Cá em casa os meninos também têm todos comportamentos diferentes. Não é para me gabar mas para eles sou a " number one ", penso que por passar mais tempo com eles, os mimar mais, brincar e dar-lhes a paparoca.
Todos são diferentes:
A Pitinha ( a minha estrelinha ), era uma gatinha super meiga comigo, era o meu bébé. Quando eu me sentava, ela saltava para o meu colo e aninhava-se como um bébé quando está a mamar, ficava assim e a ronronar o tempo que eu a deixásse ficar. Dava-me muitos beijinhos na face, parecia que não se cansava.
Era muito elegante a andar, passava no meio de objectos sem deitar nada abaixo, nunca arranhou nada. Quando a Diana chegou ficaram amigas brincavam e dormiam juntinhas. vinham as duas para o meu colo.
Com a chegada do Lourenço, ela e a Diana começaram-se a desentender por ciumes, havia algumas vezes em que não se queria vir juntar a nós no quarto (com receio da Diana), ficáva na cozinha onde também tinha uma caminha. Quando eu me afastava, vinha para o corredor chamar-me, mal me via dava um enorme salto no ar e voltava para a cozinha a pedir colinho.
Com os outros elementos da casa, não era uma gata fácil, deixava que lhe fizessem duas festas, à terceira batia o rabito e levantava a patinha, à quarta dava mesmo patada, acompanhada de um valente rrrrrr....
Com algumas visitas, nem deixava fazer a primeira festinha, começava logo a avisar com o rabo....e a mostrar os dentes...
Embora fosse uma gatinha pretinha, não gostava de pessoas de raça negra, nunca entendi porquê, ela veio bébé para minha casa, não sei se foi algum trauma...
Depois da recuperação da última cirurgia, não voltou a dormir fora do nosso quarto, dormia na cama ao lado da minha almofada, parece que foi um presentimento que não teria muito mais tempo para estar ali. Quando a Diana se metia com ela, para tentar afastá-la ela começou a responder-lhe também com umas valentes patadas, em vez de fugir como fazia antes.....o relacionamento com as outras pessoas ficou igual...esta gatinha foi e será sempre a minha gatinha....
A Diana veio muito pequenina, tinha só cinco semanas, era gatinha de rua, talvez por isso já vinha espevitadinha. Sempre demonstrou que teria que ser ela a mandar.... a dona eleita fui também eu, duas ao colo até cabiam bem, ou em cima de mim quando estava deitada, a Diana tinha que ficar sempre à frente da outra.
Esta gatinha desde bébé que é uma ronronadora. É muito meiga, adora dar cabeçadinhas, dorme debaixo da roupa aconchegadinha nas minhas pernas e barriga. Sempre que pode está ao meu colo, se me deito lá está ela empoleirada em cima de mim. Quando não me tem disponível, não tem qualquer problema em arranjar outro colinho e dar cabeçadinhas é a gata mais mimalhas que já vi. Se deixarmos dorme também uma sestinha ao pé da minha mãe, o que ela gosta mesmo é de companhia. Quando vou de férias e ela fica em casa já sei que no meu regresso tenho uma Diana zangada. Não me liga nenhuma importância à chegada, no dia seguinte lá se vai aproximando e então é um matar de saudades e fazer queixinhas...
Quando está zangada é uma autêntica fera, ou seja quando lhe tento cortar as unhas ou quando vai ao vet.
A Diana aceitou muito bem o Lourenço que era bébé, passou a lambe-lo e a dormir juntinho com ele, como se fosse sua mãe. Se ouvisse um ai do Lourenço corria logo atrás da Pitinha como se ela fosse culpada, penso que foi isso que as foi afastando.
O Lourenço também desde bébé que não se mete em confusões. Dava-se bem com ambas as meninas. Tem um feitio muito calmo e sabe muito bem como conseguir o que quer de nós, quer seja uma porta aberta (ele detesta portas fechadas), como uma latinha ou simplesmente uma festa.
Não gosta de deixar mal nenhum de nós. Se eu me vou deitar antes do meu marido ele vem comigo para a cama, fica lá algum tempo aconchegadinho a mim...depois sorrateirinho lá vai ele direitinho à sala ter com o dono e aninhar-se ao colo dele....quando o dono se vai deitar ele deita-se ao lado dele com a cabecinha na almofada do dono e a ronronar de consoladinho....o mau feitio vai só para o deixar cortar as unhas e para quando vai ao Vet .....tirando os sofás que estão quase um passador, apesar de sempre ter tido arranhadores ao dispor dele....
O Ulisses, é um gatinho carente, também para um gatinho abandonado o que é que se pode esperar...chucha nas mantinhas...no meu dedo...é meiguinho....gosta de colinho, deixa-me cortar as unhitas sem reclamar...é bonzinho a tomar os medicamentos, calminho no Vet...deixa que qualquer pessoa lhe pegue ao colo...gosta de ir para o colo do dono, deixa que este lhe faça festas e até lhe dá a barriguinha....mas em casa a companhia ideal dele para brincadeiras é o Dinis, para mimo a Eva (cadela). Tem ciumes se vê a Diana comigo e isso fez com que levassem quase um ano a entender-se e de vez em quando ainda se zangam...
O Dinis parece a minha sombra anda sempre atrás de mim...talvez considere que sou a mãmã dele...fui a mãe que ele não teve...é um gatinho muito meigo e brincalhão como qualquer gatinho bébé....um grande traquina....adora dormir no espaço entre as nossas almofadas, mas sempre viradinho para mim e se acordado a fazer traquinices no meu cabelo...não tenho duvidas que também sou a doninha numero 1 para ele.
Estamos a falar de gatos, mas custa-me deixar aqui a minha "cadelota" sem uma palavra. É uma cadela irreverente( estou a tentar educá-la), mas muito meiga...Sou eu que a acompanho mais, ela mesmo tendo mais pessoas em casa, anda sempre atrás de mim....sou eu quem lhe dá mais mimo, a comidinha e também os ralhetes...mas acho que ela me considera a dona principal, no essencial respeita-me e já é a minha amiga...
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! Isto começou a ser notório logo desde pequenina. É uma gata algo arisca com a generalidade das pessoas e comigo, embora também o seja às vezes, tem efectivamente uma relação diferente do que com as outras pessoas que moram comigo, permitindo-me coisas que não permite a mais ninguém.
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! E lá está, como ela não tem alguém que considere como seu dono torna-se difícil impôr-lhe algum respeito. Com isto não quero dizer que faça o quer e lhe apetece, mas se muitas vezes ela compreende o "não" ou até uma palmada, outras tantas vezes simplesmente ignora por completo 
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Todos me obedecem