O que eu quiz dizer com a responsabilidade é que quando se apresentam ás pessoas cães equilibrados, decerto elas não vão procurar aí cães para determinados fins. Ou seja há a tendencia de "comer com os olhos", e quando determinado tipo de pessoas vê cães "terríveis", é descendencia desses que quer.casadiscaes Escreveu: A responsabilidade e potencialidade de perigo cabem ao dono, o dono é que vive com o animal todos os dias, é que sabe quais são os estímulos que levam o cão a brincar, a pedir festas, ou a ser agressivo.
Muitas vezes, ou melhor, na maior parte dos casos, é o dono que se recusa a ver e a corrigir comportamentos - "que giro, o bobi tão pequenino já sabe que o sofá é dele e nem deixa a aninhas chegar perto" ou "ele já mordeu toda a gente, mas é tão fofinho que não temos coragem de o castigar" ou "só o papá é que treina a lassie que é para ser uma boa guarda"... a lista de asneiras é infindável, e infelizmente, verdadeira.
Como criador é a minha responsabilidade entregar ao novo dono (estou sempre a rezar para não o entregar a um "animal" pois quem vê caras não vê corações) um animal com o carácter mais típico possível, depois o mais correcto morfológicamente possível. Se detecto na ninhada, que fica com a mãe até aos dois meses, algum animal com maior potêncial dominante, o dono é avisado para o facto, e quais os cuidados que deve ter para controlar e educar o novo membro da familia, e estou à disposição 24h por dia para ajudar. Até hoje só me arrependí uma vêz, e, nitidamente, por culpa do dono.
Gostava de deixar bem claro que considero o problema dos Pits e outros infelizes em zonas periféricas (retratadas nas diversas reportagens) um problema que tem de ser resolvido através de iniciativas que envolvam as assistentes sociais e outras estruturas de apoio que há em todas as autarquias. Não considero que meios repressivos venham a ter qualquer resultado... porque não o tiveram em mais nenhum lado do mundo. A questão é cultural (ou uma aculturação, se preferirem) pelo que tem de ser resolvida por uma intervenção positiva e pedagógica. O Pit é, nessas zonas, símbolo de status, pelo seu aspecto e pelos combates que ganha - e se em vês dos combates forem competições de arrastamento de peso ou hanging dog (competição em que se vê qual é o cão que consegue ficar pendurado mais tempo só por força dos maxilares)? tem havido muito bons resultados em experiências que foram feitas noutros países com esta política... por via legislativa só vai afectar quem acredita, cumpre e respeita a lei, que acaba por ser privado dos seus direitos.
Provávelmente valia a pena pensar nisto...
Gonçalo
Concordará comigo que um criador que apresenta ás pessoas cães desse tipo, será no minimo irresponsável. Já vi exemplares de raças "não perigosas

A responsabilidade de um criador tambem passa por limpar a imagem de certas raças.
Quanto ás asneiras feitas por alguns novos proprietários, eu que o diga...
Saudações!!
