Quanto vale a vida de um cão?

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

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Condessa
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terça abr 14, 2009 3:07 pm

Aproveitando o tópico do TheGreatDane sobre dignidade, resolvi abrir este tópico.

No dia 31/03 a minha cadela Sasha foi diagnosticada com linfoma, que é um tipo de cancro, e é teoricamente incurável, embora seja tratável com quimioterapia (o animal ganha mais tempo de vida, supostamente, com qualidade). Eu nunca havia pensado que teria de enfrentar uma situação em que um cão meu tivesse uma doença incurável que, não tratada, o levaria a uma morte rápida, no caso do linfoma, a duração do animal, em média, é cerca de 4-6 semanas de vida.
Estou a ler um livro e encontrei um texto que faz pensar, e partilho-o aqui convosco. Peço desculpas por estar em Inglês, mas não tenho tempo para o traduzir.
"É só um cão!" Quanto vale a vida de um cão? Para a vossa consideração e opiniões:

“It’s just a dog!”

What is a dog’s life worth? The typical pet dog will not grow up, develop a career and contribute do society. He will not support you in your senior years or take care of you when you become feeble. He won’t even bring you a cup of tea when you’ve got the flu! (My apologies to Search and Rescue Dogs, Guide Dogs, seizure alert and all the other working dogs for this generalization.)
Dogs will give unconditional love, loyalty and companionship. Indeed, a dog will devote his entire existence to the solitary purpose of pleasing the special person or persons in his life. This is the gift of the dog. In return, we must at the very least give our dogs love, excellent care and respect.
As cancer-dog caretakers, we are forced to make very difficult decisions about things like surgery, radiation therapy, chemotherapy, palliative care and euthanasia. None of the options are appealing, but we must choose nonetheless. So long as your decisions come from your heart, so long as they are made with love and respect, they are the right decisions.
Are you committed to taking the journey through cancer treatment with your dog? If so, many will understand your decision. People go to great lengths to care for and provide medical treatment for a beloved dog. Some caretakers refinance a home to pay for canine cancer treatment, or take out a bank loan. Some take a leave of absence from work to care for their cancer dogs.
And then there are those who simply cannot and will never understand. They say, “But it’s just a dog!” Don’t let these naysayers sway you, but don’t think for a moment that you will sway them. At the very most, you’ll only convince them that you’re entitled to your (nutty) beliefs about the value of a dog’s life.
One popular dog book author states that dogs “should not” be treated like human family members. They “should not” be given treatment for cancer. Should we not mend their broken legs either? Where should we draw the line? To me, and surely to most reading this book, our pets are family members and they are sentient, living beings whose lives do have intrinsic value. I apologize for the departure and will get off my “Bully” pulpit right now!
Whether you decide to shore up your resources and marshal your forces to wage against your dog’s cancer, or to release him through early euthanasia to spare him any suffering, make peace with your decision. You will not err if you make this decision with love and respect for your dog as a valuable, sentient creature who is a member of your family who has given you his all and has asked so very little in return.
(Laurie Kaplan, in “Help your dog fight cancer”)
<p>Moderadora do F&oacute;rum do Chihuahua.</p>
<p>&nbsp;</p>
marijonscp
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terça abr 14, 2009 5:15 pm

Condessa, obrigada pela partilha o texto.
Em primeiro lugar, para mim o meu cão é um membro da minha família e como tal a sua dignidade passa pelo que eu entendo como dignidade, ou seja dar-lhe o amor e condições necessárias a todos os níveis . Os cães são seres que como está referido no texto nos dão amor incondicional, lealdade e companheirismo. Além disso partilham connosco os bons e maus momentos sempre do nosso lado. Isto claro para quem entende um cão desta forma e para mim não interessa mesmo nada o que um qualquer autor famoso de livros sobre cães possa escrever, interessa sim aquilo que eu sinto.
É claro que para muitos donos um cão é só um cão e quando surge uma doença ou qualquer outro motivo que possa suscitar maiores gastos ou perda de férias, não pensam duas vezes e ou os abandonam ou pura e simplesmente os mandam eutanasiar sem considerar a hipotese de lhes dar uma boa qualidade de vida, quando isso claro é viável. Eu não vejo um cão dessa forma, e um bom dono para mim faz exactamente o que a Condessa está neste momento a fazer e vamos ter esperança que tudo corra da melhor forma para a Sasha (tem os melhores cuidados que podia ter).
Ainda há pouco tempo uma colega teve de operar o seu cão epilético por duas vezes num espaço de um mês (por engolir peças de roupa) e enquanto explicava os custos das operações e tratamentos ouvi uma pessoa que tem um cão dizer: “Se fosse meu tinha logo sido eutanasiado, jamais pagaria uma operação a um cão por esse motivo.” Deixa-nos de facto a pensar para que querem algumas pessoas um animal de estimação se nem deles conseguem tratar , dar a dignidade que merecem nem perceber tudo o que eles nos dão.
A vida de um cão vale muito.:wink:
<p>"Quanto mais conhe&ccedil;o os homens, mais estimo os animais" - Herculano</p>
<p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vCCa8GzQ ... VQg</a></p>
<p><a href="http://www.you"></a></p>
nunob7
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terça abr 14, 2009 7:11 pm

eu tenho poucas poss£s e hoje se a minha cadela que adoro, se tivesse algum problema, eu por mais que quisesses não lhe podia dar. No entanto ia estima lo sempre como tenho ate agora. Se a operação for so para adiar um problema e o animal continuar em sofrimento, prefiro manda-lo abater, de forma indolor, pois sou incapaz de ver um animal sofrer, chorei muito quando minha mae abateu com injecção um rottweilers(tinha eu 12a)


chorei por ele, e pela minha cadela faria o mesmo. Eu não me iria individar, mas nao pensar "ai e tal o dinheiro da operação da para comprar um portatil, vou comprar", se a minha condição ja esta dificil nao me iria piorar, pois iria cavar ainda mais a minha sepultura, estou numa cova que pretendo sair e esta dificil.

Se fosse, rico, bons carros, e assim, preferia vender um bem meu para a salvar.

Mas cada um sabe de si.
Ísis e eu :)
Housedog
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terça abr 14, 2009 10:30 pm

Condessa, quero que saiba que acima de tudo o que importa é qua a sua menina saiba que é amada e acarinhada, pois com toda a certeza é o que ela faria por si, fosse qual fosse a situação. Por isso acho que a vida dos nossos amigos de 4 patas, é muito, mas muito importante, devemos encará-los como nossos verdadeiros amigos a como membros da nossa família e a meu ver as verdadeiras famílias ajudam-se nos momentos dificeis. Para mim os meus meninos ( um menino e uma menina) são luzinhas que me acompanham sempre, se estou no trabalho e o dia é dificil, penso neles e na alegria deles quando chego a casa e só a simples presença deles, me dá bem estar, gosto de ver as caminhas deles ao lado da minha, gosto dos ver a brincar, a dormir, de olhar bem nos olhinhos deles, pois vejo todo o amor que eles têm por mim, portanto por tudo isso eles são das vidas mais importantes da minha vida. Graças a Deus ainda não passei por nenhuma situação como a sua, mas se algum dia surgir algo assim, vou lutar com eles.Beijinhos e força, tudo vai correr bem.
Carpeju
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terça abr 14, 2009 10:57 pm

Olá Condessa, desejo força a ti.

Difícil escrever...

Quem tem um cão como o nosso Buddy, 10 anos, sim, e acima de tudo ele é da família. Faço tudo por ele, apesar de estar bem, sei que não é "garoto", mas como lidar com isso? Cada um sente de uma forma né? Difícil escrever e agora escrevendo dá-me vontade de parar.

Não sei como eu lidaria, pessoalmente, se fosse hoje, não conseguiria vê-lo sofrer, mas não sei se conseguiria sacrificá-lo. Tentaria compreendê-lo sem saber se é possível... E nestas horas eu me questiono sobre "este direito" de sacrificarmos o animal. Baseado em casos de cancer com humanos, existem pessoas que, moribundos, preferem morrer, outras lutam. O que é mais nobre? Não sei, não sabemos. Cada um sabe de si.

Ps.: Me referi ao meu Buddy como exemplo pelo tempo, pelas experiências juntos e por ser um cão fantástico, por mais que choque alguns, não sentiria o mesmo pela minha pequena Kira, respeito-a sempre, mas está conosco há apenas 3 meses, não que seja pior, mas entre 10 anos e 3 meses tem uma vida.

Escrevi, mas "o pensamento é uma ave do espaço, numa gaiola de palavras bate asas, mas não consegue voar..." (acho que é isso... :wink: ) Gibran. (já citei isso antes... 8) )
<p><strong>Mata Atl&acirc;ntica - RBMA</strong></p>
omega5
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terça abr 14, 2009 11:02 pm

Quanto vale a vida de um cão? tricky question...

hoje em dia os cães estão mais perto da familia, deixaram de ser simples cães de guarda ou de caça, são membros da familia!

esta integração do cão na familia proporcionou uma maior ligação entre cães e donos, consequentemente um aumento da humanização dos cães.

quanto vale a vida de um cão? para mim vale muito! são nossos amigos, companheiros, cumplices de brincadeiras, parceiros de caminhadas e de horas do dia a dia. sempre fiéis, sempre ali para nós! acho que não há preço que pague essa amizade e dedicação incondicional que eles nos proporcionam...

vai fazer em Julho três anos desde que perdi o meu cão Morgan. se há um animal que nos marca e deixa a sua pegada na nossa vida, na minha vida foi aquele cão!

depois da morte dele, achei que o que me fazia falta era outro cão. e foi assim, pela mão da minha prima que a Yasha entrou na minha vida ás cambalhotas!
logo desde o inicio tentei não me afeiçoar demasiado a ela, tentei manter-me um pouco mais fria e distante, deixando-a propositadamente aos cuidados dos meus pais. não queria apegar-me a um cão para me acontecer o mesmo que tinha acontecido com o Morgan. que tola n é? é impossivel não nos afeiçoarmos quando eles nos olham com "aquele"olhar, quando veem meio cambaleantes para o nosso colo e ficam ali aninhados, quando nos roem sapatos, fios, telemoveis e cadeiras da cozinha...

curiosamente, quando tive noção do quanto já gostava desta cadela foi quando ela adoeceu e esteve internada na clinica vet. aos dois meses teve parvovirose, e esteve internada durante nove dias!
todos os dias eu fazia a viagem do Entroncamento a Ourem, onde ela estava internada, e de dia para dia via-a piorar... ao sétimo dia, quando entrei na clinica o veterinário chamou-me á parte e disse que ela estava mesmo muito mal, e que tudo podia acontecer! com aquele aviso a soar-me no espirito encaminhei-me para a sala de internamento. a auxiliar disse me que ela ainda n se tinha levantado naquele dia e que estava muito murchinha! abri a porta da box e sentei-me à frente encostada à parede. qual não foi o meu espanto quando ela se levantou cambaleante, veio ao pé de mim e se deitou no meu colo! obviamente que abraçada a ela e perante a possibilidade de a perder, chorei baba e ranho!! nesse dia antes de me vir embora, despi a camisola que tinha por baixo de outra camisola mais quente, e deixei-a na boxe da minha cadela. no dia a seguir a auxiliar disse me que ela já estava de pé, e que já devia estar boa porque já tinha roido tres tubos do soro! ao 9º dia já comia e pôde vir para casa!!

quanto vale a vida de um cão? para mim não tem preço...


:D
fang
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terça abr 14, 2009 11:25 pm

Quanto vale a vida de um cão?

É simples: Depende do valor que o dono lhe dá!

E esse valor pode ser mais ou menos "válido" em termos de qualidade de vida do animal enquanto vivo, dependendo da sensibilidade do dono.

Aí é que o dono pode estar redondamente errado, ofuscado pela sua "sensibilidade"... E casos não faltam...
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
anjjazul
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quarta abr 15, 2009 10:08 am

de cão ou gato, saudável ou doente, a vida vale tanto como a de um humano. faço por eles ou que nem sempre faço por mim. dar-lhes todas as condições possíveis para que se sintam bem.
acho graça quando me diziam para abater a kitty porque tinha um cancro. mas nunca me aconselharam isso para o pantufa que era i.r. ambas as doenças são incuráveis só que a 1ª mata, normalmente, mais depressa. tentei prolongar-lhes a vida. ao pantufa consegui que durasse mais de 12 anos. a kitty aguentou-se apenas um. quando chegou a hora, pu-los a dormir. não quis fazer isso nem muito cedo nem tarde demais. acho que o fiz na altura certa. o pantufa não se queixou porque tinha acabado de entrar em coma. com a kitty custou mais. ainda comia e foi consciente. mas isso em si não justifica mais sofrimento
anjjazul
Lequinhas
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quarta abr 15, 2009 10:39 am

Quanto vale? Não consigo medir o amor, a amizade, a ternura, o carinho.
Os meus animais são membros da minha família e o valor que têm para mim não pode ser explicado.

Se algum dia algum adoecesse gravemente eu faria tudo o que pudesse para o salvar. Dentro das minhas possibilidades também :( Já que infelizmente os € não abundam para os meus lados. Mas se tivesse que me endividar faria-o. Já o fiz com a minha saúde, porque não o faria com um deles. Não faço diferenças..

Condessa força nessa luta :wink:
tarasofia
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quarta abr 15, 2009 11:57 am

Pondo de parte o valor em termos monetários, e abstraindo dos custos inerentes aos tratamentos, não sei e não consigo sequer avaliar o valor da vida de um cão... é exactamente como o Fang disse, e copiando:

«É simples: Depende do valor que o dono lhe dá!

E esse valor pode ser mais ou menos "válido" em termos de qualidade de vida do animal enquanto vivo, dependendo da sensibilidade do dono.

Aí é que o dono pode estar redondamente errado, ofuscado pela sua "sensibilidade"... E casos não faltam...»

No entanto quero acrescentar duas coisinhas... uma é que a razão e o coração nem sempre andam de mãos dadas... e se a razão por vezes nos diz que está na hora de 'libertar' uma animal, a verdade é que nem todos conseguimos lidar emocionalmente com uma decisão dessas, por mais correcto que saibamos que esse é o caminho, nem sempre temos forças para percorre-lo.

Outra coisa muito importante, é o facto do impacto que um acontecimento deste pode ter numa familia, por vezes ao prolongarmos a vida de uma animal sujeitando-o a tratamentos que lhe dão alguma qualidade de vida, a verdade é que vai haver sempre uma sombra sobre a familia humana do animal, que acompanha diáriamente os tratamentos, as melhoras, as recaídas... e se para alguns esse é um preço que conseguem suportar, para outros é um enorme desgaste emocional, trás angústia, desalento. Não deve também ser tomada em conta esta factura que a 'familia' humana tem de pagar?

penso que este excerto diz tudo...
Condessa Escreveu: “It’s just a dog!”

...
Whether you decide to shore up your resources and marshal your forces to wage against your dog’s cancer, or to release him through early euthanasia to spare him any suffering, make peace with your decision. You will not err if you make this decision with love and respect for your dog as a valuable, sentient creature who is a member of your family who has given you his all and has asked so very little in return.
(Laurie Kaplan, in “Help your dog fight cancer”)
Os meus olhos n&atilde;o&nbsp; v&ecirc;m, as minhas m&atilde;os n&atilde;o&nbsp; tocam, mas o meu cora&ccedil;&atilde;o SENTE!
Condessa
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quarta abr 15, 2009 12:48 pm

tarasofia Escreveu:Pondo de parte o valor em termos monetários, e abstraindo dos custos inerentes aos tratamentos, não sei e não consigo sequer avaliar o valor da vida de um cão... é exactamente como o Fang disse, e copiando:

«É simples: Depende do valor que o dono lhe dá!

E esse valor pode ser mais ou menos "válido" em termos de qualidade de vida do animal enquanto vivo, dependendo da sensibilidade do dono.

Aí é que o dono pode estar redondamente errado, ofuscado pela sua "sensibilidade"... E casos não faltam...»

No entanto quero acrescentar duas coisinhas... uma é que a razão e o coração nem sempre andam de mãos dadas... e se a razão por vezes nos diz que está na hora de 'libertar' uma animal, a verdade é que nem todos conseguimos lidar emocionalmente com uma decisão dessas, por mais correcto que saibamos que esse é o caminho, nem sempre temos forças para percorre-lo.

Outra coisa muito importante, é o facto do impacto que um acontecimento deste pode ter numa familia, por vezes ao prolongarmos a vida de uma animal sujeitando-o a tratamentos que lhe dão alguma qualidade de vida, a verdade é que vai haver sempre uma sombra sobre a familia humana do animal, que acompanha diáriamente os tratamentos, as melhoras, as recaídas... e se para alguns esse é um preço que conseguem suportar, para outros é um enorme desgaste emocional, trás angústia, desalento. Não deve também ser tomada em conta esta factura que a 'familia' humana tem de pagar?
penso que este excerto diz tudo...
Condessa Escreveu: “It’s just a dog!”

...
Whether you decide to shore up your resources and marshal your forces to wage against your dog’s cancer, or to release him through early euthanasia to spare him any suffering, make peace with your decision. You will not err if you make this decision with love and respect for your dog as a valuable, sentient creature who is a member of your family who has given you his all and has asked so very little in return.
(Laurie Kaplan, in “Help your dog fight cancer”)
Pois, o que a tarasofia citou é muito relevante. O desgaste é imenso.

Da minha parte, só posso dizer que nós lá em casa tomámos a decisão de tratar a nossa cadela após ouvir a opinião de outros Vets, bem como após pesquisar muito e verificar que, para cães com linfoma, a quimioterapia é bastante eficaz. Os efeitos da quimioterapia no animal não são como nos humanos, na grande maioria dos casos.
Eu juntei-me a um grupo de apoio de donos de animais com cancro na Net, e é reconfortante ver que os cães tratados conseguem, sim, viver mais e o mais importante, com qualidade de vida.
Esta foi a nossa decisão. No entanto, como diz muito bem no texto, qualquer decisão que tomemos e que tenha como base o amor e respeito pelo animal, é uma decisão acertada, se vem do nosso coração.
<p>Moderadora do F&oacute;rum do Chihuahua.</p>
<p>&nbsp;</p>
LuMaria
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quarta abr 15, 2009 1:15 pm

Condessa Escreveu:Da minha parte, só posso dizer que nós lá em casa tomámos a decisão de tratar a nossa cadela após ouvir a opinião de outros Vets, bem como após pesquisar muito e verificar que, para cães com linfoma, a quimioterapia é bastante eficaz. Os efeitos da quimioterapia no animal não são como nos humanos, na grande maioria dos casos.
Eu juntei-me a um grupo de apoio de donos de animais com cancro na Net, e é reconfortante ver que os cães tratados conseguem, sim, viver mais e o mais importante, com qualidade de vida.
Olá,

Sábia escolha! :wink:

A minha siamesa teve e morreu de tumor mamário. Desde o inicio da doença até ao final da sua vida passaram 3 anos. 3 anos de vida com qualidade. Qualidade essa só perdida na ultima semana de vida em que optei por colocar um ponto final.
A filhota dela foi operada ao mesmo há quase 2 anos. Vai ser novamente, até já devería ter sido mas dá para esperar mais um pouco. Não tem metasteses nem orgãos afectados pelo tumor. Não sofreu nada até agora tirando os primeiros dias a seguir à cirurgia. Portanto, vale a pena. Sem duvida vale a pena.
Como o Fang disse, o valor de um animal é aquele que o dono lhe dá. Para mim, são o meu maior e mais querido tesouro.

Boa sorte com a sua menina :wink:
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
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imarcelo
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quarta abr 15, 2009 2:15 pm

Dois dos meus animais morreram com cancro, mais precisamente melanomas.
Não foi fácil. Nem para eles nem para mim.
O desgaste emocional é grande, a angustia enorme, mas ao proporcionar-lhes tempo de vida e com qualidade sentimo-nos de certa forma reconfortados.

Sabemos que a esperança de vida poderá ser mais ou menos curta, dependendo das mestasteses que forem aparecendo. No caso do meu boxer quando atingiram uma parte do cérebro, ele acordou um dia sem reconhecer ninguem e nesse mesmo dia foi adormecido.

Sempre pedi ao meu vet para não prolongar a vida dos meus animais em sofrimento.
Mas aquilo que foi possivel fazer para os ter um pouco mais de tempo, e com qualidade de vida eu fiz!

Desejo que corra tudo pelo melhor com a Sacha e força para os donos!
<p>Isabel</p>
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<p>&nbsp;<a href="http://www.animaisderua.org">www.animaisderua.org</a> </p>
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<p>&nbsp;</p>
xenita
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Registado: quinta jul 24, 2008 12:07 pm

quarta abr 15, 2009 5:51 pm

Olá boa tarde.
Bem tive um pastor alemão que faleceu de velho. Mas tinha um tumor na prostra.
Ele já não se levantava. Nós com uma manta levamos ao sito preferido para fazer o xixi e cocos ponhamos em pé sempre com ajuda de duas pessoas insistimos com ele.
Voltamos leva-lo e vet aconselhou-nos que era melhor adormece-lo.
Voltei a trazer o leão para casa e todos optamos por não o adormecer. Fomos á vet, receitou-lhe os medicamentos. Tinha medicação para o coração, pois cansava-se muito porque tentávamos que ele andasse um pouco. Ele ocupava-nos muitas horas, tínhamos que estar a vigia-lo a medicação que tinha que ser a horas certas.15 dias melhorou
Melhorou sim já se levantava, ia sozinho fazer os xixis e cocos.
Passou a querer ficar a dormir no seu espaço na rua na garagem também era verão. Porque enquanto esteve muito doente esteve dentro de casa na cozinha,
Tenho um husky que não se dava bem com o leão sempre que soltava o husky tinha que fechar a garagem.
Um belo dia não fechei ….
O husky foi direitinho ao leão e mordeu o na barriga onde tinha um dreno.
Fez um corte de onde saiu um saco verde cheio de porcaria.
Fiquei muito nervosa pensei que fosse morrer.
Quando o levei ao vet parecia outro, foi tratado. Voltou com nova medicação
Conclusão durou mais dois anos e meio.
Acho que enquanto podermos dar qualidade de vida e podermos despender de tempo, porque é como se fosse um membro da família humana que esteja doente.
Como a minha nayana tenho todo o tempo do mundo. E enquanto á vida há esperança.
Adoro a minha menina.
Se tiver que vender algum bem venderei para poder suprir as despesas.
Já não vou de férias desde 2000 por causa dos cães, há que fazer sacrifícios.
Eles não têm culpa de os apanhados da rua.
Se os apanhei terei que me responsabilizar por eles. São os meus melhores amigos. Jamais terei amigos tão fies como eles.
PauloC1
Membro Veterano
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Registado: terça set 04, 2007 6:49 pm

quarta abr 15, 2009 6:47 pm

A nossa Sashinha (para quem não saiba, a 'Condessa' é a minha mulher) está a fazer quimioterapia desde Sábado passado. É um tratamento que vai ter de ser feito todas as semanas no vet, e complementado em casa com mais medicação. Para já, e à excepção de uns vomitos ontem de noite, ela parece estar bem. É muito dificil ver se o tratamento está a afectá-la, porque ela é uma cadela 'low profile' por natureza. Gosta de estar recolhidinha no seu cantinho, de onde só sai para ir ladrar uma vez ou outra e para comer, fazer as necessidades e receber carinhos.
Vamos cumprir todo o protocolo da quimioterapia e com isso esperamos prolongar o mais possível, porque cura não existe, a vida da nossa cadela. Um ano, dois anos, só Deus sabe, mas enquanto ela mostrar qualidade de vida, desistir é que não desistimos.
É este o compromisso que tenho com os meus animais, somos responsáveis por eles sempre e em todas as ocasiões. Quando decidimos ter um animal devemos lembrar-nos disto. É que ter um animal, ao contrário do que muitos julgam, não é um DIREITO, é um PREVILÉGIO. Como tal pensem sempre muito bem se podem ter um animal e suportar TUDO o que isso implica em termos de responsabilidade. Antes do vosso Direito, está a vossa responsabilidade.
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