Uma criança foi atacada por uma matilha de cães semi-abandonados (semi porque na realidade tinham dono, apesar de viverem em liberdade, mal tratados e com fome). Enquanto a policia socorria aquela criança (que terá pelo menos 2 meses de internamento devido aos graves ferimentos) a matilha atacou outra criança: um menino de 10 anos que não teve a "sorte" do primeiro e morreu no local do ataque. Os cães, devido à extrema agressividade demonstrada com todo o pessoal interveniente e após observação do seu estado, tiveram que ser abatidos. O dono foi preso e acusado de homicidio voluntário. Relativamente à questão dos cães abandonados, o Governo Italiano iniciou uma perseguição: Aos cães? Não...Aos presidentes das várias camaras! A mensagem é clara e curta: Existem fundos para criar uma rede de colaboração entre veterinários públicos e privados no sentido de esterelizar todos os cães vadios, é punido por lei o abate de cães pelo simples facto de serem abandonados e todos têm de ser microchipados.
E a famosa "black list"? Os cães potencialmente perigosos? Entende o governo, e muito bem, que nada mudou desde a implementação desta lei, os acidentes continuaram a acontecer e os maiores prejudicados foram os cães e os seus donos, impedidos de ter uma vida normal, quanto mais não fosse pelo estigma dos "cães assassinos". O que vai ser feito a muito curto prazo (30 a 40 dias)? A lista vai ser abolida e a única coisa que vai acontecer é uma maior responsabilização dos donos, a nível penal e civil, por todos os danos ou lesões causados pelo animal (sem distinção de raça). A trela é obrigatória para todos os cães, do caniche ao pitbull, com excepção de espaços públicos com àreas exclusivamente dedicadas aos animais. O dono deve ter em sua posse o açaime e colocá-lo no cão caso exista um risco potencial.
Tudo isto quer dizer que alguém conseguiu perceber (como se fosse muito dificil...) o problema real: Os donos. Para isso estão previstos percursos formativos, ministrados pelas entidades sanitárias locais, aos potenciais donos de cães cujo carácter e caracteristicas da raça sejam considerados de maior responsabilidade. No fundo trata-se de orientar os futuros donos e individualizar os casos que possam constituir um risco real (em função das aptidões do dono e não do cão). Após realização do curso, será entregue um documento que o dono deve ter sempre consigo. Os serviços veterinários terão um registo de todos os cães cujo carácter possa ser considerado "empenhativo"
 Além disso, os veterinários deverão incidir na prevenção, informando os donos da possivel necessidade de fazer formação. Interessante que o estudo e decisão chegou ao pormenor de considerar o veterinário uma peça-chave no aconselhamento e encaminhamento, mas não na resolução de problemas reais, uma vez que nem todas as faculdades prevêm o exame de comportamento animal. Nestes casos, dono e cão deverão ser orientados e seguidos por pessoal com formação adequada no comportamento animal.
  Além disso, os veterinários deverão incidir na prevenção, informando os donos da possivel necessidade de fazer formação. Interessante que o estudo e decisão chegou ao pormenor de considerar o veterinário uma peça-chave no aconselhamento e encaminhamento, mas não na resolução de problemas reais, uma vez que nem todas as faculdades prevêm o exame de comportamento animal. Nestes casos, dono e cão deverão ser orientados e seguidos por pessoal com formação adequada no comportamento animal.Não se tapa o sol com a peneira, e todos sabemos que um cão de grande porte e grande força mandibular pode ser perigoso nas mãos erradas: Penso que esta iniciativa demonstra acima de tudo um grande respeito pelos animais, a preocupação de não estigmatizar determinadas raças e uma maior responsabilização dos grandes culpados: os maus donos.
Nunca sabemos se determinada decisão é o máximo até ser colocada em prática, mas este é com toda a certeza um bom inicio, que acredito venha a dar bons resultados...


