Bem, eu também sou a favor de uma sapatada de vez em quando, sim, porque eu também já levei algumas e não me queixo, pois foram dadas na altura certa.
Modestia à parte, a minha mãe nunca teve grandes trabalhos comigo, é claro, que de vez em quando lá fazia eu alguma asneirita e lá caía uma sapatada. Atenção que isto das sapatadas, é mesmo isso, uma sapatada, algo que não dói muito, mas que tem um efeito muito eficaz. Pois uma pessoa não volta a repetir a "proeza", se não já sabemos o que nos espera. Como estava a dizer nunca dei grandes trabalhos em pequeno, na adolescência, digo, nos inícios da adolescência foi pior, mas felizmente essa fase já passou e tive e tenho uns pais que me souberam educar como deve ser.
Os meus pais, não são pessoas rígidas, são pessoas muito liberais, que adoram brincar, gostam que nos sintamos à vontade, fazem de tudo para nos dar aquilo que precisamos, adoram uma boa conversa, enfim... são pais muito presentes, mas também gostam muito do respeito, da educação e acima de tudo que saibamos ter limites, ou seja, não gostam que abusemos muito em certas coisas.
Penso que estão a fazer um excelente trabalho, e hoje em dia agradeço-lhes pelas preciosas sapatadas que me deram quando eu as mereci, pois fizeram de mim uma pessoa melhor, uma pessoa mais educada.
Sou a favor da sapatada, acho que nem tudo se resolve com um castigo, ou uma palavrinha, vejamos o seguinte exemplo meus caros, uma criança que está num centro comercial com os pais e de repente começa a exigir determinado brinquedo aos pais, estes recusam a dar-lhe, porque acham que tal não é necessário e além disso podem até não ter possibilidades para o comprar. Perante isto, a criança faz uma birra, daquelas grandes, que envolvem gritos, choros, espernear-se, enfim... fazer os pais passar uma enorme vergonha. Que fariam?
Tentavam uma conversinha com a miúda e faze-la perceber de que não estava a agir bem. E se esta ignorasse a conversinha, como é o normal? Que fariam? Punham-na de castigo? Como? Se não havia tempo para isso? Esperavam até chegar ao carro, era?
Claro que não, aqui a sapatada era milagrosa, aliás, era a única hipótese, tenho a certeza que a criança não voltava a repetir a "proeza".
É claro que sempre há a hipótese de conversar com a criança e faze-la perceber do que fez, mas muitas ignoram essa hipótese, fazem ouvidos de mercador. Além disso, se os pais forem sempre pelo método da conversinha, as crianças começam a achá-los "moles" demais e então repetem isto mais vezes, porque sabem que os seus pais "não lhes vão bater". É mesmo assim.
Bem, não sou pai, nem penso se-lo tão cedo, mas acho que é mais ou menos isto que se deve fazer, e acho também, que é mais ou menos isto que passa pela cabeça de uma criança.
Fiquem bem...
P.S: Desculpem o testamento
