Então visto que tanto o seu como o durga vieram de criadores reconhecidos, tanto o seu como o durga não têm um excelente perfil de cabeça, qual é então a diferença???
São os relatórios das exposições?
Não, meu caro/a... não são os relatórios de exposições por si só. São as avaliações que juízes capacitados para tal fazem do exemplar em questão. Quer perceber o que dizem mais os relatórios das exposições?!...
O meu cão tem um temperamento correcto e típico da raça. O durga... tem?
O meu cão tem excelente andamento. O durga... tem?
O meu cão é não prognata. O durga... é?
etc, etc, etc...
Estes pontos não são possíveis de avaliar pelas fotos expostas. Para comprovar o que atrás disse tenho a minha palavra e os relatórios de diversos juízes que o corroboram. E o Durga? Tem?...
Um exemplo concreto. Muito se debateu acerca da cabeça do meu cão e da do Durga neste tópico. Ambos são pobres de perfil e, especificamente sobre o meu cão, o Marcos expressou a sua opinião - legítima - mas unicamente baseada nas fotos que visualizou. Eu contrapus, explicando o porquê de em foto o cão possuir, em determinado angulo, um perfil aparente muito inferior aquele que na realidade possuí e, como disse, tenho os tais relatórios de juízes que corroboram essa minha opinião. O Durga, ainda que me parece que não ocorra com ele o mesmo que se passa com o meu cão - mas como não o conheço tenho de manter essa possibilidade em aberto - não tem uma avaliação independente que possa fazer alguma luz sobre o assunto.
Percebe agora a importância de se ter ou não uma base de apoio que "certifique" a qualidade do animal?
Na minha opinião não. A única diferença que se poderá considerar é que essa cruza será com um criador da raça, em que supostamente trabalha para fazer uma criação consciente, mas também lhe posso dar exemplos de criadores de bull terrier conscientes, que provam precisamente o contrário ao que é ter consciência (o que, nem só por isso será um ponto a seu favor) e mostram o que é contribuir positivamente para a raça.
Agora fiquei curioso e gostava que me mostrasse, com os nomes, os tais criadores de bull terrier conscientes que provam (pelo seu trabalho) o contrário...
Eu não estou a julgar o cruzamento do Durga com a cadela XPTO. Se é um cruzamento que, na opinião de quem foi responsável por ele, poderá contribuir algo de positivo então, quer eu concorde ou não com essa probabilidade, ele é totalmente legitimo. Mas aqui é que reside a questão central do debate: Quem é responsável por esse cruzamento tem os conhecimentos suficientes para poder tomar essa decisão?
Eu conheço cães, que estão nas mãos de criadores conhecedores da raça, que por distintas razões nunca foram a uma única exposição e que são utilizados em cruzas. Mas quem os utiliza (esses criadores) possuem eles proprios conhecimentos para saberem e poderem avaliar por si próprios se esses animais serão ou não portadores de virtudes que poderão contribuir positivamente para a raça. A questão que coloco - e que é a central - é se a dona do Durga tem esses conhecimentos, ou se, caso não os tenha, não deveria primeiro o animais ser avaliado por pessoas qualificadas para tal.