tarasofia Escreveu:Estes temas que movimetam paixões são sempres interessantes... por um lado parece consensual que as associações estão vocacionadas para cães e gatos porque estes são os mais populares e por consequencia os frequentemente mais abandonados. Por outro lado a moda dos exoticos pode ( como ja foi referido, e nomeados vários exemplos ) seguir o mesmo trajecto. De facto parece-me que é muito mais simples uma associação manter animais como cobras, do que cães, sem dúvida... é só uma questão de aparecer alguem que saiba cuidar destes animais e se dedique a esta causa ( ou um grupo de pessoas).
Mas a questão ainda persiste... afinal há mesmo animais com mais direitos que os outros, não há? Falou-se aqui de cães, gatos, cobras e ratazanas, iguanos e tartarugas... Mas, exceptuando uma referencia às coelhas pouco ou nada se disse sobre os direitos dos animais que nós comemos.
Volta e meia surge nas noticias casos de abandono de manadas de vacas, que acabam poe morrer à fome e à sede, porcos e cavalos, ovelhas... Casos extremos que culminam quase sempre com a morte por negligencia deste animais. E os culpados destes sofrimentos atrozes são punidos?
Quem se preocupa se o borrego servido na ceia de natal foi abatido após uma correcta insensibilização? que foi transportado e mantido com todos os cuidados por forma a minorar o seu stress?
E o leite que bebemos... quantas pessoas se lembram que para que nos possamos consumi-lo um bezerro foi separado da mãe à nasceça? e que por cada 100 bezerrinhos nascidos talves 1/4 morra antes da idade adulta??? Que grupos de 5/6 galinhas vivem em gaiolas com menos de 1m2 toda a sua vida produtiva, com as patas deformadas por estarem sempre em cima de rede, para produzirem ovos?
Eu como carne e bebo leite, mas questiono-me muitas vezes sobre as condições de vida dos animais que sacrificamos para a nossa alimentação. Penso que estes animais não devem ser esquecidos, pelo contrario mereciam muito mais a nossa atenção tendo em conta o que nos dão...
óptimo comentário Sofia.
Na verdade começo a ver alguma esperança para o problema que aqui expôs, pelo menos na minha área de residência existem já duas mercearias com produtos de origem biológica. Os ovos e vegetais que consumo são de origem biológica, mas quando falamos de carne, por exemplo, a coisa muda de figura.
A carne de origem biológica é sempre mais cara que a de aviário, e neste momento o país atravessa uma crise (e estou incluída nela) em que é muito difícil suportar as custas de uma alimentação 100% biológica que iria, obviamente, beneficiar os animais de consumo humano.
Acho que é difícil sensibilizar os responsáveis pelo abate de animais em massa porque eles somos nós, e com isto refiro-me á grande maioria (eu incluída) que compra carne em grandes superfícies, onde os animais carecem quer de uma vida ou morte digna.
Sempre que posso, sobretudo nas carnes vermelhas, tento comprar de origem biológica, pois além de serem melhores o próprio sabor é MUITO melhor, mas enquanto não houver um consenso entre preço qualidade tenho de me render ao inevitável.