
Talvez já tenha ouvido falar dele, senão pelo seu nome científico, Poecilia Libestes Reticulata, pelo menos por aquele pelo qual é mais comummente chamado: Guppy. Os aquariófilos conhecem-no bem, mesmo os principiantes, ou, dever-se-ia dizer antes, particularmente os principiantes. Isto porque é uma das espécies de mais fácil manutenção, não oferecendo cuidados especiais, nem se apresentando demasiado sensível. Ainda que havendo muitas variantes desta espécie, em todas elas o fascinante colorido associado à sua típica barbatana traseira, a lembrar uma saia de juta havaiana a ondular em pleno aquário, tornam-nas irresistíveis. Uma exuberância exclusiva dos machos, já que as fêmeas, no seu tom cinza, são mais comedidas em efeitos especiais, mas não em tamanho. Outra diferença entre sexos é o facto dos machos atingirem a maturidade mais cedo do que as suas parceiras, que apenas atingem o seu pleno desenvolvimento aos três meses de vida.
Macho ou fêmea, o Guppy, por ser muito pacífico, é um hóspede frequente de aquários comunitários, enchendo-o de vida, pelo colorido e pela sua vivacidade. A sua ementa não é exigente e não tem comportamentos agressivos. Ainda assim, pode ter de manter o seu aquário em regime de mono-espécie. A simpatia do Guppy não está em causa, mas tem um hábito que por vezes incomoda e stressa outras espécies: gosta de andar atrás de outros peixes, seguindo-os pelo aquário fora. Não raras vezes, com prejuízo para a sua própria e longa barbatana traseira, na qual o peixe perseguido acaba por morder. Peixes maiores podem mesmo comê-los. Só entenderá isto como um contratempo se nunca tiver visto um aquário só com Guppys, a cores e ao vivo. É um quadro colorido que não se esquece.
Ainda que aparente extroversão, o Guppy é afinal um peixe sensível. Proporcione-lhe esconderijos em todas as zonas do aquário. Consegue-o com a própria decoração: plantas, rochas… E o facto de ser de boa boca não quer dizer que descuide um dos principais cuidados a ter com todos os peixes: não deixar que coma em demasia. Comida para peixes tropicais não será difícil de encontrar, mas, se poder, não deixe de lhe dar comida fresca: espinafres, alface, moscas da fruta ou larvas de mosquito são bons alimentos. É até divertido observar um Guppy a comer larvas, ou minhocas, pois ingeremnas como se fossem esparguete. Mas evite este espectáculo já que é mais seguro cortar-lhe os alimentos em pequenos pedaços, até porque o Guppy tem um estômago pequeno.
Curiosidades Guppy
— É oriundo da América do Sul e da América Central
— Acasala facilmente
— Não é ovíparo. A fêmea dá à luz pequenas crias
— Para elevar o índice de sobrevivência das crias, coloque-as junto com a mãe num aquário à parte, já que os pequenotes são um petisco para alguns peixes
— Vermelho, verde e azul são as suas cores mais frequentes
— Os Guppy têm sido postos em liberdade em várias zonas da Ásia numa tentativa deliberada de fazer frente à Malária, uma vez que as populações deste peixe reduzem o número de mosquitos