Esta nem sabe qual é o período de gestação numa cadela (para além de não saber português, mas já começa a ser tão vulgar que também eu começo a não saber escrever). Digam-me, quem são os parvos, cretinos, mentecaptos, eu sei lá, que compram cães a estes anormais?Pais puros, estão a fazer nova ninhada. Deveram nascer entre dois a três meses. Aceitam-se encomendas.
Criadores de vão de escada
Moderador: mcerqueira
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3417
- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Bobtail-aholic
Mãezinha, como é deprimente encontrar anúncios destes:
"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 572
- Registado: sábado mar 23, 2002 11:30 am
- Localização: Caniche muito anão (Hortelã), farrusco tricolor quatro olhos (Patolas)
Bem Sealords:
90% dos portugas?????
Quanto ao português e tomando como exemplo este forum , já não sei se rie se chore!!!!
Por exemplo, aqui, a palavra você escreve-se correntemente voçê, até eu começo a duvidar da ortografia correta, táme a perssebere?
Cumprimentos
JoseLuis
90% dos portugas?????
Quanto ao português e tomando como exemplo este forum , já não sei se rie se chore!!!!
Por exemplo, aqui, a palavra você escreve-se correntemente voçê, até eu começo a duvidar da ortografia correta, táme a perssebere?
Cumprimentos
JoseLuis
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 5619
- Registado: terça dez 11, 2001 8:41 pm
- Localização: Politicos com anti-rábica em dia
- Contacto:
Bem , eu penço que os tipus que fazem errus desses sau us mesmus que aqui veên-se e escrevem com linguas dos capas e outras perulas.
Tãu a verme-se

Tãu a verme-se
SeaLords Escreveu: Mãezinha, como é deprimente encontrar anúncios destes:
Esta nem sabe qual é o período de gestação numa cadela (para além de não saber português, mas já começa a ser tão vulgar que também eu começo a não saber escrever). Digam-me, quem são os parvos, cretinos, mentecaptos, eu sei lá, que compram cães a estes anormais?Pais puros, estão a fazer nova ninhada. Deveram nascer entre dois a três meses. Aceitam-se encomendas.

-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3778
- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
- Contacto:
Olá
Há já uma série de anos que me desloco à província (à aldeia) mas apenas como turista de fim de semana. Por isso não sei muito bem se o conceito que descrevi na mensagem anterior sobre a atitude das pessoas do interior em relação aos cães ainda se mantém. Mas penso que sim.
Nas aldeias do interior creio que não existem cães abandonados. Em muitos casos eles andam soltos, à vontade, e até penso que são felizes. Cruzam-se ao calhas, é a lei do mais forte e pronto. Quando nascem as crias, se não houver clientela para elas, afogam-se ou enterram-se vivas à nascença e está o problema resolvido.
É cruel? Claro que é. Tão cruel como a tradicional matança do porco. Mas é assim. E isto faz-se com toda a naturalidade...
Na cidade é diferente. As pessoas vivem em caixotinhos amontoados uns em cima dos outros e muitas até pensam que são felizes por isso. Vivem sozinhas. A convivência com a vizinhança é esporádica. É o bom dia , boa tarde ao entrar no elevador e pouco mais.
É aqui que nasce a necessidade do cão de companhia, conceito que não existe na província. E também a moda de ter cão e por último a posse do cão de raça, que sempre dá um certo status social. E também é a criancinha que faz anos e recebe de prenda o cachorrinho... e por aí fora.
A proximidade do cão com a família dentro de um espaço tão reduzido como são os apartamentos nas cidades, gera intimidades e cumplicidades que na maior parte das situações são imprevisíveis e inesperadas. Criam-se afectos entre as pessoas e os animais que em muitos casos até poderão considerar-se patológicos (?)...
Mas o contrário também se verifica. Em espaços de habitabilidade tão reduzida, criam-se facilmente conflitos entre as pessoas. Não há fuga. É como se se vivesse num colete de forças. Em muitos casos os cães que habitam esses locais são vítimas disso. Então, ou levam pancada ou são abandonados.
Na província isto não acontece. O cão está lá fora. Não chateia. Nem é preciso levá-lo à rua...
Na província não existem cumplicidades nem intimidades com o cão (nem um pouco mais ou menos). Mas também não existem conflitos.
Na cidade é o oito ou o oitenta. Ou se amam até às últimas consequências, ou se pega neles e se largam (também) com a maior das ligeirezas.
Ora muito bem. Vem todo este relambório a propósito do juízo por vezes injusto que se faz das pessoas. A gente da província não é melhor nem pior do que a da cidade. A sua vivência é que é completamente distinta.
Venha o diabo e que escolha.
Há já uma série de anos que me desloco à província (à aldeia) mas apenas como turista de fim de semana. Por isso não sei muito bem se o conceito que descrevi na mensagem anterior sobre a atitude das pessoas do interior em relação aos cães ainda se mantém. Mas penso que sim.
Nas aldeias do interior creio que não existem cães abandonados. Em muitos casos eles andam soltos, à vontade, e até penso que são felizes. Cruzam-se ao calhas, é a lei do mais forte e pronto. Quando nascem as crias, se não houver clientela para elas, afogam-se ou enterram-se vivas à nascença e está o problema resolvido.
É cruel? Claro que é. Tão cruel como a tradicional matança do porco. Mas é assim. E isto faz-se com toda a naturalidade...
Na cidade é diferente. As pessoas vivem em caixotinhos amontoados uns em cima dos outros e muitas até pensam que são felizes por isso. Vivem sozinhas. A convivência com a vizinhança é esporádica. É o bom dia , boa tarde ao entrar no elevador e pouco mais.
É aqui que nasce a necessidade do cão de companhia, conceito que não existe na província. E também a moda de ter cão e por último a posse do cão de raça, que sempre dá um certo status social. E também é a criancinha que faz anos e recebe de prenda o cachorrinho... e por aí fora.
A proximidade do cão com a família dentro de um espaço tão reduzido como são os apartamentos nas cidades, gera intimidades e cumplicidades que na maior parte das situações são imprevisíveis e inesperadas. Criam-se afectos entre as pessoas e os animais que em muitos casos até poderão considerar-se patológicos (?)...
Mas o contrário também se verifica. Em espaços de habitabilidade tão reduzida, criam-se facilmente conflitos entre as pessoas. Não há fuga. É como se se vivesse num colete de forças. Em muitos casos os cães que habitam esses locais são vítimas disso. Então, ou levam pancada ou são abandonados.
Na província isto não acontece. O cão está lá fora. Não chateia. Nem é preciso levá-lo à rua...
Na província não existem cumplicidades nem intimidades com o cão (nem um pouco mais ou menos). Mas também não existem conflitos.
Na cidade é o oito ou o oitenta. Ou se amam até às últimas consequências, ou se pega neles e se largam (também) com a maior das ligeirezas.
Ora muito bem. Vem todo este relambório a propósito do juízo por vezes injusto que se faz das pessoas. A gente da província não é melhor nem pior do que a da cidade. A sua vivência é que é completamente distinta.
Venha o diabo e que escolha.
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3778
- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
- Contacto:
Olá
Relendo esta minha última mensagem, verifico que o assunto não tem muito a ver com o tópico. Isto vinha na sequência de trocas de impressões entre mim e o dicas.
Relendo esta minha última mensagem, verifico que o assunto não tem muito a ver com o tópico. Isto vinha na sequência de trocas de impressões entre mim e o dicas.
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 5695
- Registado: sábado mar 30, 2002 6:33 pm
- Localização: 9 gatos, 2 cães
o problema é que à excepção das novas gerações, quem veio para as cidades era originário normalmente da província.muitos continuam a entender os animais "à moda antiga".
os novos ricos, por vezes, têem cães de raça e dão-lhes o tratamento que se sabe.
anjaazul
os novos ricos, por vezes, têem cães de raça e dão-lhes o tratamento que se sabe.
anjaazul
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 572
- Registado: sábado mar 23, 2002 11:30 am
- Localização: Caniche muito anão (Hortelã), farrusco tricolor quatro olhos (Patolas)
Amigo Nel
Parabéns, você deixou-me de boca aberta, foi uma ótima intervenção, com a qual estou 99,9% de acordo.
Único desacordo, apesar de estar muito bem descrita a relação homem/cão, e apesar da aparente desumanização dessa relação, o cão muitas vezes (pela minha experiêcia) era amado e mimado e havia alguma intimidade, embora claro, nada que se parecesse com a que existe na cidade, pelas razões que tão bem apresentou.
Tão amado quanto uma vida dura podia permitir, mas era. A maioria dos pescadores gostava muito dos seus cães, a relação era muito mais forte que uma simples relação de trabalho dono/escravo!
Mas a verdade é que os cães de trabalho do mar eram um caso particular em relação aos animais do campo, relação essa que também conheci de perto e aí sim, o nosso acordo é total.
É preciso coragem para dizer que a relação homem/cão da cidade não é natural. E não é, mas vivemos na cidade e também prefiro assim, por causa dos nossos amigos e por nossa causa. Aliás, hoje a relação entre as duas espécies de um modo geral é mais tipo citadino do que tipo provinciano, há já muita gente na província que usa preferencialmente o cão como companhia.
Um grande abraço, e obrigado pela lição
JoseLuis
Parabéns, você deixou-me de boca aberta, foi uma ótima intervenção, com a qual estou 99,9% de acordo.
Único desacordo, apesar de estar muito bem descrita a relação homem/cão, e apesar da aparente desumanização dessa relação, o cão muitas vezes (pela minha experiêcia) era amado e mimado e havia alguma intimidade, embora claro, nada que se parecesse com a que existe na cidade, pelas razões que tão bem apresentou.
Tão amado quanto uma vida dura podia permitir, mas era. A maioria dos pescadores gostava muito dos seus cães, a relação era muito mais forte que uma simples relação de trabalho dono/escravo!
Mas a verdade é que os cães de trabalho do mar eram um caso particular em relação aos animais do campo, relação essa que também conheci de perto e aí sim, o nosso acordo é total.
É preciso coragem para dizer que a relação homem/cão da cidade não é natural. E não é, mas vivemos na cidade e também prefiro assim, por causa dos nossos amigos e por nossa causa. Aliás, hoje a relação entre as duas espécies de um modo geral é mais tipo citadino do que tipo provinciano, há já muita gente na província que usa preferencialmente o cão como companhia.
Um grande abraço, e obrigado pela lição
JoseLuis
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3778
- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
- Contacto:
Oh meu caro amigo dicas
Eu até fico envergonhado com os seus elogios, que realmente não mereço.
O que me levou a fazer essa intervenção foi motivado pelo facto de haver muita gente na cidade (nas grandes cidades), que nasceram nestes grandes meios e não têm a mínima noção da "cultura" da província (cultura entre aspas para não se confundir com civismo e instrução). Eu como nasci e vivi durante muitos anos na província tenho mais facilidade de estabelecer essas diferenças em relação à "cultura" da cidade, dado que já vivo no Porto há cerca de trinta anos (Ihhh, como o tempo passa...).
Há um aspecto que me escapou (mas que referi logo de início quando cheguei ao fórum, salvo erro em relação à caça) que a anjaazul, com o seu espírito perspicaz e atento mencionou na sua mensagem:
Isto é verdade. Como se sabe, grande parte da população da cidade é oriunda da província e a adaptação ao novo meio nem sempre é feita facilmente.
Também o que me motivou fazer estes comentários foi o facto de vivermos aqui no fórum numa espécie de paraiso. Todas as pessoas, regra geral, dedicam um enorme amor aos seus animais (aos seus e a todos os animais). Vivemos aqui, de facto, num mundo que se distancia do mundo real. Se nos descuidarmos, daqui a pouco a concha em que nos refugiamos fecha-se e perdemos a noção da realidade. Creio que muitas vezes se tomam aqui atitudes maniqueistas: dum lado estão os maus e do outro os bonzinhos que, claro, somos nós. Ora a realidade não é assim tão linear...
Como é evidente não estou a defender que se bata, que se abandonem ou que se afoguem os animais à nascença. Mas antes de mais, tento compreender por que motivo se cometem essas barbaridades.
Mais uma vez este assunto pouco ou nada tem a ver com o tópico. Mas, a propósito, como mero exercício académico, seria giro fazer uma sondagem sobre criadores de vão de escada à população.
"Como? O que é isso?"
Pois... esta também é outra realidade.
Eu até fico envergonhado com os seus elogios, que realmente não mereço.
O que me levou a fazer essa intervenção foi motivado pelo facto de haver muita gente na cidade (nas grandes cidades), que nasceram nestes grandes meios e não têm a mínima noção da "cultura" da província (cultura entre aspas para não se confundir com civismo e instrução). Eu como nasci e vivi durante muitos anos na província tenho mais facilidade de estabelecer essas diferenças em relação à "cultura" da cidade, dado que já vivo no Porto há cerca de trinta anos (Ihhh, como o tempo passa...).
Há um aspecto que me escapou (mas que referi logo de início quando cheguei ao fórum, salvo erro em relação à caça) que a anjaazul, com o seu espírito perspicaz e atento mencionou na sua mensagem:
.o problema é que à excepção das novas gerações, quem veio para as cidades era originário normalmente da província. muitos continuam a entender os animais "à moda antiga".
os novos ricos, por vezes, têem cães de raça e dão-lhes o tratamento que se sabe.
Isto é verdade. Como se sabe, grande parte da população da cidade é oriunda da província e a adaptação ao novo meio nem sempre é feita facilmente.
Também o que me motivou fazer estes comentários foi o facto de vivermos aqui no fórum numa espécie de paraiso. Todas as pessoas, regra geral, dedicam um enorme amor aos seus animais (aos seus e a todos os animais). Vivemos aqui, de facto, num mundo que se distancia do mundo real. Se nos descuidarmos, daqui a pouco a concha em que nos refugiamos fecha-se e perdemos a noção da realidade. Creio que muitas vezes se tomam aqui atitudes maniqueistas: dum lado estão os maus e do outro os bonzinhos que, claro, somos nós. Ora a realidade não é assim tão linear...
Como é evidente não estou a defender que se bata, que se abandonem ou que se afoguem os animais à nascença. Mas antes de mais, tento compreender por que motivo se cometem essas barbaridades.
Mais uma vez este assunto pouco ou nada tem a ver com o tópico. Mas, a propósito, como mero exercício académico, seria giro fazer uma sondagem sobre criadores de vão de escada à população.
"Como? O que é isso?"
Pois... esta também é outra realidade.
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 5695
- Registado: sábado mar 30, 2002 6:33 pm
- Localização: 9 gatos, 2 cães
estas "qualidades" que refere são antes fruto de deformação profissional...mas adiante!!!Há um aspecto que me escapou (mas que referi logo de início quando cheguei ao fórum, salvo erro em relação à caça) que a anjaazul, com o seu espírito perspicaz e atento mencionou na sua mensagem:
eu já referi no fórum que não considero serem apenas as pessoas que aqui vêem que constituem um oásis. felizmente! aliás, pela experiência do fórum dos gatos e lendo as perguntas que são colocadas ao "médico" no felinus, até fico arrepiada. pronto, mas ninguém nasce ensinado e a arca poderá ser um ponto de partida para o conhecimento e sensibilização.
eu vivi 8 anos (recentemente) numa aldeia e foi lá que "aprendi" o que é ser animal!!! é arrepiante. ainda hoje, afogam, deitam para o lixo as ninhadas. ainda hoje lhes dão restos, não os levam ao vet, envenenam-nos por dá cá aquela palha, fazem "caça" ao cão ou gato quando vão na estrada, enfim, barbaridades!!!!
não sei se estes animais serão melhor ou pior tratados do que nas grandes cidades. apenas sei que a sua visibilidade é maior.
quem tem uma noção diferente do que é um animal é considerado "maluquinho" e ocioso. é o que eu chamo a cultura do subdesenvolvimento. esta anda a par de as mulheres e as crianças serem as que mais pancada levam e onde se registam maiores níveis de alcoolismo e violência. neste cenário, vai-se esperar que os animais sejam bem tratados








anjaazul
-
- Membro Veterano
- Mensagens: 3778
- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
- Contacto:
VascoV Escreveu: Nostalgia
Mais um tópico que o Vasco foi buscar lá para trás e que deve (aconselho a) ser lido pelos novos membros do fórum. Olhem que vale a pena.
Vasco, deculpa reforçar isto, mas julgo que é importante.
<p> </p>
<p> </p>
<p> </p>
[quote=VascoV]
Nostalgia
[/quote]
Vasco,
Era bom que fosse apenas nostalgia... mas infelizmente não é!
Pessoalmente sou contra a criação indiscriminada quer de cães de raça quer de SRD's. Se alguém me diz " vou cruzar a minha cadela" eu respondo "para quê???"
O mercado está saturado! As condições financeiras cada vez pior! E o primeiro a sofrer é sempre o canito...
Os canis estão a abarrotar de animais a precisarem de donos, incluindo animais de raça.
A criação indiscriminada é não só inconsciencia como desamor aos animais!
PS.: Hoteis a 5 euros???

Nostalgia
[/quote]
Vasco,
Era bom que fosse apenas nostalgia... mas infelizmente não é!
Pessoalmente sou contra a criação indiscriminada quer de cães de raça quer de SRD's. Se alguém me diz " vou cruzar a minha cadela" eu respondo "para quê???"
O mercado está saturado! As condições financeiras cada vez pior! E o primeiro a sofrer é sempre o canito...
Os canis estão a abarrotar de animais a precisarem de donos, incluindo animais de raça.
A criação indiscriminada é não só inconsciencia como desamor aos animais!

PS.: Hoteis a 5 euros???
