Ontem, dei com um album de fotografias das quais ja me tinham esquecido.
Eram fotografias das nossas ferias em Portugal, ha ano e meio atras. Nessas ferias adoptamos o Oscar.
Nao reconheci o cao das fotografias. O cao das fotografia tem o olhar vazio e triste. O meu cao tem um olhar alegre e esperto. O meu cao e o Oscar-o-Terrivel. O cao das fotografias e o Oscar-o-Sisudo.
Em que viagem nos embarcamos ha ano e meio atras! Que privilegio foi poder ter trazido alegria aos olhos do Oscar... Neste ano e meio o Oscar ensinou-me tanto e fez de mim uma pessoa tao melhor, tao mais tolerante e aberta!
Houve tropelias e asneiras de ambas as partes, houveram dificuldades que pareceram insuperaveis, mas esta tudo esquecido.
Se eu tivesse sabido antes o que o Oscar ia fazer por mim, tinha-me sentado naquele descampado horrivel e deprimente onde ele apareceu e tinha ficado la de bracos abertos a espera dele.
Nunca se deixem convencer que criar um cachorrinho e mais gratificante do que receber um cao adulto abandonado de bracos abertos. E diferente, e os desafios que vao encontrar nao estao explicados em livro nenhum. As respostas, terao de as encontrar no vosso coracao e no vosso bom senso, mas acreditem em mim, estes caes foram postos no mundo para fazer de nos seres humanos melhores!
Adoptar um cao adulto
Moderador: mcerqueira
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Olá Joana,Nanico Escreveu: Nunca se deixem convencer que criar um cachorrinho e mais gratificante do que receber um cao adulto abandonado de bracos abertos. E diferente, e os desafios que vao encontrar nao estao explicados em livro nenhum. As respostas, terao de as encontrar no vosso coracao e no vosso bom senso, mas acreditem em mim, estes caes foram postos no mundo para fazer de nos seres humanos melhores!
Como já tive oportunidade de te dizer, acho LINDO o que fizes-te pelo Oscar. Só da leitura do teu texto se vê o amor que lhe tens. Não sei como eras antes, mas se o Oscar teve algum papel (e pelos vistos teve) em tornar-te na pessoa com quem diariamente temos o prazer de conviver, o que fizes-te por ele foi recompensado.
Não sei se criar um cachorrinho é ou não mais gratificante, mas é o único desafio para o qual neste momento estou preparada.
Mas tenho a certeza de que os teus testemunhos vão contribuir para desmistificar este tema e quem sabe, talvez eu tb um dia arranje as condições fisicas e emocionais para seguir o teu exemplo e adoptar um cão adulto.

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A Luna, quando veio lá para casa já era adulta ( 1ano e tal).
Estava abandonada na rua.
Para além de nos presentear com 6 lindos cachorrinhos ( 1 infelizmente morreu pouco tempo depois do parto), sempre foi uma cadela educada, muito grata por tudo o que nós fizemos por ela, de um carinho para os donos, uma coisa inexplicável
Faço só uma ressalva - É que o seu feitio de Terrier, obviamente que ninguém lho tira
Aproveito mais uma vez para dizer e, falo somente por minha experiência própria, os cães abandonados são muito mais gratos aos donos do que os outros que nunca passaram por isso ( independentemente da meiguiçe, respeito e tudo o resto)
Caso do Luzo, Luna e Náná versus Oscaar ( o meu bébé lindo, claro está
) 
Estava abandonada na rua.
Para além de nos presentear com 6 lindos cachorrinhos ( 1 infelizmente morreu pouco tempo depois do parto), sempre foi uma cadela educada, muito grata por tudo o que nós fizemos por ela, de um carinho para os donos, uma coisa inexplicável

Faço só uma ressalva - É que o seu feitio de Terrier, obviamente que ninguém lho tira



Aproveito mais uma vez para dizer e, falo somente por minha experiência própria, os cães abandonados são muito mais gratos aos donos do que os outros que nunca passaram por isso ( independentemente da meiguiçe, respeito e tudo o resto)

Caso do Luzo, Luna e Náná versus Oscaar ( o meu bébé lindo, claro está


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Eu tenho três cães.
Dois, de raça, comprei-os em pequeninos e foram educados por nós. Cresceram no seio de uma família, com todas as condições necessárias para fazerem um cão feliz. Têm tido todo o nosso amor, carinho e atenção. Nunca lhes faltou assintência veterinária, boas rações, boas camas, muitos brinquedos, treino... enfim, uma infinidade de coisas que envolvem fazer um cão feliz.
Estes meus cães, aliás, cadelas, são animais muito vivos, com um olhar alegre, sempre atentos a tudo, destemidas, saudáveis e brincalhonas.
Como ando sempre a vasculhar o que há na net sobre cães, um dia encontrei um anúncio sobre um cão abandonado e recolhido por um canil. Aquele cão parecia que me perseguia. Encontrei a sua fotografia em vários sites. Metia dó o ar do animal. Encolhido, com as orelhas descaídas e um olhar tão triste que me partiu o coração. Tratava-se de um cão adulto e grande que apesar de dizerem ter três anos, aparentava alguns dez...
Depois de muito pensar, e de ter ultrapassado a oposição do resto da família, fui vê-lo ao canil a acabei por o trazer para casa.
Este cão era o oposto das minhas cadelas. Com um aspecto muito tristes e com muitos medos. Quando lhes dava a ração, ficava sempre na retaguarda como que à espera que alguma coisa sobrasse para ele, apesar de ter o seu próprio comedor com a sua porção de ração. Parecia que mendigava comida e carinho. Não brincava nem conhecia os brinquedos. Na rua não saia de junto de nós, nem em espaços onde podia andar à vontade. Com o tempo, o nosso amor e atenção e a atitude das outras duas, tem-se transformado num cão magnifico. Cada dia é um novo dia para ele. Hoje já brinca, já come sem receios, a vassoura, esfregonas e aspirador tornaram-se objectos de brincadeira, tem sido uma conquista constante, um dar e receber sem limites.
Não são só os cachorros e os cães de raça que têm direito à vida.
Quando pensarem em ter um cão porque não pensar na possibilidade de adoptar um destes?
garanto-vos que não se vão arrepender.
Dois, de raça, comprei-os em pequeninos e foram educados por nós. Cresceram no seio de uma família, com todas as condições necessárias para fazerem um cão feliz. Têm tido todo o nosso amor, carinho e atenção. Nunca lhes faltou assintência veterinária, boas rações, boas camas, muitos brinquedos, treino... enfim, uma infinidade de coisas que envolvem fazer um cão feliz.
Estes meus cães, aliás, cadelas, são animais muito vivos, com um olhar alegre, sempre atentos a tudo, destemidas, saudáveis e brincalhonas.
Como ando sempre a vasculhar o que há na net sobre cães, um dia encontrei um anúncio sobre um cão abandonado e recolhido por um canil. Aquele cão parecia que me perseguia. Encontrei a sua fotografia em vários sites. Metia dó o ar do animal. Encolhido, com as orelhas descaídas e um olhar tão triste que me partiu o coração. Tratava-se de um cão adulto e grande que apesar de dizerem ter três anos, aparentava alguns dez...
Depois de muito pensar, e de ter ultrapassado a oposição do resto da família, fui vê-lo ao canil a acabei por o trazer para casa.
Este cão era o oposto das minhas cadelas. Com um aspecto muito tristes e com muitos medos. Quando lhes dava a ração, ficava sempre na retaguarda como que à espera que alguma coisa sobrasse para ele, apesar de ter o seu próprio comedor com a sua porção de ração. Parecia que mendigava comida e carinho. Não brincava nem conhecia os brinquedos. Na rua não saia de junto de nós, nem em espaços onde podia andar à vontade. Com o tempo, o nosso amor e atenção e a atitude das outras duas, tem-se transformado num cão magnifico. Cada dia é um novo dia para ele. Hoje já brinca, já come sem receios, a vassoura, esfregonas e aspirador tornaram-se objectos de brincadeira, tem sido uma conquista constante, um dar e receber sem limites.
Não são só os cachorros e os cães de raça que têm direito à vida.
Quando pensarem em ter um cão porque não pensar na possibilidade de adoptar um destes?
garanto-vos que não se vão arrepender.
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- Localização: Ally (a minha rafeirinha linda) e Blacky (o meu cachorrão)
Nada me podia tocar mais do que este tópico, dado que os dois cães que tenho foram adoptados já adultos. A Ally com um ano e o Blacky com 12 anos. Nunca me arrependerei de os ter levado para minha casa. Tal como diz a Joana, fizeram de mim uma pessoa melhor. Não foram só eles que ganharam coisas boas: um lar quentinho, comida, brinquedos, uma cama e outros miminhos. Eu recebi amor incondicional, muito carinho e cresci como pessoa, tentando resolver os problemas que foram aparecendo e compreendendo melhor estes meus dois (acima de tudo) amigos e companheiros. Tem sido uma experiência fantástica e penso que no final quem ficou a ganhar mais com ela fui eu, pois sou eu que tenho o privilégio de ter dois cães que no final do dia me fazem sorrir mesmo apesar de tudo o resto, por vezes, parecer desabar em volta...
Ana
Ana