quinta ago 12, 2004 3:31 pm
quando pensamos em comprar ou adoptar um cão, a varanda aparece-nos como a solução ideal para podermos ceder ao nosso capricho. é um sítio exterior, onde o cão pode fazer as suas necessidades, largar pelo, sem que com isso a nossa casa fique de alguma forma suja ou com cheiros. eu também vivo num apartamento, não tenho varanda, mas tenho a possibilidade de andar com a minha boxer para todo o lado, mesmo no trabalho. dorme na cozinha, mas convive com todos em casa, em qualquer sítio, excepto os quartos. temos de deixar de pensar que o boxer é apenas um cão, porque não é. é especial, orgulhoso, nobre, valente e muito devotado à sua família e não aceita bem ser tratado de forma demasiado inferior. é um cão que deve ser respeitado, acarinhado e tratado de acordo com as suas qualidades e características. aliás, todos nós gostamos que nos respeitem também. obviamente que o respeito deve ser recíproco, de dono para cão e de cão para dono. nós somos o chefe da matilha, mas não temos uma matilha qualquer, temos um companheiro de vida muito teimoso, que nunca corresponderá como desejamos se sentir mal tratado. eu já tive a prova disso com a minha cadela, na escola de treino em que anda, decidiram adoptar uma técnica de fome para ela sentir dos donos dependência total e para até à próxima aula ter a fome suficiente para fazer o "Junto" bem feito. ao segundo dia não estava lá a minha digníssima boxer, mas uma cachorra com medo, desorientada e muito triste. acabei logo com aquilo e o treinador que se dane mais as suas técnicas. aliás, há vários aspectos no treino dos cães que me começam a fazer desistir da ideia (não me refiro obviamente aos treinadores em geral, mas à pouca atenção que este deu para o temperamento do meu cão). o respeito não se deve cobrar, nem comprar com as necessidades básicas do animal, mas como não sou creditada para adestrar um cão, não me quiseram ouvir. o que é certo é que depois de acabar com aquela estúpida "tortura" de dois dias (graças a Deus) a Flor voltou ao normal, deixando de se encolher quando a chamávamos.
tudo isto para alertar o possível comprador de um boxer de que tem de amar realmente o seu cão e aprender a viver com ele (literalmente), daí sairá uma experiência muito gratificante e a certeza de que este é realmente o nosso cão ideal!