Amigos amigos, carícias à parte

[nel]

Olá

Este tema está de certo modo relacionado com o outro que coloquei sobre as guloseimas. Tanto o dar a guloseima como o fazer a carícia não deve ser um acto gratuito, imponderado, leviano e por impulso. Será assim?
Eu me confesso. Eu faço festas aos meus cães a torto e a direito, realmente quando me dá na real gana, por impulso, e não calculadamente só quando eles merecem. Em relação às guloseimas, aí sim, sou mais sumítico. Não cedo facilmente. A saúde deles acima de tudo.

Uma forma de educar (treinar) o cão é através da gratificação. Por meio de uma guloseima ou de uma manifestação de agrado exteriorizado por um afago acompanhado de uma frase ou palavra que eles entendam como afectuosa.
Mas então e se uma pessoa passar a vida a fazer-lhes festas? Como é que eles vão compreender que procederam bem? Um berro, uma palmadita ou uma expressão daquelas em que a pessoa expande raios e coriscos dá para eles perceberem que procederam mal. Mas como fazer quando procedem bem, se o receber festas é o pão nosso de cada dia?

A questão fundamental é esta: devemos racionar as carícias?
Coitados... como se já não lhes bastasse a ração como comida...

[KROZ]

Mas então e se uma pessoa passar a vida a fazer-lhes festas? Como é que eles vão compreender que procederam bem? Um berro, uma palmadita ou uma expressão daquelas em que a pessoa expande raios e coriscos dá para eles perceberem que procederam mal. Mas como fazer quando procedem bem, se o receber festas é o pão nosso de cada dia?

Se eu fosse um whippet magricela e se fizesse uma acção seja ela qual for, se não receber um raspanete é porque essa acção não é má e é permitido fazê-la. Mas se eu não receber um raspanete e receber umas festinhas então o meu dono chato gostou do que fiz.

Mas para incentivar ainda mais a boa acção e diferenciar as carícias de uma recompensa, ao recompensar um cão fisicamente, deve-se também recompensá-lo verbalmente, usando sempre a mesma frase. Por exemplo, eu uso: "Lindo cão!". Há quem use "Cão bonito", "Rafeiro lindo" (sendo um cão de raça ), "Boa!", etc---

[nel]

Há quem use "Cão bonito", "Rafeiro lindo" (sendo um cão de raça ), "Boa!", etc---

Com todo o respeito pelos rafeiros, quando o Kiko faz uma asneira (que é constantemente) berro-lhe: "Ahhh rafeiro!!!" Mas ele ri-se de mim...
Esta expressão "rafeiro" é usada com o sentido de malandrote, de traquinas sem juizo e sem emenda.
Mas é muito querido. Um dos motivos por que gosto dele é por ser assim um puto reguila.

[TomasGil]

pois é nel, então digo-lhe benvindo ao clude dos "dar carinho e comida a torto e a direito" porque também já sou um deles
Bem, em relação ao assunto de gratificação de um treino bem feito eu faço-o com mais insistencia, carinho, repetindo o processo!

[Cybergirl]

Eu pecadora me confesso de melar perigosamente os meus bobis
Mas eu posso considerar-me uma sortuda, porque nunca tive problemas comportamentais.

Penso que tudo tem um tempo certo, o de reconhecimento, absorção de padrões comportamentais, raspanetes justos, guloseimas merecidas ou não ( ).

Deixei-os sempre crescer e desenvolver livremente, mas sempre atenta a todos os seus movimentos....porque se escolhi ter cães, adaptei toda a minha vida, tanto em tempo, como em espaço (a minha casa parece "open-space"), para eles e para mim.

Bye

[jcachorro]

Mas então e se uma pessoa passar a vida a fazer-lhes festas? Como é que eles vão compreender que procederam bem? Um berro, uma palmadita ou uma expressão daquelas em que a pessoa expande raios e coriscos dá para eles perceberem que procederam mal. Mas como fazer quando procedem bem, se o receber festas é o pão nosso de cada dia?

Olá!

Penso que o facto de fazermos constantemente festas aos nossos cães não afectará a associação da festa enquanto recompensa também; isto porque podemos fazer uma festa ao nosso cão sem ser uma recompensa e apenas porque nos apetece naquele momento! Se ele tivesse a fazer uma asneira qualquer, de certeza que em vez da festa lá vinha o raspanete!
Quando lhes fazemos festas é porque estamos de certa forma, satisfeitos com eles e eles também percebem isso muito bem!
Já agora.... Quando o Bono se porta mal também lhe chamo "Rafeiro...Rafeiroso...!", mas a realidade é que ele não passa disso mesmo!

[Franky]

Olá Nel

Quando eu tinha os cães, era muito mais fácil, a educação. Eles faziam maldades e eu zangava-me com firmeza, durante um tempo mantinha-me muito séria e continuava a resmungar. Eles ficavam em sentido e vinham-se aproximando devagar até ao pé de mim. Aí eu dizia:
_ Então já se esqueceram do que fizeram?
E eles, tristes recuavam, respeitosos. Depois vinham os mimos, claro e eles não voltavam a fazer aquela maldade, podiam fazer outras, mas aquela não. Mimos e ensinamentos em doses iguais.

Os gatos. Ah... os gatos são outra história, é uma grande confusão, de sentimentos e de obediência, valha-me Deus. Não respeitam nada que eu lhes digo e depois eu esqueço-me e dou-lhes mimos, sei lá, é como eu digo, são muito difíceis de educar, pelo menos mais que os cães, tem medo mas não tem vergonha, voltam a fazer a maldade, imensas vezes e eu a insistir em me zangar, é uma guerra aberta à mistura com mimos, claro.

Francisca

[sea]

Olha Nel, não sou capaz de mentir... sou extremamente melada com a Goldie!
É difícil não ser... a doçura quando semicerra os olhos a olhar para mim parece que me rasga o coração!
Mas sei que temos de ser fortes nas posições que tomamos com eles, principalmente para não termos surpresas negativas. Mas sempre que posso e que as situações o permitam brinco com ela, mordo-a, dou-lhe festinhas ... já não é consigo pega-la ao colo!!! Há muito tempo, que saudades!

[jcsousa]

Ei procuro sempre não dar recompensas "gratuitas" aos meus cães, sobretudo festas e carícias. Acho que é importante eles saberem que as ganharam.

Se me apetece acariciar um cão, o que faço é dar-lhe uma ordem simples, como sentar, deitar, ou vir à chamada e então recompenso-os "exageradamente". Sobretudo em cães novos esta atitude mantém-lhes a vontade de agradar ao dono, o que é meio caminho andado para que nos obedeçam. Mesmo ao dar-lhes a comida, quando são ainda cachor~rões, mando-os sentar ou deitar e só depois lhes ponho o recipiente.

Quando são adultos já podemos condescender um pouco mais, mas sempre sem ser como norma.

Cumprimentos

José Carlos

[nel]

Ei procuro sempre não dar recompensas "gratuitas" aos meus cães, sobretudo festas e carícias. Acho que é importante eles saberem que as ganharam.

Pois eu julgo que essa é a atitude correcta. Mas também julgo que depende muito da raça do cão.
Eu nunca tive outros cães sem ser estes, da raça whippet. E ainda bem. Por tudo o que tenho lido aqui no fórum e não só, deve ser preciso tirar um curso para lidar com determinadas raças.

Foi por mero acaso que esta raça me veio parar cá a casa. Se fosse outra, o mais certo seria eu estar aqui a fazer a apologia dessa, fosse ela dócil, dominante ou agressiva e o mais certo seria levar à risca todos esses preceitos. Mas com o whippet não creio que seja necessário um rigor tão grande.
O whippet não vem com manual de instruções nem é necessário. É obediente e dócil por natureza. Comem todos juntos e qualquer pessoa lhes tira o osso que estejam a comer. Dirão vós: mas isso nem são cães nem são nada. Pois então que não sejam, mas é exactamente assim que eu gosto deles. Sinceramente, já não teria paciência para lidar com cães mais difíceis.
Nestas circunstâncias, aqueles cuidados sobre a educação não são tão necessários. De qualquer modo estou atento e uma prova disso é participar neste fórum onde este tema até foi puxado por mim.

[anjaazul]

eu não sou nada de guloseimas com a animalândia. se calhar, porque também não as aprecio muito. mas festas coitados. levam uma esfrega a toda a hora. por isso passo o dia a dizer - nunca vi animais tão chatos. pudera. mal habituados. gatos no colo, no ombro, em tudo o que é sítio. até o "***" (do max) vinha se pudesse. mas lá põe a cabeçorra. às vezes, tenho de o enxotar. acho que é demais. mas como não gosto de abusos, quando se portam mal, a coisa fica feia. levam um sermão e por vezes, não só. aí, não vou a correr fazer-lhes festas. porque é difícil fazerem-me zangar, mas quando me zango

[nel]

... nunca vi animais tão chatos. pudera. mal habituados. gatos no colo, no ombro, em tudo o que é sítio. até o "***" (do max) vinha se pudesse...

Esta anja está cada vez mais na mesma
Uma delícia

porque é difícil fazerem-me zangar, mas quando me zango

Xiiii, eu calculo. Deve ser mesmo de fugir

[Cybergirl]

O whippet não vem com manual de instruções nem é necessário. É obediente e dócil por natureza. Comem todos juntos e qualquer pessoa lhes tira o osso que estejam a comer. Dirão vós: mas isso nem são cães nem são nada. Pois então que não sejam, mas é exactamente assim que eu gosto deles.

Nel,

Muitos dirão exactamente o mesmo, sendo possuidores ou não de raças "mais dominantes", porque o "segredo" estará sempre na forma como educamos.Sem exageros e sempre com muita responsabilidade.

Bye

[nel]

Muitos dirão exactamente o mesmo, sendo possuidores ou não de raças "mais dominantes", porque o "segredo" estará sempre na forma como educamos.Sem exageros e sempre com muita responsabilidade.

Plenamente de acordo. Eu tenho a noção de que isto que disse é, como se costuma dizer agora, politicamente incorrecto. De facto, grande parte dos acidentes que se dão com cães é exactamente com espécies de pequeno porte ou aparentemente inofensivos em relação aos quais os donos julgam que não é necessário ter grandes preocupações na educação.
Mas não é o meu caso. Há de facto um grande sossego, mas também não sou demasiado condescendente. De qualquer modo, obrigado pela observação atenta e oportuna.

[Anita_ra]

Bom tópico, nel!
Eu mimo demais o meu cão, ele até já entende quando vai receber as festas (que são a toda a hora) ou quando vou buscar um biscoito (fica à porta a babar-se)!
Mas temos q nos controlar, senão ele fica uma bola , e ele sabe que nos leva com uma pinta!! Lança-nos aqueles olhos sedutores e irresístiveis e pronto, mais uma festa...
A forma como o recompenso quando faz alguma coisa correcta, é dizer-lhe: "lindo cão", e aí é ver aquela cauda a abanar a 100 à hora!!

Fiquem bem,
Ana