Cada ano noto que chegam menos andorinhas ao nosso país. principalmente na zona onde vivo (grande Lisboa). Já tive a sorte de estas aves construírem os seus ninhos, e os ocuparem no ano seguinte, no beiral da minha casa. Este ano, cerca de finais de Abril, princípios de Maio, chegou um casal e construiu um ninho na minha varanda, com formato diferente do habitual. Este é redondo, todo fechado e termina com um orifício redondo para saída. Após pesquisa verifiquei tratar-se da andorinha dáurica. Nunca tinha visto.
O que tem interesse é que, à dois dias, uma deles tem tentado entrar em casa, batendo no vidro.
Gostaria de saber se esta espécie também só come insectos, ou se posso ajudá-las de alguma forma.
Maria
Andorinha dáurica
Boas,
Se o ninho tiver este aspecto ( tipo, igloo de esquimó virado ao contrário) com um pequeno tunel de entrada é concerteza andorinha-daurica.
As andorinhas-dos-beirais Delichon urbica de que fala, em certa parte é verdade, pois têm desaparecido muitas das pequenas colónias mesmo em algumas aldeias, havendo tendencia para se concentrarem em grandes colónias em edifícios de grande envergadura, ficando mais expostas á destruição massiça de ninhos por parte de pessoas pouco tolerantes com a quantidade de excrementos.
Embora não se note regressão na sua área de distribuição, é nítida uma maior fragmentação.
A andorinha-das chaminés Hirundo rustica tem mantido mais ou menos a sua distribuição e densidade desde pelo menos os anos 80, embora com algumas flutuações.
A andorinha-daurica Hirundo daurica, é talvez a unica espécie a notar-se uma expansão que actualmente chega ao litoral centro, embora seja uma espécie marcadamente mediterranica.
O facto de um exemplar bater no vidro é algo comum também noutras espécies e, muitas vezes tem a ver com o vidro funcionar como espelho fazendo com que o animal veja um "estranho" e tente defender o território (visto que esta espécie não é colonial, pode ser o caso). Por outro lado, quando se trata de grandes vidraças, o animal vê nisso um vazio, podendo tentar entrar para prospectar um local acolhedor para 2ª postura (As andorinhas-dauricas nidificam com frequencia no tecto de pontes e tectos de casas abandonadas ou semi-construidas em que haja entradas livres (portas, janelas...).
Como todas as andorinhas, a alimentação é feita em pleno voo, sendo constituida essencialmente por pequenos insectos voadores, pelo que nada pode fazer em termos de ajuda alimentar.
A melhor maneira de ajudar é evitar a perturbação do local e fingir ignorar a presença do ninho, pois se estiverem com crias necessitam de visitar o ninho assiduamente para as alimentar.
Se o ninho tiver este aspecto ( tipo, igloo de esquimó virado ao contrário) com um pequeno tunel de entrada é concerteza andorinha-daurica.
As andorinhas-dos-beirais Delichon urbica de que fala, em certa parte é verdade, pois têm desaparecido muitas das pequenas colónias mesmo em algumas aldeias, havendo tendencia para se concentrarem em grandes colónias em edifícios de grande envergadura, ficando mais expostas á destruição massiça de ninhos por parte de pessoas pouco tolerantes com a quantidade de excrementos.
Embora não se note regressão na sua área de distribuição, é nítida uma maior fragmentação.
A andorinha-das chaminés Hirundo rustica tem mantido mais ou menos a sua distribuição e densidade desde pelo menos os anos 80, embora com algumas flutuações.
A andorinha-daurica Hirundo daurica, é talvez a unica espécie a notar-se uma expansão que actualmente chega ao litoral centro, embora seja uma espécie marcadamente mediterranica.
O facto de um exemplar bater no vidro é algo comum também noutras espécies e, muitas vezes tem a ver com o vidro funcionar como espelho fazendo com que o animal veja um "estranho" e tente defender o território (visto que esta espécie não é colonial, pode ser o caso). Por outro lado, quando se trata de grandes vidraças, o animal vê nisso um vazio, podendo tentar entrar para prospectar um local acolhedor para 2ª postura (As andorinhas-dauricas nidificam com frequencia no tecto de pontes e tectos de casas abandonadas ou semi-construidas em que haja entradas livres (portas, janelas...).
Como todas as andorinhas, a alimentação é feita em pleno voo, sendo constituida essencialmente por pequenos insectos voadores, pelo que nada pode fazer em termos de ajuda alimentar.
A melhor maneira de ajudar é evitar a perturbação do local e fingir ignorar a presença do ninho, pois se estiverem com crias necessitam de visitar o ninho assiduamente para as alimentar.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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mfls
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- Mensagens: 625
- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Cadelas, canários, periquitos, peixes, tartarugas.
Agradeço a sua resposta, fang.
O ninho é como o descreve e nunca tinha visto desta espécie aqui na zona. A minha janela tem vidros pequenos, mas se calhar do exterior faz espelho, e como diz, ela pensa ver outra.
Ainda esperimentei abrir a janela para ver o que acontecia, pois ela parece não ter medo (são mais sociáveis que as dos beirais). Ainda entrou dentro de casa e poisou. No entanto, como tive medo que ela entrasse e depois se assustasse com alguma coisa e ao fugir se magoasse, fechei de novo a janela.
Quando agora cheguei a casa vejo que continua a fazer o mesmo, talvez não com tanta frequência.
De qualquer forma não as quero perturbar, bem pelo contrário.
Mais uma vez obrigado
Maria
O ninho é como o descreve e nunca tinha visto desta espécie aqui na zona. A minha janela tem vidros pequenos, mas se calhar do exterior faz espelho, e como diz, ela pensa ver outra.
Ainda esperimentei abrir a janela para ver o que acontecia, pois ela parece não ter medo (são mais sociáveis que as dos beirais). Ainda entrou dentro de casa e poisou. No entanto, como tive medo que ela entrasse e depois se assustasse com alguma coisa e ao fugir se magoasse, fechei de novo a janela.
Quando agora cheguei a casa vejo que continua a fazer o mesmo, talvez não com tanta frequência.
De qualquer forma não as quero perturbar, bem pelo contrário.
Mais uma vez obrigado
Maria
Tb tenho uma colonia no beirado da minha casa; começou com um casal e um ninho e já vai em uns 5 ou 6 ninhos e casais.
É claro que o chão está cheio de excrementos, mas nada que não se remova com facilidade e boa vontade, com uma agulheta de regar o jardim.
Boa sorte e continue.
É claro que o chão está cheio de excrementos, mas nada que não se remova com facilidade e boa vontade, com uma agulheta de regar o jardim.
Boa sorte e continue.