Qual foi o vosso 1ª animal?

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Moderador: mcerqueira

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ISABELLYZGIROU
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sábado abr 29, 2006 1:02 pm

A Bita abriu este tópico, a determinada altura diz "...Então malta não há mais histórias lindas para partilhar?..."

Paula Maria, por esta pergunta da Bita, penso que se nos contar as histórias do seu Black, todos nós vamos gostar e o tópico fica muito mais animado :lol:

Falarmos só do nosso 1º animal é um pouco "xôxo". ;)

Correndo o risco de ser criticada, já falei muito mais para além do meu 1º bicho :? Até aqui tenho falado só dos que já morreram e fazem parte das minhas memórias.

Se alguém achar que não devo, digam e não direi mais nada :oops:

Isabel
scorpinha
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sábado abr 29, 2006 1:07 pm

Isabel continue que é sempre bom ouvir falar de animais e histórias engraçadas sobre eles
havana
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terça mai 02, 2006 10:44 am

Bem sendo assim cá vai mais uma história dos animais que nos marcaram de uma ou de outra maneira.
Eu sempre tive passarada, agora cães e gatos que era o que queria, praticamente não cheguei a ter, o meu pai ainda me deu um cão, mas tirou-mo logo, nem lhe senti o cheiro :cry:
Eu na altura tinha para aí uns 15/16 anos e não simpatizava muito com gatos, achava-os traiçoaeiros(tudo pq quando era piquena tinha sido arranhada por um, sem nenhuma razão).
Até que um dia apareceu no quintal da minha mãe e das vizinhas uma gata.
E já tou com as lagriminhas a quererem sair :cry: :cry:
Foi com ela que eu aprendi a amar e a conviver com um gato.:cry:
Era linda, preta e branca, andava sempre atrás de mim, queria entrar em casa, mas o meu pai(que nunca foi muito amigo dos animais, por vezes até cruel :evil: ) não queria que ela entrasse, então demos-lhe nome(Farrusca), demos-lhe comida, água e caminha no quintal abrigada para dormir.
Teve lá 3 ninhadas, a primeira demos quase todos os gatitos, eram amarelos, só ficou a farrusquinha(cinzenta, linda), que depois foi envenenada e foi morrer no sitio onde nasceu.:cry:
Da segunda ninhada ficaram os pretos(ruca), uma preta e branca(joaninha, que tb foi envenenada) e um preto e branco(vandamme).
Da terceira ninhada voltaram a ficar os pretos(manchinha).
A farrusca adorava-me e eu a ela claro, queria meter os bebés lá em casa, queria dormir lá tb, metia-se debaixo da minha cama para lá ficar e se o meu pai ou a minha mãe tentassem tirá-la de lá, ela bufava-lhes e eu agarrava nela metia-a ao colo e ela nunca me fez nada.
Eu ía para a night, já mais velha e ela ficava nas escadas da minha vizinha ao pé da porta à minha espera, os meus pais chamavam-na para comer e ela não ía, quando eu chegava às tantas da manhã, ainda tinha que lhe ir dar de comer. Era uma sombra.
Quando eu casei e quando os meus pais me foram buscar ao aeroporto depois da lua-de-mel, o meu pai disse-me, tenho duas más notícias para te dar. A primeira era que o meu tio tinha morrido, a segunda era que tinham desaparecido com a minha farrusca, pois quando cheguei à cama, só me lembrava e chorava pela farrusca. :cry: :cry: :cry:
Não é que não gostasse do meu tio, mas havia anos que não o via, lamentei, mas sou sincera não chorei por ele.
Até hoje me lembro dessa gata linda, tenho fotos dela, não tantas como queria, mas na altura não haviam as máquinas digitais e as revelações não era baratas.
Já lá vão 5 anos e a minha farrusca nunca será esquecida, afinal foi com ela que eu aprendi a amar os gatos e a compreende-los.
igraine
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terça mai 02, 2006 11:29 am

Bem, eu não sei se consigo alinhar neste tópico sem desatar a chorar... Mas cá vamos.
Quando nasci os meus pais tinham uma cadela pequena e peluda que se parecia com uma raposa. Era rafeira claro. Chamava-se Bélix. Nunca esteve a meu cargo, eu é que estive sempre a cargo dela. Quando era bebé ela dormia debaixo do meu berço, nas longas viagens de carro que fazia com os meus pais no Verão ela era a minha companhia no banco de trás, ia connosco para todo o lado. Como ainda não tinha irmãos ela funcionava mais ou menos como uma irmã mais velha...
Tenho a impressão que nessa época não havia tantos sítios onde era proibido entrar com animais... Lembro-me que ela ia sempre connosco de férias. Aprendi a comunicar com a Bélix antes de aprender a falar. Era uma cadela toda senhora do seu nariz. Rosnava e mordia a quem a chateasse muito mas não havia pecado maior do que alguém, que não fosse meu pai ou minha mãe, que falasse alto comigo ou gesticulasse muito perto de mim. A Bélix nem avisava, uma vez trepou pelo um amigo dos meus pais acima para o morder. Ele estava a fingir que me ia bater e ela saiu debaixo da mesa disparada, o que me mais me marcou foi que ele era muito alto e ela uma meia leca mas subiu por ele acima como se fosse um gato.
A Bélix dormia sempre comigo, aparece sempre um cantinho do pelo dela ou do focinho das fotografias da minha infância, ao meu colo quando estou a pagar as velas. No único filme de criança que tenho, lá está ela ao meu lado, o meu anjo da guarda.
Ela sofria do coração mas mesmo assim durou 14 anos. Morreu de ataque cardíaco quando eu tinha 12 anos. Um dia de manhã, antes, de ir para escola, reparei que ela estava muito ofegante deitada num cantinho. Fui-me despedir dela mas fiquei muito assustada. A minha mãe tentou disfarçar e mandou-me para a escola, depois saiu disparada para o veterinário mas ela morreu pelo caminho. Quando cheguei da escola tive o maior desgosto de que me lembro. Lembro-me dela como se a tivesse visto ontem, lembro-me perfeitamente da textura do pêlo, do cheirinho dela, do focinho de raposinha e os olhos pretos meiguinhos..
Desde aí nunca mais quis ter nenhum animal... Cobardia talvez. A minha mãe adoptou um cãozinho passado uns anos mas eu estudava fora e nunca me foi tão próximo como a Bélix.
Ao fim de 14 anos adoptei um gato. Sei que os animais deixam muitas saudades mas já me convenci que não adianta ter medo, a vida com um animal de estimação faz mais sentido. E gostava que os meus filhos tivessem um anjo da guarda como o meu.
patbarbosa
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terça mai 02, 2006 11:46 am

Ai estes momentos de Nostalgia... então cá vai:

O meu primeiro animal (que me lembre, porque os meus pais sempre tiveram cães) foi o FIEL, um pastor belga que fazia justiça ao nome! Eu era muito nova, ainda não andava na escola, portanto tinha aí uns 4 ou 5 anos.

Adorava aquele cão, deixava-me fazer-lhe todas as maldades e le muito quietinho. Tomava conta de mim, não me largava um segundo. O meu tio tinha uma oficina de restauro de móveis, nos tempos livres, e eu, como nunca andei no infantário porque tinha a minha tia e a avó para tomarem conta de mim, passava os dias de um lado para o outro: casa, quintal, galinheiro, oficina do tio, e o Fiel sempre comigo... Ao lado da oficina vivia uma familia que tinha uma miuda 1 ano mais velha que eu... era uma parva, e eu uma mimada daquelas!!! Embirrava com a miúda que me fartava...eu era a mais nova, eu é que tinha que ter a atenção toda! Um dia, zangámo-nos e ela empurrou-me... estatelei-me no chão e comecei num berreiro. Quando os meus tios e a avó vieram ver o que foi (era habitual eu chorar, para eles mandarem aquela estúpida para casa :? ), o Fiel estava em cima dela, agarrado ao pescoço... não lhe mordeu, não a marcou, estava só a tentar controlá-la, para ela não me magoar...

A partir daí, o fiel não voltou a andar solto. passou uns dias acorrentado e só se levantava e reagia quando eu ia vê-lo. Uma manhã, logo nas semanas seguintes, acordei e corri para o quintal, mas a corrente estava lá, tal como a casota, mas o Fiel não... passei dias inteiros a chorar, deixei de comer e ainda hoje, passados mais de 20 anos, não posso olhar para a cara daquela rapariga!!!
Na altura pensei que ele tinha fugido porque parecia que já não gostávamos dele... mas o meu pai disse-me que o meu tio o tinha levado para o trabalho dele. Fiquei um bocadinho mais contente, porque se estava com o tio, era bem tratado... só uns anos mais tarde, percebi onde era o trabalho do tio: Nas oficinas da Câmara de Oeiras, nas instalações ao lado do Canil...

Se calhar é por isso que não suporto donos irresponsáveis: porque se o Fiel foi abatido, foi por culpa da nossa irresponsabilidade, por ele andar solto e por ter feito aquilo que se esperava dele: defendeu a dona!
Dele, ficou uma única fotografia, a tomar conta do meu primo quando era bebe...e esse meu primo é 5 anos mais velho do que eu, logo, o Fiel já era um cão velhote, mas lindo!!! e tinha jeitinho para baby sitter...

não perdoo ao meu pai tê-lo levado para o canil... devia era ter levado aquela estúpida que me empurrou...
paula_maria
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quarta mai 03, 2006 9:05 am

ISABELYGIROU (acho que está bem escrito :roll: )

Então é assim:

Eu sempre quis ter um canito, mas os meus Pais não estavam para aí virados. Até que um dia... surgiu o Black nas nossas/minha vidas :D
Penso que foi a maior alegria que tive aos 15 anos de idade; chorei quando a minha Mãe me disse que ele era nosso, pois ela pregou-me uma partida dizendo-me (eu vinha da praia, foi em Agosto) que uma Amiga dela tinha pedido para ele ficar lá em casa enquanto ia ás compras. Peguei-lhe logo ao colo, era pretinho com uma manchinha branca no peito, e tinha 3 meses. Adorei "o rapaz" ;)
Ás tantas, a minha Mãe diz-me que ele era "nosso"; que tinha sido oferecido por essa Amiga que não tinha condições de o ter.
Aí, chorei de alegria, acreditem... aquilo que eu tanto desejava estava nos meus braços: o Black!

Meu Pai educou-o, estava sempre acompanhado em casa, passeava comigo e quando eu chegava do Liceu que festa ele fazia :p
ladrava, saltava, dava beijinhos... enfim! Mas isso ele fazia também aos meus Pais quando eles saiam e depois chegavam, era uma ternura.

Foi nossa companhia durante 17 anos!

Deu-nos muitas alegrias: brincava muito, mesmo crescido, era muito meigo, um doce e ... era um rafeirinho!
Isto de canitos, que me perdoem os Foristas, não tem nada a ver com raças. Eles são assim e ponto final.

Não me recordo de nenhuma "aventura" do Black para contar a não ser que um dia eu e os meus Pais fomos aos meus Tios e quando chegámos o papel que forrava a casa de banho estava rasgado, arrancado e destruido!
Imaginem por quem?? Pois... :roll:

E para já, é só.
Beijinhos.
"Os Animais são os nossos melhores Amigos!"
Tita7
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quarta mai 17, 2006 12:05 pm

Dd q me lembre spr tive animais...periquitos, cães, gatos, tartarugas, etc, etc...

Mas o animal que me marcou mais foi um gato siamês chamado Misha tinha eu cerca de 9 anos qdo veio para minha casa (dentro da manga do casaco da mina mãe, ainda me lembro... é impressionante!). Mas tb me marcou pela morte trágica dele qdo eu tinha perto de 12 anos...um vizinho viu um rapaz de mota a dar-lhe um pontapé (nca conseguimos identificar)... ficou com bacia e órgãos internos desfeitos :cry: ...mas o q impressiona mais foi como ele ainda assim rastejou até à porta da casa dos meus avós e esperou por nós...corremos tudo no distrito de Santarém para o salvar...o seu sofrimento terminou com uma injecção e ele pode "descansar" nos braços da m/mãe e até dar o último suspiro lambia-lhe a mão...pronto já estou a chorar.

Desculpem o desabafo meio lamechas, mas acho q nca falei tão abertamente sobre tal...

cordiais saudações

Tita7
scorpinha
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Localização: Chinchila e Hamsters anões

quarta mai 17, 2006 12:08 pm

Ó Tita até eu me emocionei, os animais realmente só lhes falta falar, mas como sempre digo no nosso coração aqueles que amamos nunca morrem.

Beijinhos
patricias
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Localização: Gatos

quarta mai 17, 2006 1:42 pm

Vocês foram tão felizes! Quem me dera ter tido uma infância assim, rodeada de animais!

Eu sempre gostei mais de gatos do que de cães, vá lá saber-se porquê... e quando eu tinha 13/14 +/-, uma amiga minha resolveu dar-me um gatito!

Eu careca de saber que ambos os meus pais eram contra ter animais em casa, mas lá tentei. O gato, que nunca teve nome, durou 3 dias no máximo. Sempre que ouvia um som vinha-se refugiar por baixo da minha cama. No dia em que os meus pais me obrigaram a devolver o gato, jurei que só iria ter um animal (leia-se gato) quando fosse morar por minha conta.

Por outro lado, o meu irmão teve hamsters (houve um que tinha a mania de sair da gaiola dele e vir passear pela casa, valeu pelos sustos que pergou à minha mãe, que acabava em cima de cadeiras a gritar), porquinhos da india, esquilo (que desde que aprendeu a sair da gaiola, passou o tempo todo depois com as garras a segurar as grades e a abanar-se para a esquerda e para a direita, metia dó. Que eu perdi a conta às vezes que salvei da morte, pondo-o juntinho a mim e nós os dois ao pé do aquecimento, pois o meu irmão começava sempre a chorar de cada vez que o animal sofria de hipotermia) e por fim, uma catura que entrou pela janela de cozinha adentro. Mas não eram meus, nem gatos!

Agora, sempre que vejo um gato digo: "Olha um gato!"

Também guardo com alguma saudade os momentos que passei a matar formigas que o meu irmão fazia o favor de tirar as pernas, mas ai era mais pequena. :o
Não acredites em:

...alguma coisa simplesmente porque a escutaste.
...tradições simplesmente porque provêm desde há muitas gerações.
...algo só porque é falado ou é motivo de rumor por muitos.
...algo simplesmente porque vem escrito nos teus livros religiosos.
...algo simplesmente porque é dito pelas tuas professoras ou anciãos.
Mas, após observação e análise quando encontrares que algo vai de acordo com a razão e é conduzível à felicidade e benefício de uma só pessoa e de todas, então aceita e vive-o.

Kalama Sutta - Buda Shakyamuni
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