Eu tenho 7 cães e apercebi-me que tenho um grande problema (sempre tive, mas agora tornou-se mesmo grave). Os meus cães têm ciúmes uns dos outros e inveja das coisas (comida, brinquedos, espaço...)
Eles estão sempre presos, por isso nunca armaram grande problema, mas este Verão resolvemos soltá-los. Mas, por causa de ciúmes, já os cães adultos tentaram matar as cachorras de 6 meses e dois deles já se envolveram numa luta, que não teve feridos porque os agarrámos logo no início (quando eles desistiram de olhar um para o outro e começaram a morder-se). Estas lutas também são causadas pela comida. Ao que parece eles acham sempre que a comida dos outros é muito mais interessante (tem o mesmo sabor e tudo, mas é muito mais interessante).
A melhor solução seria tê-los todos presos. Mas, após uma atenta observação, descobrimos que, quando estão presos, emagrecem, ficam apáticos e ganham mais carraças. Trocado por miúdos, ficam tristes.
Por isso, alguém sabe de alguma solução que não seja prendê-los? Sei que é normal os animais terem ciúmes e inveja uns dos outros, mas o caso agrava-se por causa das cachorras, que ainda são pequenas e não se podem defender. E também por causa do Infeliz, que está sempre preso: como os outros o detestam, podem magoá-lo a sério (isso já aconteceu uma vez: ficou com as tripas de fora e quase sem orelhas, mas safou-se)
Como é que vocês resolvem este tipo de problema? (aqueles que têm mais do que um cão)
ciúmes e inveja
Moderador: mcerqueira
Olá.
Vou-lhe dar a minha opinião sobre o assunto, e não veja aqui qualquer tentativa de me armar em expert:
Os cães são animais extremamente gregários, mas ao mesmo tempo necessitam de uma organização social com postos muito bem definidos - têm de encontrar o macho dominante, a fêmea dominante, e o processo de o fazerem é, normalmente através de confrontações físicas. que podem ir de simples comunicações de força até à lurta directa. A partir do momento em que a hierarquia esteja definida, as coisas entram na ordem e o número de lutas diminui drásticamente, podendo mesmo desaparecer. Não o fazem por ciúmes e inveja, fazem-no porque necessitam de saber quem é o chefe da matilha e que lugar é que cada um deles ocupa na hierarquia do grupo.
Esta é a parte fácil, porque é meramente teórica. O problema que você tem é como deichar que eles resolvam o problema de quem manda sem causarem grandes estragos. 7 cães a porfiar para ver quem é o mais forte dá de certeza chatice...
Pode tentar contornar o problema soltando-os juntos 2 a2, numa primeira fase, e tentar observar qual é o dominante, sempre son controlo. A este vai juntando aos poucos um dos outros, e assim sucessivamente. Dado o número de cães que tem, vai ser um processo se calhar um pouco demorado e a exigir paciência e atenção...
Sei do que falo porque neste momento tenho o mesmo problema e estou a tentar resolvê-lo assim.
Em último caso pode soltar 3 ou 4 com açaimes e ver como se entendem entre eles. Pelo menos assegura-se que não há mordidas nem feridas graves.
Como lhe disse é preciso calma, intervir o menos possível nas disputas, paciência e bom sentido de observação.
Cumprimentos
José Carlos
Vou-lhe dar a minha opinião sobre o assunto, e não veja aqui qualquer tentativa de me armar em expert:
Os cães são animais extremamente gregários, mas ao mesmo tempo necessitam de uma organização social com postos muito bem definidos - têm de encontrar o macho dominante, a fêmea dominante, e o processo de o fazerem é, normalmente através de confrontações físicas. que podem ir de simples comunicações de força até à lurta directa. A partir do momento em que a hierarquia esteja definida, as coisas entram na ordem e o número de lutas diminui drásticamente, podendo mesmo desaparecer. Não o fazem por ciúmes e inveja, fazem-no porque necessitam de saber quem é o chefe da matilha e que lugar é que cada um deles ocupa na hierarquia do grupo.
Esta é a parte fácil, porque é meramente teórica. O problema que você tem é como deichar que eles resolvam o problema de quem manda sem causarem grandes estragos. 7 cães a porfiar para ver quem é o mais forte dá de certeza chatice...
Pode tentar contornar o problema soltando-os juntos 2 a2, numa primeira fase, e tentar observar qual é o dominante, sempre son controlo. A este vai juntando aos poucos um dos outros, e assim sucessivamente. Dado o número de cães que tem, vai ser um processo se calhar um pouco demorado e a exigir paciência e atenção...
Sei do que falo porque neste momento tenho o mesmo problema e estou a tentar resolvê-lo assim.
Em último caso pode soltar 3 ou 4 com açaimes e ver como se entendem entre eles. Pelo menos assegura-se que não há mordidas nem feridas graves.
Como lhe disse é preciso calma, intervir o menos possível nas disputas, paciência e bom sentido de observação.
Cumprimentos
José Carlos
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Bem, eu só tenho um cão e certamente outros foristas poderão dar um contributo mais válido; mas pelo que sei:
1) Todos os cães precisam de ter uma boa sociabilização para que se evitem problemas comportamentais
2) os cães precisam de espaço para estar juntos e o seu próprio espaço para quando lhes apetece estar sós - para ter cães presos o tempo todo mais vale não ter cães, pois estes ficam efectivamente infelizes.
3) Ao juntar um novo cão a um grupo, é um novo membro da matilha que terá de ocupar um determinado lugar na hierarquia já establecida...consequentemente o dono deve intreferir de forma a mostrar que o lider é o humano, e que os cães são o último elemento - todos tratados como iguais. Dá trabalho? Sim. É preciso paciência? Muita! Mas se não tiver nenhum cão com problemas comportamentais (um macho que não tolera e ataca outros machos/etc), rapidamente desaparecem os problemas.
4) Quando chega a altura de comer, até os melhores amigos canideos podem ter arrufos. Solução: não lhes coloque a comida perto uns dos outros.
(Os pontos 3 e 4 estão intimamente ligados aos pontos 1 e 2)
Tendo em conta estas considerações, talvez a razão de tal comportamento se deva ao facto de ter os cães sempre presos, e só agora os ter decidido soltar...
Já agora...qual a razão de o ter feito e durante quanto tempo?
1) Todos os cães precisam de ter uma boa sociabilização para que se evitem problemas comportamentais
2) os cães precisam de espaço para estar juntos e o seu próprio espaço para quando lhes apetece estar sós - para ter cães presos o tempo todo mais vale não ter cães, pois estes ficam efectivamente infelizes.
3) Ao juntar um novo cão a um grupo, é um novo membro da matilha que terá de ocupar um determinado lugar na hierarquia já establecida...consequentemente o dono deve intreferir de forma a mostrar que o lider é o humano, e que os cães são o último elemento - todos tratados como iguais. Dá trabalho? Sim. É preciso paciência? Muita! Mas se não tiver nenhum cão com problemas comportamentais (um macho que não tolera e ataca outros machos/etc), rapidamente desaparecem os problemas.
4) Quando chega a altura de comer, até os melhores amigos canideos podem ter arrufos. Solução: não lhes coloque a comida perto uns dos outros.
(Os pontos 3 e 4 estão intimamente ligados aos pontos 1 e 2)
Tendo em conta estas considerações, talvez a razão de tal comportamento se deva ao facto de ter os cães sempre presos, e só agora os ter decidido soltar...
Já agora...qual a razão de o ter feito e durante quanto tempo?
<p><strong>Saudações!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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sempre que houver um confronto, asista e mime em qualquer situação em 1º lugar o macho ou fêmea dominante, pois se não o fizer o macho ou fêmea subordinada tentará "uzurpar" o luar do dominante, desencadeando confrontos físicos que às vezes acabam mal, tb pode acontecer o dominante pensar que está a ser despejado do sue lugar na matilha e envolver-se em confrontos , às vezes fazemos errado e nem damos por isso
espero ter ajudado em alguma coisa, e não se esqueça, siga o meu conselho quando os separar, dê 1º atenção ao dominante.
uma boa tarde para todos.

espero ter ajudado em alguma coisa, e não se esqueça, siga o meu conselho quando os separar, dê 1º atenção ao dominante.

uma boa tarde para todos.
<p>Dizem-se extintos os génios e esquecidos os geniais. Pois eu acho que génio é qulaquer pessoa que perceba que o genial é estar em comunhão com a natureza que o rodeia e consigo próprio.</p>
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Só uma chamada de atenção, pois apecebi-me que este trecho pode ser mal entendido - a intervenção do dono na deve ser minima e só para evitar ferimentos. O Jose Carlos explicou muito bem esta questão no seu postnynf Escreveu:
3) Ao juntar um novo cão a um grupo, é um novo membro da matilha que terá de ocupar um determinado lugar na hierarquia já establecida...consequentemente o dono deve intreferir de forma a mostrar que o lider é o humano, e que os cães são o último elemento - todos tratados como iguais. Dá trabalho? Sim. É preciso paciência? Muita! Mas se não tiver nenhum cão com problemas comportamentais (um macho que não tolera e ataca outros machos/etc), rapidamente desaparecem os problemas.

<p><strong>Saudações!</strong></p>
<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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<p><strong>Cristina Paulo</strong></p>
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Depois do confronto e de ter visto as vossas mensagens, cheguei a uma conclusão: nós, os donos somos o "casal dominante" (sou eu e o meu pai, mas mantemos a nossa posição). Depois, achoq eu eles se organizaram de uma forma em que o macho dominante é aquele que está solto (não é sempre o mesmo...) e a fêmea dominante é a cadela mais velha. Também descobri que os machos detestam os cães novos, mas só a partir do momento em que eles passam a fazer parte da família. Isto é, quando os cães vadios chegam a nossa casa, os nossos acolhem-nos, partilham a comida e a casota. Depois, é o que se vê: quase se matam.
Para além da antipatia pelos recem-chegados, os machos são irmãos e têm todos as forças muito equilibradas, pelo que é difícil marcarem uma posição de dominância.
O que eu fiz, pela primeira vez, foi soltar o Infeliz, que tem medo de todos e nunca se mete com nenhum. Parece-me que ele e os pequeninos se estão a dar muito bem. Hoje vou soltar a Peggy (que é a cadela-mãe), que nunca arma grandes problemas.
podem ser atropelados;
podem apanhar um tiro.
Soltei-os a todos ete Verão porque julguei que se iriam portar bem e não iriam fugir (o que não aconteceu). Só não pensei que um siples prato de comida para cachorrinhos fizesse tanto mal em tão pouco tempo...
Para além da antipatia pelos recem-chegados, os machos são irmãos e têm todos as forças muito equilibradas, pelo que é difícil marcarem uma posição de dominância.
O que eu fiz, pela primeira vez, foi soltar o Infeliz, que tem medo de todos e nunca se mete com nenhum. Parece-me que ele e os pequeninos se estão a dar muito bem. Hoje vou soltar a Peggy (que é a cadela-mãe), que nunca arma grandes problemas.
Eles têm estado presos porque: envolvem-se em brigas com cães da rua;talvez a razão de tal comportamento se deva ao facto de ter os cães sempre presos, e só agora os ter decidido soltar...
Já agora...qual a razão de o ter feito e durante quanto tempo?
podem ser atropelados;
podem apanhar um tiro.
Soltei-os a todos ete Verão porque julguei que se iriam portar bem e não iriam fugir (o que não aconteceu). Só não pensei que um siples prato de comida para cachorrinhos fizesse tanto mal em tão pouco tempo...
