Não concordo. As leis que existem sobre isso são de carácter sanitário, a maior preocupação subjacente é a saúde pública e não a "dignidade" dos cadáveres.mas o que é certo é que a própria Lei tem legislação relativa à protecção de cadáver, contra a profanação do mesmo. Portanto isto representa que a morte deve ser encarada com respeito
Dignidade a tratar os restos dos animais
Moderador: mcerqueira
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
E porque não enrolá-lo na mantinha? Eu fi-lo com os meus dois cães que morreram no ano passado, e faço-o sempre com qualquer animal. Tive uma ninhada de recém-nascidos doentes, que me foram morrendo um a um, e um a um envolvi-os num trapinho e meti-os numa caixinha, para depois serem enterrados num baldio.
Fi-lo e faço-o por necessidade minha, pessoal, não porque a eles e aos seus corpos lhes sirva para alguma coisa. Apenas os acarinho na morte como o fiz em vida, faz parte da minha maneira de lamentar o morte de um animal que amei enquanto vivo e que continuo a amar mesmo depois de morto. Isso faz de mim o quê?
E sim, pode-se avaliar os sentimentos de uma pessoa pelo modo como trata o cadáver. Porque os sentimentos dos que cá ficam não acabam com a morte do corpo e o luto é a sua manifestação.
Fi-lo e faço-o por necessidade minha, pessoal, não porque a eles e aos seus corpos lhes sirva para alguma coisa. Apenas os acarinho na morte como o fiz em vida, faz parte da minha maneira de lamentar o morte de um animal que amei enquanto vivo e que continuo a amar mesmo depois de morto. Isso faz de mim o quê?
E sim, pode-se avaliar os sentimentos de uma pessoa pelo modo como trata o cadáver. Porque os sentimentos dos que cá ficam não acabam com a morte do corpo e o luto é a sua manifestação.
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texuga
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Até aqui estou de acordo, eu também o fiz com animais meus que morreram e os pude enterrar num terreno meu.LucNun Escreveu:E porque não enrolá-lo na mantinha? Eu fi-lo com os meus dois cães que morreram no ano passado, e faço-o sempre com qualquer animal. Tive uma ninhada de recém-nascidos doentes, que me foram morrendo um a um, e um a um envolvi-os num trapinho e meti-os numa caixinha, para depois serem enterrados num baldio.
Fi-lo e faço-o por necessidade minha, pessoal, não porque a eles e aos seus corpos lhes sirva para alguma coisa.
O meu luto não passa por funerais, o meu luto está na minha cabeça e no meu coração. Só eu sei o que sofri pela morte de todos os meus animais, especialmente a Tsunami e o Noddy, e ambos foram cremados no canil municipal.LucNun Escreveu: E sim, pode-se avaliar os sentimentos de uma pessoa pelo modo como trata o cadáver. Porque os sentimentos dos que cá ficam não acabam com a morte do corpo e o luto é a sua manifestação.
O luto eu fi-lo por muitos e longos meses de tristeza e angústia. E então, por cremá-los sou menos dona que os que enterram? Por levá-los para o canil onde são atirados como entulho, sou ou fui menos dona do que os outros? Pois eu tenho a certeza que não.
Última edição por texuga em terça abr 21, 2009 11:04 am, editado 1 vez no total.
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texuga
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Sem mais nem ontemdinodane Escreveu:Não concordo. As leis que existem sobre isso são de carácter sanitário, a maior preocupação subjacente é a saúde pública e não a "dignidade" dos cadáveres.mas o que é certo é que a própria Lei tem legislação relativa à protecção de cadáver, contra a profanação do mesmo. Portanto isto representa que a morte deve ser encarada com respeito
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Claro que não é menos dona por fazer assim, e de facto o luto faz-se dentro de nós. Mas o que, pelo menos a mim, me choca ver tratar os corpos dos nossos animais como entulho é precisamente essa maneira de os tratar.texuga Escreveu:...
O meu luto não passa por funerais, o meu luto está na minha cabeça e no meu coração. Só eu sei o que sofri pela morte de todos os meus animais, especialmente a Tsunami e o Noddy, e ambos foram cremados no canil municipal.LucNun Escreveu: E sim, pode-se avaliar os sentimentos de uma pessoa pelo modo como trata o cadáver. Porque os sentimentos dos que cá ficam não acabam com a morte do corpo e o luto é a sua manifestação.
O luto eu fi-lo por muitos e longos meses de tristeza e angústia. E então, por cremá-los sou menos dona que os que enterram? Por levá-los para o canil onde são atirados como entulho, sou ou fui menos dona do que os outros? Pois eu tenho a certeza que não.
E é a ela que nós, os mais sensíveis a essas coisas, nos referimos quando falamos em falta de dignidade na sua morte. Porque, queiramos ou não, é a imagem daquele corpo que evocamos quando recordamos o animal, animado de vida, pela alma, se quisermos
Os funerais são apenas riituais que criámos, desde que nos tornámos seres pensantes e criadores de noções como a ética e a logística, para podermos suportar o luto e a dor causada pelo desaparecimento definitivo de alguém, pessoa ou animal, que amámos.. Por isso, não me parece de facto saudável desligar-se assim tão friamente do fim dado a essa carcaça.
Foi por isso que doeu ver os meus dois cães tratados como mero material para "incinerar", e por isso falo de indignidade na sua morte, sim, pois a minha ligação afectiva com eles, toda uma vida em que deles recebi e lhes dei, dificulta-me o vê-los tratados como meros "resíduos sólidos". O que não tem nada a ver com cemitérios, polimento de lápides, conversas com os mortos e encher as campas de flores frescas, actividades a que não sou absolutamente nada dada.
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Não é inteiramente assim. Há profanações de cadáveres punidas por lei que são de carácter moral: o roubo de jóias e dentes de ouro, por exemplo.texuga Escreveu:Sem mais nem ontemdinodane Escreveu:Não concordo. As leis que existem sobre isso são de carácter sanitário, a maior preocupação subjacente é a saúde pública e não a "dignidade" dos cadáveres.mas o que é certo é que a própria Lei tem legislação relativa à protecção de cadáver, contra a profanação do mesmo. Portanto isto representa que a morte deve ser encarada com respeito
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Claro que sim, mas eu referia-me concretamente à ilegalidade de enterros humanos e animais em locais que não os expressamente indicados para esse fim, i.e. cemitérios para as pessoas, aterros para os animais.
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texuga
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Mas lá estamos nós a falar dos nossos sentimentos e como é melhor PARA NÓS o tratamento dos cadáveres...LucNun Escreveu:Claro que não é menos dona por fazer assim, e de facto o luto faz-se dentro de nós. Mas o que, pelo menos a mim, me choca ver tratar os corpos dos nossos animais como entulho é precisamente essa maneira de os tratar.texuga Escreveu:...
O meu luto não passa por funerais, o meu luto está na minha cabeça e no meu coração. Só eu sei o que sofri pela morte de todos os meus animais, especialmente a Tsunami e o Noddy, e ambos foram cremados no canil municipal.LucNun Escreveu: E sim, pode-se avaliar os sentimentos de uma pessoa pelo modo como trata o cadáver. Porque os sentimentos dos que cá ficam não acabam com a morte do corpo e o luto é a sua manifestação.
O luto eu fi-lo por muitos e longos meses de tristeza e angústia. E então, por cremá-los sou menos dona que os que enterram? Por levá-los para o canil onde são atirados como entulho, sou ou fui menos dona do que os outros? Pois eu tenho a certeza que não.
E é a ela que nós, os mais sensíveis a essas coisas, nos referimos quando falamos em falta de dignidade na sua morte. Porque, queiramos ou não, é a imagem daquele corpo que evocamos quando recordamos o animal, animado de vida, pela alma, se quisermos
Os funerais são apenas riituais que criámos, desde que nos tornámos seres pensantes e criadores de noções como a ética e a logística, para podermos suportar o luto e a dor causada pelo desaparecimento definitivo de alguém, pessoa ou animal, que amámos.. Por isso, não me parece de facto saudável desligar-se assim tão friamente do fim dado a essa carcaça.
Foi por isso que doeu ver os meus dois cães tratados como mero material para "incinerar", e por isso falo de indignidade na sua morte, sim, pois a minha ligação afectiva com eles, toda uma vida em que deles recebi e lhes dei, dificulta-me o vê-los tratados como meros "resíduos sólidos". O que não tem nada a ver com cemitérios, polimento de lápides, conversas com os mortos e encher as campas de flores frescas, actividades a que não sou absolutamente nada dada.
E eu reformulo a minha pergunta, em que é que o tratamento dado a um cadáver de um animal nosso, influencia o que nós somos enquanto donas/donos? Sou pior dona por levar o cadáver do meu cão a um canil municipal para ser cremado, em vez de o enterrar?
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Ó Texuga, obviamente que estas questões só se põem em função de NÓS, os que cá ficamos, os que permanecemos vivos!texuga Escreveu:
Mas lá estamos nós a falar dos nossos sentimentos e como é melhor PARA NÓS o tratamento dos cadáveres...
E eu reformulo a minha pergunta, em que é que o tratamento dado a um cadáver de um animal nosso, influencia o que nós somos enquanto donas/donos? Sou pior dona por levar o cadáver do meu cão a um canil municipal para ser cremado, em vez de o enterrar?
Quanto à segunda parte da sua questão, considero que está mais do que respondida e que por isso não faz sentido continuar a marralhar no mesmo. Portanto, fico-me por aqui.
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1º parágrafo: não era isso que eu queria dizerLucNun Escreveu:Ó Texuga, obviamente que estas questões só se põem em função de NÓS, os que cá ficamos, os que permanecemos vivos!texuga Escreveu:
Mas lá estamos nós a falar dos nossos sentimentos e como é melhor PARA NÓS o tratamento dos cadáveres...
E eu reformulo a minha pergunta, em que é que o tratamento dado a um cadáver de um animal nosso, influencia o que nós somos enquanto donas/donos? Sou pior dona por levar o cadáver do meu cão a um canil municipal para ser cremado, em vez de o enterrar?![]()
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Nunca vi nenhum morto debater se o seu funeral foi digno ou não foi!
Quanto à segunda parte da sua questão, considero que está mais do que respondida e que por isso não faz sentido continuar a marralhar no mesmo. Portanto, fico-me por aqui.
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Não. Não é menos boa dona por mandar os seus animais para o canil para serem cremados.texuga Escreveu:O meu luto não passa por funerais, o meu luto está na minha cabeça e no meu coração. Só eu sei o que sofri pela morte de todos os meus animais, especialmente a Tsunami e o Noddy, e ambos foram cremados no canil municipal.
O luto eu fi-lo por muitos e longos meses de tristeza e angústia. E então, por cremá-los sou menos dona que os que enterram? Por levá-los para o canil onde são atirados como entulho, sou ou fui menos dona do que os outros? Pois eu tenho a certeza que não.
Aliás, que outras alternativas os donos têm, se não tiverem terrenos próprios ou dinheiro para os manter num cemitério?
A própria Texxuga diz que anteriormente também enterrou animais seus, no seu terreno, logo, parece que se procedeu agora de forma diferente, foi porque não teve outra alternativa.
Deve ter sido tão boa dona para os que enterrou como para os que mandou para o canil para cremação.
Penso é que devemos respeitar a forma como cada um de nós reage, se nos sentimos bem ir ao cemitério, pôr flores, etc. e porque não?
Se outro de nós opta por cremar, mandar para aterro, mesmo que tenha outras condições e porque não também?
Continuo a dizer, o que conta para ser melhor ou pior dono é o tratamento que lhes damos em vida.
O que fazemos com os corpos dos nossos animais depois de mortos, é apenas e sómente para nós. Conforme as nossas possibilidades agimos da forma que nos é menos penosa. Se isso passar por enterrar um animal quer seja no nosso terreno ou num cemitério, vamos achar que essa é a melhor homenagem que lhe prestamos.
MiausRafa,
A questão levantou-se porque alguém algures aí para trás, disse que a estima que cada um tem pelos seus animais é revelada também no destino dado aos restos mortais dos mesmos. Ou seja, quem os manda cremar ou quem deseja que fiquem em céu aberto para fazerem parte do ciclo da vida, como foi sugerido pelo Fang noutro tópico, parece que afinal é mau dono...
São as conclusões brilhantes e precipitadas que algumas mentes iluminadas tiram...
A questão levantou-se porque alguém algures aí para trás, disse que a estima que cada um tem pelos seus animais é revelada também no destino dado aos restos mortais dos mesmos. Ou seja, quem os manda cremar ou quem deseja que fiquem em céu aberto para fazerem parte do ciclo da vida, como foi sugerido pelo Fang noutro tópico, parece que afinal é mau dono...
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texuga
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Epá enganei-me e respondi vestida de clone

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tlopes
A situação de contas múltiplas já foi corrigida pela moderação. Qualquer questão sobre o assunto, entrem em contacto com a moderação. Por favor retomem o tema do tópico.
Editado para acrescentar: O tópico foi editado. Por favor mantenham-se dentro do tema. Outras considerações sobre humanos e escolhas financeiras devem ser tratados no fórum "Outros tópicos".
Melhores cumprimentos,
Editado para acrescentar: O tópico foi editado. Por favor mantenham-se dentro do tema. Outras considerações sobre humanos e escolhas financeiras devem ser tratados no fórum "Outros tópicos".
Melhores cumprimentos,
( É um pouco dificil dissociar-se o factor humano e financeiro neste tópico).
O meu cão está velho. Tem já um longo caminho percorrido.
Já pensei algumas vezes neste assunto. Provavelmente vou enterrá-lo aqui no meu terreno. Ou secalhar vai ser cremado. ... Não sei.
Sei que me vai doer e muito.
Mas a dignidade ( seja lá o que isso for ) faço questão que dure, enquanto ele tambem durar. Depois..... só me vai ficar a dor da ausência. E não vai ser nenhum " funeral " nem nenhuma " campa" ou jarra de flores que me vai tirar esse buraco do peito.
O meu cão está velho. Tem já um longo caminho percorrido.
Já pensei algumas vezes neste assunto. Provavelmente vou enterrá-lo aqui no meu terreno. Ou secalhar vai ser cremado. ... Não sei.
Sei que me vai doer e muito.
Mas a dignidade ( seja lá o que isso for ) faço questão que dure, enquanto ele tambem durar. Depois..... só me vai ficar a dor da ausência. E não vai ser nenhum " funeral " nem nenhuma " campa" ou jarra de flores que me vai tirar esse buraco do peito.
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
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