MFLX Escreveu:
Obrigado. Acho que vou precisar. Já agora, deixo uma pergunta: Eu apenas as separei fisicamente. Ou seja, elas, embora não possam interagir de forma táctil, ainda se vêm, ouvem e cheiram. Esta separação será suficiente? Se o bloqueio de cio da submissa (que neste momento já não é tão submissa pois desafia a mãe através da vedação, coisa que nunca tinha feito quando estavam juntas) além de ser provocado pelos gestos de dominância da mãe, também for provocado pela acção de feromonas, não vou ter sucesso. Sabe alguma coisa sobre o assunto?
Em relação à gestão da matilha, foi extremamente pacífico até à separação das duas cadelas. A partir daqui, já deve conhecer a história.
Bom Miguel...
As minhas cadelas têm na maioria das vezes 2 cios por ano. Logo aumenta a probabilidade de terem pelo menos um cio completo no periodo anual.
Daquilo que tenho notado, a inibição de cios prende-se sobretudo com comportamento físico de dominancia entre cadelas que estão juntas. Quando separo cadelas, mesmo com contacto visual, os cios ocorrem normalmente. Algumas vezes mesmo têm ambas cios normais, só que a dominante afasta a submissa de qualquer contacto com machos.
No caso do CLC, não sei se a carga de feromonas, por si só, sem contacto físico, terá ou não uma influencia assim tão grande.
Sei que nas alcateias de lobos, os cios são muitas vezes induzidos por feromonas em femeas de hierarquia inferior pelo cio da femea alpha, com o intuito de potenciar pseudogestações para garantir leite à prole no caso de haver algum problema com a produção do mesmo por parte da progenitora. Mas também os cruzamentos são inibidos nestas femeas de hierarquia inferior, quer por via de feromonas, quer por via física ( mostra de dominância).
Há também variadas referencias a "incesto" por parte da femea alpha, que por vezes aceita ser fecundada por machos no topo seguinte da hierarquia quando o macho alpha está ausente, dando origem a ninhadas com mais de um pai, aumentando a variabilidade genética.
Isto para alcateias com muitos elementos e com aceitação de animais vindos de fora , porque a maioria resume-se a grupos familiares de pais e filhos por longos periodos (o que infelizmente se passa na maior parte da Europa onde a densidade de lobos é extremamente baixa).
Que dizem os experts do CLC?? Aqueles que estão na raça desde quase o inicio da mesma?
É que fazer um programa de criação baseado num único cio anual (pelo menos 99,9% das vezes) e ainda por cima ter que jogar com a hierarquia para que se tenha sucesso, não é pera doce...