Cães de trabalho em apartamentos!

[goodangel]

Tenho um dogue alemão com 70 kgs, vivo num apartamento, saio de manhã bem cedo, mas antes vou dar um passeio de 1 hora com o meu bichinho, e sabe que mais?! Quando regressamos a casa, come e bebe e vai direitinho para a cama porque está estafado e mal consegue manter os olhos abertos!!!

Uma vivenda/terreno para ele... era óptimo!!! Não pelo exercicio porque não acredito que o Rufos andasse a correr no terreno de um lado para o outro sozinho, ou que pegasse na trela e fosse dar uma volta. A vivenda/terreno era fantástica, porque assim em vez de um podia ter vários, podia ajudar a salvar os pobres desgraçados que foram abandonados porque viviam em apartamentos!!!

pois acho q caes de grande porte mesmo q deem passeios frequentes e estiquem as pernas, acho q a nivel fisico nao é o suficiente para o animal, mas essa é a minha opiniao.

Não é esticar as pernas... não é dar voltas ao prédio... é exercio, muito exercio, faz-lhes bem a eles e a nós!

Oiço muita coisa: Coitada da miuda que tem um cão que parece um cavalo lá vai ela de madrugada passear o bixo, faça chuva, faça sol... ele estava bem era numa quinta, num apartamento que horror!!! E os filhos, como vai ser quando vierem os filhos, que horror! Parece um dinossauro...

Quem me dera ter braços e força para três dinossauros ou dinossaurozinhos e levá-los todos para o meu apartamento, quem me dera!!!

acho que o que a dianasousa pensa é que quem tem caes grandes em apartamentos pode trata-los como algumas pessoas tratam os chamados "caezinhos de colo": saida so para as necessidades, passeio para esticar as pernas e pronto. claro que um dono de um cao de grande porte terá que ter consciencia de que se o tem num apartamento, terá de compensar as tais necessidades fisicas do cao nos passeios.

os dogues alemaes ate sao referidos como bons caes para apartamentos, porque sao bastante pachorrentos.os meus tem imenso espaço, e brincam, e saltam e dao grandes corridas... mas depois "entram em coma" o resto do dia

rufos, so uma pergunta: consegue exercitar o seu cao frequentemente sem trela?
o que me faz mais confusao com os apartamentos, e nao é tanto com os DA mas com outros caes de grande porte mais energeticos, é nao terem grandes oportunidades de correr a vontade, como vejo os meus adorarem fazer.[/quote]

embora a pergunta nao seja para mim, tenho um cao de porte ja consideravel que ainda vai crescer mais visto so 7,5meses, e moro em apartamento, como tenho um jardim grande perto de casa e um pinhal mais a cima é la que deixo o max sem trela para poder brincar a vontade pois atirar a bola com ele de trela nao da muito jeito
tambem tem a praia agora que nao é verao e nao ha muita gente.
comprimentos

[LuMaria]

Boa tarde a todos

Apetece-me dissertar sobre cães de cidade e "donos" citadinos. Detesto a palavra dono e não a aplico no dia a dia, mas utilizar a palavra amigo, a minha preferida, talvez fique aqui à toa.

A maioria, grande maioria dos cães, vive sózinho entre 4 paredes das 8 h às 18 horas. Se tiver a casa toda é um lord, o mais certo é ter mais portas fechadas do que abertas.
Às 8 vem 10 minutos à rua para aliviar a bexiga e volta a trote porque o relógio não pára e o pessoal precisa trabalhar. Come, vê os donos sairem et voilá, solidão. Solidão atroz. E as horas para um cão devem parecer intermináveis e o dia deve custar a passar. Chega o dono, que com sorte o leva 10 ou 20 minutos à rua e lá volta para casa. Janta e talvez antes de dormir vá à rua outra vez. Vem a noite, vem o dia e é sempre tudo tão igual. Há animais que desfrutam pelo menos da companhia de outros, mas não são tantos assim. E mesmo a companhia não compensa a solidão a que são submetidos a maior parte do dia.

Juntemos a isto a inaptidão da maioria dos "donos" que nem conseguem ensinar o cão a fazer o xixi no jornal. A maioria das pessoas não se consegue fazer explicar ao cão. No auge do desespero vai aplicando todas as técnicas que ouve e coerência é coisa que não existe. O animal não compreende o dono. Não compreender o dono provoca um afastamento do animal em relação ao dono, um afastamento que nem o dono percebe. Um cão, só confia no seu dono se o entender. Se o meu animal não me perceber não confia em mim.
E esta parte é muito interessante, remete-nos para outro campo, para o campo do "o meu cão arreganhou-me a taxa". Resposta chapa 20, é fácil, o cão quer subir na hierarquia. O meu cão não me deixa tirar o osso, quer subir na hierarquia ou está obsecado. Quer dizer, o meu dono dá-me um osso e a seguir não me deixa em paz? Porque raio me tira o osso? Que treta é esta? Estou feliz com o osso, é meu, se calhar o melhor momento em dias. Mas não, todos querem subir na hierarquia.
Não. Não me parece. Parece-me sim que a relação dono/cão não existe. O cão não compreende o dono, o dono não compreende o cão. O cão, na maioria das vezes, tem medo do dono, porque simplesmente não o entende.

O meu cão ladra em casa, coleira eléctrica, um calmante. Fale com a veterinária. O meu cão roi a pata, persegue o rabo, um calmante, fale com a veterinária. O meu cão come mal, o meu cão isto e aquilo... O meu cão não me deixa mexer no prato. Isso é fácil, tire e ponha o prato até parar de rosnar. Esta teoria é brilhante. Na cabeça do cão que já não entende o dono, este tira põe faz todo o sentido. Só um cão muito burro não percebe.

Quantas vezes já ouvi, não cheires o cócó podes ficar doente. Não cheires o rabo ao cão que nojo. Bolas! Ele é cão. Cheira rabos! Então é nojo ser cão. Oiço destas tangas diáriamente. Há cães que nunca correram, nunca pisaram a relva, não convivem com nada nem ninguém. E falamos de muitos cães, talvez a maioria.

No meio disto tudo, estas regras aplicam-se a cães que vão desde o 1.5 Kg até aos 80 Kg. Cruel. E quanto maior o tamanho, mais cruel a prisão.

Condicionamo-los às nossas vontades sejam elas quais forem. Castramo-los, esterilizamo-los, amputamos-lhes caudas e orelhas. Queremo-los ao nosso lado cheirosinhos e bonitos a portarem-se bem, como lindos meninos! E todos adoram cães e todos os cães são muito felizes, porque têm uma casinha, comidinha boa e até vão ao veterinário com regularidade.
Mas qual cão? Onde está o cão? Se a minha maneira de gostar deles é tresloucada, ainda bem que assim é.

Desculpem o testamento mas eu adoro com paixão o fiel amigo cão!

[contra]

Mas no meio de tantas respostas que ja foram dadas ainda nao vi ninguem defender esses donos. Para mais acho que ninguem aqui trata os seus caes assim. Agora irmos ao extremo oposto em que cao e bicho que precisa de viver na rua porque so assim se sente feliz, por amor de deus.
Eu sou o primeiro a defender que qualquer cao que seja, deve ser acima de tudo tratado como cao pois assim o merece. So assim sera feliz convivendo com outros caes, fazendo algum tipo de actividade com os seus donos, etc.
Agora gostaria que me dissesse como acha que os caes deveriam ser tratados porque no meio de tudo o que ja disse ainda nao percebi.

[dinodane]

Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Lumaria, constatou uma série de factos que são verídicos e acontecem, (embora não se possa generalizar tanto, nem toda os cães citadinos vivem essa existência dramática), mas afinal qual é a sua posição? Pode depreender-se do seu post que é contra manter-se cães (e cão é cão independentemente da raça) na cidade, em apartamento? E consequentemente que a própria LuMaria não tem cães em casa por defender esses princípios?

[Rufos]

rufos, so uma pergunta: consegue exercitar o seu cao frequentemente sem trela?
o que me faz mais confusao com os apartamentos, e nao é tanto com os DA mas com outros caes de grande porte mais energeticos, é nao terem grandes oportunidades de correr a vontade, como vejo os meus adorarem fazer.

Boa tarde

Antes de mais devo confessar que nunca tinha tido cães de porte gigante, e inicialmente não estava preparada, nunca tinha tido um cão a destruir as ombreiras das portas, a comer os livros do escritório, a medir forças comigo... tinha tido cães, que até nem davam muito trabalho, passeiozinho diário, comidinha, alguma brincadeira e cama.
Quando veio o Rufos, vi toda a minha rotina alterada, apercebi-me que o que eu pensava que sabia de cães correspondia a muito pouco ou mesmo nada. Pensei que ele não era feliz, chorava muito quando saía de casa, destruia-me as coisas, chorava ao ver os outros animais, pensei que não ia ser capaz e cheguei mesmo pensar em dar o bébé que se tinha cruzado na minha vida. Não fui capaz... o elo que já tinha estabelecido com o meu DA tornou-se mais forte do que pensei que seria possível. Alguns foristas da arca foram preciosos nesta fase, conheci-os pessoalmente, deram-me livros para perceber o comportamento canino, deram-me dicas e apoio, muito apoio!
Não é fácil passar de cãezinhos para um animal gigante. Não sei se estou a dar o meu melhor, esforço-me muito, esforço-me mesmo muito para que ele seja feliz acima de tudo que seja feliz.

E agora sim, respondendo à pergunta sim o meu querido Rufos tem oportunidade de fazer dois passeios diários solto, dar grandes corridas com ele a meu lado é uma sensação muito boa, ver que está contente a meu lado dá-me força para continuar a aprender, a melhorar e a fazer de tudo para que seja um cão equilibrado.

É um cão com alguns problemas de agressividade/dominancia com alguns machos, as aulas de obdiência têm-me ajudado... sim porque acredito que a maior parte dos problemas dos nossos cães se devem aos donos, por isso quem acaba por aprender mais nos sábados à tarde sou eu agora anda com a mania de comer sacos plásticos... espero que passe me breve, pois os veterinarios dizem que fazer clisters a cães deste porte não é muito agradável

É o meu cão, o meu amigo, o meu companheiro, o meu camarada. Grande, em apartamento, que corre em casa de um lado para o outro e que parece um tremor de terra, que se sacode depois de beber agua e pinga as paredes todas, que tem que dar a volta no corredor de marcha atrás, que pensa que é um caniche (por exemplo) e se quer sentar ao meu colo, que fazia xixi no chão e parecia um diluvio, que se deita na minha cama e acabo por cair porque ele se estica ao comprido, que me partiu o nariz a brincar ao salta, que pousa a cabeça na mesa da cozinha enquant jantamos, que pousa a cabeça no meu ombro enquanto conduzo e fica a olhar para mim pelo espelho retrovisor, que me arranha as pernas quando quer miminhos e dá a pata, que acorda o dono com uma lambidela, que se aninha aos meus pés para receber mimos...

Mudava alguma coisa nesta vivência? Sim, arranjava outro.

[MDogster]

Desculpem o testamento

Foi para compensar os meses de silêncio...

[isatoday]

rufos, so uma pergunta: consegue exercitar o seu cao frequentemente sem trela?
o que me faz mais confusao com os apartamentos, e nao é tanto com os DA mas com outros caes de grande porte mais energeticos, é nao terem grandes oportunidades de correr a vontade, como vejo os meus adorarem fazer.

Boa tarde

Antes de mais devo confessar que nunca tinha tido cães de porte gigante, e inicialmente não estava preparada, nunca tinha tido um cão a destruir as ombreiras das portas, a comer os livros do escritório, a medir forças comigo... tinha tido cães, que até nem davam muito trabalho, passeiozinho diário, comidinha, alguma brincadeira e cama.
Quando veio o Rufos, vi toda a minha rotina alterada, apercebi-me que o que eu pensava que sabia de cães correspondia a muito pouco ou mesmo nada. Pensei que ele não era feliz, chorava muito quando saía de casa, destruia-me as coisas, chorava ao ver os outros animais, pensei que não ia ser capaz e cheguei mesmo pensar em dar o bébé que se tinha cruzado na minha vida. Não fui capaz... o elo que já tinha estabelecido com o meu DA tornou-se mais forte do que pensei que seria possível. Alguns foristas da arca foram preciosos nesta fase, conheci-os pessoalmente, deram-me livros para perceber o comportamento canino, deram-me dicas e apoio, muito apoio!
Não é fácil passar de cãezinhos para um animal gigante. Não sei se estou a dar o meu melhor, esforço-me muito, esforço-me mesmo muito para que ele seja feliz acima de tudo que seja feliz.

E agora sim, respondendo à pergunta sim o meu querido Rufos tem oportunidade de fazer dois passeios diários solto, dar grandes corridas com ele a meu lado é uma sensação muito boa, ver que está contente a meu lado dá-me força para continuar a aprender, a melhorar e a fazer de tudo para que seja um cão equilibrado.

É um cão com alguns problemas de agressividade/dominancia com alguns machos, as aulas de obdiência têm-me ajudado... sim porque acredito que a maior parte dos problemas dos nossos cães se devem aos donos, por isso quem acaba por aprender mais nos sábados à tarde sou eu agora anda com a mania de comer sacos plásticos... espero que passe me breve, pois os veterinarios dizem que fazer clisters a cães deste porte não é muito agradável

É o meu cão, o meu amigo, o meu companheiro, o meu camarada. Grande, em apartamento, que corre em casa de um lado para o outro e que parece um tremor de terra, que se sacode depois de beber agua e pinga as paredes todas, que tem que dar a volta no corredor de marcha atrás, que pensa que é um caniche (por exemplo) e se quer sentar ao meu colo, que fazia xixi no chão e parecia um diluvio, que se deita na minha cama e acabo por cair porque ele se estica ao comprido, que me partiu o nariz a brincar ao salta, que pousa a cabeça na mesa da cozinha enquant jantamos, que pousa a cabeça no meu ombro enquanto conduzo e fica a olhar para mim pelo espelho retrovisor, que me arranha as pernas quando quer miminhos e dá a pata, que acorda o dono com uma lambidela, que se aninha aos meus pés para receber mimos...

Mudava alguma coisa nesta vivência? Sim, arranjava outro.

ainda bem que ele pode correr a vontade, so prova que se um cao é feliz ou nao num apartamento so depende dos donos

tem piada, reconheço os meus em tudo o que disse (menos na parte da dominancia, talvez por ter tido sempre caes de outras raças que os dominam sempre)

ja tive seis destes gigantes, espero ir buscar o setimo daqui a uns meses.

[LuMaria]

Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Lumaria, constatou uma série de factos que são verídicos e acontecem, (embora não se possa generalizar tanto, nem toda os cães citadinos vivem essa existência dramática), mas afinal qual é a sua posição? Pode depreender-se do seu post que é contra manter-se cães (e cão é cão independentemente da raça) na cidade, em apartamento? E consequentemente que a própria LuMaria não tem cães em casa por defender esses princípios?

Dinodane, quando morava em Lisboa, centro de Lisboa, neguei-me sempre a ter cão. Tinha tempo. Não tinha jardins. Só passeios de pedra. Não tinha carro e o jardim mais proximo estava longe. Portanto, cães, nem pensar.
Agora tenho 3 jardins, um deles ao lado da minha casa, tenho Monsanto a 15 minutos a pé. Tenho cães.
Tenho duas bolas portáteis que me encontraram. Trabalho ao lado da minha casa, da janela vejo a minha cozinha e até as oiço ladrar quando o carteiro bate à porta. Isto é sorte eu sei! E nestas condições tenho cães!

E se levarem as mãos à consciência, a maioria das pessoas não devia ter cão. Basta ler os tópicos que aparecem. Não sou contra cães em apartamento, sou contra os cães que vivem aprisionados em apartamentos. Que são a maioria. 10 em cada 100 cães, têm a sorte de ter um dono que o percebe e o trata como merece.

Concordo com 90% do texto inicial. Algumas verdades devem bater forte em muitas pessoas. Paciência, as verdades suscitam sempre enorme polémica.

Desculpem o testamento

Foi para compensar os meses de silêncio...

"Retiro artistico" muito produtivo

[Condessa]

10 em cada 100? Leu esse número em algum lado ou é um 'suponhamos'
Já agora quantos em 100 são felizes nas 'Quintas e Quintais' ?
Quantos em cada 100 são felizes na rua? Se calhar é este o numero maior, pelo menos a tão falada 'liberdade' não lhes falta, será? Querem ver que temos de acabar com canis, associações e cães em casa e vai tudo ser 'livre' para a rua

[Brijas]

Dinodane, quando morava em Lisboa, centro de Lisboa, neguei-me sempre a ter cão. Tinha tempo. Não tinha jardins. Só passeios de pedra. Não tinha carro e o jardim mais proximo estava longe. Portanto, cães, nem pensar.
Agora tenho 3 jardins, um deles ao lado da minha casa, tenho Monsanto a 15 minutos a pé. Tenho cães.
Tenho duas bolas portáteis que me encontraram. Trabalho ao lado da minha casa, da janela vejo a minha cozinha e até as oiço ladrar quando o carteiro bate à porta. Isto é sorte eu sei! E nestas condições tenho cães!


Mas os cães ficam na cozinha?
Ficam em Monsanto?
Ou pelos jardins?
Agora é que nºao percebi nada.

[jvpcspmg]

So uma pergunta esses tais caes grandes que precisam de espaços enormes passam o dia a correr ?
Se sim digam quais e que nao conheço nenhuma raça que passe o dia a correr de um lado para o outro(pode haver um tipo ou outro( mas nao uma raça) e deve ser desiquilibrado de certeza).

Os caes que conheço em quintas desde podengos as rafeiros do Alentejo,dogues alemaes etc se alguem chega ,ladram saltam ou o que lhes abetecer mas quando passa a novidade vai de sorna,deitados a dormitar ou a cucovilhar o que se passa mas sempre na bela sorna.

Vá um dia a uma caça ao coelho e veja os podengos que têm a devida preparação fisica...fale com conhecimento de todos os ambientes e meios!Tenho uma podenga que percorre quilometros por dia, se eu a fechasse num apartamento ela ia dar a voltinha dela com trela e gastava as energias...duvido nem atletas dopados! Os caes fechados em apartamentos gastam as energias rapido porque nao têm preparação fisica...é preciso mais? O que eu censuro nao e tanto o apartamento que e um espaço luxuoso para o animal, melhor que qualquer canil ou trela presa a uma estaca...é o facto do animal sair e nao ter liberdade, tem de andar junto ao dono, ha donos que ao fim de semana vão para sitios isolados e eles andam a vontade, mas aqueles que os passeiam 2, 3 ou 4 vezes por dia ali com trela, será que o animal é feliz?É, porque se a nossa realidade for a nossa propria sombra, ela nos bastará para nos fazer felizes.
Analisaram o testo unicamente como uma ofensa pessoal...

[Bolota2006]

Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

Lumaria, constatou uma série de factos que são verídicos e acontecem, (embora não se possa generalizar tanto, nem toda os cães citadinos vivem essa existência dramática) (...)

Pois... realmente estou como a dinodane "nem tanto ao mar, nem tanto à terra".
Infelizmente tenho de concordar um pouco com a Lumaria: vivo num local onde é só predios por todo o lado, é como se fosse um dormitório. Muitas pessoas têm cães (aqui desde que apareceu a moda, tem sido um boom de Labradores, Goldens e Rottweilers).
-> Reparo realmente, que a maioria dos meus vizinhos (atenção que estou a restringir as minhas afirmações ao universo que conheço e onde vivo há já algum tempo) dão aos seus cães a existencia que a Lumaria referiu. Muitas vezes com essa existencia vem a ração light, cães tão gordos que quase não se podem mexer, o cão que é despachado porque destroi tudo em casa.
-> Reparo que também existe por aqui a infeliz mania de passear os cães grandes sem trela porque "puxam muito" ou porque "têm de fazer exercicio". Os cães pequenos também por aqui andam sem trela porque (mais uma vez) "não fazem mal nenhum".
-> Felizmente também noto que alguns vizinhos (infelizmente não muitos) se dão ao trabalho de passear convenientemente os seus cães e de aos fins de semana lhes darem um passeio extra.
Infelizmente, aqui onde moro, a descrição da Lumaria começa a enquadrar-se assustadoramente.

Eu cresci numa quinta. Para mim a noção de passear o cão não existia.
No entanto, e apesar de os meus pais só terem a 4ª classe e de trabalharem no campo, os nossos cães não passavam os dias com o céu sobre a cabeça e com pulgas. O meu pai sempre teve presente que seja cão, gato, galinha, ovelha, é para ter em condições.
Temos cães que não entram em casa por opção, mas outros que gostam de estar em casa.
Adiante.
Vim estudar para Lisboa e fiquei cá. Comecei por ter gatos, mas as saudades de uma companhia canina apertaram e fiquei com um caso problematico que o meu pai lá tinha. Depois veio uma companhia para o "caso problematico" e depois veio uma desgraçada que encontrei.
Encerrei a loja no que respeita a animais, porque tenho de dar boas condições aos que cá tenho.
Mas com o meu pai, aprendi que os cães precisam de se mexer.

-> A minha velhota de 12 anos já só quer mesmo ir à rua fazer o xixi e voltar para o quentinho.
-> A desgraçada que encontrei é uma cadela talvez Dogue Alemã. Certamente foi usada como parideira e viveu em condições miseráveis. Também ela gosta mesmo é de estar em casa junto da minha Boneca (a velhota). Alem de que o veterinário já lhe dá uns 5 anos bem cansados.
-> Mas tenho um Malamute. E por ele, todos os dias damos 1 passeio de 1 hora de manha e outro de 1 hora à noite. Metade de cada um dos passeios é feita a correr. Ele precisa de correr eu não posso correr o risco de o soltar. Mas custou-me, especialmente a parte das corridas. Mas tem de ser para o bem dele, para gastar as energias.

Outra coisa que eu faço, quando posso, é vir a casa à hora do almoço para eles fazerem um xixi (desagrada-me que estejam muitas horas sem urinar).
E ainda (aqui já sei que me vão cair em cima), quando estou em casa, eles "pedem-me" para ir à rua. E eu vou com eles. Mas atenção: eles ja perceberam que não podem abusar e eu também ja sei quando é xixi ou quando é manha.


Enfim, eu acho que quase todos os cães se adaptam bem a um apartamento, desdo que o seu dono tenha responsabilidade suficiente para lhes proporcinar uma boa vida (comida, veterinario, educação e passeios valentes).
Para mim acho que só não funcionam em apartamento aqueles cães pastores do leste (que têm nomes estranhíssimos), pois a sua independência é tão forte que é capaz de nao dar bom resultado (penso eu).
Claro que existem cães, não devido ao seu tamanho e/ou raça, que não gostam de estar fechados, mas isso já vai do feitio de cada cão e cabe-nos a nós, conhecer o cão que temos e compreender as suas necessidades individuais.

[nynf]

Desculpem lá o meu descaramento, mas será que alguém me pode resumir estas 6 paginas de discussão? É que eu tenho um cão de trabalho em apartamento, e conheço quem tenha cães de trabalho em apartamento,sendo que um deles é dos únicos Rottweielrs em Portugal a ter RCI III...e gostava de participar. Mas infelizmente não vou conseguir ler isto tudo em tempo útil.

[Pointerman]

jvpcs ja caçei varias vezes aos coelhos com os mais variados tipos de caes mas a tua intervensao responde-se a ela propria,achas que mas nao exprimentaste.
Ela no canil corre o dia inteiro nunca se deita?esta sempre aos saltos om dia inteiro?

Amigo eu caçava com um pointer desde manha ao sol por,durante a semana fazia varias horas a andar com ele,juntos atravessamos a nado as barragens de castelo de bode ,Montargil,Arade,St Susana,Pego do altar e mais outras que nao me lembro,posso nao saber fazer muita coisa mas preparar um cao fisicamente ainda la chego portanto isso dos caes de apartamento nao terem resistencia morre pela base se o argumento for o "apartamento".

[sroque]

Eu li as 6 páginas do topico...atentamente....a todos respeito.......não vou comentar positiva ou negativamente...
Deixo a minha experiência, eu vivo num T3 com 3 cães pastores (vulgarmente designados por cães de trabalho)...são treinados em regra 3 vezes por semana (quando a vida laboral e familiar o permite). Todos eles (2 fêmeas e 1 macho), dão os seus passeios diários...
Assim pela minha experiência, é possivel conviver com cães de trabalho em apartamento, e é uma forma de vida deveras agradável...
E mais, ainda cometo a saudável loucura de ser mãe de uma menina com 3 anos. Quando ela nasceu tinha uma cadela, comprei outro cão de uma ninhada que tinha nascido no mm dia da minha filha, e posteriormente adoptei o macho...Ou seja não só não me livrei de cão nenhum qd nasceu a minha filha, como ainda arranjei mais dois depois de ter sido mãe...
Acima de tudo, de trabalho ou não, é possível e agradável conviver com cães junto de nós mesmo que em apartamento