Referi-me apenas às orelhas propositadamente, porque penso que neste caso (corte/erecção das orelhas) há uma razão natural para o fazer: o facto de os cães por natureza terem as orelhas erectas e não caídas.LuMaria Escreveu:Li um post seu interessante em que fazia a analogia das orelhas caídas nos nossos cães e os animais selvagens. Que estas não existem na Natureza, apenas nos nossos animais domesticados. Já agora faço a pergunta, então e a cauda?FBC Escreveu:Esta canicultura moderna dos lulus e das expôs não passa de uma palhaçada.
Qualquer dia, se eu quiser fazer criação de Dogos Argentinos e os puser a caçar para seleccionar os bons reprodutores (nem é admissível ser de outra forma) têm que andar com as orelhas inteiras, com todos os inconvenientes que isso apresenta. Por que estas leis são feitas para lulus e não para cães.
Quanto ao corte da cauda, este argumento já não colhe pois os cães por natureza têm caudas compridas, no entanto, devido ao trabalho exigido a certos cães, nomeadamente certos cães de parar, a cauda é um incómodo e pode ser danificada. Noutros casos, tipo Doberman, etc, a cauda tem sido cortada por ser um ponto frágil, tal como as orelhas, durante a luta ou ataques e pelo facto de durante muito tempo os cães não terem tido caudas e portanto não ter havido selecção nesse sentido, hoje as caudas dessas raças são apêndices algo imperfeitos quer do ponto de vista estético, quer do ponto de vista funcional, daí acontecer que certos cães que habitualmente não têm cauda, se magoarem nela quando a deixamos comprida. Mas, de uma forma geral, o corte das caudas prejudica a comunicação, razão pela qual eu penso que não se deve cortar as caudas, a não ser em casos específicos. Pelo contrário, o corte das orelhas só traz vantagens.
Cumprimentos
Francisco Bica