Fotografar melhor

[nel]

Hummm, muitos parabéns !!!!!
A cadela é muuuuiiito bonita !!!!

Estou a brincar, a cadela é realmente muito bonita mas a fotografia também merece os parabéns porque está muito boa. Principalmente na exposição, que está muito correcta, o que nem sempre é fácil de conseguir dentro de casa.
Parabéns.

[PedroRocha]

Obrigado mas o merito da exposição vai para a maquina.
Já é velhota, mas de vez em quando tira umas fotos engraçadas.

É uma olympus c300



Mas as suas fotos é que são demais.

Obrigado por partilha-las connosco.

[susanastrat]

Boas,

nel, aos cães de tons muito escuros prefiro tirar com eles de frente para o sol...depois uso o flash para dar mais luz às sombras.

[nel]

O flash é muito útil, exactamente para isso mesmo. A luz do sol directa provoca muitos contrastes e sombras extremamente escuras, que podem ser suavisadas se forem compensadas pela luz do flash.

Aos nossos olhos, esses contrastes não são tão "duros" e nessas sombras vemos perfeitamente os detalhes. O que acontece é que a resolução das máquinas não têm capacidade para traduzir a gama tonal que vemos ao natural. Por isso, temos que usar artimanhas e uma delas é, pura e simplesmente, procurar fazer as fotografias com luz difusa.

[nel]

Fotografar o cão em movimento

Fotografar cães ou crianças em movimento é muito mais difícil do que em pose, como é óbvio.
No entanto, as fotografias feitas ao cão quando ele se movimenta, seja numa brincadeira, corrida ou noutra atitude dinâmica, as fotografias poderão resultar mais expressivas se o “instantâneo” foi obtido com algum talento e também com alguma sorte.
Mas, de qualquer forma, não é fácil. Para a fotografia resultar com alguma qualidade técnica e não apenas estética, é necessário dispor de um equipamento minimamente satisfatório: uma reflex munida de uma teleobjectiva, por ex. E é necessário saber regular a máquina, dando prioridade à velocidade.
Vou tentar traduzir isto com o exemplo das fotos em baixo.
Na foto de cima foi usada uma máquina do tipo reflex (sistema de película) com uma zoom 28-200. É provável que no momento do disparo a zoom estivesse na posição de 200mm, não me lembro. A velocidade deve ter sido 1/1000... A focagem foi automática. Película 200 ISO.
Aqui a dificuldade não consiste propriamente na regulação da máquina, mas na estratégia. Duas pessoas colocaram-se a uma relativa grande distância uma da outra, atirando as bolas, que eles se esforçavam para apanhar. Eu coloquei-me igualmente distanciado e equidistante dos atiradores das bolas. Por princípio, a trajectória dos cães era sensivelmente sempre a mesma. Assim, bastava enquadrar o ponto central dessa trajectória, esperar e disparar quando eles passassem.
Dada a rapidez dos cães, nem sempre era fácil conseguir o enquadramento correcto. Por isso, tiveram que ser feitas muitas fotografias para se obter uma mais ou menos satisfatória.
Um sistema usado nestas condições é o da sequência, em que a máquina efectua não um mas mais do que um disparo.

Na foto de baixo não houve ajuda dos atira-bolas.

[susanastrat]

Gostei nel!

[nel]

Fotografar em pose

A forma mais fácil de fotografar o cão é quando ele está parado, principalmente se estiver sentado ou deitado. Dá tempo para fazer um enquadramento correcto, para regular bem a máquina, para optar por uma iluminação adequada, etc.
No entanto, assim o cão não mostra toda a sua morfologia e a sua expressividade.
O ideal é fotografá-los quando estão parados, mas atentos a qualquer coisa que lhes suscite a curiosidade, que pode ser artificialmente conseguido como se descreveu atrás, por ex. mostrando-lhes uma bola ou outro brinquedo qualquer.
Dentro de casa é sempre mais difícil por causa do espaço normalmente exíguo em que se tem que usar uma grande angular e também por causa da iluminação, em que o flash é normalmente a luz dominante, que é sempre de evitar.
No exterior, procurar sempre a luz difusa e nunca a luz directa do sol.
Ou fotografar ao sol mas com ajuda do flash para eliminação das sombras, como também já se referiu atrás.


Pose correcta usada numa exposição

[nel]

Tratamento da imagem

Não há uma única fotografia feita por mim e usado no meu site (e são tantas) que não tenha sido manipulada no computador.
Há muitos anos não havia computadores e o tratamento da imagem era praticamente inviável para a maioria dos amadores. O resultado final era exactamente o produto revelado no laboratório. Aliás, hoje ainda, grande parte das fotografias feitas pelos amadores não são sujeitas a qualquer tratamento posterior.
O advento das máquinas digitais veio facilitar muito a tarefa do amador pouco esclarecido em fotografia. De imediato pode ver o que fotografou e, com a mesma facilidade com que carregou no botão do disparo pode eliminar uma fotografia que ficou mal.
Outra vantagem (são tantas) das digitais é o não haver a preocupação de gastar película como acontecia no sistema antigo, em que a pessoa ficava sempre um pouco inibida para não gastar película à toa. Assim, sem essa restrição, podemos disparar à vontade e aproveitar muitas mais hipóteses de obter “instantâneos” interessantes.

De qualquer modo, o tratamento da imagem é fundamental quando se pretende dar um toque mais expressivo à fotografia.
Há vários programas para o efeito. Há muitos anos que uso o Adobe Photoshop, mas há outros programas mais simples, com funcionalidades idênticas, que cumprem perfeitamente as exigências do amador.
Funções para reenquadrar, para dar mais brilho, para avivar as cores ou retocar os olhos quando se usa o flash, enfim, há uma série de ferramentas que por vezes até disfarçam uma má fotografia.


Um whippet com cerca de dois meses de idade (por acaso é irmão dos meus lingrinhas).
Fico eternamente na dúvida se o whippet é mais belo nesta idade ou na de adulto...

Esta fotografia foi só ligeiramente reenquadrada porque se procurou, no acto de fotografar, um fundo neutro e liso (à esq.)

(Não é minha intenção valorizar o valor estético das fotografias que utilizo aqui, que é sempre subjectivo e discutível. Uso-as apenas para ilustração dos textos. Se acharem que são boas fotografias, tanto melhor. Se porventura encontrarem algo discutível sob o ponto de vista técnico ou estético, critiquem à vontade que eu agradeço

[nel]

Tratamento de imagem (Cont.)

Outras funções são um pouco mais elaboradas
Nesta fotografia, a figura do cão foi recortada e colocada num fundo neutro e vazio na parte superior. Do fundo original aproveitou-se apenas a relva. A intenção foi a de isolar a figura como tema dominante e não deixar que o fundo “estorvasse”.
Este tratamento relativamente elaborado não se justifica numa fotografia por ex. para guardar num álbum. Em muitos casos é interessante que o fundo contenha elementos identificadores do local ou elementos que identifiquem a época...
Adoptei este tipo de tratamento para todas as fotos que encabeçam o site.

[nel]

A propósito da Gama Tonal

Gama tonal é o número de tons numa escala do branco ao preto, considerando apenas estas duas “cores” limite para facilitar o conceito.
De facto, o conceito de gama tonal envolve todas as cores desde as mais subtis às mais garridas. Por ex., quando se tira uma fotocópia (sem ser a cores) de um documento que contém uma fotografia, a reprodução da fotografia é sempre muito má porque a a resolução da fotocopiadora possui uma gama tonal que se limita ao branco e ao preto. Os cinzentos não são reproduzidos.
Já o texto é reproduzido com grande fidelidade e às vezes até se diz que a cópia é melhor do que o original pelo simples facto de não haver meios tons ou cinzentos nas letras.

Isto vem a propósito das fotografias que fazemos aos nossos bichos em determinadas condições de luz. A resolução das películas ou dos sensores das novas máquinas digitais e consequentemente a reprodução fotográfica anda muito longe da resolução da nossa visão. Assim, quando fotografamos à luz directa do sol, formam-se na figura altos contrastes. As zonas mais iluminadas ficam saturadas de luz e as não atingidas pelo sol, muito escuras.
Os nossos olhos conseguem ver perfeitamente todas as cambiantes, todos os detalhes e todos os tons, mas a máquina está muito longe de resolver isso e capta, dentro de uma gama tonal muito mais estreita, uma pequena parte dessa imensa gama de tons.

Como já foi aconselhado, deve procurar-se fotografar com luz difusa ou, se for ao sol, com ajuda do flash.


Quanto maior for o número de tonalidades intermédias, neste caso cinzentos, maior a gama tonal.

[IreneRua]

Excelente tópico...
...para mim, q sou uma naba, vai dar um jeitão!

Thanks!

[nel]

Escala
Dar a noção da real dimensão do que se fotografa nem sempre (ou quase nunca) constitui preocupação do fotógrafo amador, nomeadamente quando se enquadram os nossos bichos.
Em muitos trabalhos profissionais como catálogos, folhetos de publicidade, etc., joga-se muito com a escala, muitas vezes de forma habilidosa ou mesmo enganadora.
Assim, se se pretende transmitir ao observador a noção da dimensão real, uma vez que a fotografia é sempre ou quase uma reprodução reduzida da realidade, procura-se incluir no enquadramento um elemento qualquer de que conheçamos a sua dimensão e, assim, por comparação, podermos deduzir a dimensão do que nos interessa.
Em certos trabalhos de carácter científico isto é fundamental, mas por exemplo na publicidade este processo é usado ao contrário. Por ex. os folhetos de publicidade dos hipermercados mostram alguns artigos com uma aparência que pouco tem a ver com o que está lá à venda. Se as sardinhas forem fotografadas sem nenhum elemento junto que lhes identifique a escala, poderemos julgar que são grandes e rechonchudas.


O Guga nestas duas fotografias tem sensivelmente a mesma idade, cerca de três meses. A que dá a real noção do seu porte é a da direita onde se vê o chinelo que ele roi com toda a gana.

Na maior parte das fotografias que fazemos dos nossos cães, o factor escala tem pouca importância. No entanto, quando se trata da divulgação de uma raça pouco conhecida, a fotografia será muito mais esclarecedora se este aspecto for considerado.

O factor escala também se aplica às pessoas. Muitas vezes fico surpreendido quando vejo ao natural certas figuras públicas que antes conhecia apenas pela televisão ou imprensa escrita. Umas são muito mais altas do que eu supunha, outras pequeninas...
É por isso que muitos indivíduos que gostam de mostrar aquilo que não são procuram ser fotografados de baixo para cima, que dá altivez e poder e, de preferência, sem ninguém alto ao lado...

[nel]

Fotografar contra a luz

Fotografar contra a luz é uma situação muito comum dentro de casa quando atrás da figura existe uma porta ou uma janela por onde entra muita luz. Se não se tomarem algumas precauções, é certo que a figura vai ficar em silhueta.
Isto deve-se ao simples facto de a máquina fazer a leitura da enorme intensidade de luz e fechar automaticamente a iris da objectiva.
Este dispositivo é muito semelhante ao dos nossos olhos. No escuro temos a pupila muito dilatada para deixarmos entrar o máximo de luz e no exterior, especialmente em dias de sol, a pupila fecha-se o mais possível para a claridade não nos incomodar.
Tanto num caso como no outro, tudo se processa automaticamente. A diferença é que a máquina não adivinha as nossas intenções. Em vez de se regular em relação à luminosidade da figura, toma como referência a claridade do fundo que é muito luminoso.
O processo mais fácil para remediar esta situação é o recurso ao flash, que ilumina a figura independentemente da intensidade luminosa do fundo.


Aqui o Kiko não foi fotografado rigorosamente contra a luz, mas os raios solares da manhã, ainda com o sol muito baixo, incidem o suficiente atrás dele para deixarem um fio de luz que recorta a figura contra o escuro da sombra no chão.
Estas situações fazem salientar a figura sem que se tenha usado qualquer outro artifício.

[sportinguista]

sempre úteis

[sitiodosanimais]

Nel!!!

Seja muito bem vindo!

Como sempre, muito construtivo, já estava farto de ler desgraças

Já tinha visto estes conselhos e posso dizer-lhe que penso que melhoraram imenso a minha qualidade de fotógrafo.

Depois coloco cá uns exemplos.

Grande abraço