Possuo uma cadela S Bernardo com 11 meses.
Aos seis meses, após exame de despiste, foi detectada displasia do quadril!
Um ortopedista do Minho quis operar de imediato!
Um ortopedista do Porto transmitiu-me que não aconselhava a operar enquanto a cadela não apresentasse sintomatologia!
Ambos classificaram o caso dela com um Grau E (o mais elevado em termos de gravidade)
Com um grau E não me parece que a idade, e o aumento de peso provável, ajudem em nada á boa resolução deste problema!
Acabei, por pena, uma vez que não apresentava qualquer sintoma, por não a operar!
Que opiniões têm sobre isto?
Displasia Quadril
Moderador: CostaLusa
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Castro,
Da minha experiência como criador de SB sugiro-lhe o seguinte
Em primeiro lugar (e não duvidando do seu veterinário), mostre o raio X a um vet especialista da raça. Em portugal não existem muitos, sugiro-lhe o Dr. Mário Santos no hospital Veterinário do Porto. Isto porque um erro comum de avaliação, é comparar as angulações de um cão de tamanho médio\pequeno a um São Bernardo, ou seja um determinado grau E (angulação X) num Labrador, pode equivaler a um grau D num São Bernardo. O clube Alemão do São Bernardo tem realizado muito trabalho nesta área propondo em conjunto com os seus veterinários uma escala diferente da padrão.
Em segundo lugar é verdade que um SB com grau E pode nunca ter sintomatologia. Exemplo disso são variadissimos cães campeões de alguns países europeus, com grau D e E. E para serem campeões necessitariam de apresentar um movimento excelente, logo sem sintomatologia aparente. Para além, e daquilo que tenho visto ao longo dos anos (apesar de nunca ter tido SB com displasia maior que B), muitos são os SB que vivem normalmente apesar de lhes ser diagnosticado displasia. É claro que muitos também começam ao longo do tempo a mostrar sinais, e aí sem dúvida devemos recorrer à cirurgia que em alguns casos se mostra algo tardia.
Eu sei que nesta altura estará mais confuso do que no início, mas penso que em primeiro lugar, deverá como disse no início, levar os raio X a um especialista. Este poderá aconselhar a melhor alternativa definitivamente melhor do que eu!
Sinceramente no seu lugar penso que faria exactamente o mesmo que fez.
Da minha experiência como criador de SB sugiro-lhe o seguinte
Em primeiro lugar (e não duvidando do seu veterinário), mostre o raio X a um vet especialista da raça. Em portugal não existem muitos, sugiro-lhe o Dr. Mário Santos no hospital Veterinário do Porto. Isto porque um erro comum de avaliação, é comparar as angulações de um cão de tamanho médio\pequeno a um São Bernardo, ou seja um determinado grau E (angulação X) num Labrador, pode equivaler a um grau D num São Bernardo. O clube Alemão do São Bernardo tem realizado muito trabalho nesta área propondo em conjunto com os seus veterinários uma escala diferente da padrão.
Em segundo lugar é verdade que um SB com grau E pode nunca ter sintomatologia. Exemplo disso são variadissimos cães campeões de alguns países europeus, com grau D e E. E para serem campeões necessitariam de apresentar um movimento excelente, logo sem sintomatologia aparente. Para além, e daquilo que tenho visto ao longo dos anos (apesar de nunca ter tido SB com displasia maior que B), muitos são os SB que vivem normalmente apesar de lhes ser diagnosticado displasia. É claro que muitos também começam ao longo do tempo a mostrar sinais, e aí sem dúvida devemos recorrer à cirurgia que em alguns casos se mostra algo tardia.
Eu sei que nesta altura estará mais confuso do que no início, mas penso que em primeiro lugar, deverá como disse no início, levar os raio X a um especialista. Este poderá aconselhar a melhor alternativa definitivamente melhor do que eu!
Sinceramente no seu lugar penso que faria exactamente o mesmo que fez.
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Só para acrescentar uma coisa. Quem é que sugeriu um exame aos 6 meses???????
O exame de displasia deverá ser realizado idealmente quando os cães estiverem totalmente formados, ou seja, no caso dos São Bernardos o ideal será por volta dos 2 anos. Fazem-se exames anteriormente quando o cão apresenta sintomatologia.
O exame de displasia deverá ser realizado idealmente quando os cães estiverem totalmente formados, ou seja, no caso dos São Bernardos o ideal será por volta dos 2 anos. Fazem-se exames anteriormente quando o cão apresenta sintomatologia.
Inicialmente, por iniciativa do médico veterinário aqui de Braga que assiste os meus cães, transmitiram-me que deveria fazer um exame de despiste aos seis meses! Assim fiz!
No seguimento das radiogradfias obtidas foi-me indicado um outro médico veterinário, também aqui do Minho, já com vários anos de experiência em operações do género! Após ver as radiografias foi de opinião imediata que deveria ser operada! Ficou até marcado o dia para a cirurgia.
A experiência tem-me dito (não obviamente o meu conhecimento técnico sobre o assunto que é zero) que quando falamos de diagnósticos e terapias médicas é de bom censo consultar mais do que um especialista!
Foi o que fiz e foi precisamente o Dr Mario Santos do Hospital Veterinário do Porto que me aconselhou a não operar!
Foi extremamente simpático e nem quis que lhe pagasse a consulta de que resultou o seu parecer ténico!
Na altura manifestei-lhe a preocupação que apresentei também aqui na mensagem anterior!
Não estaremos a adiar o inadiável? Até porque as soluções em termos de correcção cirurgica que hoje se podem realizar não serão as mesmas quando a cadela tiver 5 ou 6 anos, nem a conseguinte recuperação!
Também me foi transmitido que, por ex, no seguimento do aparecimento de artroses na articulação, a solução serão as próteses com muitas probabilidades de virem a ser rejeitadas! Os custos em termos monetários também são incomparavelmente superiores, mas nem é isso que está em causa!
O Dr Mario Santos concordou que o quadro futuro poderia ser o que apresentei mas, tal como o nosso moderador do fórum adiantou, também o Dr Mario me disse que pode nunca vir a sofrer deste problema!
Bom, acabei por seguir as indicações do Dr Mário e cancelei a operação! Mas, realmente fico bastante apreensivo quanto ao futuro dela!
Eu vi as radiografias obviamente e realmente é impressionante como é possível a cabeça do femur estar já tão fora do acetábulo!
Um abraço
No seguimento das radiogradfias obtidas foi-me indicado um outro médico veterinário, também aqui do Minho, já com vários anos de experiência em operações do género! Após ver as radiografias foi de opinião imediata que deveria ser operada! Ficou até marcado o dia para a cirurgia.
A experiência tem-me dito (não obviamente o meu conhecimento técnico sobre o assunto que é zero) que quando falamos de diagnósticos e terapias médicas é de bom censo consultar mais do que um especialista!
Foi o que fiz e foi precisamente o Dr Mario Santos do Hospital Veterinário do Porto que me aconselhou a não operar!
Foi extremamente simpático e nem quis que lhe pagasse a consulta de que resultou o seu parecer ténico!
Na altura manifestei-lhe a preocupação que apresentei também aqui na mensagem anterior!
Não estaremos a adiar o inadiável? Até porque as soluções em termos de correcção cirurgica que hoje se podem realizar não serão as mesmas quando a cadela tiver 5 ou 6 anos, nem a conseguinte recuperação!
Também me foi transmitido que, por ex, no seguimento do aparecimento de artroses na articulação, a solução serão as próteses com muitas probabilidades de virem a ser rejeitadas! Os custos em termos monetários também são incomparavelmente superiores, mas nem é isso que está em causa!
O Dr Mario Santos concordou que o quadro futuro poderia ser o que apresentei mas, tal como o nosso moderador do fórum adiantou, também o Dr Mario me disse que pode nunca vir a sofrer deste problema!
Bom, acabei por seguir as indicações do Dr Mário e cancelei a operação! Mas, realmente fico bastante apreensivo quanto ao futuro dela!
Eu vi as radiografias obviamente e realmente é impressionante como é possível a cabeça do femur estar já tão fora do acetábulo!
Um abraço
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De todos os veterinários que conheço em Portugal, o Dr. Mário Santos é sem dúvida, aquele em que mais confiança deposito no que trata a assuntos ortopédicos, sendo a meu ver talvez o único especialista nesta área em SB. Realmente os pontos que refere são indiscutíveis, é verdade que se tiver de operar daqui a 4 ou 5 anos os custos serão substancialmente maiores, e as possibilidades de recuperação integral exponencialmente mais baixas.
Mas os SB têm muitas probabilidades de nunca apresentar sintomatologia, ao contrário por exemplo de um labrador, pois daquilo que tenho lido e observado, um labrador com um grau elevado de displasia muito raramente não apresenta sintomatologia, mesmo em idades como a da sua cadela.
Eu sei que é uma decisão dificílima, mas mais uma vez penso que seguiria a opinião do Dr. Mário, sempre tendo o máximo de atenção a quaisquer sinais que a cadela possa apresentar, seja uma alteração no andar, sentar-se mais frequentemente do que o habitual, alterações comportamentais, etc.
Seria também bom que efectuasse raio X aos cotovelos, que como decerto sabe, a displasia do cotovelo(membros anteriores) é tão grave como a dos posteriores, apesar de substancialmente menos divulgada.
Seria também importante que tentasse saber junto dos criadores qual o grau de displasia dos pais e avós, por apesar da displasia não ter única e exclusivamente características hereditárias, esta é sem dúvida na maioria dos casos a causa. Se esta situação se verificar(alguns dos pais ter displasia, ou o criador não possuir exames dos mesmos), deveria chamar-lhe a atenção, e sem dúvida o criador(isto é, se for realmente um criador na verdadeira ascensão da palavra) deverá tentar arranjar uma forma de minimizar o seu problema. Mas isto já sou eu a colocar a minha foice em seara alheia.
Cumprimentos
Mas os SB têm muitas probabilidades de nunca apresentar sintomatologia, ao contrário por exemplo de um labrador, pois daquilo que tenho lido e observado, um labrador com um grau elevado de displasia muito raramente não apresenta sintomatologia, mesmo em idades como a da sua cadela.
Eu sei que é uma decisão dificílima, mas mais uma vez penso que seguiria a opinião do Dr. Mário, sempre tendo o máximo de atenção a quaisquer sinais que a cadela possa apresentar, seja uma alteração no andar, sentar-se mais frequentemente do que o habitual, alterações comportamentais, etc.
Seria também bom que efectuasse raio X aos cotovelos, que como decerto sabe, a displasia do cotovelo(membros anteriores) é tão grave como a dos posteriores, apesar de substancialmente menos divulgada.
Seria também importante que tentasse saber junto dos criadores qual o grau de displasia dos pais e avós, por apesar da displasia não ter única e exclusivamente características hereditárias, esta é sem dúvida na maioria dos casos a causa. Se esta situação se verificar(alguns dos pais ter displasia, ou o criador não possuir exames dos mesmos), deveria chamar-lhe a atenção, e sem dúvida o criador(isto é, se for realmente um criador na verdadeira ascensão da palavra) deverá tentar arranjar uma forma de minimizar o seu problema. Mas isto já sou eu a colocar a minha foice em seara alheia.
Cumprimentos
Vou estar atento aos sinais...
A cadela foi-me oferecida por amigos que não são criadores (é filha do S Bernardo dessa pessoa amiga e de uma cadela S Bernardo de familiares desse meu amigo)
Ambos os proprietários disseram-me que compraram os seus cães e que os criadores garantiram que não existe historial de displasia!
Como esses amigos nunca fizeram qualquer teste de despiste, e os animais são novos (cerca 3 anos), provavelmente até sofrem de displasia e não sabem!
Eu segui sempre os conselhos do Vet: sempre ração de crescimento que me aconselharam (Proplan Large Breed) e passeios á trela sem serem demasiados longos e cansativos.
A cadela foi-me oferecida por amigos que não são criadores (é filha do S Bernardo dessa pessoa amiga e de uma cadela S Bernardo de familiares desse meu amigo)
Ambos os proprietários disseram-me que compraram os seus cães e que os criadores garantiram que não existe historial de displasia!
Como esses amigos nunca fizeram qualquer teste de despiste, e os animais são novos (cerca 3 anos), provavelmente até sofrem de displasia e não sabem!
Eu segui sempre os conselhos do Vet: sempre ração de crescimento que me aconselharam (Proplan Large Breed) e passeios á trela sem serem demasiados longos e cansativos.