Vegetarianismo

Histórias, sugestões e opiniões sobre a temática dos direitos animais em Portugal e no mundo...

Moderador: mcerqueira

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mad_zzzb
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quarta dez 31, 2008 1:26 am

TheGreatDane Escreveu:Nesse caso o que é para si o direito deles.Deixar vacas porcos e galinhs à solta ?
Declaração Universal dos Direitos do Animal
http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/declara ... animal/319

Breves citações

"Artigo 1º
I - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º
I - Todo o animal tem o direito a ser respeitado.

II - O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.

...

Artigo 4º
I - Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.

...

Artigo 9º

I - Quando o animal é criado para alimentação, ele deve ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que isso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

...

Artigo 11º

I - Todo o acto que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é, um crime contra a vida.

Artigo 12º

I - Todo o acto que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

..."

O artigo 1º já foi às urtigas ao distinguirmos veementemente animais de companhia, animais selvagens e animais de consumo.

Ora na verdade as vacas, galinhas, porcos, perus, etc... são animais selvagens que nós humanos colocámos sob o nosso jugo. Como já disse anteriormente se forem largados num território reservado para si rapidamente adquirem os hábitos selvagens. Não irão proliferar em tão grande número, mas seria necessária a introdução de alguns predadores naturais (que temos vindo a exterminar) para atingir um ecossistema equilibrado. Tal como fazemos com os outros animais selvagens podemos estabelecer reservas para a sua existência, e ainda sobravam terras!

Se reconhcermos isto então a classificação destes animais como selvagens leva-nos à violação actual do Artigo 4º para estas espécies.

Não me choca também ter porcos, galinhas e perus como animal doméstico desde que não seja para os matar deliberadamente. Muitas quintas pedagógicas têm-nos à solta e não os utilizam para alimentação.

Por outro lado se reconhecermos que realmente não é necessário comer animais para sobreviver então os artigos 11º e 12º, e por arrasto o artigo 2º, têm aplicação para quem se alimenta de animais!?

Mas então que raio de declaração universal dos direitos dos animais é esta que mete tanto em cheque quem pratica e defende uma alimentação omnívora? Será mais uma razão para aderir ao vegetarianismo? Uma maior conformidade com esta declaração? Pergunto-me como terá sido promulgado assim sem contestação!
Native
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quarta dez 31, 2008 10:06 am

Não sei até que ponto os nossos animais de consumo têm algumas parecenças com os seus antepassados selvagens...estou a ver por exemplo frangainhos brancos que se confundem com a vegetação para não chamar a atenção dos predadores ou porcos cor de rosa sem pêlo e sem presas de defesa....deviam safar-se sim

Relembre-me que animal escreveu, Declaração Universal dos Direitos do Animal 8)
"<strong>Aquele que te entret&eacute;m com os defeitos dos outros, entret&eacute;m os outros com os teus.</strong>"
( Denis Diderot )

http://www.almargem.org/
http://www.viaalgarviana.org/
http://www.youtube.com/watch?v=0Y8hQBdJaVo
TheGreatDane
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quarta dez 31, 2008 10:08 am

O sr esqueceu-se destes artigos que também constam da declaração dos direitos do animal, a declaração não pode ser vista em parte mas somente num todo sob pena de não se perceber o que ela refere...

Com eles juntos vemos que a declaração respeita e defende as pessoas com opções ominoras, vegetarianas e vegans e não mete em xeque a opção omnivora... 8)

(...)
Artigo 3º

1 - Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
2 - Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

(...)

Artigo 5º

Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
1 - Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º

Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
1 - O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.

Artigo 7º

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8º

A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
1 - As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

(...)
Artigo 10º

Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.
1 - As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.



Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Car&iacute;ssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, in perpetuum.
PauloC1
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quarta dez 31, 2008 10:10 am

Bom, então vamos lá a esclarecer uma coisa, em termos pessoais, é claro! Eu não sou nenhum defensor dos direitos dos animais, e já agora também não sou defensor dos direitos humanos. Limito-me a fazer aquilo que EU considero ser a minha parte, de acordo com regras de bom senso, sem extremismos exacerbados e sem hipocrisias. Trato bem os meus animais, e procuro dar-lhes todo o conforto que estiver ao meu alcance. Á parte disso, não maltrato os animais com que me cruzo durante a minha vida....e ponto final. Gosto de carne, gosto de peixe, mas como-os moderadamente e sem exageros. Mas não faço isso porque tenha pena das galinhas, dos porcos, das vacas ou das pescadas que morrem 'por minha causa'! Faço isso porque acho que a minha dieta é suficiente para me alimentar e para satisfazer as minhas necessidades (seja as alimentares, seja as "gustativas"). Isso impede-me de ser considerado um 'defensor dos direitos dos animais'? Olha, paciência! Não vou mudar a minha conduta e nem a minha postura na vida por causa disso!
Quanto aos argumentos, já aqui falados, das condições em que os animais são mantidos, às condições de abate, etc., não me parecem argumentos para enverdade pelo vegetarianismo! Quando muito serão argumentos para enverdar para que todas as explorações e matadouros, respeitem as condições e a legislação estabelecida no que se refere a manutenção e abate de animais! Para esse 'peditório' ainda são capazes de me convencer a dar, agora para o de vegetarianismo, não me parece!
Desde logo porque, havendo bom senso, e regras alimentares bem definidas e respeitadas, parece-me como ser humano, bem mais fácil fazer uma boa dieta omivora do que uma boa dieta vegetariana (sem suplementos). Simplesmete porque PARA MIM (e para uma serie de cientistas sem serem os dos estudos que se lêm em sites vegetarianos) nós somos um animal Omnivoro e não um animal vegetariano. E se temos o cerebro que temos, que nos permite tomar tantas decisões, foi graças aos nossos antepassados mais derreados terem comido cada vez mais carninha!
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franxdaniele
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quarta dez 31, 2008 10:23 am

Artigo 3º

1 - Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a actos cruéis.
2 - Se for necessário matar um animal, ele deve ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.
Se for necessário...
Artigo 5º

Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
1 - Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.
As explorações pecuárias, os circos, as pisciculturas, etc., violam este artigo.
Artigo 6º

Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme à sua longevidade natural.
1 - O abandono de um animal é um acto cruel e degradante.
As entidades e os indivíduos que abatem animais e as entidades e os indivíduos que abandonam animais violam este artigo.
Artigo 7º

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.
Aqui seria importante definir "razoável".
Artigo 8º

A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
1 - As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.
Para este artigo ser respeitado quase toda a experimentação animal tem que ser abolida.
Artigo 10º

Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem.
1 - As exibições de animais e os espectáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.
Têm que ser abolidas as touradas, as lutas entre animais, os circos, os rodeos, etc..
http://www.campagneperglianimali.org/ga ... deshow.php

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quarta dez 31, 2008 10:43 am

mad_zzzb Escreveu:Ora na verdade as vacas, galinhas, porcos, perus, etc... são animais selvagens que nós humanos colocámos sob o nosso jugo. Como já disse anteriormente se forem largados num território reservado para si rapidamente adquirem os hábitos selvagens. Não irão proliferar em tão grande número, mas seria necessária a introdução de alguns predadores naturais (que temos vindo a exterminar) para atingir um ecossistema equilibrado.
Não penso que os animais domesticados devam ser libertados no meio selvagem, por vários motivos.

Por um lado, como o Native referiu, não têm meios que lhes permitam sobreviver: por exemplo, um peru selvagem é um animal bastante ágil, capaz de um vôo rápido, ao passo que um peru domesticado é um animal lento e mais pesado. Por outro lado, mesmo que assim não fosse, uma vez que o peru é um animal nativo da América do Norte, não teria lugar no nosso ecossistema.

Se libertássemos muitos animais domesticados na natureza, os predadores banquetear-se-iam à grande durante um curto período de tempo e reproduzir-se-iam em maiores números, e quando já não tivessem mais animais domesticados para se alimentarem seriam predadores a mais.
http://www.campagneperglianimali.org/ga ... deshow.php

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quarta dez 31, 2008 11:03 am

Nem mais Paulo- :lol:
Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Car&iacute;ssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, in perpetuum.
mad_zzzb
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quarta dez 31, 2008 12:59 pm

franxdaniele Escreveu: Não penso que os animais domesticados devam ser libertados no meio selvagem, por vários motivos.

Por um lado, como o Native referiu, não têm meios que lhes permitam sobreviver: por exemplo, um peru selvagem é um animal bastante ágil, capaz de um vôo rápido, ao passo que um peru domesticado é um animal lento e mais pesado. Por outro lado, mesmo que assim não fosse, uma vez que o peru é um animal nativo da América do Norte, não teria lugar no nosso ecossistema.

Se libertássemos muitos animais domesticados na natureza, os predadores banquetear-se-iam à grande durante um curto período de tempo e reproduzir-se-iam em maiores números, e quando já não tivessem mais animais domesticados para se alimentarem seriam predadores a mais.
Mas a transição não poderia ser imediata e poderiam existir programas de re-adaptação à vida selvagem. Tal como se faz com animais que vivem em cativeiro x anos e depois são devolvidos à natureza. Há muitos programas desse tipo a nível nacional para as espécies que não são consideradas domésticas.

Com um programa controlado por biólogos não estou a ver qualquer tipo de entrave nem impossibilidade. E sim, talvez as espécies não nativas de um local não devessem ser aí introduzidas.

Mudar num dia D seria absurdo. Teria de ser com uma agenda bem planeada.
TitvsLivivs
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quarta dez 31, 2008 1:23 pm

mad_zzzb Escreveu: Já teve um hamster? São muito felizes a fazer exercício na rodinha dentro da jaula, a viver naquele espaço diminuto. Até ao dia em que voçê por pena se lembra de o soltar por instantes para ele ver como é o mundo e interagir com a família. Sabe o que acontece a partir desse dia? O hamster passa a viver a roer as grades na esperança de alcançar a liberdade que desconhecia e lhe deram a provar.
.

Isto é humanização. O hamster não passa de um dia para o outro com desejo de fugir porque "soube" um dia o que era estar à solta. Há um tempo uma canário meu escapou-se-me e ainda voo bastante pelo campo antes de eu o conseguir apanhar. Depois disso não começou maluco a atirar-se contra as grades para escapar.
Isto não quer dizer que eles (os animais) não tenham instintos, mais ou menos reprimidos, que os façam escapar quando podem, mas já nascem com eles, podem é ser estimulados quando postos sob condições que os obriguem a "acordar", mas assim que saem dessas condições, os instintos, em animais domésticos, voltam a adormecer. Ora, já isto «É como se passasse de feliz a enraivecido por todo o engodo que viveu» acho que é humanização pura e crua.
Se você deixar sair à rua um gato que vive em casa, ele depois ficará para o resto da sua vida a arranhar a janela e a pensar: "Oh Meu Deus, o que eu tenho perdido"? Não me parece. :wink:




mad_zzzb Escreveu: Viver condicionado não é para mim viver com dignidade. A grande maioria dos animais em explorações vivem muito condicionados.
Toda a existência implica condicionamento e a conformidade a esse condicionamento chama-se adaptação.




mad_zzzb Escreveu:E um abate sem dôr nem stress também dificilmente será conseguido. Mesmo que hipoteticamente um animal seja muito bem tratado, em condições paradísiacas, haverá sempre o momento da chamada à realidade em que há uma explosão de stress e nervosismos associados ao trajecto forçado para o local de abate e/ou o tempo de espera na fila para o abate. Essas poucas horas de caminho para o fim para o qual foram criados deitam por terra toda a vivência até ali na óptica do animal.

Um animal sentirá sempre dor ou desconforto em algum momento da sua vida - é o que o distingue de uma pedra ou de um irlandês numa adega. Não vejo portanto como se quer acabar totalmente com algo que é intrínseco à vida e que fá-la existir.




mad_zzzb Escreveu:Há muitos vídeos e reportagens sobre as reais condições de abate na maioria dos locais para o efeito.
Não preciso, ainda não fazia contas de dividir e já tinha visto animais a serem mortos das mais variadas formas, algumas delas que não esquecerei enquanto for vivo.
E já agora tenha cuidado que alguns desses vídeos que por aí circulam são tendenciosos.




mad_zzzb Escreveu:Muitos estudos dão aos cães e aos porcos um nível de percepção do mundo equivalente ao de uma criança de 3 anos. Claro que a criança de 3 anos tem o potencial de se transformal num adulto (adorável ou execrável consoante a vivência e/ou circunstâncias da vida)Mas focando-nos no cão e porco temos ali 2 seres que durante a sua vida têm uma equivalência em termos de inteligência, sensibilidade e manifestação de emoções equivalente a uma criança de 3 anos.
E? Se a tentativa é de quando olharmos para uma criança de três anos a brincar sentirmos remorsos de comermos porco, não resulta, pelo menos comigo.
Eu quando olho para a Cinha Jardim também não sinto pena dos primatas que os índios da Amazónia comem. (brincadeira) :wink:




mad_zzzb Escreveu:Em temos metafísicos, a essência de um porco, cão e um humano de 3 anos seria muito similar. Tipo muda o embrulho mas o conteúdo é o mesmo (exagerando, claro).
Não. As essência de um cão, porco, diferem entre si (se não diferissem eram o mesmo). E a haver intersecção de propriedades entre estas diferentes essências será apenas nas propriedades que partilham, como: mamífero, cognição similar num determinado momento, etc. Ou seja, não têm a mesma essência, mas apenas propriedades que lhes são comuns.
A partilha de propriedades não torna duas essências diferentes, na mesma: um corvo e um chamariz têm propriedades em comum (ex:bico) mas não são a mesma essência.




mad_zzzb Escreveu: Eu não quero garantir boas condições de vida e uma determinada forma de morte. Quero respeitar ao máximo a vida em si.
O típico preconceito em relação à morte.
O respeitar ao máximo a vida é necessariamente o contrário de não matar?
mad_zzzb
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quarta dez 31, 2008 1:24 pm

PauloC1 Escreveu:Bom, então vamos lá a esclarecer uma coisa, em termos pessoais, é claro! Eu não sou nenhum defensor dos direitos dos animais, e já agora também não sou defensor dos direitos humanos.
É então é o quê? Um defensor dos seus direitos? Mas se não é defensor dos direitos dos animais porque participa activamente num tópico sobre esse tema? Está a ponderar passar a ser ou tentar convencer outros que o deixem de ser?

PauloC1 Escreveu:Limito-me a fazer aquilo que EU considero ser a minha parte, de acordo com regras de bom senso, sem extremismos exacerbados e sem hipocrisias. Trato bem os meus animais, e procuro dar-lhes todo o conforto que estiver ao meu alcance. Á parte disso, não maltrato os animais com que me cruzo durante a minha vida....e ponto final. Gosto de carne, gosto de peixe, mas como-os moderadamente e sem exageros. Mas não faço isso porque tenha pena das galinhas, dos porcos, das vacas ou das pescadas que morrem 'por minha causa'! Faço isso porque acho que a minha dieta é suficiente para me alimentar e para satisfazer as minhas necessidades (seja as alimentares, seja as "gustativas"). Isso impede-me de ser considerado um 'defensor dos direitos dos animais'? Olha, paciência! Não vou mudar a minha conduta e nem a minha postura na vida por causa disso!
Quanto aos argumentos, já aqui falados, das condições em que os animais são mantidos, às condições de abate, etc., não me parecem argumentos para enverdade pelo vegetarianismo! Quando muito serão argumentos para enverdar para que todas as explorações e matadouros, respeitem as condições e a legislação estabelecida no que se refere a manutenção e abate de animais! Para esse 'peditório' ainda são capazes de me convencer a dar, agora para o de vegetarianismo, não me parece!
Ok, respeito-o pela frontalidade com que assume a sua posição. Tem o conhecimento de causa e efeito e toma uma postura em consciência. A mais não é obrigado!

PauloC1 Escreveu:Desde logo porque, havendo bom senso, e regras alimentares bem definidas e respeitadas, parece-me como ser humano, bem mais fácil fazer uma boa dieta omivora do que uma boa dieta vegetariana (sem suplementos). Simplesmete porque PARA MIM (e para uma serie de cientistas sem serem os dos estudos que se lêm em sites vegetarianos) nós somos um animal Omnivoro e não um animal vegetariano. E se temos o cerebro que temos, que nos permite tomar tantas decisões, foi graças aos nossos antepassados mais derreados terem comido cada vez mais carninha!
Confia na isenção da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO)? Se sim então pesquise isto no Google

vegetarian site:www.fao.org

e verá vários artigos dessa organização onde apresentam os benefícios da dieta vegetariana vs dieta omnívora.

E pode também aí encontrar links para estudos como

Position of The American Dietetic Association: vegetarian diets: technical support paper
http://www.fao.org/agris/search/display ... ;US8855785
"...that it is the ADA's position that vegetarian diets are healthful and nutritionally adequate when appropriately planned..."

The vegetarian way: total health for you and your family
http://www.fao.org/agris/search/display ... ;US9620788
"...Contains current scientific findings on vegetarian nutrition, including ways to ensure that one is meeting requirements for protein, calcium, iron, etc..."


Claro que os maiores ecos vêms dos sites pró-vegetarianos o que não quer dizer que sejam mentira. Económicamente a alteração massiva da dieta da população humana teria efeitos tão revolucionários como a adesão em massa a energias alternativas eco-sustentáveis. E se todos reconhecem que o lobby do petróleo conseguiu adiar essa revolução energética acho que também não será descabido considerar a existência de um lobby do comércio de animais para consumo e o poder que têm na retenção de informação ao público.
Gest&atilde;o Gratuita de Associa&ccedil;&otilde;es Zo&oacute;filas - http://www.portugalzoofilo.net/backoffice/
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Procura Casa? -&nbsp; http://www.casas.com.pt
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quarta dez 31, 2008 1:30 pm

franxdaniele Escreveu:
Não penso que os animais domesticados devam ser libertados no meio selvagem, por vários motivos.

Por um lado, como o Native referiu, não têm meios que lhes permitam sobreviver: por exemplo, um peru selvagem é um animal bastante ágil, capaz de um vôo rápido, ao passo que um peru domesticado é um animal lento e mais pesado. Por outro lado, mesmo que assim não fosse, uma vez que o peru é um animal nativo da América do Norte, não teria lugar no nosso ecossistema.

Se libertássemos muitos animais domesticados na natureza, os predadores banquetear-se-iam à grande durante um curto período de tempo e reproduzir-se-iam em maiores números, e quando já não tivessem mais animais domesticados para se alimentarem seriam predadores a mais.

Finalmente alguma lucidez!
mad_zzzb
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quarta dez 31, 2008 1:36 pm

TitvsLivivs Escreveu:
mad_zzzb Escreveu: Eu não quero garantir boas condições de vida e uma determinada forma de morte. Quero respeitar ao máximo a vida em si.
O típico preconceito em relação à morte.
O respeitar ao máximo a vida é necessariamente o contrário de não matar?
Não tenho preconceito em relação à morte apenas acho que não deve ser gratuita.

Respeitar a vida é o oposto de matar por causas supérfluas.
Não preciso de o comer, logo não preciso de o matar.

Voçê não precisa de o comer, gosta de o comer, logo mata-o ou paga a quem o mate, para o saborear.

Para mim isso não é respeito pelo animal abatido, para si será.
O animal não vive para me servir. Nem me quero colocar na posição de seu Criador a quem deve o nascimento, a vida e a morte. A doutrina que querem associar a um animal de consumo é "Se eu não te quisesse comer tu não existias. Por isso aproveita o tempo que te deixo viver e fica-me agradecido. Prometo que não sofrerás enquanto viveres."

Isso é respeito?
mad_zzzb
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quarta dez 31, 2008 1:41 pm

TitvsLivivs Escreveu:
franxdaniele Escreveu:
Não penso que os animais domesticados devam ser libertados no meio selvagem, por vários motivos.

Por um lado, como o Native referiu, não têm meios que lhes permitam sobreviver: por exemplo, um peru selvagem é um animal bastante ágil, capaz de um vôo rápido, ao passo que um peru domesticado é um animal lento e mais pesado. Por outro lado, mesmo que assim não fosse, uma vez que o peru é um animal nativo da América do Norte, não teria lugar no nosso ecossistema.

Se libertássemos muitos animais domesticados na natureza, os predadores banquetear-se-iam à grande durante um curto período de tempo e reproduzir-se-iam em maiores números, e quando já não tivessem mais animais domesticados para se alimentarem seriam predadores a mais.

Finalmente alguma lucidez!
O ajuste foi feito mais acima mas como o tópico está a rolar rápido deve ter-lhe passado.
TitvsLivivs
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quarta dez 31, 2008 1:56 pm

mad_zzzb Escreveu:
Respeitar a vida é o oposto de matar por causas supérfluas.
Não preciso de o comer, logo não preciso de o matar.
Para mim matar por causas supérfluas é matar para produzir peles. Para si, causas supérfluas é matar para usar peles e comer. Já para quem usa peles, nem matar para comer, nem para peles são causas supérfluas. Isto é subjectivo e daqui não saímos.



mad_zzzb Escreveu: Para mim isso não é respeito pelo animal abatido, para si será.
O animal não vive para me servir. Nem me quero colocar na posição de seu Criador a quem deve o nascimento, a vida e a morte. A doutrina que querem associar a um animal de consumo é "Se eu não te quisesse comer tu não existias. Por isso aproveita o tempo que te deixo viver e fica-me agradecido. Prometo que não sofrerás enquanto viveres."

Os animais domésticos, doa a quem e o que doer, existem para nos servir. Podem ter funções variadas, mas todos sem excepção têm como razão o serem domésticos para nos servirmos das utilidades que nos oferecem. Seja caça, companhia, guarda, carne, pele, pêlo, ovos, etc...
Se acha que os animais domésticos não existem para nos servir, então na sua óptica deveriam desaparecer, certo?


mad_zzzb Escreveu:Isso é respeito?
Desrespeito é pensar que os animais são pessoas e tratá-los como tal. Isso sim não é respeito, nem para as pessoas, nem para os animais.
PauloC1
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quarta dez 31, 2008 1:57 pm

É então é o quê? Um defensor dos seus direitos? Mas se não é defensor dos direitos dos animais porque participa activamente num tópico sobre esse tema? Está a ponderar passar a ser ou tentar convencer outros que o deixem de ser?
Que eu tenha reparado, a participação neste forum não está dependente da exibição de 'cartão de membro' de uma oranização de defesa dos direitos dos animais ;) E nem a discussao de um tema implica necessariamente uma posição 'a favor' ou 'contra' .....adiante.
Quanto ao resto, eu não discuto que uma dieta vegetariana, se bem balanceada e conciente, possa ser optima. O que não acredito é que uma dieta omnivora equivalente, seja pior!!
Quanto aos argumentos da defesa dos animais, que defesa é essa que passa pela extinção ? Ok, os animais domésticos deixam de sofrer...mas deixam de sofrer simplesmente porque deixam de existir!
E já agora agradecia que não abusassem dos maus exemplos para fazer valer os vossos pontos de vista, porque também é possível comer carne sem o 'sofrimento atroz' da criação intensiva e dos abates sádicos e macabros dos filmes encomendados da PETA! Por isso não é comer carne que faz mal aos animais, é a má conduta e as más práticas das pessoas.
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