Adeus meu querido "Binhas"- Pavarotti
Moderador: mcerqueira
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A última viagem
Nosso querido Bicas, meu “Binhas”, Pavarotti:
Neste teu último olhar cheio de brilho, com os olhos bem atentos, como há muito que não o fazias, despediste-te de nós e naqueles breves segundos foi um rever de Anos, tantos e tão poucos ao mesmo tempo. Recordei aquelas noites com as tuas serenatas sentidas pela perda da tua dona, que me fazias. Essas tuas serenatas, foram sempre compensadas com alimento mas, faltava-te o alimento da “alma”; o afecto que, te abandonou quando a tua ex-dona partiu para o outro lado do Rainbow.
Foi numa dessas noites, a última do Ano que a tua protectora te entregou a quem te amou todos estes Anos. Foste o seu primeiro animal; o seu primeiro gato.
Embora fosses um gato que não suportava colo, sabias quando o mendigar, não por ti mas por quem te acolheu que tanto precisava de se sentir humana e amada. Foste o pilar para a recuperação duma doença que poderia ter sido fatal, na tua dona. Tantas noites e tantos dias que a retiveste dela poder cometer alguma loucura…. Deste-lhe alento para viver, amar e ser amada. Ensinaste-lhe que vale a pena viver. E, passados tantos Anos ela retribuiu-te, ao perceber, com o teu olhar, que havia chegado a hora de te deixar partir com dignidade.
Nas noites estreladas, encontrarei mais uma estrela, tu!
Olhei o firmamento vislumbrada pelo encanto
Daquelas estrelas cintilantes e perguntei uma a uma:
- Como te chamas?
Como não me respondiam resolvi dar-lhes um nome.
Visito-as todas as noites e elas esperam por mim
Já todas me respondem com um piscar de luz
São tantos nomes que é difícil conseguir decorar
Mas basta eu aparecer para receber aquele piscar
E a cada noite mais uns “baptismos” por mais umas estrelinhas
Que se juntaram a todas as outras.
Das novas destacam-se as mais tímidas pela recente chegada
Aceno-lhes um Adeus e elas respondem-me cintilando…
Dizem-me que continuarão a existir no coração de quem lhes quer bem,
Na alma e na graça de quem lhes deu vida, de quem as afagou
E de quem, olhando o firmamento agora as visita.
Todas as noites há sempre mais que nos espreitam e nos guiam,
Que nos iluminam as noites escuras e nos enchem a memória que
Fica dum amor que jamais se esquece mas sempre na convicção de,
Nos poderem atenuar a dor que teima em permanecer,
Mas na certeza de que nunca alguém as vai esquecer.
Autor: Leonilde Carvalho (Leo)
Numa noite chuvosa apareceste
Vindo das tralhas despejadas
Como um farrapo descartado
Sem rumo, sem fé e sem amor
Procuravas quem te afagou
Que como o fumo se apagou
E nesse tormento me encontraste
Relutante estavas mas ficaste
Uma alma nova sentiste
Mas a noite não te aquecia
E o dia te atormentava
Em tocas permanecias
Até que a Lua te acordava
O relógio prosseguia
E a rotina continuava
Outra noite e mais um dia
Mas tudo igual, seguia
Restava-te a esperança
Para depois do Natal
Novo Ano, nova vida
Que em melhor se alterou
Nova casa e novo amor
E teu Mundo melhorou
Foste amado todo o tempo
E esqueceste o tormento
Foste feliz e deste felicidade
Até que a doença te minou.
Partiste e deixaste a saudade
A quem te encontrou e amou.
Jamais serás esquecido
E neste relógio do tempo
Serás o eterno gato querido
Até ao exacto momento
Do reencontro indefinido
Sob aquele Arco Íris
Por terrenos verdejantes
Aparecer-te-ei como antes
Numa viragem do tempo,
Sem a noite, sem a chuva
Sem o frio, sem lamento
E de novo serás meu e eu tua.
Leonilde Carvalho (Leo)
Nosso querido Bicas, meu “Binhas”, Pavarotti:
Neste teu último olhar cheio de brilho, com os olhos bem atentos, como há muito que não o fazias, despediste-te de nós e naqueles breves segundos foi um rever de Anos, tantos e tão poucos ao mesmo tempo. Recordei aquelas noites com as tuas serenatas sentidas pela perda da tua dona, que me fazias. Essas tuas serenatas, foram sempre compensadas com alimento mas, faltava-te o alimento da “alma”; o afecto que, te abandonou quando a tua ex-dona partiu para o outro lado do Rainbow.
Foi numa dessas noites, a última do Ano que a tua protectora te entregou a quem te amou todos estes Anos. Foste o seu primeiro animal; o seu primeiro gato.
Embora fosses um gato que não suportava colo, sabias quando o mendigar, não por ti mas por quem te acolheu que tanto precisava de se sentir humana e amada. Foste o pilar para a recuperação duma doença que poderia ter sido fatal, na tua dona. Tantas noites e tantos dias que a retiveste dela poder cometer alguma loucura…. Deste-lhe alento para viver, amar e ser amada. Ensinaste-lhe que vale a pena viver. E, passados tantos Anos ela retribuiu-te, ao perceber, com o teu olhar, que havia chegado a hora de te deixar partir com dignidade.
Nas noites estreladas, encontrarei mais uma estrela, tu!
Olhei o firmamento vislumbrada pelo encanto
Daquelas estrelas cintilantes e perguntei uma a uma:
- Como te chamas?
Como não me respondiam resolvi dar-lhes um nome.
Visito-as todas as noites e elas esperam por mim
Já todas me respondem com um piscar de luz
São tantos nomes que é difícil conseguir decorar
Mas basta eu aparecer para receber aquele piscar
E a cada noite mais uns “baptismos” por mais umas estrelinhas
Que se juntaram a todas as outras.
Das novas destacam-se as mais tímidas pela recente chegada
Aceno-lhes um Adeus e elas respondem-me cintilando…
Dizem-me que continuarão a existir no coração de quem lhes quer bem,
Na alma e na graça de quem lhes deu vida, de quem as afagou
E de quem, olhando o firmamento agora as visita.
Todas as noites há sempre mais que nos espreitam e nos guiam,
Que nos iluminam as noites escuras e nos enchem a memória que
Fica dum amor que jamais se esquece mas sempre na convicção de,
Nos poderem atenuar a dor que teima em permanecer,
Mas na certeza de que nunca alguém as vai esquecer.
Autor: Leonilde Carvalho (Leo)
Numa noite chuvosa apareceste
Vindo das tralhas despejadas
Como um farrapo descartado
Sem rumo, sem fé e sem amor
Procuravas quem te afagou
Que como o fumo se apagou
E nesse tormento me encontraste
Relutante estavas mas ficaste
Uma alma nova sentiste
Mas a noite não te aquecia
E o dia te atormentava
Em tocas permanecias
Até que a Lua te acordava
O relógio prosseguia
E a rotina continuava
Outra noite e mais um dia
Mas tudo igual, seguia
Restava-te a esperança
Para depois do Natal
Novo Ano, nova vida
Que em melhor se alterou
Nova casa e novo amor
E teu Mundo melhorou
Foste amado todo o tempo
E esqueceste o tormento
Foste feliz e deste felicidade
Até que a doença te minou.
Partiste e deixaste a saudade
A quem te encontrou e amou.
Jamais serás esquecido
E neste relógio do tempo
Serás o eterno gato querido
Até ao exacto momento
Do reencontro indefinido
Sob aquele Arco Íris
Por terrenos verdejantes
Aparecer-te-ei como antes
Numa viragem do tempo,
Sem a noite, sem a chuva
Sem o frio, sem lamento
E de novo serás meu e eu tua.
Leonilde Carvalho (Leo)
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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Hoje à noite quando saí à rua, olhei para o Céu, lá bem no alto estava uma estrelinha nova, fiquei na dúvida se era o menino. Da forma como cintilava, levou-me a crer que sorria. Agora, tenho a certeza, era mesmo ele com um enorme sorriso, feliz por estar livre da dor e também por estar ouvindo a voz doce da sua amiga a fazer-lhe esta linda homenagem.
Um beijinho Leo,
Maria

Um beijinho Leo,
Maria
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- Mensagens: 1257
- Registado: sábado jul 21, 2007 1:50 am
- Localização: Rafaela sempre no coração...e todos os outros k por cá passaram,cá estão, alem de todos k dormem na
Leo,lamento a ausencia do seu menino querido,chorei já ao ler tudo isto,em pouco mais de 2 meses, já este ano sofri 2 vezes:perdi 2 amores incondicionais,diferentes em idade e nalgumas coisas mas comuns no amor k me dedicaram e k sempre tiveram...penso k iguais lágrimas não deitarei eram doces e especiais demais,tal como esse menino especial que um dia encontrará de novo
lamento e coragem para si,pouco mais podemos dizer e nada podemos fazer

lamento e coragem para si,pouco mais podemos dizer e nada podemos fazer



<p>Os animais dividem connosco o privilegio de ter uma alma... - Pitagoras</p>
léo, os meus sentidos pesares para si neste momento dificil. nada do que se dizer poderá eliminar a sua dor, mas pode acalma-la. de certeza que será sempre uma luz cintilante no seu coração que nada poderá apagar. ficam os momentos de alegria e companheirismo que de certeza lhe deu.
muitos beijinhos meus e lambidelas solidárias dos meus meninos.
carla
muitos beijinhos meus e lambidelas solidárias dos meus meninos.
carla
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- Membro Veterano
- Mensagens: 232
- Registado: domingo set 28, 2008 2:37 pm
- Localização: Kundera e Miró
Definitivamente, uma homenagem muito bonita. Infelizmente, sei perfeitamente o que estás a passar Leo. Há que ter força agora.
Beijos
Beijos
Faneca «Eu conheci muitos pensadores e muitos gatos, mas a sabedoria de gatos é infinitamente superior». (Hippolyte Taine)
Querida senhora, seu menino partiu... que se pode dizer?! Minhas condolencias e coragem em este momento. Você sabe que o sofrimento desse menino acabou e sabe também que lhe deu todas as oportunidades para ser feliz. Lágrimas são o testemunho de uma saudade... de uma alegria vivida nesse tempo... de uma vida em comum!
Sempre podemos chorar... recordando!
Carol
Sempre podemos chorar... recordando!
Carol

É sempre muito triste saber de uma noticia destas!!!
Faz-nos ficar tão angustiadas como se a dor fosse nossa...
Lamento muito Leo!!
Muita força...
Beijokas minhas e turrinhas do Ariel...
Mónica Cortesão