Claro que a dominância existe.
Existe em todas as sociedades gregárias - nas humanas, também.
A humanização, para mim, é quando o dono procura agradar ao cão, segundo critérios humanos.
A felicidade do cão é passear, grandes sessões de cheiranço, brincar ou trabalhar,receber a aprovação do dono - a caça, pex, reune tudo isto.
Não é comer à mesa conosco, ver televisão, vestir roupinhas larocas e outras que tais.
Agora, reforço a minha ideia - cão e homem estão juntos desde sempre.
É natural o dono dar um pouco da sua comida ao cão, é natural dormirem na mesma sala, é natural o cão estar perto do dono quando este se ocupa de outras coisas.
Sempre foi assim.
Estas regras de dono=alfa parecem-me mais como o isolamento do cão em relação ao dono.
Cada um no seu cantinho.
É semelhante á esterilização como meio de evitar piómetras - se não existe relação, não existem problemas...
E a dominância não tem que se combater com porrada, mas sim com postura.
Eis o ponto fulcral.
A meu ver o dono não tem que ser o alfa.
As lutas de dominância são entre cães.
O dono, pela sua postura, está acima disso.
Penso eu - mas posso estar errada - que o dono deve evitar interferir na hierárquia canina.
Penso até, que muitos problemas resultam do dono promover um cão na sua afeição alterando a ordem natural.
Eu não tenho muitos cães mas há aqui quem tenha e, estas pessoas, dizem-me que normalmente as lutas não passam de muitas ladradelas, atitudes agressivas, rosnanços e mesmo dentadas até que um se subordine.