Urgente, novamente os vizinhos...contra o meu cão

[jotapera]

"os vizinhos contra o meu cão"

Congratulo-me por ver, neste fórum, alguns donos com palavras sensatas. Tenho pena, porém, que sejam dois ou três. Neste fórum, ou no país em geral, o que mais vejo é a cultura da irresponsabilidade e do laxismo educativo em relação aos animais e à sua presença em sociedade. Entristece-me, de cada vez que venho a este fórum, ver a minúscula minoria dos que consideram completamente intoleráveis situações de ruído envolvendo animais.

A teimosia, a birra, a cegueira, o complexo de perseguição e a falta de civismo de muitos donos de animais acabará por fazer os outros, os responsáveis, a levar por tabela. Cada vez mais a presença de cães em sociedade carrega uma conotação negativa, o peso de algo a evitar. Os poucos donos que têm consciência de como um animal deve ser educado acabarão por sofrer consequências e penalizações injustas, ao nível da lei, pelo comportamento geral desta gente moderna que meteu na cabeça que "queria ter um cão" e não faz a mínima ideia do que isso é.

Não falo somente dos que deixam estes animais sozinhos num apartamento, de dia ou de noite, ou dos que os deixam no quintal, amarrados ou não - a questão da crueldade não é fulcral para abordar o problema-chave destas situações. O problema é a total inaptidão destas multidões dos "cães" para os educar em condições. Da falta de noção sobre que motiva estes bichos, do que esperam da vida e dos seus "donos".

Vejamos, os vizinhos queixam-se de que o cão ladra. Reacções: "os cães ladram, é natural". "As pessoas também fazem barulho!" "Isto são os vizinhos a embirrar". "Deixe-o ladrar, eles que usem tampões!"

Genial. Tudo pelos cãezinhos, nada a favor do respeito pelas pessoas. É este o nível a que descem. Motivado, profundamente, por um pensamento que defende o animal como "bom por natureza" e as pessoas, pelo contrário, más, embirrantes, conflituosas. O animal ladra "porque é natural", mas as pessoas reclamam "porque gostam de embirrar". Reparem como o "amor" por estes bichos pode levar a estas leituras doentias da realidade.

Quando as pessoas que se apanham nesta situação de terem vizinhos a queixarem-se, situação que consideram sempre muito injusta, é vê-los a tentarem resolver imediatamente a situação? Nem por sombras. Primeiro tentam defender-se com a lei, e quando vêem que esta, felizmente, não os favorece muito, embora os favoreça demais, passam para tentar arranjar outras soluções, nunca considerando que os vizinhos, em geral, terão toda a razão. Solução nr 1: coleira anti latido. Rejeitam, dizem que é cruel. É cruel o animal levar uma borrifada ou um choque mínimo por ladrar, mas não é nada cruel a vizinhança aturar o barulho. Solução nr 2: escola de treino. É cara, etc. E entretanto passam-se meses, anos, dolorosamente, com um "dono" cego e incapaz, defendendo um pobre animalzinho contra "tudo e todos". E, em plano de fundo, uma vizinhança a aturar os latidos. Triste imagem e triste figura.

Solução nr 3: educar o animal? Ensiná-lo? Discipliná-lo? É para esquecer. Esta gente não tem capacidade para isso. Possuo cães, assim como muitos amigos meus, e para nós é totalmente alienígena a ideia de um cão a ladrar porque lhe apetece. Totalmente estranha e inconcebível a situação de um animal destes a incomodar a vizinhança sem que nada pudéssemos fazer para o impedir. Mas isso é porque sabemos mostrar ao animal quem é que manda, pois é isso que ele, na sua natureza, pede. Essa educação faz-se desde o primeiro contacto, seja o animal bebé ou não. Faz-se pela postura, pela noção da hierarquia, sem medo. Impossível pedir a estas senhoras que saibam dar uma palmada forte no animal, porque "é cruel" e porque "têm medo". Mas, na verdade, cruel é estes animais terem como "donos" pessoas sem autoridade, com medo de que o cão "se vire contra elas". Porque é esse papel autoritário que o cão pede, devido à sua natureza. Mas enquanto persistirem na alucinação de que o animal é um bichinho lindo que só quer amor, continuarão a ter um problema para o resto da vida, um problema moral e um problema de saber estar em sociedade.

É lamentável. Depois admiram-se que os animais apareçam envenenados, depois admiram-se que as pessoas não os possam suportar. Conheço casos de gente que comprou casa e teve de mudar por causa do barulho dos animais... Conheço casos de queixas que se prolongaram durante um, dois três e quatro anos, acabando em tribunal alguns, outros não. Mas, fundamentalmente, conheço a postura de quem é responsável por isto: donos incapazes de disciplinar um animal. O animal ladra porque não foi educado e não sabe obedecer às ordens do "dono", e porque está completamente fora do seu papel, que deve ser de um meio-termo equilibrado, feliz e obediente.

E é por isso que digo: muitos donos responsáveis hão de pagar, um dia, por tabela, pelo comportamento desta gente sem noção. Tal como os donos de raças potencialmente perigosas acabaram por pagar pelo comportamento de alguns. Estas situações dos cães a fazer barulho, dos cães a sujarem a via pública e não só, dos cães soltos a atacarem pessoas e crianças, avolumam-se em Portugal. De um lado temos um grupo de "donos" desmiolados, a aumentar em número, e do outro temos uma população que cada vez menos tem paciência para estes e outros animais. Esta situação não vai durar para sempre, e um dia virá legislação severa para resolver estes problemas criados por gente irresponsável, que hoje, infelizmente, constituem a maioria.

Culpo, por isto, a cultura geral destes "aficionados" de cães, ignorantes, culpo a propaganda das lojas de animais, culpo a política do "adopte um animal coitadinho é tão querido", culpo a inoperância da polícia e dos tribunais, e principalmente, acima de tudo, a vida infeliz, irresponsável e pouco inteligente de quem é culpado por estas situações.


edgar cardoso

[Ponky]

Jotapera ufa...

Foi longo mas...é mesmo isso!!

[Tarareka]

Jotapera... Aplaudo de pé este seu comentário!

Sim senhor...!!!

[dinodane]

So true.

[pathelen]

É isso mesmo Jotapera...

Infelizmente por causa de uns, pagam os outros!

Foi sempre assim... e dificil é conseguir mudar as mentalidades!

[c_saraiva]

"os vizinhos contra o meu cão"

Congratulo-me por ver, neste fórum, alguns donos com palavras sensatas. Tenho pena, porém, que sejam dois ou três. Neste fórum, ou no país em geral, o que mais vejo é a cultura da irresponsabilidade e do laxismo educativo em relação aos animais e à sua presença em sociedade. Entristece-me, de cada vez que venho a este fórum, ver a minúscula minoria dos que consideram completamente intoleráveis situações de ruído envolvendo animais.

A teimosia, a birra, a cegueira, o complexo de perseguição e a falta de civismo de muitos donos de animais acabará por fazer os outros, os responsáveis, a levar por tabela. Cada vez mais a presença de cães em sociedade carrega uma conotação negativa, o peso de algo a evitar. Os poucos donos que têm consciência de como um animal deve ser educado acabarão por sofrer consequências e penalizações injustas, ao nível da lei, pelo comportamento geral desta gente moderna que meteu na cabeça que "queria ter um cão" e não faz a mínima ideia do que isso é.

Não falo somente dos que deixam estes animais sozinhos num apartamento, de dia ou de noite, ou dos que os deixam no quintal, amarrados ou não - a questão da crueldade não é fulcral para abordar o problema-chave destas situações. O problema é a total inaptidão destas multidões dos "cães" para os educar em condições. Da falta de noção sobre que motiva estes bichos, do que esperam da vida e dos seus "donos".

Vejamos, os vizinhos queixam-se de que o cão ladra. Reacções: "os cães ladram, é natural". "As pessoas também fazem barulho!" "Isto são os vizinhos a embirrar". "Deixe-o ladrar, eles que usem tampões!"

Genial. Tudo pelos cãezinhos, nada a favor do respeito pelas pessoas. É este o nível a que descem. Motivado, profundamente, por um pensamento que defende o animal como "bom por natureza" e as pessoas, pelo contrário, más, embirrantes, conflituosas. O animal ladra "porque é natural", mas as pessoas reclamam "porque gostam de embirrar". Reparem como o "amor" por estes bichos pode levar a estas leituras doentias da realidade.

Quando as pessoas que se apanham nesta situação de terem vizinhos a queixarem-se, situação que consideram sempre muito injusta, é vê-los a tentarem resolver imediatamente a situação? Nem por sombras. Primeiro tentam defender-se com a lei, e quando vêem que esta, felizmente, não os favorece muito, embora os favoreça demais, passam para tentar arranjar outras soluções, nunca considerando que os vizinhos, em geral, terão toda a razão. Solução nr 1: coleira anti latido. Rejeitam, dizem que é cruel. É cruel o animal levar uma borrifada ou um choque mínimo por ladrar, mas não é nada cruel a vizinhança aturar o barulho. Solução nr 2: escola de treino. É cara, etc. E entretanto passam-se meses, anos, dolorosamente, com um "dono" cego e incapaz, defendendo um pobre animalzinho contra "tudo e todos". E, em plano de fundo, uma vizinhança a aturar os latidos. Triste imagem e triste figura.

Solução nr 3: educar o animal? Ensiná-lo? Discipliná-lo? É para esquecer. Esta gente não tem capacidade para isso. Possuo cães, assim como muitos amigos meus, e para nós é totalmente alienígena a ideia de um cão a ladrar porque lhe apetece. Totalmente estranha e inconcebível a situação de um animal destes a incomodar a vizinhança sem que nada pudéssemos fazer para o impedir. Mas isso é porque sabemos mostrar ao animal quem é que manda, pois é isso que ele, na sua natureza, pede. Essa educação faz-se desde o primeiro contacto, seja o animal bebé ou não. Faz-se pela postura, pela noção da hierarquia, sem medo. Impossível pedir a estas senhoras que saibam dar uma palmada forte no animal, porque "é cruel" e porque "têm medo". Mas, na verdade, cruel é estes animais terem como "donos" pessoas sem autoridade, com medo de que o cão "se vire contra elas". Porque é esse papel autoritário que o cão pede, devido à sua natureza. Mas enquanto persistirem na alucinação de que o animal é um bichinho lindo que só quer amor, continuarão a ter um problema para o resto da vida, um problema moral e um problema de saber estar em sociedade.

É lamentável. Depois admiram-se que os animais apareçam envenenados, depois admiram-se que as pessoas não os possam suportar. Conheço casos de gente que comprou casa e teve de mudar por causa do barulho dos animais... Conheço casos de queixas que se prolongaram durante um, dois três e quatro anos, acabando em tribunal alguns, outros não. Mas, fundamentalmente, conheço a postura de quem é responsável por isto: donos incapazes de disciplinar um animal. O animal ladra porque não foi educado e não sabe obedecer às ordens do "dono", e porque está completamente fora do seu papel, que deve ser de um meio-termo equilibrado, feliz e obediente.

E é por isso que digo: muitos donos responsáveis hão de pagar, um dia, por tabela, pelo comportamento desta gente sem noção. Tal como os donos de raças potencialmente perigosas acabaram por pagar pelo comportamento de alguns. Estas situações dos cães a fazer barulho, dos cães a sujarem a via pública e não só, dos cães soltos a atacarem pessoas e crianças, avolumam-se em Portugal. De um lado temos um grupo de "donos" desmiolados, a aumentar em número, e do outro temos uma população que cada vez menos tem paciência para estes e outros animais. Esta situação não vai durar para sempre, e um dia virá legislação severa para resolver estes problemas criados por gente irresponsável, que hoje, infelizmente, constituem a maioria.

Culpo, por isto, a cultura geral destes "aficionados" de cães, ignorantes, culpo a propaganda das lojas de animais, culpo a política do "adopte um animal coitadinho é tão querido", culpo a inoperância da polícia e dos tribunais, e principalmente, acima de tudo, a vida infeliz, irresponsável e pouco inteligente de quem é culpado por estas situações.


edgar cardoso

Está tudo dito!

[aisd]

Não há aqui uma certa tendência para ir do 8 ao 80 ?
É que há vizinhos embirrantes...

Tenho uma amiga que tem uma PA num quintal, quintal esse rodeado de prédios.A PA, de seu normal, é sossegada.
Pois os vizinhos de cima chamaram a polícia porque a cadela ladrava, o que espantou a minha amiga pois, como já disse, a cadela é sossegada.

Um dia fingiu sair mas ficou em casa.
Pois, os tais vizinhos passaram a manhã a atiçar a cadela, inclusivé atiraram-lhe água para cima, para a provocarem...
Segundo percebi está em causa o desejo que existia da casa ir para familiares dos tais vizinhos.
A minha amiga vai meter advogada e, possívelmente, queixa.

Outra amiga minha, sem animais, teve uma luta com os vizinhos que inclusivé lhe deixavam lixo à porta de casa, por causa do condomínio.
Este condomínio deve ser um "espanto" porque um dos membros verteu uma lata de tinta amarela em cima do carro de outro membro...
Ela - a minha amiga - mudou de casa.

Tem razão quando diz que as pessoas não se incomodam a poupar as outras pessoas a inconvinientes, mas não me parece que seja só, nem principalmente, dos animais.

Só para exemplificar, aqui, onde eu moro, o padre decidiu transmitir a missa pelos altifalantes, todo o mês de Maio.

E a festa cá do sítio ?
Transmissão pelos altifalantes da música até às tantas da manhã...
É de tal ordem que planeio sempre ir de férias nessa altura...a ver se durmo.

[moslie]

Estas palavras podem parecer duras mas é mesmo assim. Eu concordo com o jotap , nunca me atrevi a causar problemas a terceiros por causa dos meus bichos, porque afinal os outros não tem nada que levar com eles.

O grande problema é as pessoas enfrentarem a realidade: se não temos espaço nem tempo, se calhar não devemos ter animais.

E infelizmente assisti por 2 ou 3 vezes a situações extremas em que os donos fecharam os olhos aos problemas e no fim quem pagou e com a vida foram os cães.

[n3ka]

"os vizinhos contra o meu cão"

Congratulo-me por ver, neste fórum, alguns donos com palavras sensatas. Tenho pena, porém, que sejam dois ou três. Neste fórum, ou no país em geral, o que mais vejo é a cultura da irresponsabilidade e do laxismo educativo em relação aos animais e à sua presença em sociedade. Entristece-me, de cada vez que venho a este fórum, ver a minúscula minoria dos que consideram completamente intoleráveis situações de ruído envolvendo animais.

A teimosia, a birra, a cegueira, o complexo de perseguição e a falta de civismo de muitos donos de animais acabará por fazer os outros, os responsáveis, a levar por tabela. Cada vez mais a presença de cães em sociedade carrega uma conotação negativa, o peso de algo a evitar. Os poucos donos que têm consciência de como um animal deve ser educado acabarão por sofrer consequências e penalizações injustas, ao nível da lei, pelo comportamento geral desta gente moderna que meteu na cabeça que "queria ter um cão" e não faz a mínima ideia do que isso é.

Não falo somente dos que deixam estes animais sozinhos num apartamento, de dia ou de noite, ou dos que os deixam no quintal, amarrados ou não - a questão da crueldade não é fulcral para abordar o problema-chave destas situações. O problema é a total inaptidão destas multidões dos "cães" para os educar em condições. Da falta de noção sobre que motiva estes bichos, do que esperam da vida e dos seus "donos".

Vejamos, os vizinhos queixam-se de que o cão ladra. Reacções: "os cães ladram, é natural". "As pessoas também fazem barulho!" "Isto são os vizinhos a embirrar". "Deixe-o ladrar, eles que usem tampões!"

Genial. Tudo pelos cãezinhos, nada a favor do respeito pelas pessoas. É este o nível a que descem. Motivado, profundamente, por um pensamento que defende o animal como "bom por natureza" e as pessoas, pelo contrário, más, embirrantes, conflituosas. O animal ladra "porque é natural", mas as pessoas reclamam "porque gostam de embirrar". Reparem como o "amor" por estes bichos pode levar a estas leituras doentias da realidade.

Quando as pessoas que se apanham nesta situação de terem vizinhos a queixarem-se, situação que consideram sempre muito injusta, é vê-los a tentarem resolver imediatamente a situação? Nem por sombras. Primeiro tentam defender-se com a lei, e quando vêem que esta, felizmente, não os favorece muito, embora os favoreça demais, passam para tentar arranjar outras soluções, nunca considerando que os vizinhos, em geral, terão toda a razão. Solução nr 1: coleira anti latido. Rejeitam, dizem que é cruel. É cruel o animal levar uma borrifada ou um choque mínimo por ladrar, mas não é nada cruel a vizinhança aturar o barulho. Solução nr 2: escola de treino. É cara, etc. E entretanto passam-se meses, anos, dolorosamente, com um "dono" cego e incapaz, defendendo um pobre animalzinho contra "tudo e todos". E, em plano de fundo, uma vizinhança a aturar os latidos. Triste imagem e triste figura.

Solução nr 3: educar o animal? Ensiná-lo? Discipliná-lo? É para esquecer. Esta gente não tem capacidade para isso. Possuo cães, assim como muitos amigos meus, e para nós é totalmente alienígena a ideia de um cão a ladrar porque lhe apetece. Totalmente estranha e inconcebível a situação de um animal destes a incomodar a vizinhança sem que nada pudéssemos fazer para o impedir. Mas isso é porque sabemos mostrar ao animal quem é que manda, pois é isso que ele, na sua natureza, pede. Essa educação faz-se desde o primeiro contacto, seja o animal bebé ou não. Faz-se pela postura, pela noção da hierarquia, sem medo. Impossível pedir a estas senhoras que saibam dar uma palmada forte no animal, porque "é cruel" e porque "têm medo". Mas, na verdade, cruel é estes animais terem como "donos" pessoas sem autoridade, com medo de que o cão "se vire contra elas". Porque é esse papel autoritário que o cão pede, devido à sua natureza. Mas enquanto persistirem na alucinação de que o animal é um bichinho lindo que só quer amor, continuarão a ter um problema para o resto da vida, um problema moral e um problema de saber estar em sociedade.

É lamentável. Depois admiram-se que os animais apareçam envenenados, depois admiram-se que as pessoas não os possam suportar. Conheço casos de gente que comprou casa e teve de mudar por causa do barulho dos animais... Conheço casos de queixas que se prolongaram durante um, dois três e quatro anos, acabando em tribunal alguns, outros não. Mas, fundamentalmente, conheço a postura de quem é responsável por isto: donos incapazes de disciplinar um animal. O animal ladra porque não foi educado e não sabe obedecer às ordens do "dono", e porque está completamente fora do seu papel, que deve ser de um meio-termo equilibrado, feliz e obediente.

E é por isso que digo: muitos donos responsáveis hão de pagar, um dia, por tabela, pelo comportamento desta gente sem noção. Tal como os donos de raças potencialmente perigosas acabaram por pagar pelo comportamento de alguns. Estas situações dos cães a fazer barulho, dos cães a sujarem a via pública e não só, dos cães soltos a atacarem pessoas e crianças, avolumam-se em Portugal. De um lado temos um grupo de "donos" desmiolados, a aumentar em número, e do outro temos uma população que cada vez menos tem paciência para estes e outros animais. Esta situação não vai durar para sempre, e um dia virá legislação severa para resolver estes problemas criados por gente irresponsável, que hoje, infelizmente, constituem a maioria.

Culpo, por isto, a cultura geral destes "aficionados" de cães, ignorantes, culpo a propaganda das lojas de animais, culpo a política do "adopte um animal coitadinho é tão querido", culpo a inoperância da polícia e dos tribunais, e principalmente, acima de tudo, a vida infeliz, irresponsável e pouco inteligente de quem é culpado por estas situações.


edgar cardoso

Uau

CERTÍSSIMO!

[Miboki]

O Jotapera disse tudo , concordo em absoluto tudo o que disse!

Também é verdade que há vizinhos que embirram... porque sim (felizmente não tenho experiências a este nível).

[xenita]

Bom Dia

Até pode ter razão.
Escrever, falar é muito fácil mas na prática.
Até o jotapera que escreveu é tão cívico, quando se trata dos outros??????
Mas que há vizinhos loucos, mesquinhas, picuinhas mais inhas……..
Costumo dizer de tolos e loucos todos temos um pouco. Isto é demais
Ontem fui visitar a minha irmã e levei as netas bebe 5meses e de 2 anos. Entre tanto foi hora da criança comer claro fez o seu choro para dizer que estava com fome. A vizinha dela pôs se aos gritos a dizer que nos estávamos a incomodar e que a cadela ladrava. Foi pura mentira eu estava lá ninguém me contou a cadela estava feliz saltava fazia tudo menos ladrar.
Meu carro ficou cravado de ameixas e cascas de ameixas esborrachadas por todo lado.
É de loucos e ela a janela a rir.
Antes de morar aqui morava tb numa vivenda tinha uma vizinha que todos os dias levava o cão um galgo para fazer o cocó a minha porta.
Passei a varrer e juntei uns quantos e fui colocar a porta dela.
Fez um escândalo, apenas lhe disse são seus da semana toda.
Remédio santo nunca mais levou o cão para a minha porta.
Certas pessoas tem que ser tratados como merecem abaixo de cão.

[cbraga]

Eu tenho uma vizinha, numa moradia, com espaço exterior, que tem um cão.
Mas, como nao tem noçao do tipo de necessidade que o cao tem (é um cao de caça), e nao quer o jardim estragado, prende o cão durante o dia, quando não estão.
O bicho ladra que se farta.
Eu tenho pena dele, mas confesso que já me apeteceu chamar as autoridades, porque um cao fazer ruido umas horas seguidas é demais. Para os nossos ouvidos e para o cão.
Não estamos a falar dos primeiros dias dos cães nas suas casas novas, pois contra isso não há nada a fazer.
Eu tenho dois cães.
Quando o meu Husky era pequeno, dormia no exterior e por vezes uivava durante a noite, quando ouvia os outros a ladrar. Nessas alturas eu recolhia-o para dentro de casa, pois ninguém é obrigado a aturar o barulho do meu cão, muito menos durante a noite.
Mais nenhum dos cães dos meus vizinhos faz isso.
Alguns porque como eu levam os cães a passear durante o dia.
Outros porque fazem companhia ao cão e o habituaram a dormir nos locais deles, colocando-lhes uma manta ou algo parecido, para sentirem o odor dos donos.
Ah. Claro que compraram o cão porque a filha queria, já tiveram cão, mas nunca como este, cão energico, que se vê impedido de estar no jardim para não o estragar.

[sweetdog]

"os vizinhos contra o meu cão"

Congratulo-me por ver, neste fórum, alguns donos com palavras sensatas. Tenho pena, porém, que sejam dois ou três. Neste fórum, ou no país em geral, o que mais vejo é a cultura da irresponsabilidade e do laxismo educativo em relação aos animais e à sua presença em sociedade. Entristece-me, de cada vez que venho a este fórum, ver a minúscula minoria dos que consideram completamente intoleráveis situações de ruído envolvendo animais.

A teimosia, a birra, a cegueira, o complexo de perseguição e a falta de civismo de muitos donos de animais acabará por fazer os outros, os responsáveis, a levar por tabela. Cada vez mais a presença de cães em sociedade carrega uma conotação negativa, o peso de algo a evitar. Os poucos donos que têm consciência de como um animal deve ser educado acabarão por sofrer consequências e penalizações injustas, ao nível da lei, pelo comportamento geral desta gente moderna que meteu na cabeça que "queria ter um cão" e não faz a mínima ideia do que isso é.

Não falo somente dos que deixam estes animais sozinhos num apartamento, de dia ou de noite, ou dos que os deixam no quintal, amarrados ou não - a questão da crueldade não é fulcral para abordar o problema-chave destas situações. O problema é a total inaptidão destas multidões dos "cães" para os educar em condições. Da falta de noção sobre que motiva estes bichos, do que esperam da vida e dos seus "donos".

Vejamos, os vizinhos queixam-se de que o cão ladra. Reacções: "os cães ladram, é natural". "As pessoas também fazem barulho!" "Isto são os vizinhos a embirrar". "Deixe-o ladrar, eles que usem tampões!"

Genial. Tudo pelos cãezinhos, nada a favor do respeito pelas pessoas. É este o nível a que descem. Motivado, profundamente, por um pensamento que defende o animal como "bom por natureza" e as pessoas, pelo contrário, más, embirrantes, conflituosas. O animal ladra "porque é natural", mas as pessoas reclamam "porque gostam de embirrar". Reparem como o "amor" por estes bichos pode levar a estas leituras doentias da realidade.

Quando as pessoas que se apanham nesta situação de terem vizinhos a queixarem-se, situação que consideram sempre muito injusta, é vê-los a tentarem resolver imediatamente a situação? Nem por sombras. Primeiro tentam defender-se com a lei, e quando vêem que esta, felizmente, não os favorece muito, embora os favoreça demais, passam para tentar arranjar outras soluções, nunca considerando que os vizinhos, em geral, terão toda a razão. Solução nr 1: coleira anti latido. Rejeitam, dizem que é cruel. É cruel o animal levar uma borrifada ou um choque mínimo por ladrar, mas não é nada cruel a vizinhança aturar o barulho. Solução nr 2: escola de treino. É cara, etc. E entretanto passam-se meses, anos, dolorosamente, com um "dono" cego e incapaz, defendendo um pobre animalzinho contra "tudo e todos". E, em plano de fundo, uma vizinhança a aturar os latidos. Triste imagem e triste figura.

Solução nr 3: educar o animal? Ensiná-lo? Discipliná-lo? É para esquecer. Esta gente não tem capacidade para isso. Possuo cães, assim como muitos amigos meus, e para nós é totalmente alienígena a ideia de um cão a ladrar porque lhe apetece. Totalmente estranha e inconcebível a situação de um animal destes a incomodar a vizinhança sem que nada pudéssemos fazer para o impedir. Mas isso é porque sabemos mostrar ao animal quem é que manda, pois é isso que ele, na sua natureza, pede. Essa educação faz-se desde o primeiro contacto, seja o animal bebé ou não. Faz-se pela postura, pela noção da hierarquia, sem medo. Impossível pedir a estas senhoras que saibam dar uma palmada forte no animal, porque "é cruel" e porque "têm medo". Mas, na verdade, cruel é estes animais terem como "donos" pessoas sem autoridade, com medo de que o cão "se vire contra elas". Porque é esse papel autoritário que o cão pede, devido à sua natureza. Mas enquanto persistirem na alucinação de que o animal é um bichinho lindo que só quer amor, continuarão a ter um problema para o resto da vida, um problema moral e um problema de saber estar em sociedade.

É lamentável. Depois admiram-se que os animais apareçam envenenados, depois admiram-se que as pessoas não os possam suportar. Conheço casos de gente que comprou casa e teve de mudar por causa do barulho dos animais... Conheço casos de queixas que se prolongaram durante um, dois três e quatro anos, acabando em tribunal alguns, outros não. Mas, fundamentalmente, conheço a postura de quem é responsável por isto: donos incapazes de disciplinar um animal. O animal ladra porque não foi educado e não sabe obedecer às ordens do "dono", e porque está completamente fora do seu papel, que deve ser de um meio-termo equilibrado, feliz e obediente.

E é por isso que digo: muitos donos responsáveis hão de pagar, um dia, por tabela, pelo comportamento desta gente sem noção. Tal como os donos de raças potencialmente perigosas acabaram por pagar pelo comportamento de alguns. Estas situações dos cães a fazer barulho, dos cães a sujarem a via pública e não só, dos cães soltos a atacarem pessoas e crianças, avolumam-se em Portugal. De um lado temos um grupo de "donos" desmiolados, a aumentar em número, e do outro temos uma população que cada vez menos tem paciência para estes e outros animais. Esta situação não vai durar para sempre, e um dia virá legislação severa para resolver estes problemas criados por gente irresponsável, que hoje, infelizmente, constituem a maioria.

Culpo, por isto, a cultura geral destes "aficionados" de cães, ignorantes, culpo a propaganda das lojas de animais, culpo a política do "adopte um animal coitadinho é tão querido", culpo a inoperância da polícia e dos tribunais, e principalmente, acima de tudo, a vida infeliz, irresponsável e pouco inteligente de quem é culpado por estas situações.


edgar cardoso

Parabens pelo comentário esta faboloso!

Relativamente as raças potencialmente perigosas, será que só os donos dessas raças é que deveriam fazer o seguro e ir a junta de freguesia apresentar a papelada do cão??

Eu acho que qualquer cão deveria ter o seu proprio seguro por vezes os cães mais pequenos são os piores que se atiram a tudo e a todos!

Como eu digo não há raças más ou boas mas sim donos que fazem os seus cães bons ou maus independentemente da raça que este tenha!

Cumps

[LuMaria]

Ao comentário do Jotapera só tenho a apontar a velha máxima para se viver em sociedade, tolerância. Concordo com a maior parte do discurso, mas falhou o meio termo, a tolerância. Deverá ser muito dificil viver por cima, por baixo ou ao lado do Jotapera, dado que corro o risco de ser alvo de intolerância.

Como diz a aisd, entre o 8 e o 80 vai uma enorme distância e tão exagerada é uma ponta como a outra.

[n3ka]

[quote="cbraga"]Eu tenho uma vizinha, numa moradia, com espaço exterior, que tem um cão.
Mas, como nao tem noçao do tipo de necessidade que o cao tem (é um cao de caça), e nao quer o jardim estragado, prende o cão durante o dia, quando não estão.
O bicho ladra que se farta.
Eu tenho pena dele, mas confesso que já me apeteceu chamar as autoridades, porque um cao fazer ruido umas horas seguidas é demais. Para os nossos ouvidos e para o cão.
Não estamos a falar dos primeiros dias dos cães nas suas casas novas, pois contra isso não há nada a fazer.
Eu tenho dois cães.
Quando o meu Husky era pequeno, dormia no exterior e por vezes uivava durante a noite, quando ouvia os outros a ladrar. Nessas alturas eu recolhia-o para dentro de casa, pois ninguém é obrigado a aturar o barulho do meu cão, muito menos durante a noite.
Mais nenhum dos cães dos meus vizinhos faz isso.
Alguns porque como eu levam os cães a passear durante o dia.
Outros porque fazem companhia ao cão e o habituaram a dormir nos locais deles, colocando-lhes uma manta ou algo parecido, para sentirem o odor dos donos.
Ah. Claro que compraram o cão porque a filha queria, já tiveram cão, mas nunca como este, cão energico, que se vê impedido de estar no jardim para não o estragar.[/quote]

Aconteceu-me o mesmo a uns anos atrás...
O meu vizinho da frente adquiriu um cão, com 2 anos, rafeiro e de grande porte... este cão passava 24h acorrentado à casota, e essas 24h eram passadas praticamente a ladrar e a "chorar"... O que me incomodou foi a aflição daquele cão!
Solução foi: falar com o vizinho (vizinho esse que nunca tinha falado antes na vida)... e um senhor já de idade...
Com educação expliquei-lhe as coisas, e ele explicou-me a mim que o cão estava preso pois não sabia se comportar quando estava solto, estragava o jardim e saltava constantemente às pessoas...
Assim propus-me a tentar resolver o problema... passei 2 meses, todos os dias a trabalhar com aquele cão... problema resolvido... cão nunca mais preso... agora só ladra para os gatos Ah e adora-me, vai todas as semanas passear comigo... vizinho agradecido e eu e o cão felizes da vida...

Mas claro que isto é uma solução para 1 em milhares...