
E se o comércio encerrasse todo, ao Domingo?
Moderador: mcerqueira
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Ainda voltando ao tema do descanso ao Domingo, recordei-me mais, ou menos, de como passava os Domingos, quando era miúda.
Levantavamo-nos a minha mãe, vestia-nos uma fatiota para brincarmos à vontade até há hora do almoço, as brincadeiras eram normalmente autorizadas na rua se fazia bom tempo, se chovesse ficávamos em casa a moer-lhe a cabeça, antes do almoço era-nos feita a higiéne mais cuidada, unhas, cabelos aquelas coisas habituais e necessárias. Depois do almoço, vestia-nos a roupinha domingueira e de acordo com o nosso comportamento, durante a semana, ou visitávamos os avós, pelo caminho víamos os tios, ou se nos tínhamos portado bem era-nos oferecido o bilhete para o cinema, ou então, se nos tínhamos portado muito mal, ficávamos de castigo.
Esta era uma rotina, a televisão só apareceu mais tarde e não a tivémos logo.
Recordo-me que era uma época em que nos movimentávamos bastante, com as brincadeiras de rua, os jogos de rua, os patins, as bicicletas as bolas, para quem gostava, sempre li muito, desde muito cedo, conhecia todos os contos clássicos, esgotei bibliotecas, o que me deu bagagem para o futuro que me foi muito importante. Não é saudosismo, acreditem, mas penso que era uma forma de vida muito mais saudável, para a garotagem.
Hoje, desde muito cedo é a televisão, são os computadores, tenho sérias dúvidas sobre os benefícios destes sistemas, sobretudo porque há pais que largam os filhos frente as estes aparelhos, não os controlam e muito menos os orientam.
Em nenhuma altura as coisas são só pretas ou só brancas. A modernidade tem grandes vantagens mas, também, tem que existir mais responsabilidade e cuidado na forma de a gerir. Às vezes, parece-me que se estão a criar "pequenos monstros" em números assustadores.
Um abraço
Isabel
Levantavamo-nos a minha mãe, vestia-nos uma fatiota para brincarmos à vontade até há hora do almoço, as brincadeiras eram normalmente autorizadas na rua se fazia bom tempo, se chovesse ficávamos em casa a moer-lhe a cabeça, antes do almoço era-nos feita a higiéne mais cuidada, unhas, cabelos aquelas coisas habituais e necessárias. Depois do almoço, vestia-nos a roupinha domingueira e de acordo com o nosso comportamento, durante a semana, ou visitávamos os avós, pelo caminho víamos os tios, ou se nos tínhamos portado bem era-nos oferecido o bilhete para o cinema, ou então, se nos tínhamos portado muito mal, ficávamos de castigo.
Esta era uma rotina, a televisão só apareceu mais tarde e não a tivémos logo.
Recordo-me que era uma época em que nos movimentávamos bastante, com as brincadeiras de rua, os jogos de rua, os patins, as bicicletas as bolas, para quem gostava, sempre li muito, desde muito cedo, conhecia todos os contos clássicos, esgotei bibliotecas, o que me deu bagagem para o futuro que me foi muito importante. Não é saudosismo, acreditem, mas penso que era uma forma de vida muito mais saudável, para a garotagem.
Hoje, desde muito cedo é a televisão, são os computadores, tenho sérias dúvidas sobre os benefícios destes sistemas, sobretudo porque há pais que largam os filhos frente as estes aparelhos, não os controlam e muito menos os orientam.
Em nenhuma altura as coisas são só pretas ou só brancas. A modernidade tem grandes vantagens mas, também, tem que existir mais responsabilidade e cuidado na forma de a gerir. Às vezes, parece-me que se estão a criar "pequenos monstros" em números assustadores.
Um abraço
Isabel
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VascoV

Era lixado, estas que andam aqui a estragar a arca ainda ficavam mais tempo aqui metidas





Os Boxers são frequentemente descritos como os filósofos entre os cães, talvez porque às vezes parecem sonhadores e distraídos.
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Pois eu não votei, se por um lado sou egoista e penso que se não fosse assim, não comprava pão e outras coisas, por outro lado penso naqueles que trabalaho ao domingo(como eu) e que de vez em quando sabia bem uma folguita(apesar de um não me estar a queixar, faço o que gosto e isso conta muito). 

É horrivel trabalhar ao domingo
já ao sábado de tarde é...
olhar-mos as pessoas todas contentes a passear e nós ali... tristes e sós...
a culpa é do comodismo das pessoas...
é o pão, é o leite é o peq almoço no café... enfim tudo isto podia ser resolvido...
o pior é quando queremos fechar e ir embora e vem uns xicos fazer tempo... até tinha pesadelos...
sim ao fecho ao domingo!!!!

olhar-mos as pessoas todas contentes a passear e nós ali... tristes e sós...
a culpa é do comodismo das pessoas...
é o pão, é o leite é o peq almoço no café... enfim tudo isto podia ser resolvido...
o pior é quando queremos fechar e ir embora e vem uns xicos fazer tempo... até tinha pesadelos...



sim ao fecho ao domingo!!!!

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Há sitios tão bonitos para se visitar num Domingo sem ser o shopping, eu pessoalmente so vou ao shopping ao Domingo quando vou ao cinema 

Os Boxers são frequentemente descritos como os filósofos entre os cães, talvez porque às vezes parecem sonhadores e distraídos.
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Já vivo em um lugar assim, aos domingos nem farmácia abre, não tem ônibus, só uns transportes coletivos que demoram uma vida pra passar, tudo é longe, enfim, o melhor programa é ficar em casa mesmo ou ir pra praia que nem sempre estou com vontade, pois todo domingo o mesmo programa também cansa, nesse ponto sinto muita saudade do Rio de Janeiro, aos domingos, shoppings abertos, feiras livres, encontros com os amigos, aqui as pessoas se recolhem, não são de fazer amizades, muito reservadas, e num domingo então isso aqui se parece com o fim do mundo! 

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periquito FALCANITO
Eu também já sou velhota.
A questão é que também sou estritamente urbana (nascida e criada em Lisboa).
Os domingos, na cidade da minha infância, eram uma chatice...
Ia-se visitar pessoas - tudo um bocado formal - era interessante para os adultos (que tinham sempre muito que falar) mas para nós, miúdos, a quem se exigia bom comportamento...hum.
E também havia o passeio dos tristes - esse desfilar pela linha de Cascais ou de Sintra, sem objectivo, que ainda hoje vejo.
E também se iam ver montras- na baixa.
Penso que, na realidade, nada mudou.
As pessoas vão para os CC ver montras, como antigamente iam à baixa.
Pelo que observo, não compram grande coisa (o problema, aqui, são os hiper, não o CC em si).
Vão para qualquer lugar porque não sabem o que fazer com as crianças.
E digamos que, no CC, é preciso menos atenção, estão à partida mais seguras, destraiem-se e são menos exigentes (as crianças, como os cachorros, exigem atenção redobrada e isso também tem a ver com o descanso dos pais...)
Hoje, também ficam em casa - com o pc, com a tv.
Antigamente, eu ia brincar na rua.
Hoje, deixariam os vossos filhos brincar na rua ?
Mudaram-se os tempos, a sociedade é cada vez mais urbana.
Nas cidades há falta de jardins - veja-se como Belém e a Expo se enche de gente, todos os fim de semana.
Mas as pessoas, básicamente, não mudaram, podem é não ter escolhas.
A meu ver, está tudo como dantes, com algumas diferenças.
Os CC resultam das necessidades desta sociedade, não o contrário.
Não é fechando-os que se muda o estilo de vida.
Nem é acabando com o trabalho ao fds que se volta à sociedade rural.
A questão é que também sou estritamente urbana (nascida e criada em Lisboa).
Os domingos, na cidade da minha infância, eram uma chatice...
Ia-se visitar pessoas - tudo um bocado formal - era interessante para os adultos (que tinham sempre muito que falar) mas para nós, miúdos, a quem se exigia bom comportamento...hum.
E também havia o passeio dos tristes - esse desfilar pela linha de Cascais ou de Sintra, sem objectivo, que ainda hoje vejo.
E também se iam ver montras- na baixa.
Penso que, na realidade, nada mudou.
As pessoas vão para os CC ver montras, como antigamente iam à baixa.
Pelo que observo, não compram grande coisa (o problema, aqui, são os hiper, não o CC em si).
Vão para qualquer lugar porque não sabem o que fazer com as crianças.
E digamos que, no CC, é preciso menos atenção, estão à partida mais seguras, destraiem-se e são menos exigentes (as crianças, como os cachorros, exigem atenção redobrada e isso também tem a ver com o descanso dos pais...)
Hoje, também ficam em casa - com o pc, com a tv.
Antigamente, eu ia brincar na rua.
Hoje, deixariam os vossos filhos brincar na rua ?
Mudaram-se os tempos, a sociedade é cada vez mais urbana.
Nas cidades há falta de jardins - veja-se como Belém e a Expo se enche de gente, todos os fim de semana.
Mas as pessoas, básicamente, não mudaram, podem é não ter escolhas.
A meu ver, está tudo como dantes, com algumas diferenças.
Os CC resultam das necessidades desta sociedade, não o contrário.
Não é fechando-os que se muda o estilo de vida.
Nem é acabando com o trabalho ao fds que se volta à sociedade rural.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>