possível evitá-los por meio de uma boa selecção de acasalamentos, de uma boa escolha na hora da compra e de uma boa educação.
* Ao saber de acidentes que apontam como culpado a raça em questão, procure informar-se sobre os detalhes que permitem julgar se a culpa é realmente do cão ou se, em vez disso, é do dono que não soube mantê-lo de forma responsável.
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Pode ser que ajude
Moderador: mcerqueira
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Gary, concordo com tudo o que disse, mas assim vamos acabar com os SRD. E olhe que um SRD para quem não tem possibilidades de dar 800 Euros (e mais) por um cão, é um fiel companheiro.
Sou a favor do "não desvio" da raça pura, mas os SRD também fazem falta.
Abraços.
Sou a favor do "não desvio" da raça pura, mas os SRD também fazem falta.
Abraços.
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Olávarsenio Escreveu: Gary, concordo com tudo o que disse, mas assim vamos acabar com os SRD. E olhe que um SRD para quem não tem possibilidades de dar 800 Euros (e mais) por um cão, é um fiel companheiro.
Sou a favor do "não desvio" da raça pura, mas os SRD também fazem falta.
Abraços.
Eu não disse , apenas copiei isto de um site brasileiro, como no fudamental estou de acordo, achei bem partilhar isto convosco (tipo seita ou consulta colectiva:D ).
Já falámos dos Srds , quanto a mim não têm razão de ser , embora reconheça que estes cumprem uma acção social relevante . Mas isso também acontece, porque o nosso país tem um grande atraso económico em ralação ao resto da Europa . Quanto mais equiparados ( para cima) ficarmos em relação aos países mais desenvolvidos , maior tendêcia haverá para o desaparecimento dos Srds.
Um abraço
O que acontece nos paises ricos e que os caes se tornaram bens de consumo. Sao criaturas "standardizadas" que as pessoas adquirem a medida das suas possibilidades e da sua situacao pessoal. Evidentemente nao ha SRD, quem e que quer um cao inesperado, ao qual temos de nos adaptar porque ele nao foi adaptado a nos?
Gary, por favor nao me leve a mal. Vivo na Holanda ha oito anos e aqui quase nao ha SRD. O conceito CAO ja perdeu a expontaniedade... Olhe que o mundo ficou muito mais pobre.
Gary, por favor nao me leve a mal. Vivo na Holanda ha oito anos e aqui quase nao ha SRD. O conceito CAO ja perdeu a expontaniedade... Olhe que o mundo ficou muito mais pobre.
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Oláanjaazul Escreveu: essa da relação raça-comportamento, na minha modesta ingorância, tem muito que se lhe diga. assim como outras que não vale a pena agora discriminar.
anjaazul
Há conceitos que não estarei exactamente de acordo, há outros que estou de acordo mas não pratico e há outros que não tinha opinião e que passei a praticar, nomeadamente o teste de VOLHARD , ainda não formei opinião sobre validade deste teste, apenas testei 2 ninhadas e só daqui mais algum tempo se vê a percentegem de acerto.
Um abraço