P1TuXk4 Escreveu:
Fang(Francisco), antes mais desculpe a confusão, do sexo...
Em relação ao tema...
Começo a achar um pouco subjectivo, pois já deu para entender que os conceitos de humanizar e educar têm embora pequenas, algumas variações ou interpretações, conforme os forista.
Digo isto não com segundo sentido, mas sim por ser essa a ideia com que fiquei, daí que ache que o tema HUMANIZZAR/EDUCAR pode ser visto apenas individualmente, e mediante o conceito de cada um dos forista, dessas duas palavras, atendendo a que nem todas as pessoas têm um conceito igual, do que é HUMANIZAR ou EDUCAR.
Ou seja, o meu conceito de humanizar, pode coincidir com o que se observa nos canitos, enquanto que o conceito de humanizar de outro forista, pode já não coincidir...
Desculpas aceites.
Penso que já não existam dúvidas quanto aos conceitos.
Quando digo que o cão de trabalho não está sujeito a humanização é pelo simples facto de ter uma função na qual o dono manda e ele obedece com a maior vontade. Aqui o dono tem sempre uma postura hierarquicamente superior. O cão nunca está ao nível dele ou superior.
Nos cães de companhia, muitas vezes isso não acontece pura e simplesmente porque o dono não percebe de cães ou então nutre um amor tão doentio pelo animal que o tenta humanizar.
Muitos mais exemplos de tentativas de humanização poderiam ser acrescentadas aos exemplos dados.
Se repararmos para muitas das pessoas que têm pets de pequeno porte, vemos tentativas sistemáticas de humanização dos bichos.
Começa por não fazer absolutamente nada (o animal).
Se ele rosna : Tadinho tá chateado, não se meche.
Se ele teima em dormir na cama, mesmo que o dono não queira: Tadinho ele gosta.
Ou aquelas frases passado horas de ter feito o que não devia: Ele sabe que fez mal.
Roupinhas... comer á mesa... muitas mariquices, etc.
Enfim fazem todas as vontades ao animal sem nunca se impor.
Se um dia o canito é contrariado, ferra, toma posse de locais, reage mal com estranhos, não se consegue controlar, etc.
Depois passa a ser o "menino feio", enlouqueceu, tem que ficar fechado numa jaula, etc.
Ora o que aconteceu foi simples: O dono como nunca se impôs (por vezes até achava graça á sua dominância e tratava-o como um humano), o canito tomou a posição de alpha. Sentiu-se ao nível do dono (ou superior). Quando foi contrariado, ficou confuso e agiu segundo a sua natureza. Afinal eu mando ou não?
Deixa de ser o cão que se comporta em função do dono, para ser o dono que se comporta em função do cão.
Destronar um alpha após muitos anos no topo da hierarquia é um monte de problemas e muitas vezes irreversível.
Todos os mimos e mordomias poderiam ter sido dadas, desde que o cão percebesse que estava no estatuto hierarquicamente inferior (o dono o fizesse perceber) e nada disto aconteceria.
Mas infelizmente este dono (fictício) achava que o cão tinha sentimentos, que o entendia e que iria retribuir da mesma maneira.
Muitas vezes pessoas confundem a empatia normal humano/cão e esquecem-se que são espécies diferentes, com biologias e comportamentos diferentes. E no final sofrem os 2.
Sobretudo o cão.