Sobre Labradores - Para AISD e para todos!

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Moderador: mcerqueira

PauloC
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terça jul 02, 2002 12:33 pm

Olá,
Enviaram-me hoje um bom artigo sobre Labradores que quero partilhar com vocês. Apesar de ter sido escrito no Brasil, adapta-se perfeitamente ( sem tirar nem pôr) ao que se passa em portugal.
Aqui fica:NEM TODO LABRADOR É GUIA DE CEGO


- Por Lucia Andrade


A maioria das pessoas sonha em comprar aquele Labrador lindo, calminho, bonito e saudável dos filmes americanos. Porém quando compram o cachorrinho, o levam pra casa e ele começa a crescer, percebem que o sonho se tornou, para alguns, um pesadelo!


É verdade. Estamos cada vez mais recebendo alunos, telefonemas e e-mails de pessoas dizendo que não aguentam mais seus Labradores porque eles destroem tudo, não param quietos nunca, comem pra caramba, roubam sapatos, papel higiênico, meias, pedrinhas de jardim... e pasmem, estão mordendo a mão dos donos!!


É claro que tudo isso aí em cima poderia ser feito por um cachorro de qualquer raça, principalmente se ele for filhote, porém a questão é que as pessoas estão inconformadas com o resultado frustrante de suas expectativas exageradas com relação a uma raça específica. Muitas estão se sentindo enganadas e arrependidas por terem comprado um exemplar de Labrador.


Mas será que toda a culpa está no coitado do peludo? Acho que não. O Labrador é uma raça ótima, realmente amável, super carinhosa com outros bichos e com outras pessoas e um perfeito exemplar para trabalho. Formam uma ótima dupla com os caçadores de patos, pois após dado o tiro, eles vão até a caça, a pegam com a boca sem dar um sequer arranhãozinho na ave e a entregam ao caçador. Eles também atuam com extremo desempenho em funções mais modernas trabalhando como farejadores de drogas em aeroportos, salvando pessoas em escombros e no mar, sendo guia de cegos e ajudando pessoas com Esclerose Múltipla e outras deficiências físicas ou motoras.


Então você deve estar pensando: “O que está acontecendo com o meu Labrador?”.

Muitas pessoas não entendem que não são todos os Labradores que são guias de cego. Não é só porque o peludo nasceu Labrador que ele agora será um ótimo cão trabalhador, um perfeito cão de salvamento. Para que alguns poucos cães Labradores se tornem guias é feito um rigoroso trabalho de seleção e um profundo treinamento.

Para se ter uma idéia do que é esse trabalho, durante o primeiro ano de vida do cão, já pré-selecionado para ser um possível cão-guia, já que seus pais, avós, bisavós, foram também guias, ele vive com uma família voluntária que o leva para todos os cantos da cidade. A família o leva desde pequeno para restaurantes, cinemas, lojas, padarias, açougues, parques, todo o lugar que você puder imaginar. Além disso, durante este tempo todo esta família se compromete em treinar o filhote com extrema disciplina nos comandos básicos de obediência.

Depois de um ano é que começa o treinamento de guia propriamente dito. Isso caso ele seja aprovado. Com mais ou menos um ano, a família entrega o cão de volta para o centro de treinamento para ele começar a aprender os comandos para ser um guia. Lá ele fica uns outros três meses junto aos professores. Depois disso é que entra o treinamento intenso de um mês com a pessoa que o terá como guia, e mesmo assim não é qualquer cachorro que se adapta a qualquer dono. São várias etapas e um longo caminho para o cão se tornar um guia de cego. A cada etapa ele poderá falhar e ser retirado do programa. É muito mais fácil ele ser reprovado do que aprovado. Portanto é praticamente impossível que aquele Labrador do seu vizinho que você está pensando em comprar seja um dia um cão calminho e tranquilo que nem os guias de cego. É mais ou menos assim, quantas crianças superdotadas você já conheceu na vida? Quantos gênios você já viu em pessoa?


Está pensando nos Labradoes farejadores de drogas e de busca e salvamento? Estes são ainda mais especiais. São justamente os Labs que ninguém quer, que são super agitados, que querem fazer “coisas” o dia inteiro, que não param quietos um minuto, que são destrutivos se deixados sozinhos, obstinados, focados e teimosos quando querem um brinquedo, os pré-selecionados para fazer um trabalho tão preciso e de tanta valia para os humanos. Justamente aqueles que um mortal qualquer não quer nem ver por perto que, se treinados e trabalhados adequadamente, se tornam maravilhosos. O “truque” aqui é trabalho, trabalho, trabalho...


Agora falando dos Labradores americanos que são pets. Lá a maioria é castrada e mora em casas com quintal e muito espaço. Lá os americanos levam os cães aos parques, viajam com os cães e os exercitam muito. O cão faz parte da rotina da família e existe uma preocupação grande em preservar o temperamento do Labrador e em extinguir a displasia. É claro, que aqui no Brasil, também existem criadores e donos sérios, mas a grande maioria não está tão ciente de tudo isso.


Infelizmente a raça Labrador alcançou um nível de comercialização muito grande. Provavelmente em breve, ela será uma das raças mais vendidas do Brasil, desbancando outras raças tradicionalmente adquiridas como cão de companhia. Como todo mundo quer um, tem muita gente virando criador e vendendo filhotes totalmente fora do padrão. Sem contar com o pior que é vender só para ganhar dinheiro, sem explicar nada sobre as características do peludo para o futuro dono, sem se importar se o cão, ou a raça é adequada paras o ritmo de vida do novo dono. Com isso chegamos a um ponto que a própria raça sai perdendo. As pessoas, sonhando com aquele cão lindo nadando nas águas gélidas do Colorado, compram o bicho e o leva pra casa. Já que temos uma vida agitada, acabamos nos esquecendo de levá-lo de vez em quando para nadar. Esquecemos que ele precisa se exercitar três vezes por dia por no mínimo 40 minutos. Esquecemos que ele, se deixarmos, come o pacote inteiro de ração de uma vez só.


Vejo nas ruas Labradores obesos. É uma pena. Os Labradores sofrem muito com isso. São comilões sim, mas somos nós donos que os alimentamos. Não devemos permitir que isso aconteça. Para piorar, é cada vez mais alto o número de cães com displasia coxo-femural. Se o seu cão tem essa doença, NÃO O DEIXE cruzar. Temos que fazer a nossa parte. Já que chegamos a um ponto tão comercial, não podemos fazer vista grossa para essa doença. Imaginem 12 filhotinhos displásicos, cheios de dor... Não há necessidade disso. Evitar este mal é mais simples do que parece, basta radiografar seu cão com um veterinário especializado após um ano de idade e não cruzá-lo se for portador da doença. Da mesma forma, só compre um filhote se ambos os pais forem radiografados e possuírem o laudo atestando a ausência de displasia. Por mais que alguns “jurem” que seu cão não tem nada e que “vários” veterinários disseram que ele não tem nada, somente o laudo radiológico é capaz de detectar a doença.


Amo a raça Labrador. A propósito tenho dois. Optei por comprar essa raça, pois morei nos Estados Unidos cinco anos, e tive, como muitos, a ilusão de que todos os Labradores eram como os cães americanos. Mas aqui no Brasil o controle da raça ainda não é tão sério assim. A minha fêmea, a Julie, é chocolate, tem três anos e é castrada, pois tem displasia grau moderado. Como poderia imaginar que ela tinha essa doença quando a comprei? Impossível. Mas graças a Deus sempre tive a preocupação que um dia isso poderia acontecer. Até agora ela não apresenta nenhum sinal da doença. Mas isso é devido a minha força de vontade. Levo-a sempre para nadar, ela nunca corre no asfalto ou em chão escorregadio e a mantenho no peso ideal.


Foi muito difícil criar a Julie. Morava num apartamento pequeno, estudava e trabalhava o dia todo. É claro que ela destruiu todo o sofá, as paredes, os fios de telefone... Mesmo assim, todo dia de manhã e a noite a levava para longas caminhadas.


Anos mais tarde comprei outro Labrador, o Freddy. Ele é preto e está com um ano e meio. Muito mais bagunceiro que a Julie. Impossível manter a sanidade mental com os dois dentro de um apartamento. Mesmo eles saindo três vezes por dia durante 40 minutos, eles sentem a necessidade de ter um espaço maior. Toda hora eles vem com um brinquedo na boca para eu jogar, para eu correr atrás deles. É muito difícil. Resolvi que seria melhor para todos nós que eles fossem de 15 em 15 dias para minha casa de praia. Lá tem muito espaço e eles ficam em contato com a água o tempo todo.

Percebo todo dia sinais de estresse e tédio quando eles ficam muito tempo sem ir para a praia. Eles ficam muito mais ansiosos, pulando sem parar, pegando coisas nas latas de lixo e em cima da mesa, lambendo as patas sem parar. É muito triste.


Sempre que penso em Labradores me lembro de uma propaganda que passava na TV a cabo há pouco tempo. Era uma propaganda de uma marca de whisky e em linhas básicas era assim:


Uma mulher lindíssima, arrumada e perfumada espera pelo companheiro para jantar. Uma mesa romanticamente arrumada espera o casal. Ele chega, começam a se beijar e de repente toca o telefone celular dele. Ele dá mais um beijo na companheira e sai levando seu estetoscópio. Passam-se horas e horas. A mulher espera pacientemente tomando sua birita. Finalmente ele chega no meio da madrugada. Ela linda, loira, e compreensiva o beija e abraça (hahahaha). Aí entra em cena um lindo labrador preto, caminhando camalmente na direção dos donos, carregando a coleira na boca. Corta a cena e aparecem os donos passeando com o cachorro, o dia começando a amanhecer, todo mundo agasalhado, pois parece bem frio.


O que isso tem a ver com o nosso texto? A maioria das pessoas que assite este comercial acha lindo o labrador, todo bonitinho e educado trazendo a coleira na boca, pedindo para passear. O que eu vejo quando assisto este comercial? Um Lab indo em direção aos donos, provavelmente pensando: “Não quero nem saber se o jantar michou, se a madame tá de pileque e o doutor tá morto de cansado por ter trabalhado a noite toda... VOCÊS VÃO TER QUE ME LEVAR PRA RUA AGORA!!!!!! Ah! E dane-se se tá o maior frio lá fora. EU GOSTO!!!!!”


Os Labradores precisam de espaço, precisam de água, precisam de estímulos físicos e mentais e não podem ser gordos. Morder a mão das pessoas então, nem pensar! São cães ativos, cujo propósito de suas vidas é trabalhar junto com os seus donos. Pense bem antes de comprar um Labrador. Depois pesquise muito sobre a raça e sobre os criadores. Depois deixe passar uns dias e repense. Dá muito trabalho ter um Labrador que esteja dentro do padrão, os que não estão então, são mais difíceis ainda. Caso você compre um, você terá um compromisso com a raça. Terá que mudar a rotina da sua vida, para dar o mínimo de conforto e saúde mental para o seu cão.


Os Labradores agradecem.



Abraços
Paulo C.
anokas
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terça jul 02, 2002 12:57 pm

Eu concordo com o texto e com a autora OS LABRADORES PRECISAM DE MUITO EXERCÍCIO mas não é por isso que vão deixar de ser a minha raça favorita e nem é por estarem na moda que são a minha raça favorita porque até já eram há muitos anos!
Eu ADORO essa raça já há muitos anos infelizmente não tenho nenhum por morar num apartamento sem varanda ou terraço apesar de puder passea-lo 3 vezes por dia num total de 1 hora diária mas eu não sei se chega... :? Se eu tivesse um jardim,moradia...etc adquiria um DE CERTEZA porque adoro essa raça não é por alguns terem sofrido desvios de comportamento que eu vou deixar de pensar o que penso sobre esta raça(magnífica,linda,intelegente,etc)...
Se esta raça está na moda por alguma coisa é!
A minha prima tem uma cadela preta desta raça e a cadela é um máximo!
A minha vizinha adoptou um cão amarelo desta raça enorme para a raça que se não fosse ela o cão era abatido e já tenho falado com ela e já estive com o cão e ela disse que o cão é muito querido,meigo e que não faz nada em casa nem destruir nem as necessidades provavelmente já estava ensinado....
Para acabar: ISTO é o que eu penso vocês podem continuar a dar as vossas opiniões sobre este tema TUDO BEM eu gosto de perceber porque não concordam comigo mas não gosto de estar calada quando penso que não é bem assim ;)
aisd
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periquito FALCANITO

terça jul 02, 2002 1:34 pm

O meu labrador é aquele que apareceu aqui para adopção.
E eu adoptei.
Os vet dizem que deve ter 4 ou 5 anos.Passou muito tempo nas ruas.
A Magui (Deus a abençoe) é que o tirou da rua, tirou-lhe as carraças, curou-lhe as feridas e deu-mo.
Não tenho palavras para exprimir a minha gratidão.
Não há cão mais meigo, mais obediente, mais bonito, mais impecável que o meu Calvin.
Eu já conhecia a raça e era o cão que sempre desejei.
Tive a sorte de me sair uma pérola entre os cães.
Todos os que o conhecem apaixonam-se por ele.
A pontos de eu ter medo que mo queiram tirar.
O meu marido, que não queria nenhum cão, agora diz que se aparecer alguém a querer tirá-lo de nós, vamos até ao tribunal europeu !
Já tem licença e está prestes a ser chipado.
Tem um jardinzinho para brincar, eu passeio-o duas vezes por dia (mais ou menos 1 h de cada vez), ainda não teve oportunidade de nadar, mas vai ter em breve.
Brincamos com uma bolinha sempre que estou em casa.
Às nove da noite está exausto e cai a dormir ao meu lado, na sala, enquanto vejo televisão.
Tem estado com o dobro da ração (Pro Plan) porque vinha muito magro e precisa recuperar, mas vou passá-lo para dose normal, assim que se deixarem de ver as costelas.
O vet diz que leva o seu tempo.(eu estranhei levar tanto tempo e resolvi levá-lo ao vet para saber se não havia nada errado - não há).
Não sei que mais diga.
Amamo-lo muito e,querendo Deus, não lhe há-de faltar nada enquanto vivermos.
superpato
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terça jul 02, 2002 9:00 pm

FIXEEEEE
PauloC
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terça mar 11, 2003 9:04 pm

Olá,
A propósito do tópico sobre a escolha entre Labrador e Golden, achei por bem puxar este tópico. Notem que embora este artigo seja sobre labradores ele aplica-se muito bem aos Golden também. O que quero dizer é que uma raça só por si mesma não é garantia de nada e muito menos de comportamentos! Há muitos factores, e alguns bastante amis importantes que a RAÇA, que determinam o caracter de um cão. Raça e factores genéticos podem ser dissociáveis, ou seja, dois cães da mesma raça podem ter ascendentes genéticos que determinam comportamentos e caracteres diversos. Além disso há que pensar nos factores treino, sociabilização, tempo de atenção, espaço, etc. que também influenciam em muito!

Abraços e boa sorte
Paulo C.
monikestarr
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terça mar 11, 2003 10:05 pm

aisd Escreveu: Eu já conhecia a raça e era o cão que sempre desejei.
Tive a sorte de me sair uma pérola entre os cães.
Todos os que o conhecem apaixonam-se por ele.


Mesmo depois do artigo do Brasil, onde a reprodução de cães de raça deve ser mais desenfreada e inconsciente, continuo a querer uma cadela da raça Retriever do Labrador...
Pois mesmo que os cães duma mesma raça não sejam todos iguais ou que não tenham todas as características que definem a raça em causa, são cães dos quais, mesmo assim, já sabemos muito e já podemos contar com muito.
É uma opinião...

Quanto a si, Aisd, que sorte! E olhe que é um exemplar lindo da raça!Parabéns! ;) :D
aisd
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periquito FALCANITO

quarta mar 12, 2003 8:28 am

Monika,

o Calvin mudou a minha vida.
Infelizmente quando o fui chipar descobriu-se que já tinha chip.Era um cão roubado que ou fugiu ou foi abandonado por quem o roubou e andou muito tempo na vadiagem.
Apesar dos meus esforços, tive de o devolver aos donos que nunca desistiram de o procurar ao longo de 2 anos.
Mas aí está.Fui a correr comprar a Zorra.

A Zorra é um doce.
Diferente do Calvin, mas um docinho em forma de cão.
Os defeitos dela são minha responsabilidade.
É mal educada - salta para cima das pessoas que conhece a pedir festas, às vezes finge que não ouve as nossas ordens e tenta comer tudo o que apanha na rua !
Mas vêm melhorando à medida que fica mais velhinha.
Para nós estes defeitos não são graves, tanto mais que parece melhorar de dia para dia.

Mas, volto a insistir, seria bom que as pessoas percebessem que quando se têm um cão (qualquer cão) é a vida delas que também muda.
É a nossa vida que também têm de se adaptar ao cão.


Paulo C,

acho muito bem que tenha puxado este tópico.
Até porque o que o texto diz não se aplica apenas ao Labrador,mas a qualquer cão.

Nunca é demais relembrar que os donos têm de pensar no que o cão precisa (exercício, treino, atenção e amor e pois... alguma comida).

Para serem felizes juntos.
Bibocas
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quarta mar 12, 2003 8:51 am

Aisd,

Este texto não podia ser mais verdade.

Queres saber um segredo?

O meu Labrador tem 4 anos e meio. Mudei à dois anos para uma casa maior com jardim. E sabes por quem: por ELE.

Tenho filhos, que ainda eram mais novos na altura, um gato, mas, partia-me o coração ver o cachorro fechado em casa (pois não tinha varandas).

Tomámos essa decisão (eu e o meu marido). E agora cá estamos nós. E ele todo feliz da vida e ainda por cima com o seu novo amigo (Fila S. Miguel).

E o gato, nem se fala...

Por isso é que eu digo, os animais, sejam eles quais forem, são da familia, e quando se pode, também alteramos a nossa vida em função deles. E de que maneira!
aisd
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periquito FALCANITO

quarta mar 12, 2003 10:05 am

Lídia,

mas que grande mulher !
Quem me dera que fossem todos assim !

Que todos considerassem os animais como parte integrante da família e não como um jogo de vídeo descartável.
Para o melhor e para o pior...até que a morte nos separe.

Obrigada - não sabe o que significa para mim encontrar uma pessoa que pensa como eu neste assunto.
varsenio
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quarta mar 12, 2003 10:27 am

aisd Escreveu: Até porque o que o texto diz não se aplica apenas ao Labrador,mas a qualquer cão.

Nunca é demais relembrar que os donos têm de pensar no que o cão precisa (exercício, treino, atenção e amor e pois... alguma comida).

Para serem felizes juntos.

Já tive vários cães e actualmente tenho a Maravilha, como sabem. Devo dizer-vos que até fico admirado, quando chego a casa, e vejo que está tudo "intacto". Qualquer que seja a raça do cão, para que ele se comporte bem, tem que haver desde o início muita disciplina e treino. É fundamental que o dono esteja consciente das necessidades do animal e nunca se esqueça dele. E é aqui que as coisas falham, mais uma vez por culpa do dono e não do cão. É muito importante que todos lá em casa estejam de acordo quando forem buscar o novo membro da família. É totalmente errado oferecer animais de estimação, seja no aniversário, Natal, Páscoa, dia dos namorados... NUNCA se oferece um animal de estimação a ninguém.

Estou de acordo com o texto da Lucia Andrade mas não culpo a raça pelos "falhanços" e falsas expectativas dos donos.
Afinal se virmos uma linda mulher numa capa de revista ou num anúncio de tv somos induzidos a pensar que essa pessoa é uma "deusa". Se calhar ela até é o diabo em pessoa. Em publicidade só nos é mostrado e dado a entender o lado bom das coisas. Isto, básicamente, é o acontece com os Goldens e Labradores que são excessivamente utilizados em publicidade por serem, de facto, belos animais, tando em cachorros como em adultos.

Abraços.
rmt75
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quarta mar 12, 2003 10:44 am

Bom dia a todos,

Eu tenho um Labrador, o qual eu tento dar todas as condições e mais algumas para que ele seja feliz.

Por acaso, tenho o defeito para alguns, de levar o cão para todo o lado, para a esplanada, no fim de semana anda comigo para todo o lado, como por exemplo feiras (algumas com tambores e tudo), e noto que ele como já está habituado a andar de um lado para o outro que anda sempre calmo. Claro que tem os seu ataques de "menino mimado", mas resolvem-se bem.


Concordo perfeitamente como este artigo, e a conclusão que deve tirar, no meu entender, é que as pessoas quando compram um cão têm que se mentalizar que ele faz parte da familia, e como todo o membro da familia NUNCA É DEIXADO PARA TRAZ!!!!!.

Abraços a todos,
monikestarr
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quarta mar 12, 2003 1:08 pm

aisd Escreveu: Monika,

o Calvin mudou a minha vida.
Infelizmente quando o fui chipar descobriu-se que já tinha chip.Era um cão roubado que ou fugiu ou foi abandonado por quem o roubou e andou muito tempo na vadiagem.
Apesar dos meus esforços, tive de o devolver aos donos que nunca desistiram de o procurar ao longo de 2 anos.
Mas aí está.Fui a correr comprar a Zorra.


Aisd, peço desculpa... :( Não me lembrava da história, embora agora que ma conte novamente, me lembro de se ter falado dela aqui.
Mais uma vez, desculpe-me, pela minha "gaffe"!

Quanto ao estragos em casa e as birras de mimalhice dos cães, já estou preparada. Há 20 anos que sonho ter um cão (tenho 24 anos agora) e durante todo esse tempo assisti e perguntei muita coisa a quem tem cães. Estou ciente das consequências de ter um cão. Tive muito tempo para amadurecer a ideia e com o tempo fui amadurecendo também. Até agora não adquiri um cão pois até agora não lhe podia providenciar tudo. Quero estar segura.
Agora já ando a ver criadores, com calma. Tenho andado a fazer tudo com muita calma, por isso mesmo, para não me precipitar e cometer algum erro. :roll:

Quanto a cães de anúncios, outra raça que ficou da moda e que ninguém esperava que o seu comportamento fosse tão dísparo do das publicidades, foi o Basset Hound.
Também engordam com facilidade e sofrem muito (a nível de saúde) com isso. Têm um carácter difícil de contornar. São desaconselhados ao contacto com as crianças, sem vigilância. São cães que precisam de muito exercício físico. São cães muito territorialistas.

Enfim, não se escolhe um livro pela sua capa! ;)
alface
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quarta mar 12, 2003 6:18 pm

Pois é, o problema dos "cães da moda" pode ter maus resultados, pois ninguém fica indiferente a um cachorrinho pequeno lindo e mimoso, mas as pessoas esqueçem que eles crescem e precisam de muita atenção e carinho.
Eu tenho um labrador que embora viva num apartamento, tudo fazemos para lhe proporcionar uma vida feliz: de manhã passa cerca de 30 minutos no parque a correr atrás da bola, à hora do almoço ou eu ou o meu marido vamos sempre a casa passeá-lo, o meu marido chega a casa às 16h e vai novamente para o parque brincar com os amigos e à noite é mais 1h no parque.
Claro que a nossa vida mudou radicalmente por causa do cão, mas na minha opinião para melhor, muito mais saudável. Ao fim de semana anda sempre connosco: para o estádio, para a praia.
Enfim, toda a família está rendida aos seus encantos e tem avós, tios, tias...é o membro mais novo da família!
O espectáculo é vê-los dentro de água, o quanto eles desfrutam, é lindo!
Eu espero sinceramente que a mentalidade das pessoas em relação aos seus animais esteja a mudar, e as decisões de adquirir um animal sejam cada vez mais pensadas e ponderadas acreca de se temos ou não condições para os ter, se temos tempo para elels, ou não, etc.
Não nos podemos esquecer que eles não são brinquedos de 4 patas, são seres vivos com sentimentos...já estou a ficar lamechas, mas é verdade.
papoila
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quinta mar 13, 2003 4:04 pm

Gostei imenso do artigo. Também tenho uma labradora que é a coisa mais maravilhosa do mundo :D
Tenho o chão todo riscado, os pés da mesa de jantar roídos, dois comandos da TV que foram à vida, um telemóvel que parece ter andado na guerra, um colchão esburacado... enfim. Continua a ser linda! Os animais são como as criança: devem ser ensinados, devem aprender a ter disciplina mas claro que cometerão os seus erros pelo caminho ;)
Passeio imenso com ela mais o meu marido e a nossa rotina diária mudou. Até quando vamos de férias. Mas vale a pena e não a trocaríamos por nada.
Vale sempre a pena.

Beijocas,
Carla
papoila
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quinta mar 13, 2003 4:05 pm

Repetida :oops:
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