Como alguns de vocês sabem, depois de ter lançado, no dia 19 de Dezembro, um apelo para o gato Francisco (um adulto muito meigo que estava na rua), apareceu uma pessoa em Leiria disposta a ficar com ele. Arranjou-se uma FAT aqui em Gaia, felizmente. Assim sendo, logo no dia seguinte capturei-o e mandei-o para castrar.
Na clínica veterinária o Francisco mostrou-se um gato extremamente dócil, mas muito assustado. Tentava fugir quando lhe abriam a jaula e tinha medo da vassoura... Na passada terça-feira, dia 23, a FAT foi buscá-lo. As notícias que tenho não são muito boas, por isso agradecia se alguém me pudesse ajudar.
Na sexta-feira soube que o Francisco não comia há dois dias. Parece que no dia 24 se mostrou extremamente meigo e até "melga". Não largava a FAT. Durante esse dia foi mantido isolado.
No dia seguinte já não comia e a FAT decidiu apresentá-lo aos outros gatos da casa. O Francisco não saiu da jaula durante pelo menos dia 25 e 26...
No dia 26, quando tive conhecimento desta situação, falei com duas pessoas que têm muita experiência com gatos. Uma disse que isto era normalíssimo, que não devíamos forçá-lo a sair da jaula nem a comer, porque até tem um em casa que só vai comer de noite. A pessa até acrescentou: "À fome ele não morre!". Mas outra assustou-me um bocado, porque disse-me que já tinha tido gatos de rua que não se adaptaram a estar "presos" e tiveram de ser postos de novo em liberdade

Hoje soube que a FAT levou o Francisco a outro veterinário e que este achou prudente por o Francisco a antidepressivos, uma vez que ele não come nem bebe!
Sei que temos de lhe dar tempo para se adaptar. O Francisco foi tirado da rua, esteve numa clínica, depois foi para uma casa onde há mais animais... e o que me preocupa é que daqui a uns dias vai sofrer mais uma mudança, pois vai para a dona definitiva.
Gostava de saber se alguém já passou por algo assim. Os felinos recuperaram? Ou tiveram de os deixar de novo no local onde foram encontrados?
Sei que é muito cedo para perder a esperança, mas estou aterrada com a possibilidade de ele não se adaptar e eu ter de o por no sítio onde ele estava, onde era enxotado, perseguido por cães e sujeito a ser atropelado.
Aceito conselhos e partilha de experiências...
Obrigada.
Ana Castro
934622089