Porquê?!?!?!

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Ariana
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quarta mar 26, 2003 11:08 am

Cybergirl espero q td corra pelo melhor para o seu pai!
Eu acredito q sim, c o seu amor e da sua filha, acredito q tudo seja ultrapassado!
Beijinhos
Ariana
jpfl
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quarta mar 26, 2003 2:57 pm

olá Ariana,

estou a escrever para dar toda a minha solidariedade e desejar uma rápida passagem por este momento difícil.
acrdito que neste momento não pense em incluir na sua família mais nenhum cão, mas olhe que "quem já abriu a porta do coração para as maravilhas caninas, jamais a trancará... por ser encostadas por momentos, mas sempre se abrirá".

um abraço, muita força e que em breve ganhe mais um membro na família, que só lhe pede o seu amor, e dará a vida por si.

jp ;)
Musky
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quarta mar 26, 2003 3:02 pm

[quote=Cybergirl]


Neste momento estou a viver algo semelhante, não de filho (tenho uma menina de 5 anos, que é a minha vida), mas com o meu verdadeiro deus (que é o meu pai).A semana passada, foi-lhe diagnosticado algo grave, e sinceramente não estou preparada para o perder......e farei tudo para que se mantenha aqui.

[/quote]

Cybergirl,

Coragem! Eu infelizmente já cheguei à idade em que isso começa a acontecer na família....

No último mês passei por mais uma perda... e tenho pensado muito num verso de Adriano Correia de Oliveira "este parte, aquele parte, e todos, todos se vão..."

Mas nunca, nunca, estamos preparados!!!!

:(
Ariana
Membro
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Localização: Peixes e Canários Arlequim Português!

quarta mar 26, 2003 11:02 pm

Musky, tem toda a razão, nunca estamos preparados, eu ainda n tive a infelicidade de perder familiares, espero q esses dias ainda demorem!
Nem quero imaginar...
anjaazul
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quinta mar 27, 2003 2:17 am

eu não queria dar palpites, nem ser tendenciosa. mas eu vejo as coisas de outra maneira. quando soube que os meus velhotes iam morrer, decidi ficar com o serafim, embora ainda me restassem mais 8 gatos. mas porque não adopta um animal que esteja em vias de ser abatido? pode fazer bem à alma, saber que pelo menos aquele escapou a um destino trágico :D :D :D
Bibocas
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quinta mar 27, 2003 9:51 pm

Olá

Vasco, nem fales nisso... é que eu tenho 3 filhos e ... nem quero pensar!



:cry: :cry: :cry: :cry:
Bibocas
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quinta mar 27, 2003 9:52 pm

Olá

Vasco, nem fales nisso... é que eu tenho 3 filhos e ... nem quero pensar!



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VascoV
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quinta mar 27, 2003 10:28 pm

O porquê é relativo. Aos 16 anos morreu-me um pastor alemão que me acompanhou desde os 3 anos de idade. Por egoísmo não deixei que fosse eutanasiado antes. Na altura a medicina veterinária não tinha cá em Portugal cura para o mal de que ele padecia. Na sua última noite olhou para mim como a pedir que não o deixasse sozinho,a a divinhar que não veria o novo dia. Até hoje não deixei de me arrepender de não dormir com ele na cozinha nessa noite.
Bloodberry
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quinta mar 27, 2003 11:13 pm

oi amiga.
sinto muito pelo ke estás a passar... ao ler a tua mensagem até me veram lágrimas aos olhos... juro ke vieram.
não deixes que essa experiencia terrivel e dolorosa te faça ficar amarga, fria... muitas pessoas ficam assim. conheço até pessoas ke já nem ligam aos animais por terem passado por uma dor assim. o teu canito, esteja onde estiver, neste momento, ele está a olhar por ti ;)
São precisos muitos animais para se fazer um casaco de peles, mas só um para o usar...
omega2
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domingo abr 27, 2003 12:02 am

Ariana, sei aquilo que estás a passar. Mas não desanimes. As coisas acontecem sempre quando nós nem sequer pensamos nelas, mas elas acontecem e deixam marcas dificeis de sarar. Vou contar te uma história. Eu estudo numa terra ao pé de Abrantes, (Mouriscas). Estou a tirar um curso profissional de "Técnica de Gestão Equina". No primeiro ano que lá estive levei um gatinho bébé, filho da minha gata, para oferecer á minha senhoria. No verão do primeiro para o segundo o Epi foi atropelado e morreu. Quando a minha gata voltou a ter filhotes voltei a levar um gatinho para a senhoria. Nas férias do natal foi atropelado e morreu. Então a senhoria disse-me:" ó Ana, não me tragas mais gatinhos! Cada vez que fico sem um deles até me dói o coração." Agora, estando eu já no terceiro e ultimo ano, a senhoria veio ter comigo e perguntou se eu era capaz de lhe arranjar outro gatinho porque a casa estava demasiado vazia e silenciosa.(isto apesar de morarem lá seis pessoas). Isto é só para dizer, que quando te sentires pronta para arranjar outro amiguinho ele vai entrar tão depressa na tua vida que quando menos esperares vais estar mais afeiçoada a ele do que um bébé á chucha. O teu niko nunca vai ser esquecido, pelo contrário. em tudo o que o teu novo amigo fizer vais procurar um pouco do niko. Felicidades para ti e diz kk coisa quando tiveres uma nova companhia. jokas.
papoila
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domingo abr 27, 2003 2:10 am

Ariana,
Lamento imenso, doi sempre tanto! Já me morreram dois cães e um gato e é indescritível, ainda hoje me doi mas consigo sorrir e lembrar-me dos melhores momentos. Quando o Rossi morreu com 12 anos, fez-se um luto prolongado lá em casa. Jantávamos em silêncio e quando nos lembrávamos dele junto à mesa a pedir comida começávamos todos a chorar. Fiz-lhe um epitáfio no quintal que dizia «os mortos só estão mortos quando morrem no pensamento dos vivos». E é isso mesmo. O Niko nunca estará morto. Nem o meu Rex, Rossi ou Napoleão.
Quando o Rossi morreu, a minha irmã separou-se por essa altura e regressou lá pra casa com o cão dela. Ele bem pedia festas mas eu era incapaz, sentia que estava a atraiçoar o meu cão. Mas não demorou muito a perceber que aquele 4 patas tb precisava de mimos, foi só arranjar mais um cantinho no meu coração que parecia fechado para sempre! Força, quando chegar a altura vai fazer outro animal muito feliz.

Vasco, passei por algo semelhante. E custa. Obrigada pela partilha.
Nel, um coração tão generoso e com uma palavra sempre tão amiga... A vida prega-nos partidas e há duas opções: tornarmo-nos amargurados ou levantar a cabeça e fazermos falta quando nos ausentamos. Optaste pela segunda e fazes falta quando andas a actualizar o teu site.
Cybergirl, força.

Beijos a todos,
Carla
papoila
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domingo abr 27, 2003 2:15 am

Ariana, esta é para ti.
Só falta uma frase no fim: «Eu também fui um cão alegre porque te tive do meu lado». Nunca te esqueças disso e que podes marcar a diferença na vida de outro amiguinho. Quando o teu coração tiver espaço. Mas acredita que tem sempre.

Beijos,
Carla

O TESTAMENTO DE UM CÃO

Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você...

Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.

Deixo para você a metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas e sob o assoalho da minha casinha.

Além disso, eu deixo para você a memória, que aliás são muitas.

Deixo para você a memória de dois enormes e meigos olhos, marrons, de uma caudinha curta e espetada, de um nariz molhado e de choradeira atrás da porta.

Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.

Deixo para você um tapete esfarrapado em frente de sua cadeira preferida, o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo.... isso é verdade.

Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha cinco meses de idade, lembra-se?

Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu encontrava asilo durante aqueles dias de verão.

Ele deve estar cheio de folhas agora e por isso talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo. Sinto muito!

Deixo também só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de outono, quando passeávamos pelo bosque.

Deixo ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs, quando saíamos junto pela margem do riacho, e você me dava aqueles biscoitos de baunilha.

Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui alcançar aquele coelho impertinente.

Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não iam bem, meus latidos quando você levantava a voz aborrecido... e minha frustração por você ter ralhado comigo.

Eu nunca fui à igreja e nunca escutei um sermão. No entanto, mesmo sem haver falado sequer uma palavra em toda a minha vida, deixo para você o exemplo de paciência, amor e compreensão.

Sua vida tem sido mais alegre, porque eu estive ao seu lado!
Will
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domingo abr 27, 2003 4:01 am

Ariana:

Nestas alturas vale bem partilhar histórias e experiências... e foi um pouco o que me fez "conectar" à Arca de Noé!

Quando chorava porque tinha morrido o periquito que tanto gostava e tinha que ouvir comentários a gozar com a situação do tipo: "Como se um pássaro fosse uma pessoa" É claro que não é, assim como um cão, um gato ou qualquer outro animal... e, por isso, nem imagino o que o Nel ou outros na sua situação tenham sentido... Perder um filho deve ser do mais doloroso...

Mas, no entanto, não nos conseguimos conter ao perder um animal, um amigo, um companheiro, como o quisermos rotular... É um vazio inexplicável... uma vontade de chorar de vem do nada, desse vazio e que jorra sem parar!!!

Eu perdi um gato, o Nero, e também muito me arrependo, de, em vez de estar agarrada à internet a ler algo mais sobre a sua doença recente mente diagnosticada, não ter ficado abraçada a ele no sofá e tê-lo agarrado no seu último minuto de sopro de vida...

E, também eu fiz juras e mais juras que não queria ter mais nenhuma animal... "Para quê? Para passar outra vez pelo mesmo???" Mas, de certo modo é um pensamento egoísta, porque pensamos num sofrimento a longo-prazo, e não pensamos no que de bom podemos fazer durante a vida de um animal...

E é assim, agora tenho a casa (e arredores ;)) cheia e é uma festa... o resto logo se verá... um livro não se escreve num dia! ;)
nel
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domingo abr 27, 2003 9:25 am

Olá

Este tópico foi retomado e, assim sendo, gostaria de referir um aspecto que julgo bastante importante.
O motivo por que muitas pessoas se recusam a comparar o afecto e a dor pela morte de um animal com a dor pela perda de uma pessoa não passa de mero preconceito. É tabu, é uma questão de pudor é uma questão cultural, é o que quiserem. Um animal ocupa um espaço afectivo na vida de uma pessoa, que não será exactamente o espaço ocupado por um familiar. Mas em força de afecto poderá ter até maior expressão. Costuma dizer-se: "Cão é cão". Ou como disse a will a referir-se a algumas pessoas: "Chora pelo periquito como se ele fosse uma pessoa".
Eu chorei a morte do meu filho como pouca gente poderá imaginar. Mas não me repugna pensar que virei a ter um desgosto enorme, enorme, enorme se qualquer dos meus cães vier (prefiro dizer viesse...) a ter um acidente mortal.
Eu compreendo perfeitamente, não critico e muito menos condeno que muitas pessoas amem mais os seus animais do que alguns elementos da família.
O facto de ter passado por um mau bocado não me dá o direito e autoridade para estabelecer padrões de sentimentos. O que acontece é que o que os animais nos dão é tão forte, tão puro, tão sincero e tão desconcertantemente incondicional que quando morrem ficamos eternamente em dívida com eles. E com um enorme vazio.
Bem, basta de choradeiras.
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nhanhas
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domingo abr 27, 2003 1:41 pm

Olá Ariana!


Infelizmente também sinto a sua dor.
Já faz um tempinho k a Roma a minha cadela morreu atropelada.
Um acontecimento estúpido no qual o senhor que a atropelou fugiu.
Sei que se calhar mais nenhum cão possa ocupar o lugar do Niko, mas podia ter um amiguinho que lhe fizesse companhia.
Mais tarde, o namoradinho de minha cadela morreu também.
Ao menos foi para junto dela, tal foi a sua dor ao ver que ela não regressára a casa. :cry: :cry:
Só me resta dizer-lhe para ter coragem e muita força, porque há coisas que quando têm de acontecer acontecem.
Também me pergunto a mim própria, porquê os meus dois pombinhos, porquê?!
Ainda me lembro da Roma mordiscar as orelhas do Niko(tem o nome igual ao do seu cão), o namorado da Roma e os dois brincarem.
Por favor responda-me a este desabafo, pois como ambas sofremos do mesmo, queria que desabafasse também comigo.
Obrigada, e muita coragem!
Responder

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