
São já inúmeros os casos de vítimas de ataques de cães perigosos.
Quantos mais casos serão precisos para se tomar consciência de que há raças que constituem um perigo iminente mesmo para os próprios donos?
Para se ter um cão destes, é preciso que sejam tomadas as devidas providências e sejam tidas em conta as recomendações dadas pelos especialistas.
Por este motivo, foi criado o decreto decreto-lei nº 312/2003, de Dezembro de 2003 que refere as raças potencialmente perigas (podendo esta lista ser alterada a qualquer momento) e as condições necessárias para se ter um cão assim.
Em primeiro lugar, a posse de um canídeo definido como potencialmente perigoso obriga o detentor a ter mais de 18 anos, ter registo e licença do animal que o devem acompanhar nas suas deslocações à rua, um termo de responsabilidade onde o detentor declara ter um historial de agressividade do animal, o tipo de condições de alojamento, medidas de segurança e o registo criminal do próprio dono.
Em segundo lugar, passou a ser obrigatória a identificação por microchip das raças consideradas perigosas.
Além disso, O detentor é obrigado a comunicar à junta de freguesia, no prazo de cinco dias úteis, a morte ou extravio do animal e o mesmo acontece em relação ao extravio do boletim de saúde do cão. É obrigado ainda à afixação no alojamento, em local visível, de placa de aviso da presença e perigosidade do animal. As coimas para os prevaricadores variam entre os 500 e os 3.730 euros.
Aqui fica a lista actual com as 7 raças consideradas mais perigosas em Portugal:
· Cão de Fila Brasileiro;
· Dogue Argentino;
· Pit Bull Terrier;
· Rottweiler;
· Staffordshire Terrier Americano;
· Staffordshire Bul Terrier;
· Tosa Inu.
Mais perigoso que um cão, é o seu dono!
O Trout levantou uma questão muito importante (obrigada por o fazeres) sobre o Pit Bull e eu acho importante aqui referir. É verdade que é uma raça perigosa e que os Pit Bull são já tendencialmente violentos. Mas é também verdade que sempre foi uma raça sujeita a maus tratos e a uma violência extrema. Todos conhecemos casos de pessoas que insistem em dar uma educação agressiva a estes cães, pessoas que os usam nas lutas de cães e por aí fora. Portanto, continuo a defender a ideia que mais perigosos que os cães são os próprios Humanos, que insistem em moldar a Natureza (e tudo o que a ela pertence) aos seus gostos, vontades e caprichos. É de esperar que um dia, de uma forma ou de outra, a Natureza se vire contra os próprios Humanos. Já se costuma dizer que "o feitiço vira-se contra o feiticeiro". É de lamentar que pessoas inocentes acabem por sofrer as consequências, mas é importante não esquecer que os cães são vítimas de uma inumanidade extrema.
[/i][/b]