Cachorreiro (em brasileiro ;-) )
Moderador: mcerqueira
> SER CACHORREIRO
> Marcia Villas-Bôas
>
> Quem é cachorreiro já nasce cachorreiro. É algum gene
>recessivo e misterioso que aparece numa criança de uma família onde, às vezes, só lá um ou outro gosta de cachorro.
> O primeiro sintoma surge cedo, naquele dia em que a criança interrompe a paz de um almoço no lar e faz os pais engasgarem com o insólito pedido:
> - Quero um cachorro!
> Pronto, começou o inferno dos pais e do mini-cachorreiro. É logo levado a uma magnífica loja de brinquedos, podendo escolher o que quiser, desde uma bicicleta até aquele carrinho cheio de luzes e sirenes.
> - Quero um cachorro!
> Ganha o carrinho e mais um monte de presentes, para ver se esquece do cachorro. Mas não tem jeito. Ganha tartaruga, jabuti,
periquito, canário e até um hamster, mas nada disso satisfaz a ânsia de
cachorreiro que já nasce em sua alma numa intensidade que assusta toda a família.
> Se der sorte, ganha seu primeiro cachorro. Se não, vai
ter mesmo que esperar crescer. Aí, enfim, livre das amarras familiares, começa a mergulhar fundo na criação.
> Vem a primeira fêmea, o sufoco do primeiro parto, o acompanhamento dos filhotes, o medo da parvo, da corona e, assustado,
resolve:
> - Não fico com nenhum!
> A ninhada cresce, começa a reconhecer o dono, a abanar
o rabinho e pronto! A decisão, antes inabalável, sofre o primeiro impacto.
Daí a uns dias, a resolução já é outra:
> - Não me desfaço das fêmeas; só saem os machos!
> Começou sua longa jornada de cachorreiro através deste
mundo-cão. Daí para frente, passa a vida trocando jornais, fazendo vigília
ao lado das cadelas que estão para parir ou dando remédio aos filhotes mais fracos.
> O cachorreiro vai se afastando do mundo dos homens e
admite mesmo:
> - Não gosto de gente...
> Programa de cachorreiro é visitar ninhada dos outros,
pegar cachorro no aeroporto, levar às exposições ou pendurar-se no telefone para conversar com seus amigos cachorreiros... sobre cachorros.
> No começo, criar uma raça só já o satisfaz, mas logo
dá aquela vontade de experimentar outra e lá vai ele pela vida afora, em
meio a muitas raças e muitos cães.
> As compras de um cachorreiro também são diferentes das compras de um ser humano comum: shampoos, cremes, óleos, gaiolas, enfeites... mas tudo para cachorro. Se algum amigo viaja para o exterior e cai na asneira de perguntar: "Quer que traga alguma coisa para você?", recebe logo as mais estranhas encomendas: máquina de tosa, lâminas, escovas, pentes... e tudo para cachorro.
> Casa de cachorreiro é toda engatilhada, cheia de
grades aqui e ali, protegendo portas e janelas. A decoração muitas vezes fica prejudicada com a presença de gaiolas e caixas de transporte na sala e nos quartos. Mas o cachorreiro não está nem aí e, como quem freqüenta casa de cachorreiro é cachorreiro também, ninguém liga mesmo.
> O carro do cachorreiro também não pode ser qualquer
um. De preferência um utilitário com bastante espaço interno para caberem os cachorros e as tralhas todas nos dias de exposição. Banco de passageiros não é tão necessário, mas o espaço é indispensável.
> Cônjuge de cachorreiro tem que ser cachorreiro também,
ou a união pode sofrer sérios abalos e quando chega aquela hora fatídica,
no meio de um bate-boca, em que o outro dá o ultimátum: "Ou os cachorros ou eu!", o cachorreiro certamente vai optar pelos cachorros.
> Velhice de cachorreiro é cheia de preocupações.
> - Vou morrer, e quem cuida dos meus cachorros?
> Resolve, então, não criar mais nada e reza para que
todos os seus cães partam antes dele, mas o coração não agüenta e, daqui a pouco, arranja outro filhote para cuidar, estribado na promessa de alguém que garante ficar com o cachorrinho em caso de morte do cachorreiro.
> E, como ser cachorreiro é 'padecer no Paraíso',
acredito que o bom Deus, na sua infinita misericórdia e eterna sabedoria,
já tenha providenciado um céu só para os cachorreiros onde eles, junto com todos os seus cães, seus amigos cachorreiros, juízes, veterinários, etc., possam, enfim, levar uma vida tranqüila e cheia de paz.
> Mas, como muita tranqüilidade acaba ficando monótono,
logo o cachorreiro fica espiando de longe o mundo dos homens, cheio de
saudade, já pensando em voltar para cá e começar tudo de novo.
>
> Fonte:cachorros e companhia
> Marcia Villas-Bôas
>
> Quem é cachorreiro já nasce cachorreiro. É algum gene
>recessivo e misterioso que aparece numa criança de uma família onde, às vezes, só lá um ou outro gosta de cachorro.
> O primeiro sintoma surge cedo, naquele dia em que a criança interrompe a paz de um almoço no lar e faz os pais engasgarem com o insólito pedido:
> - Quero um cachorro!
> Pronto, começou o inferno dos pais e do mini-cachorreiro. É logo levado a uma magnífica loja de brinquedos, podendo escolher o que quiser, desde uma bicicleta até aquele carrinho cheio de luzes e sirenes.
> - Quero um cachorro!
> Ganha o carrinho e mais um monte de presentes, para ver se esquece do cachorro. Mas não tem jeito. Ganha tartaruga, jabuti,
periquito, canário e até um hamster, mas nada disso satisfaz a ânsia de
cachorreiro que já nasce em sua alma numa intensidade que assusta toda a família.
> Se der sorte, ganha seu primeiro cachorro. Se não, vai
ter mesmo que esperar crescer. Aí, enfim, livre das amarras familiares, começa a mergulhar fundo na criação.
> Vem a primeira fêmea, o sufoco do primeiro parto, o acompanhamento dos filhotes, o medo da parvo, da corona e, assustado,
resolve:
> - Não fico com nenhum!
> A ninhada cresce, começa a reconhecer o dono, a abanar
o rabinho e pronto! A decisão, antes inabalável, sofre o primeiro impacto.
Daí a uns dias, a resolução já é outra:
> - Não me desfaço das fêmeas; só saem os machos!
> Começou sua longa jornada de cachorreiro através deste
mundo-cão. Daí para frente, passa a vida trocando jornais, fazendo vigília
ao lado das cadelas que estão para parir ou dando remédio aos filhotes mais fracos.
> O cachorreiro vai se afastando do mundo dos homens e
admite mesmo:
> - Não gosto de gente...
> Programa de cachorreiro é visitar ninhada dos outros,
pegar cachorro no aeroporto, levar às exposições ou pendurar-se no telefone para conversar com seus amigos cachorreiros... sobre cachorros.
> No começo, criar uma raça só já o satisfaz, mas logo
dá aquela vontade de experimentar outra e lá vai ele pela vida afora, em
meio a muitas raças e muitos cães.
> As compras de um cachorreiro também são diferentes das compras de um ser humano comum: shampoos, cremes, óleos, gaiolas, enfeites... mas tudo para cachorro. Se algum amigo viaja para o exterior e cai na asneira de perguntar: "Quer que traga alguma coisa para você?", recebe logo as mais estranhas encomendas: máquina de tosa, lâminas, escovas, pentes... e tudo para cachorro.
> Casa de cachorreiro é toda engatilhada, cheia de
grades aqui e ali, protegendo portas e janelas. A decoração muitas vezes fica prejudicada com a presença de gaiolas e caixas de transporte na sala e nos quartos. Mas o cachorreiro não está nem aí e, como quem freqüenta casa de cachorreiro é cachorreiro também, ninguém liga mesmo.
> O carro do cachorreiro também não pode ser qualquer
um. De preferência um utilitário com bastante espaço interno para caberem os cachorros e as tralhas todas nos dias de exposição. Banco de passageiros não é tão necessário, mas o espaço é indispensável.
> Cônjuge de cachorreiro tem que ser cachorreiro também,
ou a união pode sofrer sérios abalos e quando chega aquela hora fatídica,
no meio de um bate-boca, em que o outro dá o ultimátum: "Ou os cachorros ou eu!", o cachorreiro certamente vai optar pelos cachorros.
> Velhice de cachorreiro é cheia de preocupações.
> - Vou morrer, e quem cuida dos meus cachorros?
> Resolve, então, não criar mais nada e reza para que
todos os seus cães partam antes dele, mas o coração não agüenta e, daqui a pouco, arranja outro filhote para cuidar, estribado na promessa de alguém que garante ficar com o cachorrinho em caso de morte do cachorreiro.
> E, como ser cachorreiro é 'padecer no Paraíso',
acredito que o bom Deus, na sua infinita misericórdia e eterna sabedoria,
já tenha providenciado um céu só para os cachorreiros onde eles, junto com todos os seus cães, seus amigos cachorreiros, juízes, veterinários, etc., possam, enfim, levar uma vida tranqüila e cheia de paz.
> Mas, como muita tranqüilidade acaba ficando monótono,
logo o cachorreiro fica espiando de longe o mundo dos homens, cheio de
saudade, já pensando em voltar para cá e começar tudo de novo.
>
> Fonte:cachorros e companhia
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- Membro
- Mensagens: 118
- Registado: quarta nov 06, 2002 3:55 pm
É mesmo assim. Descrição mais fiel não pode haver.
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- Mensagens: 268
- Registado: quarta mai 07, 2003 2:45 pm
Verdade!!!
Não há nada que eu faça sem pensar nos meus pequenitos.
Felizmente tive sorte e sempre vivi rodeada de pessoas que adoram animais, especialmente cães! Desde os meus avós, até à família do meu marido!!!
Parabéns pelo texto, é de facto muito bonito!
Fiquem bem
Não há nada que eu faça sem pensar nos meus pequenitos.
Felizmente tive sorte e sempre vivi rodeada de pessoas que adoram animais, especialmente cães! Desde os meus avós, até à família do meu marido!!!
Parabéns pelo texto, é de facto muito bonito!
Fiquem bem
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- Membro Veterano
- Mensagens: 629
- Registado: sábado jan 25, 2003 1:09 am
- Localização: 2 cadelas cdp, Angie e Lua , uma tartaruga
Sem comentários e sem argumentos, eu sou culpada, admito sou uma fidelíssima cachorreira!
Isabel

Isabel
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- Registado: terça out 29, 2002 11:39 am
- Localização: Riskas e Zeta(Boxers) Maria (SRD)
Pedra Escreveu: :p :p
E as fotos dos cachorreiros também são sempre as mesmas!
Dos cães, e... talvez lá no fundinho apareça uma cara de gente, mas só porque ia a passar na altura![]()
Isabel


Aqui no trabalho tenho fotos das cadelas em cachorras, em crescidas, da ninhada toda, no desktop do pc..enfim... o pessoal já me perguntou se eu tenho familia, ou namorado, amigos!!


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- Registado: quarta dez 19, 2001 12:41 pm
- Localização: Tartaruga Casquinha, cadelinha Meggy, gatinha Joana, gatinhos João e Bernardo, Dogue Alemão Aylah
Por vezes os melhores amigos são mesmo os nossos bichinhos!!!cgtorres Escreveu: [... o pessoal já me perguntou se eu tenho familia, ou namorado, amigos!!![]()
![]()
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- Registado: sexta fev 07, 2003 6:45 pm
- Localização: Bianca (Retriever do Labrador)
yakov Escreveu:Quem é cachorreiro já nasce cachorreiro. É algum gene recessivo e misterioso que aparece numa criança de uma família onde, às vezes, só lá um ou outro gosta de cachorro.
O primeiro sintoma surge cedo, naquele dia em que a criança interrompe a paz de um almoço no lar e faz os pais engasgarem com o insólito pedido
- Quero um cachorro!
Pronto, começou o inferno dos pais e do mini-cachorreiro. É logo levado a uma magnífica loja de brinquedos, podendo escolher o que quiser, desde uma bicicleta até aquele carrinho cheio de luzes e sirenes.
- Quero um cachorro!
Ganha o carrinho e mais um monte de presentes, para ver se esquece do cachorro. Mas não tem jeito. Ganha tartaruga, jabuti, periquito, canário e até um hamster, mas nada disso satisfaz a ânsia de cachorreiro que já nasce em sua alma numa intensidade que assusta toda a família.
Se der sorte, ganha seu primeiro cachorro. Se não, vai ter mesmo que esperar crescer. Aí, enfim, livre das amarras familiares, começa a mergulhar fundo na criação.
Esta parte da história é-me muito familiar... :p

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- Membro Veterano
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- Registado: segunda jan 01, 2001 12:00 am
- Localização: Bobtail-aholic
Olá, se é !!!
Aliás, tudo o resto (mais o pormenor das fotos que a Pedra apontou) é mesmo sem tirar nem pôr.
Aliás, tudo o resto (mais o pormenor das fotos que a Pedra apontou) é mesmo sem tirar nem pôr.
"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
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- Membro Veterano
- Mensagens: 1130
- Registado: sexta fev 07, 2003 6:45 pm
- Localização: Bianca (Retriever do Labrador)
Aqui vai outra estória (em brasileiro) que me enviaram para o mail e que está contemporânea ao que se tem discutido por aqui...
«Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O homem comprou um pastor alemão. E o primeiro falou para o vizinho:
- Mas ele vai comer o meu coelho !
- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum.
E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes. Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Pasmo. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro.
- O vizinho estava certo. E agora ?
- E agora eu é que quero ver!
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar.
E agora? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as feridas das pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca!
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível.
- Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e o colocamos na casinha dele no quintal.
Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco.
Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças.
- Descobriram!
Não deu cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho... O coelho...
- O que é que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem...
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de a gente viajar, as crianças enterraram ele no fundo do quintal!
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Nem ninguém sabe. Mas o personagem que mais cativa nesta história toda, o protagonista da historia, é o cachorro.
Imagine o pobre do cachorro que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar pancada de tudo quanto é lado.
O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, que não pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro de nós.
Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparência como melhor nos convier. Maquiada. Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais.»

«Eram dois vizinhos. O primeiro vizinho comprou um coelhinho para os filhos. Os filhos do outro vizinho pediram um bicho para o pai. O homem comprou um pastor alemão. E o primeiro falou para o vizinho:
- Mas ele vai comer o meu coelho !
- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Problema nenhum.
E parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos ficaram. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes. Eis que o dono do coelho foi passar o final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho. Isso na sexta-feira. No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha. Pasmo. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo de terra e, é claro, morto. Quase mataram o cachorro.
- O vizinho estava certo. E agora ?
- E agora eu é que quero ver!
A primeira providência foi bater no cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade e boa vizinhança. Claro, só podia dar nisso. Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar.
E agora? Todos se olhavam. O cachorro rosnando lá fora, lambendo as feridas das pancadas.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
- Cala a boca!
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas era infalível.
- Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador da sua mãe e o colocamos na casinha dele no quintal.
Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim fizeram. Até perfume colocaram no falecido. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho cardíaco.
Umas três horas depois eles ouvem a vizinhança chegar. Notam o alarido e os gritos das crianças.
- Descobriram!
Não deu cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, lívido, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho... O coelho...
- O que é que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem...
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi. Antes de a gente viajar, as crianças enterraram ele no fundo do quintal!
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Nem ninguém sabe. Mas o personagem que mais cativa nesta história toda, o protagonista da historia, é o cachorro.
Imagine o pobre do cachorro que, desde sexta-feira, procurava em vão pelo amigo de infância, o coelho. Depois de muito farejar descobre o corpo. Morto. Enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o pobrezinho e vai mostrar para os seus donos. Provavelmente estivesse até chorando, quando começou a levar pancada de tudo quanto é lado.
O cachorro é o herói. O bandido é o dono do cachorro. O ser humano. Sim, nós mesmos, que não pensamos duas vezes. Para nós o cachorro é o irracional, o assassino confesso. E o homem continua achando que um banho, um secador de cabelos e um perfume disfarçam a hipocrisia, o animal desconfiado que tem dentro de nós.
Julgamos os outros pela aparência, mesmo que tenhamos que deixar esta aparência como melhor nos convier. Maquiada. Coitado do cachorro. Coitado do dono do cachorro. Coitados de nós, animais racionais.»

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- Localização: Cadelas Pinscher/Chihuahua
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Os textos são mesmo muito bons, e o primeiro (do Yakov) eu nem conhecia. Mas é mesmo assim, do jeitinho que lá está. A gente nasce cachorreiro.
Agora, uma grande pena é estarem numa língua que eu não conheço, e da qual nunca ouvir falar: "em brasileiro". :p
Um abraço,
Andrea
************************************************************
Já agora, deixo aqui uma mensagem também, mas esta está em Português:
Dono sem cão
Quando leio, na Internet, o oferecimento de cães para adoção e nos motivos aparecem alegações do tipo: "Mudei para um apartamento." ou "Viagem." ou, ainda, "Não tenho espaço.", eu me pergunto que tipo de coração têm pessoas assim... Obviamente não incluo aí os generosos e abnegados que, recolhendo os animais abandonados nas ruas dão-lhes casa, comida e assistência veterinária, cuidados indispensáveis para que não morram, e depois saem, em mais um gesto generoso, à cata de quem os queira acolher e amar.
Falo dos "donos". Falo dos que um dia assumiram o compromisso e a responsabilidade por uma vida. Falo desses que, ao primeiro obstáculo - doença, mudanças, alterações nos padrões de vida - desfazem-se de seus cães como quem se livra de uma geladeira queimada ou de um sapato gasto. Falo dos arrogantes que juram ser a vida humana mais importante que a vida dos animais e dos vegetais. É deles que falo.
E falo com a sabedoria que a experiência - e só ela! - pode dar a cada um de nós. Sempre fui uma "dona sem cão". Quando criança, o "cão da casa" era aquele animal confinado ao quintal que servia apenas como guarda, e que vivia apartado das crianças porque "cães e crianças não se misturam, por questões de higiene." Pais assim como os meus preservam a saúde física dos filhos, mas retiram-lhes, com certeza, as chances de uma verdadeira saúde emocional que só a convivência respeitosa/amorosa com todos os seres vivos pode dar.
Foi assim que cresci: bichos de um lado, eu de outro. Quando minha filha mais velha nasceu, trouxe como "traço constitutivo" a paixão pelos animais, principalmente os cães. Contra a minha vontade, que ela soube dobrar [a gente cede aos filhos, acertada ou erradamente, quando os ama], ela um dia levou para casa a Pitty - uma cadelinha pequena, com quatro semanas, filha do "amor clandestino" de uma poodle com um vira-lata - um SRD, como se diz hoje, de modo "politicamente correto".
A Pitty hoje está com 11 anos. Ela é feia, está velha e engordando, parece uma "azeitona com quatro palitos fincados". Mas inegavelmente ela e a Carol [minha filha] ensinaram-nos, a todos nós, da família, o que é amar um cão. Ensinaram a meus outros dois filhos, que morriam de medo de cães de qualquer porte, que um cachorro é o ser mais doce que pode existir... e o "açúcar" dessa doçura tem origem no afeto. Ensinaram a mim e a meu marido que um cão pode, sim, conviver com as crianças dentro de casa e até dormir na cama com elas sem que a "saúde" esteja ameaçada, bastando para isso mantê-los limpos, vacinados e bem alimentados.
Mas a Pitty ensinou, acredito, mais a mim que a qualquer outra pessoa da casa, uma lição sem palavras e quase impossível de descrever, porque acontecida no espaço dos sentimentos, que muitas vezes a linguagem verbal não alcança.
O que a Pitty ensinou-me? Bem... Na verdade eu a tolerava em casa... eu gostava dela, no fundo. Mas ela era "a cachorra da Carol", apenas... e meu afeto por ela era o simples fruto do meu amor incondicional pela minha filha. Mas a Pitty várias vezes teve "gravidez psicológica": adotava bichinhos de pelúcia, secretava leite... e a Carol, com pena dela, resolveu cruzá-la com um poodle "de carteirinha" [com pedigree] para dar-lhe a chance de viver uma gravidez real.
A ninhada nasceu no domingo em que o Brasil sagrou-se tetra no futebol. Era o Tafarell defendendo um penalty após o outro e a Pitty trazendo à luz, no puff de couro do quarta da Carol um filhote após o outro. Foram cinco! Cinco penalties batidos e cinco filhotes nascidos...
Nessa hora, minha filha pediu-me socorro! "Mãe, não sei o que fazer! Me ajuda, por favor! Não quero nem ver!" E eu fui para o quarto dela, para o lado da Pitty, sem ter a menor idéia de como e quando ajudar um bicho a parir.
Acredito que foi nesta hora, vendo aquela cadela pequena dar à luz com tanta serenidade e competência, sozinha, auto-suficiente, que eu a amei pela primeira vez. O "ser mãe" nos ligou. Nasceu em mim uma onda de afeto misturado a respeito tão grande que não arredei mais o pé dela. Passou a dormir no meu quarto, num cestinho, com seus filhotes. Conseguimos dar três, abaixo de choradeiras. Mas dois ficaram conosco - Mel e Bruno. E a Mel escolheu-me... e passou a ser "minha dona".
Isso foi há seis anos, e eu tinha 48 anos de idade. Até então tinha sido uma "dona sem cão". Até a Mel me "adotar", eu não sabia o que era ter um vínculo de amor com um animal. Hoje sei. O que não sei mais é viver sem a Mel.
E o amor se expande. E o amor nos expande. Se a gente aprende a amar um cão - eu descubro - aprende a amar todos! A gente cruza nas ruas com os donos de cães a passear com eles, a gente pára nos semáforos e vê cães no carro ao lado e, nos dois momentos, se sente acompanhada! Como se pertencessemos a um "grupo especial" de pessoas - os adotados pelos cães, os "donos com cão"...
E a gente um dia descobre que, se tem um cão, pode ter outro! Como com os filhos... A experiência de ter um filho é tão boa que a gente quer repetir... Sabe que dará trabalho no começo, que talvez "pinte ciúmes", que será preciso carinho em dobro para atender, ao mesmo tempo, o mais velho e o recém-chegado... Mas a gente sabe também que o amor é capaz de qualquer coisa, e cresce sem parar, basta encontrar motivos...
A Mel está prestes a dividir seu lar com uma filhota de Golden Retriever, que já está na barriga de sua mamãe-cachorra, e que virá para os braços de sua mamãe-humana em dezembro deste ano. Moro em um apartamento não muito grande, mas num confortável condomínio à beira-mar [e quem conhece Floripa sabe a beleza que é morar à beira-mar deste mar!]. Mas é um apartamento inadequado, pelo seu tamanho e pelo seu piso [piso liso] para um cão com o porte e as características do Golden Retriever. Então, o apartamento está à venda para que eu possa comprar uma casa, numa região menos valorizada da cidade, mas com espaço suficiente para minha "família" canina ser feliz.
Alguns chamam-me louca. Mudar-me por causa de um cão? Abrir mão de status e conforto por causa de um cão?
A esses eu digo: fui, durante muito tempo, uma "dona sem cão". Talvez seja tão triste ou mais que ser um cão sem dono. Há partes da alma da gente que só conseguem paz em contato com a vida sem artifícios. E os cães dão-nos essa paz. A Pitty, a Mel e a Felicity [minha futura goldenretrieverzinha] ensinam-me isso todos os dias.
Não digam, porém, que meus animais têm sorte por "pertencerem" a uma humana tão amorosa. Na verdade, a sorte é minha. A alma que melhorou, que encontrou paz, é a minha. A tolerância ante a vida, a paciência, a aceitação da realidade, foram atributos que estas cadelinhas acrescentaram a mim, cada uma a seu jeito. Sorte tenho eu de ter aprendido a captar e retribuir os afetos que estão disponíveis para todos, mas que não muitos são capazes de perceber.
Então, quando leio, na Internet, o oferecimento de cães para adoção e nos motivos aparecem alegações do tipo: "Mudei para um apartamento." ou "Viagem." ou, ainda, "Não tenho espaço." eu me pergunto que tipo de coração têm pessoas assim... E lamento por essas pessoas porque, com os cães, estão abrindo mão de uma rara oportunidade de se tornarem - paradoxalmente - muito mais humanos.
Um cão é uma bênção, nunca um acessório. Um cão é um presente, nunca um fardo. Um cão é um privilégio, jamais um castigo.
Não sei como pude, durante tanto tempo, viver sem um, ser uma "dona sem cão"... Mas nunca é tarde demais [e nunca é cedo demais] para começar. Isso eu também aprendi!
Afetuosamente.
Mayra
Agora, uma grande pena é estarem numa língua que eu não conheço, e da qual nunca ouvir falar: "em brasileiro". :p

Um abraço,
Andrea
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Já agora, deixo aqui uma mensagem também, mas esta está em Português:
Dono sem cão
Quando leio, na Internet, o oferecimento de cães para adoção e nos motivos aparecem alegações do tipo: "Mudei para um apartamento." ou "Viagem." ou, ainda, "Não tenho espaço.", eu me pergunto que tipo de coração têm pessoas assim... Obviamente não incluo aí os generosos e abnegados que, recolhendo os animais abandonados nas ruas dão-lhes casa, comida e assistência veterinária, cuidados indispensáveis para que não morram, e depois saem, em mais um gesto generoso, à cata de quem os queira acolher e amar.
Falo dos "donos". Falo dos que um dia assumiram o compromisso e a responsabilidade por uma vida. Falo desses que, ao primeiro obstáculo - doença, mudanças, alterações nos padrões de vida - desfazem-se de seus cães como quem se livra de uma geladeira queimada ou de um sapato gasto. Falo dos arrogantes que juram ser a vida humana mais importante que a vida dos animais e dos vegetais. É deles que falo.
E falo com a sabedoria que a experiência - e só ela! - pode dar a cada um de nós. Sempre fui uma "dona sem cão". Quando criança, o "cão da casa" era aquele animal confinado ao quintal que servia apenas como guarda, e que vivia apartado das crianças porque "cães e crianças não se misturam, por questões de higiene." Pais assim como os meus preservam a saúde física dos filhos, mas retiram-lhes, com certeza, as chances de uma verdadeira saúde emocional que só a convivência respeitosa/amorosa com todos os seres vivos pode dar.
Foi assim que cresci: bichos de um lado, eu de outro. Quando minha filha mais velha nasceu, trouxe como "traço constitutivo" a paixão pelos animais, principalmente os cães. Contra a minha vontade, que ela soube dobrar [a gente cede aos filhos, acertada ou erradamente, quando os ama], ela um dia levou para casa a Pitty - uma cadelinha pequena, com quatro semanas, filha do "amor clandestino" de uma poodle com um vira-lata - um SRD, como se diz hoje, de modo "politicamente correto".
A Pitty hoje está com 11 anos. Ela é feia, está velha e engordando, parece uma "azeitona com quatro palitos fincados". Mas inegavelmente ela e a Carol [minha filha] ensinaram-nos, a todos nós, da família, o que é amar um cão. Ensinaram a meus outros dois filhos, que morriam de medo de cães de qualquer porte, que um cachorro é o ser mais doce que pode existir... e o "açúcar" dessa doçura tem origem no afeto. Ensinaram a mim e a meu marido que um cão pode, sim, conviver com as crianças dentro de casa e até dormir na cama com elas sem que a "saúde" esteja ameaçada, bastando para isso mantê-los limpos, vacinados e bem alimentados.
Mas a Pitty ensinou, acredito, mais a mim que a qualquer outra pessoa da casa, uma lição sem palavras e quase impossível de descrever, porque acontecida no espaço dos sentimentos, que muitas vezes a linguagem verbal não alcança.
O que a Pitty ensinou-me? Bem... Na verdade eu a tolerava em casa... eu gostava dela, no fundo. Mas ela era "a cachorra da Carol", apenas... e meu afeto por ela era o simples fruto do meu amor incondicional pela minha filha. Mas a Pitty várias vezes teve "gravidez psicológica": adotava bichinhos de pelúcia, secretava leite... e a Carol, com pena dela, resolveu cruzá-la com um poodle "de carteirinha" [com pedigree] para dar-lhe a chance de viver uma gravidez real.
A ninhada nasceu no domingo em que o Brasil sagrou-se tetra no futebol. Era o Tafarell defendendo um penalty após o outro e a Pitty trazendo à luz, no puff de couro do quarta da Carol um filhote após o outro. Foram cinco! Cinco penalties batidos e cinco filhotes nascidos...
Nessa hora, minha filha pediu-me socorro! "Mãe, não sei o que fazer! Me ajuda, por favor! Não quero nem ver!" E eu fui para o quarto dela, para o lado da Pitty, sem ter a menor idéia de como e quando ajudar um bicho a parir.
Acredito que foi nesta hora, vendo aquela cadela pequena dar à luz com tanta serenidade e competência, sozinha, auto-suficiente, que eu a amei pela primeira vez. O "ser mãe" nos ligou. Nasceu em mim uma onda de afeto misturado a respeito tão grande que não arredei mais o pé dela. Passou a dormir no meu quarto, num cestinho, com seus filhotes. Conseguimos dar três, abaixo de choradeiras. Mas dois ficaram conosco - Mel e Bruno. E a Mel escolheu-me... e passou a ser "minha dona".
Isso foi há seis anos, e eu tinha 48 anos de idade. Até então tinha sido uma "dona sem cão". Até a Mel me "adotar", eu não sabia o que era ter um vínculo de amor com um animal. Hoje sei. O que não sei mais é viver sem a Mel.
E o amor se expande. E o amor nos expande. Se a gente aprende a amar um cão - eu descubro - aprende a amar todos! A gente cruza nas ruas com os donos de cães a passear com eles, a gente pára nos semáforos e vê cães no carro ao lado e, nos dois momentos, se sente acompanhada! Como se pertencessemos a um "grupo especial" de pessoas - os adotados pelos cães, os "donos com cão"...
E a gente um dia descobre que, se tem um cão, pode ter outro! Como com os filhos... A experiência de ter um filho é tão boa que a gente quer repetir... Sabe que dará trabalho no começo, que talvez "pinte ciúmes", que será preciso carinho em dobro para atender, ao mesmo tempo, o mais velho e o recém-chegado... Mas a gente sabe também que o amor é capaz de qualquer coisa, e cresce sem parar, basta encontrar motivos...
A Mel está prestes a dividir seu lar com uma filhota de Golden Retriever, que já está na barriga de sua mamãe-cachorra, e que virá para os braços de sua mamãe-humana em dezembro deste ano. Moro em um apartamento não muito grande, mas num confortável condomínio à beira-mar [e quem conhece Floripa sabe a beleza que é morar à beira-mar deste mar!]. Mas é um apartamento inadequado, pelo seu tamanho e pelo seu piso [piso liso] para um cão com o porte e as características do Golden Retriever. Então, o apartamento está à venda para que eu possa comprar uma casa, numa região menos valorizada da cidade, mas com espaço suficiente para minha "família" canina ser feliz.
Alguns chamam-me louca. Mudar-me por causa de um cão? Abrir mão de status e conforto por causa de um cão?
A esses eu digo: fui, durante muito tempo, uma "dona sem cão". Talvez seja tão triste ou mais que ser um cão sem dono. Há partes da alma da gente que só conseguem paz em contato com a vida sem artifícios. E os cães dão-nos essa paz. A Pitty, a Mel e a Felicity [minha futura goldenretrieverzinha] ensinam-me isso todos os dias.
Não digam, porém, que meus animais têm sorte por "pertencerem" a uma humana tão amorosa. Na verdade, a sorte é minha. A alma que melhorou, que encontrou paz, é a minha. A tolerância ante a vida, a paciência, a aceitação da realidade, foram atributos que estas cadelinhas acrescentaram a mim, cada uma a seu jeito. Sorte tenho eu de ter aprendido a captar e retribuir os afetos que estão disponíveis para todos, mas que não muitos são capazes de perceber.
Então, quando leio, na Internet, o oferecimento de cães para adoção e nos motivos aparecem alegações do tipo: "Mudei para um apartamento." ou "Viagem." ou, ainda, "Não tenho espaço." eu me pergunto que tipo de coração têm pessoas assim... E lamento por essas pessoas porque, com os cães, estão abrindo mão de uma rara oportunidade de se tornarem - paradoxalmente - muito mais humanos.
Um cão é uma bênção, nunca um acessório. Um cão é um presente, nunca um fardo. Um cão é um privilégio, jamais um castigo.
Não sei como pude, durante tanto tempo, viver sem um, ser uma "dona sem cão"... Mas nunca é tarde demais [e nunca é cedo demais] para começar. Isso eu também aprendi!
Afetuosamente.
Mayra
Sim, mas aqui em casa, ja vasculhei umas fotos velhotas de alguns membros da familia de 2 patas e estão por aí. È que a família já andava a dizer que eu só me dava com os bichoscgtorres Escreveu:Pedra Escreveu: :p :p
E as fotos dos cachorreiros também são sempre as mesmas!
Dos cães, e... talvez lá no fundinho apareça uma cara de gente, mas só porque ia a passar na altura![]()
Isabel![]()
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Aqui no trabalho tenho fotos das cadelas em cachorras, em crescidas, da ninhada toda, no desktop do pc..enfim... o pessoal já me perguntou se eu tenho familia, ou namorado, amigos!!![]()
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Digamos, que estamos numa de 2 para gente, 8 para cão....

Isabel

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Acabei de ler este excerto e achei o máximo (e apropriado ao tema):
I've been involved with dogs for more than 40 years and have heard some great tales, but none will even come close to the famous Walter Goodman story of how he carried his champion Skye Terrier in his arms through the snow and into Madison Square Garden to avoid getting the dog's feet wet, yet left his mother behind to fend for herself. "I'm not showing my mother", he reasoned.
"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
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esta história também é válida para gatoeiros :p :p :p
passei uma noite inteira de natal a falar sobre gatos com uma amiga minha. conseguimos calar toda a gente.
só me dizem- coitada, é boa pessoa. só é pena aquele defeito. traz toda a
para casa. quando expliquei na altura, que só tinha 9 gatos enquanto os abandonados rondavam os 18 mil por ano.... o que significava ainda me faltarem muitos.... ficaram sem argumentos

passei uma noite inteira de natal a falar sobre gatos com uma amiga minha. conseguimos calar toda a gente.
só me dizem- coitada, é boa pessoa. só é pena aquele defeito. traz toda a




