Enfim, reflexos da geração que um dia vai decidir os destinos do mundo...
Para vós que sois a geração normalizada...
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WhiteLirium
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- Registado: sexta mar 13, 2009 11:54 am
Tenho 20 anos e como estou quase a sair da faculdade acho que devo estar para aí no grupo da "Geração sem Saldo" ou "Em Saldo" ou seja lá o que for que já lhes/nos chamaram. Por um lado actualmente passo muito do meu tempo no computador, a «voar» na Net e a fazer trabalhos (mas eu ainda fui do tempo em que os trabalhos eram feitos à mão, não é como agora que se tem um Magalhães - qualquer dia em vez de oferecermos aos recém-papás roupinhas, peluches, etc., começamos a oferecer um "enxoval" mais actualizado: um iphone, uma pendrive, um gps, um Magalhães...). Também ainda subi às árvores, rebolei na terra com os cães, passei tardes a brincar com os cabritos no curral (um cheirinho maravilhoso para curar narizes entupidos), rachei a cabeça, e muita sorte tive em não ter apanhado tétano de tanto prego que espetei nos pés. Hoje assisto à educação dos meus primos pequenitos com alguma preocupação. Porque moramos no campo os pais ainda os levam e eles gostam, de andar de bicicleta, de ir ver os mémés...Mas principalmente o mais velho (7 anos) só pensa no computador, e sabe jogar melhor que eu, mas depois não sabe ler (eu com menos três anos que ele já lia os livrinhos da Heidi
). Mas por exemplo uns primos dele - que não são meus - que costumam ir lá para casa, é a desgraça total. O miúdo oferecemos-lhe um chocolate ou qualquer outro doce, diz que não gosta. Está no seu direito. Mas depois investigando melhor percebe-se que o miúdo nunca pode mascar pastilha quanto mais comer chocolate. Vai à praia: não gosta: nunca o deixaram entrar na água, logo tem medo. A areia "incomoda-o". Tem medo de tudo quanto se mexa e não seja pessoa: a mãe não o deixa ter animais. Nem sequer um peixinho!!!??? Aliás acerca deste assunto estava no outro dia a mãe desta criança a falar com a minha prima (que tem um gato), dizendo-lhe que o animal era péssimo para as crianças (
) e que ela (minha prima) devia «Deitá-lo fora». Só me apeteceu foi chamar-lhe tudo e mais alguma coisa e dizer-lhe umas verdades, mas não tenho confiança para isso. Ainda outro dia, na brincadeira com este miúdo o meu primo tirou-lhe o boné. Na brincadeira, sem agressividade, deu-lhe só um toque na pala, fazendo-o cair. Começou a chorar que estavam na rua e podia apanhar sol na cabeça (estavam bem à sombra...) e podia morrer. Isto bem vi eu.
Enfim, reflexos da geração que um dia vai decidir os destinos do mundo...
Enfim, reflexos da geração que um dia vai decidir os destinos do mundo...
Nascemos de um sonho, vivemos num sonho e morremos quando o sonho acaba.
Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.