A DURA REALIDADE DO VERÃO...!!!

Pedidos de ajuda, de animais, entre outros devem ser feitos neste fórum. Aqui reflecte-se também sobre a adopção, o abandono e possíveis contributos para lutar contra este flagelo.

Moderador: mcerqueira

pacha9
Membro Veterano
Mensagens: 2632
Registado: sexta nov 18, 2005 9:21 pm
Localização: Os da casa e todos os que vão aparecendo no meu caminho...

domingo fev 22, 2009 1:06 pm

Não quis ver o vídeo, todos nós que amamos e respeitamos os nossos mais fiéis amigos sabemos da cruel realidade do nosso país… Ontem conheci mais uma amiga dos animais, que diz que o ordenado quase que vai todo ao final do mês para ajudar 10 animais que alimenta à beira mar, algures em Gaia.,até tartarugas as pessoas abandonam, não queria acreditar mas depois de ver as fotos, enfim…

O ser humano está muito egoísta, consumista e muito desinteressado de tudo o que é causa ideal e isso realmente magoa…
Ainda por cima “tratamos “ os animais num quadro completamente consumista e de moda e quando se apercebe que os animais têm necessidades têm que ter acompanhamento, têm que ir ao veterinário, aí é que acontece o abandono…
Entristece-me não poder fazer muito mais por eles, entristece-me cada olhar triste que se cruza no meu caminho.
Choro por cada animal maltratado e abusado e não tenho vergonha de o dizer. Olho para os meus e penso “ custa assim tanto respeitar um animal”? Para mim é gratificante o que eles fazem por mim, as alegrias que me dão e as gargalhadas que me provocam. Por essas razões é que não entendo como é possível tanta crueldade…
Há quem diga que já não me interesso por mais nada a não ser por eles, não me importo, faço e farei sempre tudo o que puder por eles e não me arrependo. Eles estão no meu destino…

Gandhi dizia que se pode avaliar um povo pela maneira como trata os animais, sabendo que nos somos dos povos da Europa
que pior tratam os animais, onde é que vamos parar..?

Parabéns pelo tópico.
Abandonar um animal é um acto cruel e degradante!

Paula
Fitinhas
Membro Veterano
Mensagens: 2293
Registado: sexta jun 26, 2009 9:05 pm
Localização: Bichona Luca, Gatona Pipoca :D

sábado jul 25, 2009 6:44 pm

"Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adoptado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.
Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.
Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.

Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde de água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.
Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.
Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direcção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilómetros em 24 horas.

Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu.
Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado."Autor: anónimo
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