Olá a todos!
Uma das coisas que distingue os cães de outros animais domesticados é que os cães, se necessitam alguma coisa ou querem que o dono pratique uma determinada acção são capazes de tomar a iniciativa de "comunicar" com o dono de formas as vezes muito criativas: estou a lembrar-me dos cães que se querem passear nos aparecem à frente com uma trela na boca, dos caes que nos trazem as tijelas de comida vazias, dos cães que nos vem chamar se algo não está bem com um familiar etc.
Serão estas reacções pavlonianas? Ou será prova da "criatividade" dos cães? E, para meter um bocadinho mais de água na fervura: será que esta "criatividade"é só dos cães, ou será também dos gatos?
Criatividade canina
Moderador: mcerqueira
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Ora aqui está mais um tópico, bastante interessante.
Na minha opinião, tal como acontece com as pessoas, também os cães e alguns gatos têm mais capacidade de concentração e observação do que outros.
Aliado a isto está também o temperamento de cada animal, isto é, um cão, por exemplo, pode ser muito inteligente e nem sempre "descobrir" a melhor forma de o fazer. Penso que tudo isto tem também muito a ver com a capacidade e sensibilidade do dono, ao tentar perceber melhor o animal e também estimulando-o para a tal "criatividade".

Na minha opinião, tal como acontece com as pessoas, também os cães e alguns gatos têm mais capacidade de concentração e observação do que outros.
Aliado a isto está também o temperamento de cada animal, isto é, um cão, por exemplo, pode ser muito inteligente e nem sempre "descobrir" a melhor forma de o fazer. Penso que tudo isto tem também muito a ver com a capacidade e sensibilidade do dono, ao tentar perceber melhor o animal e também estimulando-o para a tal "criatividade".
<p>Cumprimentos
João Silva
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João Silva
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Boas
A Cookie quando quer ir à rua vem para o pé de mim fazer uns olhinhos especiais e abana o rabo. Embora eu perceba às vezes não posso logo então vai ladrar para a porta. Também tem um ladrar de alarme de... "gato a fazer asneiras" já por várias vezes impedui que ele fugisse para a rua ou então quando ele está em sítios proibidos como mesa ou bancada da cozinha
Em relação ao Mickey... conheço-lhe o miado de "quero mimo!!!" parece que grita: "tadinho de mim... para aqui tão sóóó", quando quer água directamente da torneira também mia de maneira diferente ou então um miado que mal se ouve, quando vê um passarinho na janela. Ah... e há ainda o miado quando é contrariado, acompanhado de um chicotear de cauda e ás vezes uma dentada

A Cookie quando quer ir à rua vem para o pé de mim fazer uns olhinhos especiais e abana o rabo. Embora eu perceba às vezes não posso logo então vai ladrar para a porta. Também tem um ladrar de alarme de... "gato a fazer asneiras" já por várias vezes impedui que ele fugisse para a rua ou então quando ele está em sítios proibidos como mesa ou bancada da cozinha

Em relação ao Mickey... conheço-lhe o miado de "quero mimo!!!" parece que grita: "tadinho de mim... para aqui tão sóóó", quando quer água directamente da torneira também mia de maneira diferente ou então um miado que mal se ouve, quando vê um passarinho na janela. Ah... e há ainda o miado quando é contrariado, acompanhado de um chicotear de cauda e ás vezes uma dentada


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Criatividade? Não, julgo que não.Nanico Escreveu: Serão estas reacções pavlonianas? Ou será prova da "criatividade" dos cães? E, para meter um bocadinho mais de água na fervura será que esta "criatividade"é só dos cães, ou será também dos gatos?
A criatividade pode entender-se de várias formas e é sempre uma manifestação inteligente. Nos humanos a criatividade é a capacidade de construir algo de inovador, seja nas artes, na ciência ou muito simplesmente na resolução de problemas do dia a dia.
Criar é inventar. Julgo que os cães não inventam. Agem por estímulos dos seus instintos. A existir um fundamento científico, julgo que se encaixa nas teorias pavlovianas. Isto à falta de conhecimento de outras teorias. Por isso, normalmente reduz-se o comportamento canino às teorias de Pavlov.
Bom, mas quem sou eu para discutir essas coisas?
Mas este tema é aliciante. Pena é eu não conseguir chegar lá das canetas, como se costuma dizer.
Não creio que o debate venha a enriquecer-se com meras descrições das habilidades dos nossos bichos. No entanto, vou dar um ou dois exemplos só para ilustrar.
A forma que os cães têm de "pedir" difere de uns para os outros. Se eu tivesse um único cão julgaria que essa forma era universal. Mas não é.
O Guga apoia o queixo na minha perna ou levanta uma das pernas da frente em sinal de expectativa. O Fozzy olha-me fixamente, quase que me fura com os olhos. E é sempre assim invariavelmente.
Já ouvi descrições como algumas anteriores em que o cão segura na trela ou vem com o prato vazio. Os meus nunca tiveram essas atitudes mais "elaboradas". Mas mesmo nestes casos, acho que não existe aqui criatividade.
Ou haverá?
Já assisti por diversas vezes a autênticos "desenrascanços" dor meus cães em situações onde realmente parece ter havido criatividade. Será uma criatividade primária, pouco elaborada e inspirada pelo instinto?
É provável que sim.
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Realmente os cães adquirem padrões de comportamento instintivamente produzidos por eles.
Por isso Pavlov não é aqui chamado!!! Ele induzio um comportamento no cão atravéz de repetições, de acções, estímulos e sons. Afinal foi uma experiência). Nós também fazemos experiências com eles, principalmente durante a altura da aprendizagem. Muitos utilizam o estímulo da compensação pelo acto positivo.
Quando a Goldie se senta à minha frente numa posição arredondada com um focinho suplicante eu sei que quer ir fazer um xi-xi, mas não fui eu que a levei a ter este comportamento. Ou quando se coloca à frente do bidé, e se eu não reparo começa a raspa-lo, também não fui eu.
Eu adoraria acreditar que é inteligência, diferentemente organizada e, relação à nossa, mas um tipo de inteligência.
Por isso Pavlov não é aqui chamado!!! Ele induzio um comportamento no cão atravéz de repetições, de acções, estímulos e sons. Afinal foi uma experiência). Nós também fazemos experiências com eles, principalmente durante a altura da aprendizagem. Muitos utilizam o estímulo da compensação pelo acto positivo.
Quando a Goldie se senta à minha frente numa posição arredondada com um focinho suplicante eu sei que quer ir fazer um xi-xi, mas não fui eu que a levei a ter este comportamento. Ou quando se coloca à frente do bidé, e se eu não reparo começa a raspa-lo, também não fui eu.
Eu adoraria acreditar que é inteligência, diferentemente organizada e, relação à nossa, mas um tipo de inteligência.
Concordo com a Sea. O que Pavlov fazia era o condicionamento do animal a um determinado estímulo. A inteligência do cão tem mais a ver com a sua capacidade de "aprendizagem súbita", de absorção de estímulos e do encadeamento de respostas. Estas qualidades psicológicas detrminam o nível de inteligência do cão, e podem equiparar-se à própria inteligência humana, embora com uma elaboração muito mais reduzida.
E, como os humanos, também se manifesta nos vários indivíduos a níveis muito diferentes.
Cumprimentos
José Carlos
E, como os humanos, também se manifesta nos vários indivíduos a níveis muito diferentes.
Cumprimentos
José Carlos
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Tomas, não é preciso muito tempo.
Aos cinco meses já a Goldie se punha a olhar para o bidé a pedir água, mas só aos sete +- é que começou a raspar...
Como o Jsousa disse, depende de cão para cão.
Algo muito importante em que eu acredito, é que eles são um pouco aquilo que fazemos deles. Se puxares, em termos de aprendizagem, de raciocínio e na sua inteligéncia, eles aprendem melhor e mais rapidamente, mas se pelo contrário, estagnares o cão, lhe proporcionares tudo sem motivação ou valorização eles acabam por não utilizar tanto as suas capacidades e sucessivamente não as melhorar e desenvolver.
Aos cinco meses já a Goldie se punha a olhar para o bidé a pedir água, mas só aos sete +- é que começou a raspar...
Como o Jsousa disse, depende de cão para cão.
Algo muito importante em que eu acredito, é que eles são um pouco aquilo que fazemos deles. Se puxares, em termos de aprendizagem, de raciocínio e na sua inteligéncia, eles aprendem melhor e mais rapidamente, mas se pelo contrário, estagnares o cão, lhe proporcionares tudo sem motivação ou valorização eles acabam por não utilizar tanto as suas capacidades e sucessivamente não as melhorar e desenvolver.
[quote=sea]
Algo muito importante em que eu acredito, é que eles são um pouco aquilo que fazemos deles. Se puxares, em termos de aprendizagem, de raciocínio e na sua inteligéncia, eles aprendem melhor e mais rapidamente, mas se pelo contrário, estagnares o cão, lhe proporcionares tudo sem motivação ou valorização eles acabam por não utilizar tanto as suas capacidades e sucessivamente não as melhorar e desenvolver.
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Sea, penso que pôs realmente o dedo na ferida! Concordo inteiramente consigo. Essa é a primeira e talvez a mais importante obrigação do dono - desenvolver ao máximo as capacidades do cão.
Um abraço
José Carlos
Algo muito importante em que eu acredito, é que eles são um pouco aquilo que fazemos deles. Se puxares, em termos de aprendizagem, de raciocínio e na sua inteligéncia, eles aprendem melhor e mais rapidamente, mas se pelo contrário, estagnares o cão, lhe proporcionares tudo sem motivação ou valorização eles acabam por não utilizar tanto as suas capacidades e sucessivamente não as melhorar e desenvolver.
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Sea, penso que pôs realmente o dedo na ferida! Concordo inteiramente consigo. Essa é a primeira e talvez a mais importante obrigação do dono - desenvolver ao máximo as capacidades do cão.
Um abraço
José Carlos
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100% de acordo também.jcsousa Escreveu: Sea, penso que pôs realmente o dedo na ferida! Concordo inteiramente consigo. Essa é a primeira e talvez a mais importante obrigação do dono - desenvolver ao máximo as capacidades do cão.
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