Leishmaniose

[Kelita_]

Boas noites,
Gostava de saber se existem outras formas de prevenir a Leishmaniose, para além da coleira Scalibur.

[Siioux]

Pode sempre plastificar o cão :p


Tou a brincar é claro. A Scalibor é uma excelente coleira sem duvida mas não lhe dá garantias a 100% até pq conheço uns qtos animais que sempre a usaram e isso não os impediu de apanhar leishmaniose. Há tb o pulvez julgo eu de que mas lá está é logico que o animal está mais protegido mas .......há sempre o azar

[mosquito01]

A coleira é SCALIBOR.

E sim....existem outros produtos com alguma eficiencia, tais como o pulvex spot on, advantix, frontline combo, e há quem fale em essencia de citronela.

Mas tal como a Sioux disse, nenhum destes produtos são 100% eficazes...

E para prevenção, tambem pode tomar certas precauções, tais como os animais não estarem ao "ar livre" ao nascer e pôr do sol, nas alturas de maior transmissão (de Maio a Outubro), bem como colocação de redes mosquiteiras nas janelas e os insecticidas ligados às tomadas onde os cães se encontram.

[Kelita_]

É claro que nenhum método é 100% eficaz, mas usando-os em conjunto há sempre menor risco de transmissao.
A coleira já usa
Obrigada pelas respostas

[imarcelo]

Eu uso a coleira scalibor juntamente com advantix, que tambem protege do mosquito.

Afinal o meu rafeirola é alérgico à picada da pulga e tivemos que reforçar a protecção

[susanastrat]

Um pouco mais sobre esta doença...de modo a ser mais eficaz a protecção aos nossos cães. Quanto mais informação melhor...

A Leishmaniose é uma doença transmitida por um mosquito, que pica nas alturas do crepúsculo do dia, e que provoca sintomas variados nos cães. Desde lesões cutâneas, renais, oculares, coceiras, etc. O diagnóstico é realizado por punção da medula óssea e observação ao microscópio das Leishmanias.

ROEDORES:
Leishmaniose, Peste Bubônica, Leptospirose, Febre hemorrágica, Sarna, Micoses, entre outras...

A leishmaniose transmite-se ou não pela urina e fezes?
A leishmaniose transmite-se somente através da picada do mosquito Phlebotomus. Não se transmite por fezes, urina saliva ou outro liquido corporal.

Existe algum repelente de insectos eficaz contra o mosquito?

Existem vários mas nenhum é eficaz a 100%.Aconselhe-se com o seu veterinario sobre o Pulvex, o Advantage e o Scalibor, por exemplo. Aconselha-se que se efectue o exame de despsite da doença em Novembro.

Existem produtos extraídos da planta Citronela de Java, que são repelentes naturais com resultados muito satisfatórios.

Atenção: Existem variedades de citronela que não possuem estas propriedades.
O nome científico da Citronela de Java é Cymbopogon Winterianus.


Qual é o período do ano mais favorável à picada do mosquito?
É nos meses de Julho, Agosto e Setembro.

Prevenção

Actualmente ainda não existe nenhum processo eficaz de prevenção da doença, embora tenham sido feitas tentativas no sentido de se criarem vacinas para o efeito.

No entanto, a utilização de certos artifícios como coleiras e outros produtos antiparasitantes, minimizam a propagação, embora não a evitem a 100%. Normalmente estes artigos combatem simultâneamente as pulgas e as carraças, mas não deixe de consultar o veterinário sobre o produto mais indicado para este efeito.



Se vive numa zona de risco ou numa região onde existam charcos ou quaisquer outros meios propícios ao desenvolvimento de mosquitos, convém estar-se sempre muito atento ao estado de saúde do cão. Ao mínimo sintoma deve consultar-se o veterinário.

Embora se trate de uma espécie particular de insecto, há outra doença – a dirofilariose – que também é provocada por um mosquito, neste caso, a vulgar melga, se evidentemente estiver infectada.



A forma mais eficiente de erradicação da doença seria eliminar o mosquito agente transmissor da leishmaniose. No entanto, isso não é fácil e obrigaria a um esforço conjugado com as autoridades através de uma desinfecção do território através das pulverizações tradicionais com insecticidas.

Dado que esta espécie de mosquito prefere o fim da tarde e o princípio da manhã para sugar as suas vítimas, deve evitar-se passear o cão nestas alturas e especialmente junto de zonas húmidas e locais com águas paradas, que são os locais onde eles vivem e se reproduzem.

E...pronto espero que tenham paciência para ler o artigo; e protejam o melhor possível os vossos cães.

Eu geralmente escolhia as primeiras horas da manhã e o final da tarde para passear o meu cão...devido ao calor, ora existem sempre situações mais ou menos complicadas para optar...o melhor é usar as protecções todas que for possível, e evitar as zonas próximas a águas paradas e charcos...

Atenção os testes mais rápidos de despiste desta doença, em caso de dar positivo eu recomendo que optem por repetir o exame, antes de iniciar o tratamento.


Agora uma noticia sobre projectos de estudos sobre esta doença em Portugal.

http://www.fct.mctes.pt/projectos/pub/2 ... 7&areaID=9

RESUMO DO PROJECTO
A leishmaniose visceral (LV), ou "kala-azar", é endémica em Portugal, onde constitui uma grave zoonose. O cão é o principal reservatório do parasita Leishmania infantum para o Homem, e para outros cães. Em Trás-os-Montes e Alto Douro (distritos de Vila Real e de Bragança, e parte dos distritos de Viseu e da Guarda) ocorreram perto de metade dos cerca de 300 casos humanos notificados em Portugal de 1986 a 1999 (Direcção-Geral da Saúde, 1999), onde a doença é quase exclusivamente rural.
Rastreios serológicos realizados em populações caninas de vários concelhos desta região revelaram elevadas prevalências de infecção em animais de algumas aldeias do concelho de Alijó (Abranches et al., 1992; Sampaio-Silva et al., 1993; Cabral et al., 1998).
Neste contexto, mais de uma década após a última avalição em massa, pretende-se fazendo uso de uma prova serológica de desenvolvimento recente, pouco dispendiosa e de fácil/rápida execução - o teste de aglutinação directa (DAT) (Harith et al., 1989) - calcular a seroprevalência actualizada da infecção canina por Leishmania na área em causa.
As amostras de soro positivas no DAT serão objecto de confirmação por "western blot-dipstick-enzyme-linked immunosorbent assay" (WB-D-ELISA) (Semião-Santos, 1996) - um novo teste serológico de elevada sensibilidade e especificidade. Nos animais seropositivos será tentada a detecção do parasita por exame directo e o seu isolamento em cultura.
Está ainda previsto o estudo dos insectos vectores de Leishmania, ao longo de vários meses do ano, com vista a determinar as épocas de maior abundância de flebótomos infectados e infectantes.
As estirpes de Leishmania que venham a ser isoladas de insectos e cães serão alvo de caracterização recorrendo à reacção em cadeia da polimerase (PCR), previamente padronizada.
Os dados obtidos serão analisados estatisticamente e aplicados na definição de parâmetros epidemiológicos relacionados, por exemplo, com o risco de infecção por unidade de tempo, etc.
A informação proveniente deste trabalho é seguramente valiosa e necessária a outros estudos a efectuar posteriormente: cálculo actualizado da prevalência de infecção em populações caninas de outros concelhos da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, e avaliação de seroprevalência e incidência da infecção por Leishmania na população humana.
A instituição proponente, em associação com as instituições participantes, evoluirá como unidade de diagnóstico e investigação das leishmanioses, adquirindo maior capacidade para funcionar como centro coordenador de futuras acções deste tipo.
As conclusões a obter prevêem-se de importância considerável para a definição e para o estabelecimento de medidas destinadas à prevenção e ao controlo da infecção canina por Leishmania e à profilaxia da doença humana associada.

[PauloC]

Convinha esclarecer que o que estamos a chamar de "mosquito" não é na verdade um mosquito, mas sim um flebotomo. Este tipo de insecto não tem nada a ver com águas paradas ou charcos, mas sobretudo com matéria orgânica (Neste aspecto é mais aparentado à mosca do que verdadeiramente ao mosquito). Por isso não adianta nada evitar charcos e águas paradas, porque não é lá que este insecto em concreto se desenvolve. Existirá mais perigo onde existir matária vegetal morta, feses ou outra matéria orgânica em decomposição.

Cumprimentos
Paulo C.

[afrodite41]

Se houver cães que vivam em jardins, podem tb utilizar luzes de côr amarela, ligadas desde o entardecer até ao amanhecer.

[cockinhas]

Boa tarde[/img]

[texuga]

Boa tarde

Aproveito este tópico para tentar esclarecer algumas dúvidas:

Citando: “Ao mínimo sintoma deve consultar-se o veterinário.”

-Quais costumam ser os primeiros sintomas e quanto tempo demoram a manifestar-se?

- É possível o cão ter o parasita “adormecido” tornando-se portador sem manifestar a doença?

- Um cão que tenha sido picado por um mosquito infectado constitui um veículo de contágio durante quanto tempo e a partir de quando?

Citando: “Atenção os testes mais rápidos de despiste desta doença, em caso de dar positivo eu recomendo que optem por repetir o exame, antes de iniciar o tratamento”

- No caso de um cão estar protegido com coleira e/ou advantix (por exemplo) e que, nos referidos meses tenha sido “pouco” exposto nas horas de maior actividade do mosquito será suficiente o teste rápido?

Cumprimentos,
Cockinhas

Algumas respostas:

• Um cão só infecta novos mosquitos (e estes por sua vez infectarão novos cães) se estiver na fase activa e visivel da doença, ou seja, na fase terminal, com chagas na pele, as quais estão infectadas com leishmanias.
  
  O cão tratado com medicamentos é portador mas NÃO é infectante para os mosquitos! Pode ter uma vida normal sem qualquer sintoma e sem infectar novos mosquitos.
  
  A doença em humanos é controlável e muito menos perigosa do que nos cães. As pessoas que desenvolvem as formas mais severas de leishmaniose visceral são nomalmente crianças ou pessoas imunodeprimidas, mas mesmo nessas existe cura.
  Os cães estão menos protegidos contra a leishmania, daí que os sintomas sejam muito graves acabando sempre por sucumbir á doença mais tarde ou mais cedo.
  
  Os grandes disseminadores da leishmania acabam por ser os animais selvagens, os roedores e muitos dos animais abandonados, pois estes não estão sujeitos a tratamento como os nossos cães e estão completamente á mercê dos mosquitos.
  
  Até agora, a única forma de nos defendermos do mosquito é recolhendo os cães á noite e evitando passeá-los em áreas húmidas, muito arborizadas e junto de águas paradas ao entardecer. Usar coleiras repelentes de mosquitos e pulverizar a área dos canis. Aplicar redes mosquiteiras nas janelas.
  
  Se após um tratamento adequado se verificar que os sintomas persistem e o animal está condenado a um enorme sofrimento e a uma morte lenta, será preferível eutanaziá-lo. Isto poupa o animal do sofrimento e contribui para salvar outras vidas.
  
  O despiste da leishmaniose em cães aparentemente saudáveis é o ideal, pois podem começar com o tratamento mais cedo e a sua esperança de vida aumenta considerávelmente.

Retirado de: http://whippetp.no.sapo.pt/leishmaniose.htm

Aconselho a leitura da página citada em cima , bem como de: http://www.hospvetporto.pt/artigos/detalhe/70



Paulo,

O que consta na página do Hospital Veterinário principal é contrário ao que disse:

As zonas de àguas paradas, particularmente propensas à proliferação de flebótomo são as principais zonas de risco para os cães.


Em que ficamos?

[PauloC]

Não deves acreditar em tudo o que lês na net, até porque neste meio as informações sejam correctas ou incorrectas propagam-se com muita facilidade. Apesar de tudo consegues encontrar muita informação válida, e se fizeres uma pesquisa cuidada decerto vais encontrar informação em consonância com aquilo que escrevi.
É que o Flebótomo costuma reproduzir-se em locais com muita matéria orgânica no solo, como os locais de criação de animais (canil, galinheiro, pocilga, estábulo, entre outros).
Vê este site espanhol da SCALIBOR e, entre outra informação útil, repara lá bem onde é que as fêmeas do flebotomo depositam os ovos:
http://www.sin-mosquitos.com/pages/inde ... p/spr3.asp
¿Porqué solamente la hembra transmite la leishmaniosis?
Ambos sexos se alimentan de azúcares de la savia de las plantas o del néctar de los áfidos, pero solamente las hembras se alimentan de sangre. La hembra necesita sangre para producir huevos. Alrededor de una semana después de alimentarse de sangre, las hembras ponen aproximadamente 100 huevos en el suelo húmedo rico en materia orgánica.

Já agora, como podes constatar também que onde eles são mais abundantes é nas zonas rurais e nas matas e jardins nas cidades (que é onde existe mais matéria orgânica).
¿Cuál es su hábitat?
Los mosquitos no pueden verse durante el día porque permanecen en grietas, oquedades y hendiduras. Los mosquitos que transmiten la leishmaniosis canina no viven en las playas pero son más abundantes en áreas rurales o lugares con árboles en las ciudades, como jardines y parques.


Cumps
Paulo C.

[nemrak]

Alguém tem experiência com os produtos Radarcan? Mais concretamente o do mosquito, será que também é eficaz com o flebotomo?

http://secure.comtele.com/radarcan/index.html?lang=pt

Dentro de algum tempo vou mudar-me para uma zona mais campestre e pretendo ter mais animais entre eles um cão, esta doença assusta-me um pouco...

Obrigada

[VascoV]

Pessoalmente o radarcan é uma TANGA !!!

[nemrak]

Pois... estou a ver!
É melhor ficar pelas luzes amarelas e os mosquiteiros!
Detesto luzes amarelas, mas fazem efeito, o meu marido comprou para a varanda e nunca mais tivemos mosquitos, quando mudarmos vamos optar pelo mesmo.

Obrigada

[texuga]

Paulo,

Claro que não devemos acreditar em tudo o que lemos, mas como li no Site do Hospital Veterinário fiquei na dúvida

O ideal é mesmo evitar a mosquitada :p

Obrigado pela informação!

xuga