poema :vira-latas
Moderador: mcerqueira
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encontrei este poema quando não tinha nada que fazer e me pus a navegar pela net. Encontrei este e muitos mais!!! Mas este merece que o conheçam...
Vira Latas
(Autor desconhecido)
Cheirando a canha e fumaça
A cruza de dois sem raça
Nasceste no olho da rua
Preambulaste em sarjetas
Sem nunca mamar nas tetas
Da mãe que um dia foi tua.
Sofreste o frio e o abandono
Daqueles que não tem dono
E que jamais tiveram teto,
mas por trás deste focinho
No olhar imploras baixinho
Que aceitemos o teu afeto.
Pelo ralo, pulgas, sarna...
Por pouco não desencarnas,
Doente e louca de fome,
foste achada cachorrinha
Assustada, tão sozinha,
sem sequer possuir um nome!
Pedigree, doutor, vacina,
No amargor de tua sina,
levaste vida de bicho!
Quase sempre escorraçada,
só tinhas a madrugada,
Prá comer restos de lixo.
Dividiste espaço e pratos,
Com outros cães, talvez gatos,
Brigando por um cantinho
Um lugar que te abrigasse,
Onde a chuva não molhasse,
Que fosse seco e quentinho.
Quis o destino no entanto,
talvez pro teu próprio espanto
Que outro dia alguém te achasse
E ao te ver machucadinha,
te arranjasse uma caixinha
e com carinho, te adotasse.
Que inveja tem outros cães,
mesmo aqueles que têm mães
Ao te verem bela e faceira
Senhora do pátio, jardim,
de um corredor sem fim, ao sol,
Dormindo na esteira...
Vira Latas
(Autor desconhecido)
Cheirando a canha e fumaça
A cruza de dois sem raça
Nasceste no olho da rua
Preambulaste em sarjetas
Sem nunca mamar nas tetas
Da mãe que um dia foi tua.
Sofreste o frio e o abandono
Daqueles que não tem dono
E que jamais tiveram teto,
mas por trás deste focinho
No olhar imploras baixinho
Que aceitemos o teu afeto.
Pelo ralo, pulgas, sarna...
Por pouco não desencarnas,
Doente e louca de fome,
foste achada cachorrinha
Assustada, tão sozinha,
sem sequer possuir um nome!
Pedigree, doutor, vacina,
No amargor de tua sina,
levaste vida de bicho!
Quase sempre escorraçada,
só tinhas a madrugada,
Prá comer restos de lixo.
Dividiste espaço e pratos,
Com outros cães, talvez gatos,
Brigando por um cantinho
Um lugar que te abrigasse,
Onde a chuva não molhasse,
Que fosse seco e quentinho.
Quis o destino no entanto,
talvez pro teu próprio espanto
Que outro dia alguém te achasse
E ao te ver machucadinha,
te arranjasse uma caixinha
e com carinho, te adotasse.
Que inveja tem outros cães,
mesmo aqueles que têm mães
Ao te verem bela e faceira
Senhora do pátio, jardim,
de um corredor sem fim, ao sol,
Dormindo na esteira...
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- Membro Veterano
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- Registado: sexta fev 07, 2003 6:45 pm
- Localização: Bianca (Retriever do Labrador)

Bom poema para nos descontrair e nos fazer pensar...

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- Membro
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- Registado: sexta jan 17, 2003 1:16 pm
- Localização: Pinscher miniatura, Canário, Papagaio da Amazónia
Fiquei comovida
O meu cãozito também só depois de mais de um ano em que passou de dono em dono, sendo constantemente maltratado e brutalizado (tem apenas 2.5 Kg, vejam o que se faz aos bichos), é que veio ter aqui a minha casa (de onde não quer voltar a sair, penso eu
).
Parabéns ao autor.

O meu cãozito também só depois de mais de um ano em que passou de dono em dono, sendo constantemente maltratado e brutalizado (tem apenas 2.5 Kg, vejam o que se faz aos bichos), é que veio ter aqui a minha casa (de onde não quer voltar a sair, penso eu

Parabéns ao autor.