cpontos Escreveu:Ai LuluB, o segundo parágrafo fez-me sorrir... É que são estas descrições que me fazem o coraçãozinho enternecer. Tradução é isso mesmo! É dedicação, é pesquisar termos coloquiais, é contextualizar determinada frase na época/país/conjuntura política em que foi proferida... Bolas, é uma profissão tão interessante, já merecia melhor opinião, não é?

Exacto, cpontos. E quando fazemos trabalho asseado é um consolo tão grande...
Quanto à opinião, olhe, são como as cerejas, estas comem-se até rebentarmos, as outras debitam-se em cascata, quase sempre sem se saber do que se fala, o que interessa é mostrar que se tem uma.

Ou mais!
E não tema em utilizar termos hoje em desuso pelo falante de rua: é só uma questão de riqueza de vocabulário, que também se vai adquirindo.
Por exemplo: se alguma vez tiver de traduzir uma obra sobre estilos arquitectónicos, vai aprender imensos termos: caixotões, esbarros, cartelas, aduelas, platibandas, a diferença que há entre tecto e telhado...
Se lhe derem um livro sobre cavalos, vai encontrar imensas palavras que não usa todos os dias. Se lhe derem um sobre moda, idem, idem. Se tiver de traduzir um livro de receitas, vai ver o que é bom, terá de aprender a cozinhar para saber o que vai traduzir!
Se lhe derem um James Joyce para traduzir, então... upa, upa! Mesmo que seja para ser publicado em edição de bolso pela Europa-América!
