Para mim ser FAT significa acolher temporariamente e sem interesses monetários, um animal em risco com vista a proporcionar um local em segurança, com alimentação, cuidados vet e carinho até a sua adopção.
As questões relacionadas com cuidados veterinários, alimentação, divulgação, adoptantes devem ser esclarecidas quando a pessoa recebe o animal. Cabe ou não à FAT tirar fotografias, divulgação (temos algumas que divulgam, outras que aguardam que nós tratemos de tudo), falar com o adoptante (temos fats que fazem questão de conhecer, outras deixam tudo nas nossas mãos) e levar ao vet. Em caso de urgência, sintomas, dúvidas relacionadas com a saúde do animal etc é obrigação da FAT conduzir imediatamente ao veterinário e/ou informar a associação ou responsável. É igualmente da responsabilidade da FAT administrar a medicação prescrita pelo veterinário.
Não vejo qualquer problema, especialmente quando se trata de associações a associação assegurar cuidados vet e alimentação se a pessoa não tem possibilidades ou tem dificuldade em o fazer. Afinal de contas está a ter disponibilidade para dedicar o seu tempo e oferece a sua casa ao bichinho já dando uma preciosa ajuda. Já existe tanta dificuldade em conseguir fats, que hoje em dia haver alguém disposto a acolher um animal na sua casa é de agradecer, pois muita gente gosta muito e ajuda e faz ou diz que faz, mas este género de ajuda concreta que pode salvar tantas vidas é rara encontrar.
No entanto sempre que possível, quando a FAT tem possibilidades de arcar com as despesas concordo que o faça, libertando a associação para outras despesas que são sempre muitas. Mas acho de bom tom, quando a associação tem ofertas de ração pegar num saquinho e distribuir pelas fats, mesmo que não aceitem cai bem. Vou fazer isso com alguma ração de gato que recebemos recentemente (é raro recebermos de gato, normalmente as pessoas dão mais para cão).
Quanto à despedida dos 4 patas para o novo lar, custa, e quanto mais tempo passa mais custa. A mim os adultos custa-me mais quando vão embora do que os bebés, crio mais laços com os crescidos. Bebés que vieram muito pequeninos e foram amamentados também custam ou em perigo de vida. Há sempre aqueles que nos marcam mais por um motivo ou outro.
Eu costumo ter esta máxima, uso muito esta frase quando explico o que é ser fat "é preciso gostar muito de animais, mas saber deixá-los ir". Fui fat de 4 cães adultos quando morava com os meus pais e muitos gatos e gatinhos sempre um de cada vez. Isto durante um ano. Tenho a minha casa há alguns meses onde a regra de um de cada vez já não se aplica e sou FAT de gatos e gatinhos a tempo inteiro, já que os meus animais 1 cão e 2 gatas ficaram com os meus pais nem fazia sentido de outra forma. Não tenciono adoptar nenhum. Tenho resistido sempre à tentação. Prefiro ter disponibilidade total do que ocupar um lugar permanentemente. Há pouco tempo o meu namorado falou várias vezes em ficarmos com um gatinho que ele gostou muito. Para mim isso não fazia qualquer sentido, além de não querer adoptar muito menos iria ficar com um bebé bonito com todas as chances de adopção. A ficar com algum seria um adulto ou idoso ou com alguma deficiência que fosse ficando, mas sem nunca desistir da divulgação. Felizmente o meu namorado mudou de ideias embora tenha feito umas birrinhas do tipo "sempre um entra e sai, entra e sai e nunca temos nenhum nosso" ou "quando já estamos afeiçoados aos bichos é quando eles vão embora", mas caiu em si felizmente.
Acho que nem todas as pessoas têm perfil para FAT, se adoptam óptimo para o bichinho e têm todo o direito disso quando avisam com antecedência (excepto é chato quando uma pessoa farta-se de divulgar e surge um dono e depois é que diz que não quer que o animal vá) mas ao agir assim e ficar com um e com outro o objectivo de ser FAT não está a ser alcançado, pois adoptando deixa-se de se ter a tal disponibilidade necessária.
Bem já chega de paleio foi só para deixar a minha opinião
senao, os topicos nao passavam de dois grupos, os que acham x e os que acham y 
