São todos iguais, mas há uns....

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

filipa02
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sexta mai 02, 2003 9:55 am

Esta coisa das crianças realmente é muito engraçada.....
No outro dia estava a lêr o anuário dos cães da revista "Cães e Companhia" e reparei que em 90% das raças que ali eram divulgadas, todas elas referiam que eram boas companheiras para as crianças.
Bom, quanto a isso não sei qual a veracidade da informação, em virtude de não conhecer aprofundadamente todas as raças, mas leva-me a crer que quem informa faz questão de o dizer, por forma a "bem classificar" determinada raça. Ou seja - se a raça se dá bem com crianças, maiores são as probabilidades de se adquirir um animal com estas características.

Por exemplo:

São raras a informações que leio sobre a raça Setter Irlandês, onde se menciona o companheirismo e amizade que esta raça nutre por crianças.
Dizem que é uma raça muito sociável, péssimos guardas, energia para dar e vender, muito brincalhões, blá, blá, blá, mas nunca (ou quase nunca) se referem a estes como bons amigos das crianças.
Pois, porque secalhar não há necessidade de o fazer...
O meu Berg adora, vibra com crianças...gosta mesmo delas. Aliás, não conheço nenhum exemplar desta raça que não goste.

Já a raça Boxer, é conhecida por adorar e se relacionar optimamente com crianças.
E pelos testemunhos que tenho, sei que é verdade.
No entanto eu tenho a Sasha (boxer), que apesar de nunca ter convivido com crianças (tal como o Berg), também nunca simpatizou muito com elas. Dá-me ideia que tem medo delas...aqueles gritos e pulos próprios da idade, provocam à Sasha algum receio e desconfiança.
Esta situação está a agravar-se, porque tenho vizinhos miúdos que vão para junto do portão da minha casa e atiçam os cães, para além de lhes atirarem pequenas pedras.
Até o Berg, já não os tolera (pelo menos aqueles) o que é perfeitamente compreensivel.

Tudo isto para dizer, que de facto não duvido que hajam raças "amigas" das crianças...mas há que dizê-lo com um certo cuidado, visto que, depende muito do tratamento que o animal leva das mesmas.
Assim sendo, não convém generalizar!!!

Saudações,
Filipa 8)
filipa02
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sexta mai 02, 2003 9:58 am

NOTA: Peço desculpa por me ter desviado do assunto :oops: .

Saudações,
Filipa.
monikestarr
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sexta mai 02, 2003 10:03 am

filipa02 Escreveu:O meu Berg adora, vibra com crianças...gosta mesmo delas.

A Bianca também é assim! Basta ouvir a vozinha de uma criança ou vê-las a pular e brincar, abana-se logo toda e fica num frenesim para ir para a sua beira! :D
Mas, como ainda pensa que morder é brincar, eu não a deixo aproximar-se muito, não vá ela traumatizar algum incauto. :oops:
Bibocas
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sábado mai 03, 2003 11:27 am

Olá

Mudando um pouco de assunto e, a Anjazul que me desculpe, eu penso que não existem raças que gostem mais de crianças do que outras. Exsitem sim, são cães que, por vezes sentem-se inseguros em relação a elas. Vamos lá saber porquê!? ;)

Na minha modesta opinião, penso que qualquer pessoa, tem direito de escolher o cão ou o gato que queira. se tem raça, se não tem, desde que tenham consciência de que é um animal e não um objecto de luxo.

Claro que, também é verdade que, dentro dos srd existem animais estraordinários e outros menos. Mas nas raças também assim é. O que é bom e bonito para mim, não o será para outro.

Eu não vejo que exista descriminação, eu pelo menos não a faço nem a sinto. Tenho dois cães de raça e um gato europeu. Não faço distinção em qualquer um. Escolhi estas raças, porque, também tenho o direito de o fazer, com isto, não estou a rejeitar as outras. Apenas, me agradam mais as que tenho.

Quando luta para se obter determinada coisa, é porque realmente se sabe o que quer. Eu, posso dizer que lutei um pouco para ter o meu último cão, obviamente, e aí, é que eu noto a diferença, de quando se dá animais ou quando se "procuram", quando se luta para os ter. Aqui, até podem ser srd, o que interessa é a intenção.

Fiquem bem,
CasadeAnaval
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sábado mai 03, 2003 11:30 am

A meu ver isso das crianças são um erro. Está a deixar implicito que as crianças podemo ficar sozinhas com os cães o que é ERRADO e uma das razões da legislação de animais "perigosos".
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
Arcanjo
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Boas Pessoal.

Este tema tem pano para mangas, quando se fala que os cães de raça são "melhores" pois podemos sempre saber a linhagem dele o seu comportamento, se se adpta bem ao nosso estilo etc etc acho que estamos a incorrer numa injustiça, raramente vi um cão rafeiro "mau" o que vi sim são rafeiros abandonados que depois de tanto sofrerem na rua se tornam defensivos portanto penso que isso não é desculpa. Portugal está bem servido de leis injustas. Também não concordo que existam mais cães que gatos pelo contrário, os gatos são é mais ariscos e não se deixam ver, não se esqueçam que não existe nenhum gato totalmente domesticado por isso eles "safam-se" melhor quando são abandonados que os cães que infelizmente são muito dependentes dos donos.
Quanto aos cães abandonados, eu tenho dois PRPs (Purissimos Rafeiros Portugueses) e um Dogue Alemão (que me foi oferecido) trato-os da mesma maneira sendo a unica diferença os cuidados especiais que tenho que ter com o Dogue pois os meu PRPs NUNCA ADOECERAM (ainda bem :) ). Penso que um dos motivos (sem falr de outros) é que ter um cão em Portugal é muito dificil pois não podemos quase ir a lado nenhum, vamos a um café, não podemos entrar com o cão quando conheço muitas pessoas muito mais "sujas" que os meus cães portanto não deve ser uma questão de igiene, queremos ir a praia, não podemos pois dizem que os cães sujam as praias e incomadam os banhistas o engraçado é que quando vou à praia o sujidade que vejo sãos os restos humanos de um dia de praia bem passado, isto sem falr claro das mamãs e papás que metem os seus bebés a fazerem cocós e xixis na praia e os meninos a jogar a bola (eu também gosto de jogar na praia) que talvez incomodem mais que os cães. estes e outros como estes levam muitas "pessoas" (se é que posso chamar isto) a abandona-los na altura das férias.
E assim está o Estado da Nação
anjaazul
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sábado mai 03, 2003 3:16 pm

em relação às características de certas raças, pois será assim. mas não acredito que dois cães da mesma raça tenham o mesmo comportamento se viverem em ambientes diferentes. o mesmo se passa em relação aos rafeiros. eu julgo que os meus cães não seriam o que são, se estivessem com outros donos. talvez não fossem melhores ou piores. eram apenas diferentes. mas nem quero pensar que eles possam ir parar a outras mãos :cry: :cry: :cry:
Bibocas
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sábado mai 03, 2003 9:01 pm

Olá

Em relação ao que o Vasco disse, estando as crianças habituadas a estar com o animal, a respeitá-lo e por outro lado, conhecendo este as mesmas, não vejo porque não o(s) deixar. Eu, no meu post referi que poderão existir alguns cães que, devido a terem sido atormentados ou até mesmo maltratados por determinada(s) criança(s), não gostarem delas. Existem casos e se calhar, todos nós conhecemos algum em particular.

Como tudo na vida, há necessidade de educar. Educa-se os cães e ao mesmo tempo, educamo-nos a nós próprios a como respeitar e tratar os animais.

Educamos bem, só o tempo o dirá.
anjaazul
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sábado mai 03, 2003 9:17 pm

Existem casos e se calhar, todos nós conhecemos algum em particular.
eu conheço um senhor que cria cães e fila e tem um monte de caozoada. há tempos, comprou um cachorro whippet (? :oops: :oops: ). estava todo chateado porque o cão tinha mordido o filho que deve ter uns 2 anos. ficou embasbacado quando lhe disse que não devia te-los deixado sozinhos. uma criança com aquela idade, sabe lá o que faz.
aisd
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periquito FALCANITO

segunda mai 05, 2003 8:10 am

Eu penso que há raças tendencialmente mais agressivas do que outras.
Têm muito a ver com a sua função ao longo da evolução.

De qualquer maneira um cão pode ser sempre perigoso para crianças.
Pe, a minha Zorra (Lab) é incapaz de ser agressiva quer para pessoas quer para animais.No entanto com a mania de pular para cima das pessoas a pedir festas, pode muito bem deitar uma criança a baixo !
E se ela cair mal e bater com a cabeça numa esquina de passeio ou numa pedra ?
Também têm muita força e pode empurrar um miúdo para a estrada.
Enfim, se pensarmos bem, há milhentas situações de perigo potencial.
Eu nunca deixaria uma criança sózinha com ela embora, para mim, um miúdo com 9, 10 anos já não caiba no conceito de criança a que me refiro.
Eu nem a deixo sózinha com os meus passarinhos !

Os cães não são todos iguais.
É bom conhecermos o nosso cão para tomarmos decisões deste género.
Como regra geral sou da opinião do Vasco.
Bibocas
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segunda mai 05, 2003 8:48 am

Olá

Eu, não tenho qualquer problema em deixar os meus filhos com os meus cães, até porque, eles foram criados com eles e conhecendo-se mutuamente, não existem razões para eu temer qualquer atitude menos própria, quer dos cães para eles ou vice-versa. com isto, não quero dizer que deixaria outra criança a sós com eles. Nem adultos, quanto mais crianças.

O que eu tento dizer é que, os animais não são nenhuns "bichos papões" e, se não sociabilizarmos o mais possível, então como poderemos dizer que o nosso cão é um membro da família se, tememos deixá-los sós com as nossas crianças. Por que razão haveria um filho meu de fazer mal aos cães que vivem debaixo do seu tecto? Porque razão, haveria os meus cães de atacarem os de casa, especialmente aqueles que tanto deles gostam, que lhes fazem brincadeiras... os meus cães, assim que sentem os meus filhos, saiam para trás, que o objectivo deles sãos os miúdos e por eles, fariam tudo.

É como é bom, ver crianças a brincar com cães. Mas atenção, cães abaixo e humanos acima. No início, quando estes eram cachorros, nunca deixei os meus filhos brincarem com eles deitados. A luta/brincadeira seria igual e, não é isso que se pretende. Para que as coisas corram todas bem, eles tem que perceber quem é o seu lider e, um cachorro em brincadeira corporal, acaba por vencer uma criança. Há que saber educar os miúdos e fazer-lhes ver que no chão, brincam eles próprios, os cães.

Sinceramente, não percebo certos temores em relação à crianças e cães de casa, quando ambos educados e sociabilizados para tal.
nel
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segunda mai 05, 2003 9:10 am

Olá

Eu já contei o que vou dizer, mas como palavras leva-as o vento, provavelmente não não serei assim muito repetitivo. I isto vem muito a propósito.

Os meus dois primeiros cães não se dão bem com criancinhas. O terceiro nem dá bem nem mal. Tolera-as tranquilamente como quaisquer outros. Eu explico.
Quando o Guga e o Fozzy tinham poucos meses de idade, a filha de um vizinho meu veio cá a casa e, apesar dos seu três anitos, não só manifestava um total à vontade com os cães como, ainda por cima os perseguia com uma coisa na mão e lá andava ela atrás dos cães e eles a fugirem à sua frente. Ninguém ligou ao facto e até se achou graça. Eram brincadeiras de miúdos, dela e dos cães que também eram de tenra idade.
Bem, mas como esta brincadeira aparentemente inocente, o que é certo é que os cães ficaram mesmo traumatizados. Hoje, com quatro anos, quando vêem uma criancinha mais ou menos dessa idade, ficam de pé atrás (de pata atrás) e, se a criancinha manifesta em relação a eles qualquer sinal de brincadeira (que às vezes são brincadeiras mesmo estúpidas) eles encolhem-se com medo ou ladram.
Quando um adulto ou a própria criança me pergunta se pode fazer uma festa a um deles, eu fico sempre preocupado, embora nunca tenha havido nenhum acidente. Com o Kiko, que não passou por isso, não há qualquer problema.

Eu já tenho reforçado esta ideia vezes sem conta: os meus cães são excepcionalmente calmos e dóceis e esta é uma característica dos whippets. No entanto, pelas razões descritas, os meus têm este comportamento em relação às crianças.
Eu julgo que se pode tirar daqui uma lição, que tem a ver com o risco de se fazerem generalizações. Por exemplo deixar um cão sozinho com uma criança pode constituir um enorme perigo. A criança dentro de uma certa faixa etária é imprevisível. O cão, por outro lado, não sendo racional, possui um grau de tolerância dentro de determinados limites.
Também, a meu ver, não faz sentido que, nesta matéria, se estabeleçam distinções entre cães de raça e cães sem raça.
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